Appear escrita por Elabeth Werth


Capítulo 12
Capítulo 11- A noite estava apenas começando


Notas iniciais do capítulo

*O* Não sei nem o que dizer... mais uma recomendação na fic ♥
Bonnie, muitíssimo obrigada *~*
e em relação aos reviews ainda não respondidos, irei responder a todos amanha sem falta!
novamente, aconteceu de nesse cap não ter banner, mas amanha eu irei colocar!
então... vamos ao que interessa...



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Capitulo 11- A noite estava apenas começando

Esperei que o sol ficasse fraco naquela manha e fui ate o banco, onde desde que ele me convidara para seu aniversario, eu pedi que mandasse de Volterra, minha relíquia. O primeiro relógio de bolso inventado.

Era estúpido e ele com certeza acharia estranho e sem contar que era algo sem utilidade alguma nos tempos de hoje, mas para mim, aquele relógio valia muito, sentimentalmente. Ele era meu companheiro de noites tediosas por assim dizer, eu o observava por noites seguidas, deixava de dormir para observá-lo.

Aproveitei minha saída ao banco para comprar uma caixa de veludo, já que a minha estava muito surrada.

Retornei ao hotel. Como teria todo o longo dia antes de minha hora chegar, me deitei a cama com meu relógio em mãos dei corda nele, o coloquei sobre o criado mudo e o observei. Havia feito minha escolha. Eu havia achado minha razão pelo qual queria viver.

Mas, mesmo após o que aconteceu, ele me aceitaria?

Eu só iria saber se eu tentasse.

Adormeci pensando nele, porem não consegui sonhar.

Acordei horas depois, disposta. Chamei Peter e Charlote. Expliquei que iríamos na festa e pedi para que não fizessem bagunça, principalmente lá. Comecei a me arrumar. Tomei um banho demorado enquanto ensaiava milhões de conversas em minha mente. Mas nenhuma pareceu fluir corretamente. Ainda com a toalha em meu corpo me aproximei da janela observando a torre em clima de festa.

Coloquei as meias e as prendi na cinta. Por cima, vesti o vestido vinho de veludo, com alças largas que deixava o colo exposto com um decote não muito profundo e transpassava na cintura, curto. Sapatos pretos, e de quebra, brincos, anel e pulseira de rubis puros e pesados.

Peter ficou de arrumar um carro. E logo eu e Charlote descemos ate a entrada do hotel o aguardando. Não demorou para um carro preto de luxo chegar e buzinar para nos. Fui no banco de trás, obvio.

Não pude deixar de notar ambos, felizes um com o outro. Senti um aperto no peito, enquanto desviava o olhar vendo as ruas.

Quando Peter estacionou diante da torre e descia para abrir a porta, para nós duas, senti uma insegurança gigantesca tomar conta de mim. O que eu diria a ele? Ou melhor, o que ele diria a me ver?

Estendi a mão alcançando a de Peter.

Todos que estavam na fila e entrando se voltaram a nos. Segurei contra mim, o relógio e a chouth com uma mão enquanto com a outra laçava o braço no de Peter.

― Nome? ― questionou o segurança.

― Poppy Montegomery... ― ele acenou após confirma. E voltou o olhar esperando o de Peter e Charlote. Olhei fundo em seus olhos e deixei que minha mente trabalhasse sobre a sua. ― Peter e Charlote Donavan... ― murmurei, vendo-o volta-se para a lista, mexi em sua mente, o fazendo enxerga os nomes, mesmo que ali não os tivesse. Ele sorriu e acenou para entramos.

Pegamos o elevador que levou direto a cobertura, onde era a festa.

O ar pesado e quente deixava o inverno apenas na portaria da torre, aqui você sentia-se como numa boate, quente cheia de gente e musica alta. Sentia com facilidade o cheiro dele misturado ao dos demais.

Era suave, o perfume que ele usava, ao contrario do que acontece muito, de o perfume ser enjoativo a um vampiro, o dele alem de combinar realçava o cheiro dele mais ainda, me deixando ainda mais sedenta. Tinha poucas levadas amadeiras com uma ponta cítrica e refrescante, era uma fragrância suave. Você a sentia uma vez e dava vontade de cheirá-la novamente.

Porem dentre aquele delicioso cheiro, senti outro enjoativo e feminino, ao seu lado. Levei meu olhar ate ele, vendo a ruiva que eu joguei na boate, eles riam e dançavam. Ele meio desengonçado, dançar parecia não seu forte. Aquela vez, eu em quem me esfregamos como uma desvairada contra ele.

