A Stranger - Season 3 escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 23
3x21 - I See You In My Dreams


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial para "BiaDark"
Espero que gostem!! ;3



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NARRADOR: TERCEIRA PESSOA

Calor. Era isso que ela poderia dizer que estava sentindo quando sentiu os lábios dele encontrando o seu. Era a mesma sensação para ele, também. E aquilo estava os levando a loucura.

Quando se afastaram, olharam-se nos olhos. Ela sorriu um tanto ofegante e o sorriso safado se formou nos lábios dele, acompanhado pelos ollhos azuis tão iluminados. Os braços dela lhe rodearam a cintura, enquanto ele tinha suas mãos pesadas afagando de soleio o rosto pequeno e delicado dela.

– Damon. – ela sussurrou seu nome, mas ele sabia que aquela não era sua voz e fez uma careta – Damon, está me ouvindo.

Quando insistiu novamente, Charlotte finalmente foi notada pelo moreno de olhos azuis. Damon encontrou os olhos da vampira que há semanas vem morando com ele.

– O que aconteceu? – a morena perguntou, espantada.

Damon não entendeu, percebeu que novamente veio a ter aquele sonho, desta vez ele estava acordado. Desta vez ele sooube que ela era aquela nova garota da cidade.

Ele olhou novamente para Charlie e sentiu um incomodo na mão direita e ele viu o hematoma se curando graças ao vampirismo e seu copo de vidro estilhaçado.

– Eu não tenho ideia. – ele soprou as palavras, assustado consigo mesmo.

PDV MELISSA

Foi uma viagem longa de Nova Iorque até essa cidade que sempre tentei fugir. Não foi como se meu tio Louis e minha tia Jane tivessem me arrastado até aqui a força. Eu já tinha 18 anos e eles já me deram liberdade de escolha.

Além do mais, a ideia foi simplesmente minha. Eu gostava de Mystic Falls tanto quanto de Nova Iorque. Mas havia uma grande diferença entre cada uma. Afinal, não foi em Nova Iorque que meus pais foram assassinados.

Eliminei os pensamentos mórbidos, Jane me faria ler mais alguns versos da Bíblia que deveriam me servir de inspiração, porém só me deixariam mais frustrada e com tédio. Sempre finjo que as palavras me serviram de apoio moral, assim Jane sai vitoriosa e volta a louvar a Deus por meio de canticos.

Eu invejava minha tia pela sua fé e crença, era totalmente o oposto de mim. Sei que Alguém lá em cima cuidava de todos nós, mas me recusava a acreditar que Este Alguém viu a morte de pessoas tão importante para mim e não impediu.

Novamente elimino os pensamentos a caminho de um tal bar famoso pela cidade. Se Jane soubesse que sai de casa sem levar documentos, ela não me daria liberdade de escolha e me prenderia em casa por um bom tempo.

Tinha adorado nossa nova casa, na verdade um apartamento. Era confortável e meu quarto era maior que meu quarto em Nova Iorque. Sabia que só utilizaria meu quarto durante o verão, em breve terei de dividir meu quarto com uma ou duas garotas num campus da faculdade que pretendia fazer.

Faculdade sempre foi o plano de meus pais para mim, meus estudos sempre foram importante para eles. De tal forma, com doze anos, fui arrancada de Mystic Falls e comecei a estudar fora. Adorei o tempo que passei no Canadá, mas após a morte de meus pais, no início desse ano, voltei para o solo americano. Mesmo que eu não conseguisse participar do velório deles, eu cheguei a vir a Mystic Falls, mas ao saber que essa cidade foi o cenário da morte daqueles que sempre me amaram a cima de tudo, parti sem rumo até que meu tio Louis se decicou a cuidar de minha tutela até o fim do semestre, quando eu finalmente completasse 18 anos.

Mesmo que eu já tenha completado a idade, continuo morando com eles e eles nunca reclamaram. No decorrer dos meses, criei mais afinidade com meu tio e este passou a cuidar de mim como filha, não mais como o irmão mais novo de meu pai.

