Rose Weasley e Scorpius Malfoy - O Amor Proibido escrita por Péricles


Capítulo 10
Scorpius Malfoy - O encontro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, meu modem queimou e o pessoal da assistência técnica demorou séculos para virem me ajudar.



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Rony estava fazendo a mala de Scorpius.

Ele fez o favor de arrumar tudo direitinho, de ajudar a Sra. Weasley a passar suas roupas, dobrar e guardar no malão e Scorpius viu pelo canto do olho Rony colocando um chocolate em seu travesseiro. O que provocou essa repentina mudança na atitude de Rony? Ele não fazia ideia. Desde a noite de natal ele tem se comportado dessa maneira, tratando-o como um filho. Na noite de Ano Novo, enquanto todos observavam os fogos de artifícios acionados pelos trouxas na cidade ao lado no pequeno morro novamente, Rony até passou um de seus braços em torno do pescoço de Scorpius e o puxou para perto dele, e juntos, como pai e filho, ficaram observando os fogos de artifícios dançarem no céu. Quem gostou dessa atitude foi Rose, que não estranhou essa mudança repentina de Rony, e após Scorpius contar a ela que achava tudo isso muito estranho, ela riu.

— Vai ver o juízo o chamou. - dizia ela dando risinhos e depois parando e fitando o nada, como se achasse impossível seu pai, o próprio Ronald Weasley, ouvir a voz da razão.

O irmão de Rose, Hugo, estava tendo a mesma atitude com Scorpius. Ele sempre lançou alguns olhares de desprezo e desaprovação ao garoto quando ele estava junto de Rose, porém, começou a ter o mesmo comportamento de Rony. Outro dia mesmo, quando a Sra. Weasley mandou Hugo e Scorpius limparem a velha garagem, o ombro de Scorpius bateu em uma vassoura, que caiu e ficou equilibrada em uma prateleira que continha várias latas com sabe-se-lá-o-que, que iriam cair em cheio na cabeça de Malfoy. Hugo, porém, o empurrou para o lado na mesma hora que elas caíam, fazendo um eco enorme.

Depois de muito relutar e esperar um ataque a qualquer momento, ele começou a se acostumar com essa mudança de comportamento de Hugo e Rony, porém, achou que tinha alguma brincadeira por trás disso, quando Rony começou a arrumar suas malas.

Ele colocou todas as roupas na mala, todos os livros e todo o material que o garoto iria usar no resto do ano letivo, fechou-a, agitou a varinha e no mesmo instante o malão começou a flutuar, e a sair pela janela em direção ao carro, onde o Sr. Weasley estava ajudando todas as crianças a ajeitarem as malas no porta-malas. Rony deu um beijo na testa de Scorpius e saiu do quarto cantarolando o que o assustou tanto que ele pensou em se esconder embaixo da cama e lançar todos os feitiços de proteção que conseguisse na porta do quarto.

— Olha por onde anda, seu barbeiro!

Esse foi o grito que o Sr. Weasley recebeu ao fazer o máximo de esforço para estacionar em frente à estação de King's Cross. Depois de arrancar três retrovisores, amassar um para-choque e quase derrubar um motoqueiro de sua moto, Scorpius deu graças ao sair do carro e pisar em chão firme. Ele estava enjoado. Estava sentindo seu estômago borbulhar e alguma coisa subindo em sua garganta.

Ajoelhou-se aos pneus traseiros do carro ao lado e vomitou. Ao erguer a cabeça, viu que não era o único que não aprovou a viagem. Harry ajeitava os óculos e andava um pouco sonso, Rony segurava o estômago, as mulheres ajeitavam os cabelos, Rose estava verde, Hugo, Alvo, Teddy e Tiago, sumiram atrás das rodas dos demais carros ao redor do carro do Sr. Weasley. Jorge era o único que parecia ter gostado da viagem, ele dava pulinhos no lugar, e quando o Sr. Weasley saiu do automóvel ele gritou "Isso mesmo Papai, mostre aos trouxas quem é que manda".

A Sra. Weasley tirou todos os malões do porta-malas do carro, e entregou aos seus respectivos donos e assim, entraram na estação. Ao chegaram ao espaço que dividia a Plataforma nove, da plataforma 10, eles se organizaram para atravessarem a barreira em pares. Scorpius não estranhou quando Rony se ofereceu para ser seu par. Na verdade, ele já estava se acostumando aquele comportamento, e estava até gostando.

