Uma Vida, Um Destino! escrita por Akasha


Capítulo 23
Capítulo 23 - Minha Vida Sem Você - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Pessoas...
Muito obrigada pelos Reviews...
Um avisinho... Eu criei uma nova fic... sobre o filme Piratas do Caribe... para quem curte o nome da fic é Levados pela Maré. Está na seção filmes.
Segue o novo capitulo... Espero que curtam...



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_A dor era insuportável, mas tio Jasper sempre estava por perto diminuindo minha tortura. O que me reconfortava era saber que ele voltaria. Se sobrevivesse. Mas eu preferia não pensar nessa parte. A semana passou rapidamente. Minha família nunca me deixava sozinha. Até quando eu dormia tio Jasper ficava controlando as emoções que meu corpo sofria quando eu tinha pesadelos. Não diminuía a falta dele, mas me dava uma melhor qualidade de sono. E é claro que papai sempre monitorava meus sonhos.


          Papai sentia raiva de Lestat, mas ele poderia entender as razões por ele ter me abandonado. Não que soubéssemos qual era, mas.... enfim... ele já tinha abandonado quem amava para protegê-la, então...


          Durante o dia eu assistia TV com o tio Emm., tocava piano com papai, lia livros com a mamãe e o tio Jazz e fazia compras com tia Alice, vovó e tia Rose. Todos evitavam tocar no assunto. Tia Rose que tinha mais conforto para falar comigo sobre o Lestat. Ele me perguntava como ele era, o que fazíamos, etc. Coisas de amigas mesmo. Eu me sentia bem em falar com tia Rose sobre o assunto. Colocar para fora e chorar me fazia bem. Afinal “Falar alivia dores emocionais”.


          A semana foi tranqüila, mas eu sabia que quando eu voltasse a ficar sozinha eu sentiria bem mais, e foi isso que aconteceu. Eu tive que voltar para Nova Iorque, afinal eu tinha um emprego.


 


- Como sua tia está minha querida? – Tia? Do que ele está falando?


- Está bem Sr. Sparrow.


- Que bom que ela melhorou. – Aiii... Agora que eu me lembrei da mentira... Ainda bem que não dei bandeira.


- Realmente.


- Oi pai, oi Carlie... – Johnny entrou em minha sala.


- Bom crianças eu vou trabalhar. – Sr. Sparrow saiu dando tapinhas nas costas do filho.


- Oi Johnny.


- Onde você esteve sumida? Isso não importa. Liga pro Lestat avisa que nós vamos jantar em restaurante Japanês novo que abriu. Jannet e eu temos uma novidade para contar. – Um nó se formou na minha garganta e quando percebi já estava soluçando.


- O que foi Carlie?


- O...o... Le...Les.. tat... Nós demos... um... tem...po. – Falei soluçando.


- Mas porque? O que aconteceu? Vocês estavam tão bem juntos. – Eu continuei chorando e o abracei. Johnny era meu melhor amigo. Era tão fácil conversar com ele quanto era com tia Rose.


 


          A noite era ainda mais insuportável. Não tinha ninguém para me acalmar. Na verdade papai e mamãe e o resto da família quiseram vir ficar comigo. Um casal por semana. Mas eu precisava sentir minha dor. Sofre o que eu tinha para sofrer. Chorar o que eu tinha para chorar. Até eu decidir me erguer e seguir. Mas o principal. Eu já tinha comigo o que eu precisava para controlar o sofrimento. Meu diamante de sangue. Estávamos entrelaçados dentro de uma atmosfera impenetrável, pois o que vivemos ninguém jamais poderia tirar de nos. Nunca.


          Como eu não dormia, eu ficava a noite no meu laboratório. Pesquisando uma maneira de me fazer voltar a ser meio-vampira novamente. Em vão. Todas as alternativas levavam a morte as minhas células.


          Mais uma semana já havia se passado. Eu consegui dormir no final de semana porque fui passá-lo com minha família e tio Jazz cuidou para que eu conseguisse dormir. Eu vivia assim. Todo final de semana eu ficava com minha família. Alguma vezes eles vinham ficar comigo. Mas a casa de meus avôs era mais aconchegante. Me fazia lembrar da minha infância feliz e não tinha recordações do Lestat. Será que ele ainda estava vivo?


          Eu precisava entender porque o Lestat tinha ido. E o que o fez partir. Se eu soubesse quem havia telefonado para ele naquela manhã de sábado. Algo em seu passado. Passado. O que me fez lembrar da nossa noite de festa em Havana. Aro. Ele era a chave que eu precisava. Ele é antigo e não se dá muito bem com o Lestat. Aro... Isso. Nem pensei. Liguei na hora para o aeroporto e fui para Volterra. Claro que tia Alice viu isso e me ligou.


 


- Tia, calma. Eu não vou fazer nada demais.


- Você não vai para Volterra Nessie. Desiste agora ou eu conto para o seu pai.


- Tia, pode contar. Eu vou igual. Eu preciso saber. Além do mais, se Aro quisesse me matar ele já teria feito isso há muito tempo.


- Nessie... Por favor se cuida.


- Pode deixar tia... e... Eu te amo.


- Eu também te amo.


- Quando chegar eu te ligo.


- Ok!


 


          Certo. Liguei para Gabriel e pedi para ele cancelar todas as minhas reuniões. A viagem não iria durar mais que uma semana. Qualquer virose dava conta disso.


