Appear escrita por Elabeth Werth


Capítulo 11
Capítulo 10-Visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui quem fala/escreve é a Miah Winchester, leitora vip de Appear e amiga da Ella. Bom, eu era para ter postado mais cedo, mas não deu e agora estou aqui.
Devem estar se perguntando, por que essa estranha está postando pela Elabeth, né? Bom ontem (quarta) completou um ano que a Ella perdeu uma pessoa que ela amava muito e não estava se sentindo bem, e pediu para eu postar. Por isso não tem banner :/ Bom esperamos que gostem do cap.
Boa leitura.



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Capítulo 10-Visita inesperada

Sentia-me vazia...

Dormi eu havia desistido...

Só havia pesadelos...

O sonho havia acabado?

Havia se passado quatro dias porem para mim parecia que havia sido algumas horas.

Achava-me um pouco dramática, vendo por um ângulo, todo meu desespero. Mas por dentro sabia e sentia o quanto aquilo doía. Havia apenas, parcialmente um único lado bom naquilo tudo. Eu não havia infligido a lei, não completamente, mas pelo menos ele não sabia sobre mim. O que era... Bom, eu acho.

Hoje, Charlote decidiu me arrastar ate um pub qualquer, entendia perfeitamente que, ela como uma boa amiga queria me animar, porem ver aquelas pessoas dançando apenas me trouxe memórias. Fechei os olhos e balancei negando a cabeça, porem ainda pude lembrar-me do calor do corpo dele em minhas costas, e outras coisas.

Rumei para o bar onde me sentei e pedi uma dose. Talvez me ajudasse em algo.

Uma

Duas...

Quinquagésima quinta dose…

Quase não havia efeito, devido ao que eu era. Porem sentia um pequeno relaxamento do meu corpo.

A música alta não passava de um estranho silencio para mim. O banquete servido a minhas costas soava como sangue animal e tofu. E meus olhos só queria libertar o sangue deles.

Um som único, para mim, entrou naquele lugar. O cheiro... Eu reconheceria em qualquer lugar. Seria em algum ponto efeito do álcool? Ou eu havia dormido ali mesmo?

Um sorriso brincou em meus lábios como se nada dos últimos dias tivesse acontecido. Respirei fundo, enquanto ouvia suas batidas ritmadas.

― Poppy... ― cantarolou Charlote. ― Advinha quem acabou de entrar? ― riu ela.

Mas o que? Ele já havia me esquecido? Já havia vindo para noite em busca de uma nova vitima para se fazer de amável? Olhei sobre o ombro e logo o achei. Ao lado de Stark e Potts. Ignorei e balancei o copo pedindo mais dose.

Charlote suspirou pesadamente e logo saiu de perto indo dançar com Peter novamente.

Dose atrás de dose. O cheiro dele ainda continuava ali naquele lugar e eu dei graças por pelo visto dele não ter me visto, embora quisesse muito ir correndo ate ele.

― Seu pai, Mestre Aro vai gostar de saber o que anda se passando pela sua mente... ― seéulos de convivência. Seria muito idiota em não reconhecer sua voz.

― Adoraria ver você tentando a sorte, Demetri... ― balancei novamente eu copo pedindo por mais.

― Fui mandado para saber o que anda fazendo, apenas tenho que cumprir minha missão... ― murmurou apoiando uma mão no balcão e se inclinando ao meu ouvido. ― O mestre esta preocupado com a senhorita já que não da mais noticias... ― fiquei em silencio enquanto ele ainda continuava inclinado sobre mim.

― Dá para se afastar, estas a me importunar com sua proximidade exagerada... ― ele riu brevemente e se afastou e apoiou em seguida no balcão ficando virado para mim.

Toda, ou boa parte da guarda me considerou uma traidora quando eu anunciei minha saída do clã. O único que sabia o porquê, o real motivo da minha saída era exatamente a pessoa que a havia provocado-a, por assim dizer.

― Vistes onde eu estou, vistes que estou bem... Missão cumprida... Mas não pense que vais chegar em Volterra com toda minha privacidade, pois não ira...

― Bom, senhorita Volturi mandar o máximo de noticias suas faz parte de minha missão então, eu realmente teria que contar sobre seu romance ao Mestre, seu pai.

Levantei-me de súbito e ele se pós corretamente de pé com um sorriso provocador no rosto. Senti o cheiro dele, próximo, e em seguida o alerta, ele havia me visto. Seu coração aumentou o ritmo freneticamente, e vi os olhos de Demetri ficarem negros.

― Nem pense nisso... ― rosnei a ele.

Levei meu olhar ao canto, e vi Bruce parado me olhando ao lado de Demetri. Peguei o braço de dele e sai arrastando-o para longe de Bruce.

― Seu pai não vai gostar muito de saber que estas a se envolver com humanos...

― Essa informação, sabemos muito bem que, não ira chegar ate lá...

― É o meu trabalho, Popires... ― murmurou se pondo serio.