Para me tirar do transe, percebo no meio do caminho, dentre a praça movimentada de Mystic Falls, que estou sendo vigiada logo a frente.

Eu cancelo minha caminhada quando vejo sua expressão tão assombra e sombria. Os olhos azuis como céu eram o destaque de seu rosto pálido feito porcelana e os cabelos lisos numa cor tão escura quanto a noite.

A medida que a população se moveu a minha frente eu me vi olhando para o vazio do outro lado e minhas pernas endurecidas feito pedras de mármore. Suspirei inconformada e olhei a minha volta. Estava sozinha em Mystic Falls.

O mais assustador não foi ser vigiada por aquele homem, o mais assustador foi ter a certeza de que os sonhos que venho tendo trazem não um homem desconhecido, trazem este homem.

PDV DEMI

– O que há com você? – pergunta Elena, preocupada.

Estou deitada sobre minha cama, olhando constantemente ao teto sobre mim enquanto meus pensamentos fogem de um lugar para o outro. Fogem para meu presente, meu passado e a minha outra vida.

– Elena, posso lhe perguntar algo? Você jura que me será verdadeira? – pergunto, fitando o teto, sem cortar a ligação.

Elena sentou-se ao meu lado instantaeamente e logo também se deitou. Fitamos ao teto juntas.

– Mas é claro que serei. – ela respondeu, amistosa.

Soltei um longo suspiro ao tempo que aprontava minhas falas.

– O que houve entre Damon e eu, realmente?

Senti a surpresa vinda de Elena, ela ficou quieta enquanto provavelmente pen¨sava na minha resposta. Com sinceridade, eu esperava.

– Bom... Você o amava. – ela falou, tranquila.

– E eu estava com Elijah? – perguntei, chateada. Aliás, onde está Elijah?

– É complicado. – ela suspirou, cansada.

– É a minha história.

Elena ficou quieta novamente e depois nós duas nos olhamos ao mesmo tempo.

– Você tem razão. – ela concordou, revirando seus olhos – Você amava a Damon, desde o momento que você o conheceu. Confesso, que as atitudes de vocês dois demonstravam outra coisa.

Ela me deu um sorrisinho meio bobo, no qual não consegui decifrar.

– Vocês viviam discutindo, Damon te irritava e você sempre tão... mimada. – ela riu de leve e fiquei surpresa – Mas Damon estava realmente precisando de alguém na vida dele e quando você chegou... Damon mudou radicalmente. E, Demi, você estava sofrendo, tinha perdido os pais e se via envolvida num mundo sobrenatural. As coisas foram ficando mais forte entre vocês, mas tinha um problema.

– Qual? – pergunto, duvidosa. Elena suspira, receosa sobre o que contar.

– Damon e eu sentíamos alguma coisa um pelo outro.

PDV BONNIE

– Ficou sabendo da nova garota na cidade? – falou Charlotte, guardando seu último livro dentro do armário.

Com o passar dos dias, Charlotte e eu tínhamos nos tornado amigas e vivíamos juntas. Eu gostava de tê-la conosco na cidade, ela era divertida e tinha um espírito amigável e aventureiro. Com um jeito tranquila e tímida, Charlie já tinha conquistado alguns garotos, tal como Matt, que se via envolvido entre Charlotte e Rebekah.

– Nova garota? – pergunto, confusa.

Charlie afirma com a cabeça e nos viramos na direção da nossa próxima aula, juntas. Ela arrum seu penteado e deixa o cabelo preso no topo de sua cabeça, num coque desleixado.

– Sim, chegou hoje no colégio. – ela afirmou, relaxada – Se eu não me engano, ela se chama Melissa Scott.

Meus olhos deram uma leve arregalada brevemente.

– Melissa Scott? – pergunto, surpresa e Charlie concorda novamente com a cabeça – Acho que conheço esse nome, não me recordo muito bem.