          Se eu disser que Aro ficou surpreso ao me ver eu estaria subestimando sua reação. Ele teria tido um enfarte se ele tivesse um coração.


          Quando eu cheguei em Florença confesso que fiquei preocupada. Precisava encontrar Demetri antes de Félix... Demetri era meu “amigo”, Felix adoraria me matar. Assim como Marcus, Caius e talvez Jane. 


          Nem um, nem outro. Cheguei sem problemas à recepção.


 


- Buon Giorno Gianna.


- Buon Giorno. – Bom... eu estava muito nervosa para continuar falando em italiano.


- Eu quero falar com o Aro.


- Sinto muito, mas Aro não poderá recepcioná-la.


- Poderá sim, diga a ele que Renesmee Cullen deseja vê-lo.


- Sinto muito mesmo, mas ele não poderá atendê-la.


- Poderá sim Gianna. Grazie. – Olhei para ver quem havia interferido. Era Alec.


- Renesmee. Há quanto tempo. – Ele me disse sorrindo.


- Verdade Alec. Aro decidiu não me fazer mais convites irrecusáveis.


- Você estava ocupada demais para nós. – Ele disse triste.


- De fato. – Respondi.


- Aro está? – Nem parecia que eu estava visitando vampiros, mas sim um antigo amigo. Aro não era mal. Não comigo pelo menos.


- Para você ele sempre está.


 


          Caminhamos para dentro do castelo.


 


- Renesmee minha querida. – Aro veio pro meu lado com a mão estendida.


- Olá Aro. – Lhe surpreendi com um abraço. Não podia deixá-lo ver minhas memórias. Eu sou louca mesmo. Abraçar um vampiro.


- A que devo a honra?


- Er... Aro... Eu preciso lhe perguntar uma coisinha. – Ele me olhou desconfiado.


- O que você tem contra o Lestat?


- Ah... Minha querida... Não tenho nada contra seu novo vampiro favorito.


- Não foi o que pareceu aquela noite em Havana.


- Coisas do passado minha querida. Coisas do passado. – Certo... Coisas do passado... Será que eles não poderiam simplesmente me colocar a par da situação?


- Engraçado.


- O que é engraçado querida?


- Foi o que ele me disse quando me abandonou. – O que afinal eu tinha na cabeça. Confessando que eu estava sozinha? Eu era uma presa fácil.


- Ele te abandonou?


- Sim. Tinha que resolver algo do passado. Você deve saber o que é Aro. Por favor, me conte. – Eu disse meio que suplicante.


- Querida eu não sei o que ele foi resolver.


- Sabe sim Aro. Você sabe tudo. Por que ele estava aqui na noite em que Nahuel me atacou e por que você mandou um hibrido me matar? Por que minha vida está assim? – Cai chorando. Senti as mão gélidas de Alec me erguendo. Eu estava em estado de choque. Fiz menção para ele me soltar. Eu queria ir embora.


- Renesmee querida... Você não vai sair nesse estado e eu não mandei ninguém lhe matar. Eu jamais faria isso. – Certo... Se ele quisesse me fazer acreditar não deveria ser tão cínico. Jamais é muito tempo.


- Certo. – Tentei me recompor.


- Tome minha querida. – Aro me entregou um livro de capa vermelha com uma boca com duas presas e sangue escorrendo. Aquilo era irônico. Nós sabíamos que vampiros não tinham presas de fato.


- O que é isso?


- A resposta para suas dúvidas sobre seu namoradinho. Boa Sorte.


- Demetri. Leve nossa pequena Sta. Cullen até o aeroporto. – Nem vi Demetri entrar na sala.


- Sim meu senhor.


 


          Com Demetri era mais fácil. Ele era legal. De verdade eu senti falta dos velhos tempos. Me concentrei na capa do livro que Aro havia me dado. “A Rainha dos Condenados” autora: Anne Ricce.


 


- Você quer que eu o ache? - A voz de Demetri interrompeu meus pensamentos. O olhei como quem exigisse uma explicação.


- Eu sou um rastreador Renesmee, lembra? – Na verdade eu tinha me esquecido desse pequeno detalhe. Demetri poderia me dizer onde ele estava e então eu poderia ir procurá-lo.


- Não. Se ele quisesse me ver me diria onde está. – Disse tão decidida que quase convencia a mim mesma.


- Mas... Só por curiosidade... Ele está vivo?


- Sim.


 


          Chegamos ao aeroporto. Parte do meu dia tinha sido salvo. Ele estava vivo. Mas ainda não tinha dado tempo de ele morrer de fato. Foram poucas semanas.


 


- Demetri...


- Sim.


- Promete que vai me visitar? – Não era isso que eu iria perguntar, mas eu ainda tinha dúvidas se eu queria saber onde ele está.


- Você quer que eu vá te visitar?


- Sim...


- Por...?


- Ah... Nunca se sabe quando precisaremos de um rastreador. – Ele riu.


- Ótimo. Vou virar babá de vampiro.


- Pára... Você sabe que eu gosto de sua companhia Demetri.


- Não é seguro eu ficar tão perto do seu cheiro Renesmee. O aroma de seu sangue é muito poderoso.


- Eu não me importo. Se você tentar me morder eu te mordo antes. – Nós rimos.


- Certo.


- Promete?


- Prometo.


 


           Nos abraçamos e eu entrei no avião. Abri o livro quando o avião decolou, mas o sono bateu e eu adormeci antes do fim da primeira página.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por acompanharem a fic...
Beijos a todos... e...
Deixem reviews...