Extrair memórias e ou modificá-las, alem de causar confusão a ele deixaria um pequeno “buraco” como um rastro de que sua mente havia sido mexida.

Mas eu não tinha opção.

― É a minha vida... Nem você, nem ele tem direitos a se envolverem nela!

― Quando envolve nossa raça, nos expor, passamos, a poder... ― sorriu triunfante.

Dei um rápido sorriso falso e dei lhe um soco, ouvi alguns ossos meus trincarem, mas suportei a dor, ao menos ouvi que não fui a única a já que seu maxilar fez um barulho estranho. Estava tão irritada com Demetri que nem ouvi que Bruce estava ali já.

― Poppy... ― chamou, preocupado com a voz rouca. Voltei-me a ele seria de cara amarrada.

― Vais embora... ― rosnei.

Demetri veio em minha direção com passos calmos, mas sabia que mesmo eu sendo sua superior ele não deixaria barato. Virei-me e o empurrei com força fazendo-o bater contra a parede que estava a um metro de nos. Bruce ainda estava ali.

― Vais... ― rosnei para Bruce que me olhou confuso. ― Tu não quisestes um tempo? ― rosnei. ― Pois então, agora, alem do tempo, eu quero distancia, de você...

Meu interior gritou e chorou por dizer aquilo, mas eu tinha que o salvar. Salvar deles e de mim mesmo. Os lábios dele tremeram, e eu vi os olhos dele, minha cara de furiosa passou-se a desfazer, porem os olhos dele brilhavam, ele deu de costas sem dizer nada passando pela multidão e indo embora. Demetri riu brevemente, o catei pelo pescoço e o arrastei ate onde tinha menos gente.

― É apenas minha missão.

― É apenas minha vida... ― rosnei apertando firme seu pescoço e o prensando na parede conseguindo levantá-lo do chão. Olhei fundo em seus olhos. E procurei as memórias e fatos sobre mim, mexi em alguns e modifiquei outros.

Soltei-o enquanto ele se sentia confuso. Ele olhou para mim e eu sorri.

― Vá... já tens as informações que precisa... Me deixe em paz, eu estou bem. ― afirmei.

― Sim, Mestra... ― murmurou dando de costas e indo embora.

Senti a impressão de estar sendo observada e me voltei para trás onde os amigos de Banner me olhavam boquiabertos.

Droga... Fiquei cega pelos sentimentos que não medi meus atos. Pela a cara deles eles viram tudo...

Respirei fundo e arrumei minha roupa no corpo e dei de costa logo me misturando com a multidão. Porem senti que estava sendo seguida. Quando senti o toque em minha mão já me preparei para o ataque, era uma mulher ruiva, morava na torre também.

― Preciso que venha comigo, Senhorita.

― Que tal... Não... ― sorri falsamente.

― Você vira de um jeito ou de outro... ― murmurou ela apertando meu pulso. Olhei o local e levantei o olhar com um sorriso traiçoeiro.

― Eu acho que não... ― murmurei segurando o seu, bastou um pequeno aperto para ela sentir a dor e soltar o meu. Dei de costas mais ela ia me atacar novamente.

Segurei seu braço e puxei-a sobre meu corpo, e a joguei contra a parede onde ela bateu e tonteou. Foi minha deixa. Corri dali, e logo Peter e Charlote vieram de encontro a mim. Saímos pelos fundos e fomos para o hotel.

Embora charlote tenha tentado falar comigo eu recusei. Precisava de um tempo, para mim. Precisava pensar em tudo o que eu havia feito. Bruce deveria estar com raiva de mim. Olhei, para a Torre Stark, forcei meus olhos ate ver a janela do quarto dele. Forcei mais um pouco ate que vi sua silhueta ali,ele fitava o nada perdido em pensamentos.

Deixei minhas lagrimas presas rolarem. Minha vontade de ficar com ele era grande, porem a de protegê-lo era maior. E novamente o erro fora meu... Primeiro minha gula, e agora...

Mas ainda sim, eu tinha que tomar uma decisão...

Tinha que livrar Bruce, dos perigos que eu trazia comigo. Porem eu queria tanto ficar com ele. Ao lado dele. Tocá-lo... Beijá-lo.

Qual seria minha decisão?! Continuar a vagar por esse singelo mundo sofrendo em silencio, sentindo essa dor tão profunda, prosseguindo a esmo, com minha alma, ou metade dela, dilacerada e morta para sempre?!

Ou deveria simplesmente ir atrás dele, e ficar ali, sob seu calor?

Lembrei-me de cada encontro, cada sorriso, cada batida que seu coração deu em minha presença. A primeira vez que olhei em seus olhos. Aquela primeira vez... Acho que desde aquele momento, por mais que eu não tivesse conhecimento, minha alma, havia achado seu lugar após anos vagando, era ali o seu, o meu, repouso.

Mas afinal, pelo o que eu deveria viver?


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Espero que tenham gostado e entendido o por que da demora e tals. Beijos e até um proximo cap. :p