Entramos na sala e Charlie preferiu sentar- ao fim da sala. Eu a acompanhei. Devido Demi estar sem cabeça e sem memória para vir ao colégio, por pelo menos alguns dias, eu não poderia sentar-me com ela, como de costume. Elena era provável que ficaria com a prima hoje. Caroline não dividia essa aula comigo, e deveria estar numa outra aula com Rebekah.

– Veja, Bonnie. – sussurrou Charlie, próxima de meu ouvido e sua cabeça endireitou-se na direção da pessoa recente na sala.

Ela tinha os cabelos negros até um palmo a baixo dos ombros, era magra com uma pele pálida de tão branca. Os olhos claros, mas eu tinha quase a certeza de que eram lentes.

A garota nova sentou-se numa das primeiras cadeiras livres e quieta alí ficou. Era aula de história, com Alaric. O mesmo, ao longo que entrou na sala, fico surpreso com a nova garota.

– Acho que te conheço de algum lugar, mas você não é daqui, certo? – falou Alaric, puxando os olhares de quase toda a turma. A garota balançou a cabeça e negou.

– Meu nome é Melissa Scott. – ela apresentou-se – Eu vim de Nova Iorque, o senhor me deu aula há três anos lá.

Alaric pareceu esforçar sua memória e no instante seguinte sorriu de acordo.

– Bom, então seja bem vinda a Mystic Falls, Melissa. É uma grande surpresa tê-la comigo novamente. Espero que suas notas continuem altas, como eram, agora me recordo de você.

Alaric sorriu enquanto Melissa soltava uma risada baixa. Quando Melissa virou-se para trás, a fim de colocar sua bolsa no encosto da cadeira, nossos olhos se encontraram e no mesmo minuto eu tive uma sensação tão horrível quanto ficar se respirar.

Ao contrário do que imaginei, passou despercebido para qualquer um e logo Melissa já se encontrava de costas para mim e juntando seu material sobre a mesa. Olhei para Charlie, a tal envolvida nos próprios marcadores que ela estava sempre a destacar nas páginas dos livros.

Quando olhei de volta para Melissa não consegui imaginar o que de mais poderia ter ocorrido aqui. Suspirei cansada e deitei minha cabeça na mesa. Alaric já ditava os acontecimentos históricos durante a Segunda Guerra e eu odiava essa matéria.

– Bonnie

Eu abri meus olhos e me encontrei numa sala tão antiga que os móveis estavam repletos de pó e um cheiro desagradável. Era como se algum animal estivesse morto por perto. Ouço gritos de alguém sendo torturado, mas não encontro o lugar onde ele possa estar.

Olhei a volta tentando reconhecer o lugar. Dei três passadas para a direita e acabei tropeçando em algo. Quando olhei para trás, meus olhos se arregalaram e meu corpo tremeu dos pés a cabeça.

Bonnie, você precisa encontrar Elijah.

Ele falou, um tanto desesperado. Semicerrei meus olhos, ainda tremendo, ouvindo aquela pessoa sendo torturada, quase não consegui dizer a próxima frase:

– Jeremy? Oh, meu Deus, Jeremy! – eu estava desequilibrada, não acreditava naquilo e Jeremy estava tão sério.

Ele me olhou nos olhos, por um instante quis abraçá-lo ou tocá-lo, mas Jeremy tomou o último ato primeiro. Quando suas mãos tocaram em meus ombros, eu senti seu toque tão suave e frio.

– Como...? – tentei ser racional, ainda assim não cheguei a alguma conclusão. Já não escuto mais os gritos.

– Bonnie, alguma coisa está acontecendo, todos nós corremos perigo.

– Mas... – e minha voz não saiu – Jeremy... você estava morto.

Eu ainda estou Bonnie, mesmo assim, corro tanto perigo quanto você e os outros.

– O que está acontecendo?

– Assíria. Ela não poderia ter voltado, houve um desequilíbrio. O ritual trouxe danos, agora que Assíria está viva, ela está planejando algo muito ruim. Bonnie, você pecisa encontrar o Elijah.

– Elijah? Por quê? Jeremy, o que está havendo?