Eles esperaram um bando de trouxas passarem as suas costas, e correram de encontro à parede da plataforma 10. Um friozinho passou pela barriga de Scorpius quando ele fechou os olhos antes de colidir com a barreira, e quando os abriu se encontrava em frente á uma bela locomotiva vermelha á vapor, com uma placa á frente que dizia "Expresso de Hogwarts". Rony ajudou Scorpius a arrastar o malão até o último vagão vago no trem, e quando eles chegaram a esse vagão, tiveram uma surpresa.

Lúcio, Draco e Narcisa vinham em sua direção. Todos ligeiramente arrogantes, de narizes empinados. Lúcio olhava para Scorpius com um nojo absoluto, como se ele fosse um inseto que grudou na sola de seu sapato.

— Ah, ai estão vocês. - o Sr. Weasley apareceu, acompanhado de Rose, e logo atrás surgiram Harry com Alvo, Gina com Tiago e Hermione com Teddy e Victorie. Todos arregalaram os olhos quando viram os três Malfoy's, parados, á sua frente.

— Lúcio. - rosnou o Sr. Weasley.

— Arthur. - rosnou Lúcio em resposta.

Um pânico tomou conta de Scorpius. E se seu avô e o Sr. Weasley começassem a duelar ali mesmo, na plataforma nove e meia? Lúcio já havia colocado a mão no bolso onde costumava colocar a varinha e Arthur fez o mesmo. Eles duelariam ali mesmo, com várias testemunhas em volta, se não fosse pela chegada da Sra. Weasley e dos demais Weasley's. Jorge sacou a varinha, e todos os demais fizeram o mesmo. A Sra. Weasley olhou dos Malfoy para sua família e bufou.

— Por favor, guardem as varinhas, estamos em uma Plataforma repleta de crianças.

Aos poucos eles abaixaram as varinhas, porém não as guardaram. Lúcio deu um passo a frente e disse alto e claro para Arthur.

— Estou aqui para pegar o que me pertence.

— E o que seria, posso saber? - perguntou o Sr. Weasley, desafiador.

— Meu neto!

Todos os olhares se dirigiram a Scorpius, que estava virando o pescoço para ver se não havia muitos estudantes em seu caminho e se a passagem estava livre para correr. Infelizmente não estava. Draco se adiantou e puxou Scorpius pelas vestes. Rony fez o mesmo. Logo, os dois puxavam e brigavam pelo garoto como se ele fosse um pedaço de pano.

— O que está fazendo?

— Não, não vou deixar que vocês o levem. - falou Rony. - Não vou mesmo.

— O que está dizendo? - interpôs Narcisa. - Ele o leva para onde quiser. Até para o Inferno se for sua vontade. Ele é seu filho. Solte-o, agora mesmo.

— Já disse que não. - rosnou Rony.

Narcisa ergueu a varinha, Rony também, e no instante seguinte, todos tinham as varinhas em punho, apontadas ou para Rony ou para Narcisa.

— O que é que está acontecendo aqui?

Todos se assustaram e se viraram, se deparando então com Kingsley, Ministro da Magia e dois aurores. Todos abaixaram as varinhas. Kingsley se aproximou deles, e olhou enojado para Lúcio.

— Está causando problemas outra vez Lúcio? Será que devo lhe lembrar de que só está solto, pelas influências que tem? Ou melhor dizendo, por suas antigas influências? Nenhum de seus antigos amigos no Ministério concorda que você esteja solto. Nenhum funcionário concorda e apoia isso. Mas senti pena de você Lúcio. E minha pena é a única coisa que o mantêm solto. Isso foi há 19 anos, e esse sentimento desapareceu na mesma velocidade que surgiu, por isso, sugiro que você não cause problemas para ninguém.

O rosto de Lúcio estava branco. Ele olhava raivoso para Kingsley. O Malfoy mais velho olhou para Narcisa, depois para Draco e por último, para Scorpius.

— Vejo você nas Férias de Páscoa, Scorpius. - sussurrou ele. Segurou a mão de Narcisa e Draco e então se foi. Aparatou com um "Creac", deixando o grande remorso e medo de Scorpius o dominarem e o engolirem.


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