What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 41
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Heeeello amadenhos, bom dia.
Sei que to sumida, mas to numa crise de inspiração pro final da fic que vejam bem...
Espero que curtam o capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/389959/chapter/41

Eles não conseguiram alcança-la, é claro. Quando Finn e Puck chegaram à rua, Shelby já saia cantando pneus em um carro com placa coberta. Os rapazes sequer tiveram tempo de pensar em algo, e o carro já havia sumido na outra esquina.

Esconder a situação de Rachel foi difícil, já que a morena entrou em pânico por a mesma mulher a estar perseguindo, agora de forma tão explícita. Finn até queria contar, mas Sam recomendou que esperassem um tempo ainda, até que ela estivesse mais estabilizada.

Então a polícia determinou uma viatura para ficar sempre perto do prédio deles, assim Rachel se sentiria mais segura. Finn explicou a Charlie que Rachel estava um pouco preocupada, e que ambos deveriam se esforçar mais ainda em mantê-la feliz. O garoto então surgiu com a ideia:

_ E se a mamãe organizasse minha festa de aniversário?

E foi a melhor ideia que o garoto poderia ter dado. Ao longo dos anos, sempre haviam feito uma comemoração para o aniversário do pequeno, mas Finn nunca havia se sentido disposto para uma festa, pela ausência de Rachel.

Então a ideia de que a morena poderia organizar a primeira festa de aniversário do filho a deixou nas nuvens. Ela ainda estava presa na cadeira de rodas, mas estava se esforçando muito na fisioterapia, melhorando sua fala, e indo com Finn e Charlie todos os lugares possíveis para comprar as coisas para a festa.

O tema que o menino escolheu foi o Batman e a festa seria no jardim da casa dos Puckerman. Alugaram um painel onde poderiam colocar o Bat-sinal, além de muitas bexigas. Alugaram algumas mesas brancas e mandaram fazer cupcakes, brigadeiros e outros doces com as cores e o símbolo do Batman. Um bolo de dois andares, de pasta americana, representando edifícios da cidade, e, claro, os diversos bonecos do Batman que Charlie tinha (http://4.bp.blogspot.com/-MenkoaIoXTs/UP8ylqD6v0I/AAAAAAAAF5w/hEdpW9aegtM/s1600/DSC03390.JPG).

_ Gostou meu amor? – perguntou Rachel, enquanto Finn empurrava sua cadeira pelo quintal, e Charlie quicava em seu colo animado. O garotinho concordou, observando tudo maravilhado.

_ E sabe o que é mais legal? – os pais negaram e ele sorriu – Vocês dois estão aqui comigo.

Eles sabiam que ele não fazia aquilo de propósito, mas esses pequenos comentários de Charlie eram sempre o bastante para que Rachel e Finn se derramassem. Ela beijou o rosto do filho, encarando Finn e sorrindo tristemente para ele. Ele suspirou, lembrando da conversa de alguns dias antes.

_ Finn... – Rachel estava deitada na cama, enquanto ele terminava de pagar algumas contas no computador. Charlie já estava devidamente acomodado em sua cama, após ter dormido nos braços da mãe. Quando o professor virou-se para a morena, viu sua expressão séria – Eu acho que precisamos conversar.

Ele suspirou, fechando o computador e se levantando. Ele caminhou até a cama, sentando-se de frente para Rachel, que encarava as mãos. Desde que ela havia acordado, e depois voltado a falar, Quinn e Santana a estavam ajudando a assumir um visual mais condizente com sua idade e condição de mãe, e não mais de uma adolescente no fim do colegial.

_ Você vai me deixar explicar sobre a Samantha? – Finn perguntou e Rachel concordou, apesar de não estar tão certa se gostaria de ouvir o que ele tinha a dizer. Não poderia sequer sair de lá se ficasse irritada, já que ainda não andava – Rachel, eu e a Samantha ficamos juntos por pouco mais de um ano. No dia dos namorados do ano, eu e o Puck conversamos e, bom, o Dr. Jones tinha dito que suas chances de acordar estavam cada vez menores, já que tanto tempo já havia passado, Charlie estava começando a entender as coisas. Você não imagina o quão doloroso era ver a cara de decepção dele quando os amiguinhos falavam sobre o que faziam com as mães, e ele ia ao hospital e te via adormecida.

Ele parou para respirar, vendo que a morena já chorava em silêncio. Ele estendeu a mão, tentando secar as lágrimas dela, que ainda encarava o próprio colo. Ele suspirou antes de continuar.

_ A Sam era sua enfermeira desde o acidente, e quando o Charlie nasceu, ela me ajudou muito. A Santana ainda estava presa entre a culpa do acidente e a dor da morte da Britt, e o Puck quase morria louco tentando ajudar a Quinn e se manter firme, e minha mãe não podia se mudar para cá, nem eu queria isso. Então, quando eu ficava perdido ou em dúvida, eu ligava para ela, e ela me ajudava. Então, foi natural que eu a chamasse para sair quando precisei pensar que talvez eu tivesse que seguir um plano B. – ele concluiu, fungando. Rachel estava em silêncio, e ele esperou que ela disse algo. Quando ela não disse, ele tentou falar – Rachel eu...