– Bonnie, acorde e encontre o Elijah. Bonnie, acorda.

Jer me segura com certa força e sinto sua mão tão pesada contra meu ombro.

– Bonnie, acorda!

– Bonnie!

Quando percebi, eu estava na sala de aula, novamente. Meus olhos estavam vagos enquanto minha mente raciocinava. Alaric ainda segurava meus ombros e toda a sala presenciava-me tão ilúcida. Pisco desorientada e sei que aquilo foi mais real do que imagino. Me recordava perfeitamente do lugar, dos gritos e de Jeremy. Quando notei Melissa Scott me olhando assustada, aquela sensação horrivel voltou e tive a certeza de que havia algo de errado com aquela garota.

PDV DEMI

Não importava, as palavras de Elena não me saiam da cabeça.

– Você se tornou outra pessoa, Demi, a imortalidade trouxe Ághata em vida. Você se tornou ela, você é ela.

Balancei minha cabeça com angustia e me olhei no espelho. O rosto tão pálido e frágil, o cabelo embaraçado e minha respiração ofegante.

– Elena, eu matei alguém?

– Foi na sua transformação, você estava descontrolada.

Elena anseou tanto para me responder, ela parecia com tanto medo. Talvez medo de mim. Eu tinha tirado vidas.

Percebi algo escondido de trás do espelho. Era um pedaço de papel. Com minhas mãos trêmulas, eu o retiro de lá e o coloco sobre a mobília. Gentilment, vou o abrindo até deixá-lo aberto e exposto a ponto de mostrar que se trata de uma notícia num pedaço de jornal.

“Jared e Olívia Scott são encontrados mortos”

Meu corpo cai sobre minha cama e sinto as lágrimas queimando meu rosto. Eu os matei. Eu sou uma assassina. Eu sou um monstro.

Infelizmente, eu não conseguia ficar parada num lugar apenas e quando percebi lá estava eu andando de um lado para o outro pelo meu quarto. Assassina. Assassina. E lá estava meu subconsciente gritando tão alto que me deixava com dores de cabeça.

Olhei para o espelho novamente, eu via uma assassina alí. Pessoas perderam suas vidas, outros perderam os amigos e ou familia por minha culpa.

Meu punho foi de encontro ao espelho e o fiz rachar-se, ao mesmo tempo em que se manchou com sangue. Meu sangue.

Olhei para meu punho, sentindo toda a dor de ter rasgado minha pele contra o espelho. Gemi contorcendo meu corpo e fechei meus olhos.

– Ághata.

– Não... Não! – gemi, descontrolada – É Demitria!

Abri meus olhos, furiosa e deparei com um novo reflexo distorcido e quebrado. Pisquei atônita e virei-me para trás.

– Ághata, você precisa me ajudar.

– Elijah? – sussurro, assustada.

Era Elijah a minha frente. Com sua aparência grotesca, a pele numa cor horrível. Era como cinzas. Pisco algumas vezes e dou uma leve passada para trás.

– Eu preciso da sua ajuda, Aghata. – ele diz, desconcentrado.

PDV DAMON

Caminho entre os alunos tagarelos, agitados e outros hesitantes. Não dou a mínima para os olhares maliciosos das garotas de hormônios a flor da pele, apenas continuo a seguir no meu caminho.

Estávamos chegando próximos ao meio dia, em breve todas as turmas sairiam e seria um caos de adolescentes pelas redondezas desse colégio.

Para minha sorte, não precisei muito para encontrar a bruxa Bennett. Alí estava ela, acompanhada por Charlotte e Alaric, ambos em volta de uma mesa e parecendo aflitos.

– Mais problemas, hum, nem imaginava. Mas você precisa se concentrar num outro problema, Bennett. – falei, sentando-me na mesa, no meio de Bonnie e Charlotte. Os três me olharam surpresos.

– Damon, aconteceu algo muito estranho. – falou Charlie, assustada.

– De fato, - concordei, tranquilo – não é uma novidade, acostume-se, priminha.