Minha primeira vontade foi de desmembrá-la lenta e dolorosamente na frente de todo mundo. Porem eu era uma dama muito comportada, faria isso as escura e sem levantar suspeitas... Respirei uma vez bem demoradamente, reunindo meu controle para realmente não matá-la ali.

Assim que obtive meu controle, sob o olhar de varias pessoas que olhavam para nos, fomos ate o balcão onde estavam guardando os casacos. Retirei o meu, que ia ate o tornozelo, preto com detalhes em dourado, algo suave, e com contorno nas barras (mangas e gola) de pele falsa. O abri revelando o vestido e deixando vários homens interessados e mulheres invejadas. Mas, meu tempo de futilezas acabara, a única coisa apenas que me importa, era o Doutor Banner.

O garçom passou servindo vodca com gelo peguei uma e virei de uma vez, enquanto respirava fundo. Bruce finalmente me viu e paralisou no lugar, enquanto a vadia ruiva ainda se esfregava nele.

― Vamos dançar... Vem... ― murmurou Charlote sem esperar por uma resposta já me puxando pelo braço junto a Peter.

Mal conseguimos um espaço junto aos demais convidados dançando, começou a tocar Do you wanna touch do Gary Glitter, numa versão remix. Era uma das antigas do rock glam.

Musica em geral, anos 60, 70 e 80, eram meus preferidos!

Começamos a dançar juntos, eu e Charlote ficamos de costas uma para outra e começamos a nos movermos junto com as batidas da musica. Voltei meu olhar rapidamente a Bruce que estava com os lábios entre aberto e estava quase parando de dançar, meio hipnotizado e sem reação. Os demais em volta já nos olhavam com luxuria, e com pensamentos depravados estampados em suas caras.

Peter segurou nossas mãos e nos girou, se colocando entre nós duas. Após, ele colocou suas mãos em cada cintura (uma na minha e outra na dela) enquanto ficávamos de costas para ele. Enquanto isso na outra extremidade do lugar a vadia vendo a situação se aproveitou colando seu corpo no dele e abraçando sua cintura enquanto sorri, com uma perna dentre as dele.

― Isso vai dar merda... ― murmurou Stark num canto levando o olhar de Banner e vadia para mim, Charlote e Peter.

― Tony... ― resmungou Potts, sua namorada.

― o que? Esta bem, “isso vai dar fezes...” melhor? ― ironizou. Revirei os olhos enquanto Peter e Charlote riram.

Continuamos dançando deixando as altas e fortes batidas nos levar. Mas quanto mais isso ocorria, mais os dois parecíamos nos implicar e nos chatearmos. Ao que aquilo ia nos levar... Ninguém sabia... Mas por algum motivos apenas fazíamos... Talvez fosse o tal orgulho... Ou, ciúme.

A ruiva me olhou e sorriu. Inclinei-me para voar nela e mas charlote segurou minha mão e discretamente ainda sem parar de dançar me pós a dançar com um cara que nos cercava. Bruce engoliu a saco e continuou a dançar após desviar o olhar.

Levei minhas mãos à nuca do garoto, nem olhei em sua cara, meus olhos estavam vidrados em cada rebolada que ela se roçava em Bruce. Continuamos a dançar sem nos importa, ou pelo menos fingir doentemente que não nos importávamos; Percebi Bruce desviar da algumas investidas da mulher, já pelo que percebi estava um pouco alterada devido ao álcool.

O garoto colocou suas mãos em minha cintura e nos aproximou, Bruce semicerrou os olhos me olhando irritado. Percebi ele respirar fundo e desviar o olhar. Senti a mão do garoto descer e me apalpar-me as nádegas, demorei alguns segundos para realizar que aquilo realmente aconteceu. Empurrei o cara um pouco mais de força que o necessário fazendo-o cair ao chão. O fitei com ódio, quem ele pensa que era para tal ato?!

Mas antes que eu tomasse qualquer atitude sobre esse... Esse... Imbecil. Senti um aperto em meu braço, logo já me arrastando para um canto. Bruce apertava meu braço com força, apenas para constar. Fomos ate um corredor onde estava com umas filas, onde deveria ser o banheiro, nesse mesmo corredor havia varias outras portas e mais um ou dois corredores; afastamos-nos, mas não muito do pessoal, apenas o suficiente para termos uma conversa sem gritaria, devido a musica.

― O que faz aqui? ― questionou irritadiço e muito, muito serio. Engoli a seco vendo-o ali assim perto, novamente, bem a minha frente. Balanceia a cabeça e olhei o chão, procurando minha mente, e alguma linha de raciocínio.