_ Foi a primeira coisa que eu vi, quando eu acordei. – ela sussurrou – Não sei se foi muito ou pouco antes de eu acordar para valer, mas eu abri os olhos e vocês estavam ali. Você, o Charlie e ela. Você estava de mãos dadas com ela, segurando nosso filho, e ela beijava o rosto dele.

_ Eu sinto muito por isso. – ele soava sincero e desesperado – Rachel, eu te juro, se fosse só por mim, eu teria te esperado até um de nós morrermos, mas você tem que entender que eu tive que pensar no Charlie e...

_ Você teria se casado com ela? – perguntou Rachel, o encarando – Eu sei que você dormiu com ela, percebi no momento em que você disse que havia comprado outra cama. Mas você teria se casado com ela, teria dado uma família ao Charlie sem mim?

_ Ocasionalmente, talvez. – ela baixou os olhos e ele suspirou – Rachel, você não tem o direito de me julgar. Você não sabe a guerra que era no meu coração todos os dias, cada vez que eu estava com a Samantha, que eu a via acompanhando a vida do Charlie, e sabendo que você estava lá, presa naquela cama. Mas eu já tenho 28 anos, nosso filho vai completar 4 anos, isso não é mais uma brincadeira, não é mais um conto de fadas adolescente. Se as coisas tivessem continuado como estavam quando eu comecei a namorar a Samantha, eu não duvido que eu viesse a me casar com ela um dia. O que não significaria que eu continuaria se um dia você acordasse.

Eles novamente caíram no silêncio, cada um imerso em seus pensamentos e dores. Por fim, Rachel suspirou, pegando a mão dele.

_ Você terminou tudo com ela? – ele concordou, lembrando-se do estado deplorável em que suas coisas haviam sido entregues ao cunhado. Pelo menos as de Charlie haviam sido poupadas – Eu não vou mentir e dizer que não está doendo Finn, porque está, muito. Mas eu não consigo imaginar o que você passou tendo que cuidar do nosso filho sozinho, enquanto eu estava lá. É só que... Me dói pensar que outra pessoa quase foi a mãe dele, que outra pessoa era quem o colocava na cama, lhe dava um beijo de boa noite, o acalentava dos pesadelos. E olha que eu sequer posso fazer isso direito ainda.

_ Você sempre foi e será a mãe dele, Rachel. Ele sabe disso, sabia disso quando eu namorava a Sam. E eu nunca o deixaria esquecer, não importando o que acontecesse. Foi você que quase perdeu a vida para que ele pudesse nascer, foi você que ficou anos em coma. É graças a você que ele está aqui Rachel, e eu nunca o deixaria esquecer-se disso, e nem Samantha pegar seu lugar. Nem eu, nem Santana, nem Quinn, nem Puck ou Sam.

Ela concordou, puxando o grandão para si o abraçando. Ele a apertou contra si, sentindo o cheiro delicioso dela. Ela cheirou o pescoço dele por um momento, antes de começar a beijar o lugar. Finn sentiu-se arrepiar e se afastou com delicadeza.

_ Então nós estamos bem, não é? – ela concordou, com um sorriso tímido e ele acariciou o rosto dela – Vou dar uma olhada em Charlie antes de dormirmos, está bem?

Ela concordou, e ele saiu rapidamente. Estava sem fazer nada há alguns meses já, e a voz de Rachel já era o bastante para fazê-lo ter desejos. Viu que Charlie dormia em sono alto e voltou para seu quarto, encontrando Rachel nua na cama.

_ Mas como... – a voz dele sumiu, enquanto ela sorria envergonhada.

_ Eu conversei com o Lex (fisioterapeuta) e ele disse que, bom, nós podemos fazer amor, se quisermos, mesmo eu ainda não tendo recuperado todos os movimentos no corpo todo. – ela explicou – Isso é, se você quiser.

_ Se eu quiser? – ele não conseguia nem falar direito – Sabe quantas vezes nesses quatro anos e meio eu sonhei em fazer amor com você? – ela corou e ele sorriu – Mas eu não quero que você faça nada obrigada ou...

_ Finn, você acha que eu teria tido o esforço tremendo de tirar minha roupa sem conseguir me mexer, se eu não quisesse? – ele riu, enquanto se aproximava dela – Mas você vai ter que ser compreensivo que, bom, eu estou meio imobilizada.

Ele tirou as roupas em silêncio, se aproximando da cama e deitando junto dela.

_ Com você, sempre vai ser perfeito.

~*~

Puck observava Caleb (http://celular.i.bol.com.br/entretenimento/album/revista-abril-11_f_041.jpg), já devidamente vestido pra festa do primo mais velho, dando seus passinhos vacilantes pela sala, enquanto os dois esperavam Quinn. Ele havia arrepiado os cabelos do filho em um moicano, e o garoto ficava passando a mão pelo cabelo duro e gargalhando.