Lancei-lhe um sorriso irônico e ela suspirou olhando para Bonnie de volta.

– Bonnie, quero que você descubra quem é essa nova garota que chegou na cidade. – falei, convicto.

– Por que não faz isso você mesmo? – perguntou, Alaric.

– Bem, eu já fiz. Descobri quem é ela: Melissa Scott, chegou há pouco menos de três dias e vêm me assombrando nos meus sonhos há algumas noites. – dei de ombros e os três me olharam assustados.

– Então é com ela que você vem tendo esses sonhos? – perguntou Charlie, espantada.

– Que tipo de sonhos? – perguntou Bonnie.

– Eróticos. – dei de ombros e recebi olhares incomodos dos três – Vamos lá, o que importa? Eu nunca vi essa garota na minha vida e justo agora venho sonhando com ela?

Todos ficaram quietos, como se tivessem algo a contar. Bonnie, ao contrário dos outros, estava pensativa, procurando respostas de algo para si mesma. Eu queria as respostas, então seria muito bom se a bruxa compartilhasse.

– Eu vi Jeremy. – falou a bruxinha, atordoada – Algo de ruim está acontecendo. Jeremy me disse isso. A volta de Assíria trouxe danos. – ela olhou para o vazio – Algo de ruim vai acontecer com todos nós e eu preciso encontrar Elijah.

Elijah?

– Elijah? – libero os pensamentos e ela fica quieta – O que Elijah tem a ver?

– Eu não sei. Eu só sei que eu só consegui conversar com Jeremy após ter encontrado os olhos de Melissa. Foi como se Melissa tivesse feito isso... Eu não sei explicar.

– E por que você precisa encontrar Elijah? – pergunto, confuso e sentindo a presença de alguém cada vez mais perto, até que esse alguém diz algo por trás de mim:

– Por que ele precisa de ajuda. – falou, Demitria.

Suspirei, cansado. O que poderia ter acontecido desta vez? Demitria ficou mais perto, com seus cabelos embaraçados e presos num coque desleixado no topo de sua cabeça. Demi tinha uma aparência cansada e os olhos inchados, estava com os lábios tremendo e eu sentia seus batimentos fracos e seu nervosismo. Notei algo no seu punho esquerdo. Demi tinha a mão enfaixada, ainda assim eu sentia um forte cheiro de sangue.

– Bonnie, nós precisamos encontrar Elijah. Ele precisa de mim. – falou Demitria, desesperada.

PDV PETER

Mary finalmente tinha deixado-me para seguir com seu dia a dia. Eu fîquei devidamente grato por isso. Minha irmã estava me tratando como se eu fosse um bebê na fase em que aprende a andar.

Eu sabia que Mary estava apenas cuidando de mim, mas eu cuidei de mim por muitos anos. Com a ajuda de Benedetto, é claro.

Mas isso não importava, Mary finalmente tinha me deixado sozinho e eu tinha ido ao colégio. Ela também viera, mas agora estaava distraída na sua aula com a Caroline Forbes.

Hoje era o teste para entrar no time e eu, é claro, não perderia. Desde cedo, Benedetto me influenciou a ser ativo e a praticar esportes. Com a evolução do homem, eu estava sempre me inovando, aos poucos fui chegando no futebol americano até mesmo no basquete. Entretanto eu curtia mais o futebol americano.

– Boa sorte nos testes. – falou Matt, em seguida sua mão apetou meu ombro.

– Hum, obrigado. – falei, e alcancei minhas luvas.

– Vai ser bom, alguém para ficar no lugar do Stefan. – falou Tyler Lockwood, dando de ombros também apertou meu ombro, para em seguida sair do vestuário.

Quando me vi pronto e sozinho, respirei profundamente. Eu tinha um alto controle muito horrível e estava sempre furioso. Tiinha que me acalmar a todo instante, se eu não quisesse machucar alguém.

Alguém moveu muito rápido dentro do vestuário e em seguida se escondeu. Olhei sobre meu ombro direito e a presença de alguém estava explícito.