― E- eu, eu tomei minha decisão... ― murmurei vacilante, embora tivesse plena certeza do que eu queria. Mas olhar em seus olhos e vê-los tristes e irritadiços comigo me deixavam, mais que balançada, porem de uma maneira ruim. Ele se demorou em meus olhos, me senti aquecida por segundos, ate constatar que ele ainda continuava serio e irritado comigo.

― Cadê seu namorado? ― olhei-o confusa. ― Ou decidiu vir, aqui, procurar outros?

― O que?! ― murmurei boba com o que ele disse e pensava sobre mim. ― Bruce?

― O loiro daquele dia na boate, que você deixou bem claro que queria distancia de mim, honestamente Poppy, não sei o que você esta fazendo aqui, ou como teve coragem de vir ate aqui...

Eu o fitei boba, completamente sem reação. A que ponto chegamos para ele pensar que eu fosse qualquer, uma... Uma mulher da vida?!

― Demetri?! ― murmurei constatando que o “namorado loiro” deveria ser ele.

― Obrigado por me informar o nome dele... ― riu Bruce, fitando o chão amargo.

― Demetri não é meu namorado Bruce... Ele nunca seria. Ele não e tão louco assim... É apenas um dos guardas do castelo, que meu pai mandou para me checar, porque graças ao estado que, você, deixa minha mente, eu me esqueci de dar noticias!-murmurei quase rosnando de indignação.

― Castelo? Você e o que algum tipo de princesa por isso morava em castelos?! ― riu.

― Praticamente... Quer dizer... ― passei a mão em meus cabelos me sentindo nervosa em contar coisas que não devia a ele. ― Sim, eu sou... Uma... Herdeira...

― Do que? Herdeiras das vadias?!

Voltei meu olhar para ele abrindo minha boca num “O” perfeito. O fitei por longos segundos sem acreditar no que ouvi. Sem usar muita força, proferi um sonoro tapa em sua face, que sem duvidas ficaria por um pequeno tempo a marca de minha pequena mão ali.

Para o lado que minha mão mandou a sua cara, ele ficou por um tempo respirando desordenadamente. Minha respiração também não era uma das mais controladas por sinal. Percebi ele cerrar os punhos por um longo tempo se controlando aparentemente, ate se sentir “seguro” e me olhar demoradamente. Ele desviou o olhar e molhou os lábios em seguida passando a mão no rosto.

― Me desculpe... Eu....

― Tudo bem... ― sussurrei. ― Eu não posso culpa você por... Me odiar e não... Consegui entender que eu... Realmente não... Posso falar sobre o que eu sou... ― as palavras saiam com dificuldade de meus lábios.

― E porque você não pode me falar? ― questionou-me com olhar culpado. Molheis os lábios ganhando tempo para uma resposta.

― Existem leis, a respeito do que eu sou... ― fiz uma careta por não compreender o que eu disse.

― Então você esta apenas mantendo suas leis intactas? ― sorriu. Acenei em concordância com um sorriso sem graça. Ficamos em silencio por um tempo, ele apenas fitava o chão. ― Popires...

― Poppy... ― murmurei, era antigo demais meu nome, e na atualidade, achava mais confortável, simplesmente, “Poppy”.

―Poppy... ― murmurou com um sorriso miúdo. ― Embora tudo... E por mais que eu quisesse continuar de onde... De onde paramos, eu... Eu simplesmente não consigo esquecer o que aconteceu, o que eu vi no restaurante.

― Bruce... ― senti o chão tremer sob mim, quase desaparecendo novamente. ― Por favor acredita em mim, eu não estava fazendo o que você acha que viu...

― então me fala... O que você estava fazendo?

― Eu não posso... Se eu contar eu infringiria as leis, pois eu estaria contando o que eu sou... ― ele respirou fundo e desviou o olhar colocando as mãos no bolso.

― Poppy... Eu realmente queria que, com você dizendo isso eu simplesmente pudesse acreditar, mas não e tão fácil assim... ― ele deu um fraco sorriso e trouxe uma mão ao meu rosto contornando o canto dos lábios.

Puxei mais ar naquele momento sentindo o desejo e sentimento da tentação tomar meu corpo, causando diversas sensações sobre ele. Sorri brevemente com o toque quente em meu rosto, abri os olhos, que inconscientemente eu havia fechado tornando a sensação mais longa e prazerosa.

Seus olhos, eles estavam suaves naquele momento, e por um momento foi como se ainda estivéssemos... Bem. Ele deu um suspiro demoradamente antes de retirar a mão e sorrir ainda suave, mas com olhos chateados.

― Espero que aproveite a festa... ― sorriu antes de se afastar voltando para mesma.

Deixei meus ombros pesarem enquanto o via se afastar.

Mas a noite, a festa... Estava apenas começando.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam??
espero vocês na próxima quarta!
'3'