O último Mestre escrita por SabrinaMM


Capítulo 4
3 - Confiança


Notas iniciais do capítulo

A fic está sendo postada aos poucos, mas já tenho boa parte escrita, e postada no orkut... Mas logo "adiantarei"...



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No momento em que ela pronunciou a última palavra, Eragon desembainhou sua espada, e a apontou para Tenga:

-Nem mais um passo. É verdade o que ela diz, você é mesmo um servo de Galbatorix?

-Já fui – disse ele -, mas não mais o sou. Me voltei contra aquele tirano pouco antes da queda, e voltei para Ellesmera. Islanzadí não foi exatamente receptiva: fui o primeiro e único elfo a ser banido de Du Wendelvarden. Então, longe de meu lar, decidi viver em paz. Dei um jeito de pensarem que estou morto, o que não foi difícil, tendo em vista que era odiado tanto pelos Renegados quanto pelos Cavaleiros. Brom descobriu que eu ainda vivia, e tentou me perseguir. Mas só o que encontrou foi um velho homem, morando em uma ruína, e não um temível elfo, com seu dragão lendário.

-Isso é tudo? – perguntou Eragon a Arya.

-Creio que sim. Não sei de mais nada, além de ele ter invadido nossa casa, perturbado nossa paz, depois de ter se voltado contra todos nós.

-Bem, não temos escolha. Por mais que eu relute em admitir, podem precisar da ajuda dele.

-Ótimo, já que está tudo resolvido, podemos partir sem demora! – disse Angela, rindo.

Você acha que ele é confiável, pequenino?

Não sei, mas é a única chance. Onde será que está o dragão dele?

Provavelmente morreu. O que mais me incomoda é pensar que Angela não nos contou nada...

-Afinal, vamos ou não? – disse Angela, interrompendo os pensamentos de Saphira.

-Sim, devemos nos apressar. – disse Arya – Cada minuto que perdemos é um minuto a mais para minha mãe agüentar o cativeiro. Saphira, pode nos levar voando até as proximidades de Kuasta?

Acho que sim. – Disse Saphira à Arya –Mas, chegando lá, terão que descer, ou Galbatorix nos encontrará.

-Discordo. – disse Eragon – Desculpe, Saphira, mas acho que você chamaria muita atenção. Seria melhor irmos por terra, assim podemos nos passar por um simples grupo de viajantes.

-Ele está certo – disse Tenga.

Eu não vou te deixar sozinho, pequenino. Cada vez que nos separamos alguma coisa te acontece... não sei como você consegue arranjar tantos problemas!

Eu prometo que dessa vez não vai acontecer nada.

Foi o que você disse antes de ir para Farten Dûr, e quase foi assassinado por um bando de anões.

Agora vai ser diferente. Por favor, Saphira...

Se você não voltar em uma semana, eu mesma saio a sua procura, nem que tenha que desafiar o próprio rei, sozinha!

-Nós concordamos. – disse Eragon - Vamos.

-Adeus, Saphira Bjartskular.

Adeus, Arya. Que as estrelas zelem pelo seu caminho.

-Que a felicidade a guie.

E que a paz viva em seu coração.

---

Após a ida de Saphira, ajudaram Tenga a arrumar seus pertences, e partiram. Ao anoitecer, montaram acampamento sob a sombra de algumas árvores, se revezando nos turnos de guarda. Arya insistiu em ser a primeira.

-Arya, é minha vez de vigiar, pode ir deitar.

-Não se preocupe, Eragon. Mesmo se eu tentasse, não conseguiria. Simplesmente sei que não poderei me acalmar enquanto não trouxer os outros elfos e resgatar minha mãe. Até lá, meu descanso será pouco.

-Então vigiaremos juntos. Afinal, é minha vez de ficar de guarda.

-Sem problemas.

O silencio durou alguns minutos, mas foi quebrado pela elfa:

-Eragon?

-Sim?

-Você acha que vou conseguir?

-Tenho certeza. – disse ele, tranqüilizando-a.

-Então peço-lhe que me mantenha informada de tudo que acontecer – disse ela -, quero saber cada passo de Galbatorix. E preciso saber se ficará bem. – acrescentou em voz baixa.

-Não se preocupe. A manterei informada, tentarei entrar em contato todos os dias.

O silêncio voltou por mais uns minutos, até que Eragon o rompeu:

-Arya, eu sei que me pediu para não voltar a tocar nesse assunto, mas...

-Boa noite, Eragon. – disse ela, indo até perto da fogueira e se cobrindo.

...mas eu não posso te perder. E você não permite que eu lhe diga isto. Mas eu direi. Não hoje, nem agora, mas direi.


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