– Peter? – chamou Elena, adentrando no vestuário.

Mesmo vindo tão convicta, eu a ignorei e no mesmo instante avancei na criatura que se escondia na parte escura do vestuário. Ela conseguiu escapar de minhas mãos e em seguida senti um arranhão passando por minha cintura. Rugi enraivado, entretanto cai contra a parede.

– Peter! – Elena gritou, assustada e a vi vir na minha direção.

Antes de Elena conseguir chegar perto de mim o suficiente, ela foi puxada por aquela criatura e seu corpo também caiu contra a outra parede. Ainda sentia o corte das garras na minha cintura demorando para cicatrizarem e gemi com dor.

Elena e eu nos olhamos e nós dois parecemos ter a mesma ideia juntos. Ao ficarmos de pé, presenciamos os sapatos femininos saindo da escuridão e o corpo ficando mais explícitos. Senti meu rosto se transformar e Elena fez o mesmo.

– Parem! – gritou nossa agressora, finalmente de expondo.

Seus cabelos castanhos claros caiam ondulados até os ombros. Eu a vi guardar suas garras e arrumar sua própria jaqueta.

– Eu só vim para conversar. – concluiu a híbrida.

– Emily. – sussurrei seu nome, assustado.

– Eu quero saber, onde está Assíria?

PDV DEMI

– Eu consegui isso. – falou Caroline, trazendo então um cardigã vermelho em mãos.

Bonnie, até então que se encontrava imerse, se aprontou de imediato para retirar o veste da mão de Caroline e junta-lo com seus objetos de magia. A mesa na sala vazia que Alaric nos reservou, estava coberta com coisas de magia: velas, livros antigos, um cálice dourado e outras coisas que eu não tinha ideia do nome e seu singnificado.

– Isso serve. – ela falou, desesperada.

Eu observei Bonnie Bennett conjurar palavras numa outra lingua. Ela estava de olhos fechados e ainda assim estava preocupada.

Damon, Rebekah, Alaric e Charlotte também estavam aqui. Rebekah, a odiada por Damon e Caroline, mantinha-se quieta e preocupada com o irmão desaparecido. Ela só estava aqui graças ao nosso chamado, infelizmente, um chamado em vão, já que o sangue de Rebekah não foi páreo o suficiente para Bonnie encontrar Elijah por meio de um feitiço de localização.

Eu ainda me surpreendia com esse sobrenatural a minha volta. Com apenas algumas palavras Bonnie descobrira que Elijah estava mantido por um feitiço de Assíria. E agora com outra palavras de outro idioma, Bonnie tentava descobrir o que Melissa seria.

– Você acha que dará certo? – pergunto, sussurrando, incerta.

Charlie me olha meio incerta também e volta a olhar para Bonnie.

– Eu nunca me dei bem com bruxaria, talvez seja po isso que preferi me tornar vampira. – ela falou, dando de ombros – Caso contrário, eu entenderia muito bem.

– Do que está falando? – pergunto, intrigada.

– Viemos de linhagem bruxa, Ághata. – ela sussurrou, sorrindo – Se não fosse a imortalidade, seríamos igual a Bonnie ou seríamos viajantes como Markos.

– Ághata vem de linhagem diferente, Charlotte. – pronunciou Rebekah Mikaelson, absorta na nossa conversa – Ela é filha do primeiro imortal. Ou o segundo, tanto faz.

– Vocês me disseram que vampiros não podem ter filhos. – falei, confusa.

– E não podem. – negou Charlie – Seu pai não foi um vampiro. Ele era apenas um bruxo com o dom da imortalidade.

Ficamos em silêncio, ou melhor, apenas Bonnie agora dizia. De repente ela ficou quieta, assustada.

Eu não sei. – Bonnie sussurrou e negou com a cabeça – Eu não sei. São apenas números. Eu preciso de mais!