Sentiu duas mãos delicadas em seus ombros e um beijo nos cabelos e ergueu os olhos, vendo Quinn sentada no sofá atrás de si. Ele sorriu, mas a expressão dela era séria.

_ Algo errado amor? – perguntou ele, virando-se para ela.

_ Eu que pergunto Noah... – ela acariciou os cabelos dele – Você está estranho desde aquele dia no restaurante, quando vimos Shelby.

_ E você nem desconfia por quê? – ele tentou não soar grosso, mas sabia que havia falhado miseravelmente. Quinn suspirou, segurando as mãos dele entre as suas e encarando Caleb.

_ Não faz isso conosco de novo Noah, por favor. – ela pediu, os olhos já úmidos – Não deixa dor da Carol te consumir de novo, se não por mim, pelo Caleb. Ele é uma criança e precisa de você, nós dois precisamos.

_ Quinn, se você não se importa com descobrir o que aconteceu com a minha filha, eu me importo. – ele rosnou, vendo-a baixar os ombros – Quinn eu...

_ Você acha que eu não penso nela todos os dias? Ou pelo menos do que eu consigo ter de lembranças dela? Que, desde o dia em que vimos a Shelby, eu nãoando pelas ruas com medo, segurando o Caleb mais junto de mim, que eu não procuro em qualquer criança alguma semelhança com ela? – a loira ergueu os olhos marejados – Eu sou a mãe dela Noah, posso não ter todas as lembranças vívidas, mas desde que o Caleb nasceu, isso se intensificou. Eu quero encontrá-la Puck, mas eu preciso lembrar que existem pessoas aqui e agora, que precisam de mim.

Ele afundou o rosto nas mãos, enquanto ela o observava, ainda nervosa e chateada. De repente, duas mãozinhas gordinhas começaram a puxar a perna do homem, que viu o filho de levantando e o encarando, os olhinhos preocupados. Ele pegou Caleb do chão, abraçando o filho. O garoto deitou a cabeça em seu ombro, deixando que o pai chorasse. Quinn abraçou os dois, deitando sua cabeça nas costas do filho e permanecendo em silêncio, enquanto esperava Puck se recuperar.

_ Papa, mama. – os dois sorriram, enquanto se soltavam e sentavam o garoto entre eles. Caleb sorriu para os pais.

_ Eu vou me esforçar Quinn, juro que vou. – prometeu ele, acariciando os cabelos do filho – Eu vou melhorar, eu prometo.

_ Eu sei vai. Eu vou estar aqui para te ajudar nisso. – ela prometeu, beijando o rosto dele – Agora vamos para o quintal, que Rachel e Finn já estão lá com Charlie.

A loira secou os olhos do marido, e suas próprias. Puck pegou Caleb no colo, e deu as mãos para a esposa, saindo para o jardim. Viram que alguns convidados já estavam lá, tendo entrado pela lateral da casa.

_ Ok, espero que vocês dois não estejam vindo de uma sessão tumultuada de sexo que vai traumatizar meu afilhado, mas sim de alguma sessão de choradeira, que vai explicar os rostos vermelhos de vocês. – Santana puxou Caleb do colo do irmão, enquanto eles viam os demais rindo, Rachel ninando a pequena Brittany sobre o olhar carinhoso de Charlie.

_ Cala a boca Santana, por favor. – pediu Puck, passando Caleb para Sam e indo abraçar o afilhado novamente – E ai campeão? Gostando da festa?

_ Sim. – o garoto gritou – E sabe qual a parte mais legal? Nossa família toda está aqui. O papai, a mamãe, você, a madrinha, a tia Santana, o tio Sam. E tem o Caleb e a Brittany também.

_ Isso é realmente ótimo hein garotão? – Quinn beijou o rosto do afilhado – E o que você acha de nós dois irmos à cama elástica?

_ Posso mãe? – pediu o pequeno, e Rachel concordou. O menino se jogou para o colo da madrinha, que saiu com ele direção ao brinquedo. Sam logo havia sumido com Caleb e Rachel saiu na cadeira com Brittany.

_ Finn, Sam conversou com o Dr. Jones. – Santana disse assim que a irmã se afastou – Eles acham que já podemos contar para Rachel sobre Shelby.

_ Acho que é melhor conversarmos todos juntos. – o homem ponderou – Assim ela talvez se sinta mais segura.

_ Depois da festa? – propôs Puck, e a irmã e o cunhado concordaram – Agora vamos aproveitar a festa, pelo Charlie, está bem?

Os dois concordaram e eles saíram caminhando atrás de seus respectivos filhos, que estavam com os padrinhos. Seria uma longa conversa. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Só um aviso: CAROL TÁ QUASE VOLTANDO.
COMENTEM MUUUUUUUITO PRA EU ME INSPIRAR, FECHOU?
Beijos