Era cedo e o sol brilhava lá fora.Black Jack lia o jornal na varanda,na esperança de achar algum anuncio sobre o desaparecimento de uma moça que fosse com as mesmas características que sua paciente.Pinoko fazia um café,que cheirava pela casa toda.

-Chencheiiiiiiiiiiii!!!!!!!!

Ele se levantou assustado e correiu para onde a menina havia gritado,ficou aliviado ao ver que ela estava bem,a moça acabara de acordar.

-Bom dia. - Falou Pinoko feliz.

-Bom...dia... - Disse ela devagar olhando o quarto.

-Está se sentindo bem? - Perguntou o médico.

-Acho que sim. - Falou ela confusa. - O que estou fazendo aqui?

-Meu nome é Black Jack,ontem a noite por um descuido te atropelei.

-Hum... - Falou ela parecendo vazia.

-E eu sou Pinoko. - Falou a pequena. ­  - Qual o seu nome?

Ela pareceu ainda mais confusa.

-Não...não me lembro...vocês me conhecem?

Os dois se olharam espatados,ela perdeu a memória.

-Não,como disse nós te atropelamos,você corria na chuva...Não lembra de nada.

Ela parou para pensar.

-Não,não me lembro de nada,nadinha... - Ela riu nervosa. - Desculpe,acho que estou sendo um encomodo certo?

-Não! - Falou Pinoko,rápido,assustando até mesmo o doutor. - Não mesmo!Está com fome?

-Hum...acho que sim,sim!

-Vou fazer um lanche! - E saiu correndo.

-Não está mentindo... - Falou ele seco.

-Não,só parece que está tudo nebuloso.

-Hum...Deixe-me ver o corte da cabeça,como está... - Ele tirou algumas bandagens. - Doí?

-Um pouco,mas nada demais.

-Isso é bom,mas temos que descobrir quem você é,até para que possa me pagar a conta.

-Conta?

-Isso,o valor do meu serviço.

-Hum...até lá,o que eu faço?

Pinoko abriu a porta,com uma bandeja,estava feliz com o seu resultado,os sanduiches estavam lindos (em formato de coelhos!)!E claro que levou uma xícara de café para seu Doc.

-Obrigada!

Ela começou muito rápido.

-Estava com fome...

-Desculpe meus modos. - Disse ela ficando vermelha.

-Chenchei,temos que ter um nome para ela?

-Verdade...Qual nome gosta?

-Hum... - Ele começou a pensar. - Não sei,Pinoko-chan pode me dar um nome?

Os olhos dela brilharam.

-Verdade?

-Hai,hai.

-Vejamos... - Começou a menina com a mão no queixo. - Um nome para você...que tal...Anju!*

-Anju...Anju...Eu gostei!

As duas riam da situação.

-Bom,parece que estou sobrando aqui,então Pinoko ajude Anju sim,vou sair.

-Sair,onde vai Chenchei?

-Resolver algumas coisas,mas volto logo.

As duas voltaram a conversar,como se fossem velhas conhecidas,em pouco tempo elas estavam andando pela casa,arrumando tudo.

-Ele é seu pai? - Falou Anju pegando um prato para secar.

-Não,é meu marido.

-Marido?

-Não parece mais eu tenho dezoito anos!. - Disse a pequena feliz,inflando o peito. - Você deve ter essa idade também Anju.

-Mas...porque é tão pequena,digo,devia ser...diferente. - Falou a outra sem jeito.

-Ha...É uma história longa,outra hora eu te conto. - Falou ela um pouco triste,afinal era uma hisótia que ela queria esquecer.

-Desculpe...não queria que ficasse triste Pinoko-Chan.

-Tudo bem.

-Aonde será que ele foi?

-Obrigado por me receber,tão encima da hora...

-Sem problemas,mas o que te trás aqui,minha vontade era de que viesse aqui com algemas!

-Bom...reconhece esta moça? - Bj passou uma fotografia para o detetive,ele olhou e olhou mais de perto.

-Aonde ela está?

-Na minha casa,houve um acidente,eu a levei para casa e ela está desmemoriada.

-Hum...ela não me lembra alguém em especial,e ninguém veio até aqui falando em desaparecimentos ultimamente.

Ele parou para pensar,até que seus olhos cairam novamente na foto,a moça estava dormindo tranquila na imagem.

“Quem é você?”

-Olha Bj,acho que é mais fácil se colocar uma foto dela,ali,claro que uma dela acordada.

O detetive apontou para um mural,haviam poucas fotos e um encarte escrito “Desaparecidos”.

-Não é uma má ideia...vou fazer isso.