Bonnie então gritou, assustando a todos. Caroline e Charlotte foram mais rápidas, a tempo de conseguir segurar Bonnie, antes da mesma cair no chão. Todos olhamos para Bonnie, que tinha o nariz sangrando e a respiração sofrida.

– Bonnie, o que houve? – perguntou Caroline e as vels se apagaram.

Bonnie arfou de imediato e seus olhos se abriram.

– Alguma coisa ruim está acontecendo do outro lado. – Bonnie falou, com medo – Eu não consigo mais falar com as bruxas mortas, elas estão desaparecendo.

– Como isso é possível? E o que tem a ver com Melissa? – perguntou Damon, irritado.

– Eu não sei. Elas ficaram me dizendo apenas números. – falou Bonnie, desatordoada – Somente números.

– Números? – perguntei, confusa – O que diabos de números?

– Mas onde está Elijah? – perguntou Rebekah, desesperada.

– Eu não sei. Eu não sei. – sussurou a bruxa.

PDV PETER

– E o que você faz aqui, Emily? – pergunto, incrédulo.

Emily está sentada, tranquila. Seus olhos correm de mim, para Elena. Esta última vinha a minha procura e ainda não tinha me dito o porquê.

– Por que você está atrás de Assíria? – pergunta Elena.

– Vocês não estão? – pergunta Emily, serena.

Elena ficou quieta e eu a olhei. Virei meus olhos para Emily novamente e a tal sorriu de lado. Comecei a compreender então que as duas estavam com os mesmos planos. Vieram até a mim para encontrar Assíria.

– O quê? – perguntei, assustado – Por que vocês acham que eu sei onde está Assíria?

– Uma pequena intuição. – falou Emily, sorridente.

– Mas é óbvio que eu não sei onde ela está! – falei, indignado. As duas me olharam incertas.

– Tem certeza? Você foi quem ajudou Verediana, imagino que ela tenha lhe contado alguma coisa. – falou Emily.

Eu observei seu jeito astuto e ela continuou a espera de minha resposta. Assim como Elena.

– O que vocês querem com Assíria? – pergunto, assustado.

Elena solta um suspiro, mas logo se manifesta.

– Ela sabe alguma forma de trazer meu irmão de volta. Eu preciso saber como.

Vi seus olhos convictos, imaginei que ela tinha a certeza de que eu seria sua única esperança de trazer seu irmão de volta. Eu entendia o que Elena passava, quando ajudei Verediana, foi apenas para encontrar minha irmã. Mas eu não sabia com quem estava me envolvendo realmente, ao contrário de Elena.

– Eu estou atrás dela porque preciso de um favor. – falou Emily, tranquila.

Elena e eu nos olhamos, logo em seguida para Emily. Era óbvio sobre qual tipo de favor Emily mencionava e isso me pareceu assustador.

– Você quer deixar de ser híbrida? – pergunto, surpreso.

– É lógico. Klaus pode ter me libertado da dor da transformação, mas com isso perdi minha ligação com minha matilha.

– O que quer dizer com isso? – pergunta Elena, confusa.

– Emily veio de uma linhagem diferente de lobos. – falei, cuidadoso – A matilha dela, por exemplo, pode se comunicar entre si, quando estão em formas de lobo... e, como deve ter percebido, ela não precisa apenas da lua cheia para se transformar em lobo.

Quando terminei de dizer, Emily expos suas garras para fora e nos olhou sorrindo. Vi Elena ficar surpresa e sem conseguir dizer algo.

– E... E de onde vocês se conhecem? – pergunta Elena, intrigada.

Emily e eu nos olhamos. Não fazia muito tempo que nos conhecíamos. Eu mal me lembrava de como Emy acabou na minha cama em Nova Orleans, apenas me lembro de que ela estava a procura da família dela.

– Talvez seja uma longa história. – falou Emily, audaciosa.

Elena pareceu entender e balançou a cabeça, em concordancia.

– Não precisamos relembrá-la. – falei, incerto.

Ficou um silencio brevemente, até Emily quebrá-lo.

– Então, vai nos contar ou não onde está Assíria? – ela estava impaciente.

– Eu realmente não tenho ideia. – falei – Eu não me recordo de Verediana me contar algo.

Emily batucou as unhas contra o banco e Elena suspirou, desapontada.

– Mas eu posso ajudar vocês a encontrarem.

PDV DEMI

"Certa vez, antes de descobrir que eu era uma bruxa, eu pressenti os números: 8, 14 e 22. E depois esses números me levaram até o nosso antigo professor de história, ele estava morto"

A história contada por Bonnie ficou na minha cabeça e tentei entender aquilo enquanto caminhava sozinha pelos corredores do colégio, onde eu estudo.

"As bruxas apenas me disseram: 56, 7, 17 e 2"

Não tínhamos mais dicas. Se quiséssemos descobrir o que estava acontecendo, tínhamos de descobrir o significado desses números. Se quiséssemos encontrar Elijah, esses números seriam a chave.

Presenciei uma professora sozinha dentro de uma sala, recolhendo seu material que caíra no chão. Sem pensar duas vezes, fui ajudá-la e ela ficou surpresa com a minha chegada.

– Senhorita Gilbert, que surpresa. Contaram-me que a senhorita sofreu... er... Um acidente. - ela disse, encabulada.

Alcançamos tudo que estava no chão e colocamos sobre a mesa.

– É, sim, eu sofri. - concordei, desiquilibrada e ela me olhou chateada.

– Eu sinto muito. Mas você já está bem?

– Eu estou, apenas com a memória um pouco apagada. - temi em dizer aquilo, mas encontrei nada de mais.

– Uh! Espero que as consiga logo, a senhorita é minha melhor aluna. Mesmo estourando nas faltas.

Ela me deu uma piscadela e fiquei sem jeito. Olhei sobre seu ombro, encarando o quadro negro e encontrei diversos números e nomes de elementos químicos. Os números que se destacavam alí eram os mesmos que as bruxas mortas disseram para Bonnie, enquanto esta tentava descobrir algo de Melissa com o cardigã da mesma.

– Meu Deus, o que é isso? - pergunto, assustada e ela olha surpresa para onde aponto.

Ela ri:

– Oras, querida, são apenas os numeros atômicos dos elementos químicos. - ela falou, sorrindo.

– Por que... Por que estão nessa ordem? - pergunto, espantada.

– Ah. - a professora, imagino que de química, pensa por alguns instantes - Imagino que seja o exercício errado que a senhorita Scott deixou. Ela é nova no colégio. Eu pedi para que ela me respondesse uma simples ligação saturada, e ela me escreveu esses números.

– Melissa? - pergunto, assustada, ela concorda - Ah... A senhora pode me passar um giz por favor?

Peço, ainda com espanto. Sem entender, a professora me entrega um giz, em seguida faço as anotações que meu consciente exclarece:

56- Ba; 7- N; 16- S; 2- He

Olho para trás, vejo Bonnie e Charlotte a frente da sala e as duas estão espantadas, duvido que seja tanto quanto eu.

Ba..N...S...He.

O que diabos é isso? Ao revirar minha mente, recordo-me de velhas lendas místicas sobre fadas que tinham a previsão da morte e anunciava a tal por meio de gritos. Elas eram chamadas de Banshee.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, esse capítulo foi em especial para BiaDark pois ela fez uma p e r f e i t a recomendação para a história. Obrigada de todo meu coração, meu amor!! Espero realmente estar deixando a história de seu agrado e do agrado das outras que acompanham a história também!!
Mas então... O que acharam desse capítulo? Sei que Demitria é a principal da história, mas venho focando noutros personagens também, só para não ficar "clichê", tudo bem?
A história tem alguns capítulos pela frente e eu juro que serão melhores!! Não sei o quão bom ficou este capítulo, mas de 0 a 10, qual nota vocês o daria?
Sejam sinceras, meninas!!
Estou aguardando os comentário e só volto após eles chegarem ou alguma recomendação também :3
Mil bjs e flores!! Até a próxima!!
XOXO



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