A chuva estava em pingos grossos,naquela noite as pessoas preferiram ficar no calor de suas casa a sair naquele tempo deplorável.Mas para poder começar a narrar um acontecimento...um tanto estranho,é bom que você leitor,seja levado para um beco no meio desta chuva,junto de uma moça de cabelos ruivos que corria o mais rápido que ela fosse capaz para fugir de seu perseguidor,que tentava atirar na jovem a todo custo.
Por sua vez ela tentava fugir desesperada,corria já com dor no peito por causa do frio,mas ainda assim seus reflexos eram bons o bastante para conseguir fugir dos tiros do homem com o tapa olho.
Ela colocou a mão no bolso no casaco,mas não encontrou nada que pudesse ajuda-la,o telefone devia ter ficado no cativeiro,e o endereço deles ela perdeu também.
Ela entrou em outro beco,escuro,se continuasse por ele ela poderia pegar a via principal e tentar conseguir carona,mesmo que os carros fossem mínimos aquela hora.
E foi correndo como uma maluca,que ela saiu em disparada,sem notar que no mesmo momento um carro preto vinha em sua direção,acertando-a em cheio.

***

Por alguns estante rápidos,os dois olharam espantados para o vidro,nunca algo como aquilo havia acontecido.
-Chenchei?
Pinoko olhou ainda mais assustada,quando Black Jack saiu do carro velozmente,e foi ver o estrago que tinha feito,bom,ele era um médido,não teriam problemas...pelo menos foi o que ele queria acreditar.
Pelo vidro do carro ela viu ele tentar acordar a moça,batidinhas no rosto,nada,sacudiu um pouco nada.
Um sinal vermelho apitou dentro dela,mal sinal?.Teriam eles matado assim,estupidamente uma pessoa?
Por fim,ele a pegou e a trouxe para dentro do carro,a pequena,saiu ao seu auxílio,abrindo a porta do passageiro,ela olhou para ele,no momento era bom manter-se quieta e apenas ajudar.
Ele voltou para dentro do carro,e respirou fundo,ligou o carro e partiu para sua casa,antes que fosse pior.

Já na casa sob a falesia,o vento estava forte,Largo,latiu feliz ao ver os donos chegarem,mas ficou quieto ao ver que eles não estavam sozinhos.
-Pinoko,abra a porta...
Com passos rápidos a menina,saiu e abriu a porta,sem demora,os dois se viram no pequeno consultório dentro de casa.
Não levou muito tempo,ela não estava em um estado “ruim” ou perigoso,apenas alguns cortes e uma batida na cabeça,mas pelos raio-x não mostrava nada de anormal.
Agora era só esperar.
Pinoko parou a porta, Chenchei estava sentado a sua cadeira na janela tomando o café que ela mesma fez,porque ela estava sentindo pena da moça atropelada?.Ela já viu muitas coisas,cortes horrorendos,doenças medonhas,muito sangue e nunca ficou tão tocada.
-Pinoko...
-Hai!
-Preciso de sua ajuda. - Ele se levantou e pegou o tal “notebook”,que a menina insistiu que ele comprasse e aposentasse o velho computador. - Tens como ver quem é aquela moça,não tinha nenhum documento com ela.
-Não sei,mas vou tentar! - Falou ela sorrindo,sentando ao lado dele,ligando o aparelho.Como ela gostava de sentir ele perto.
Ela começou tentando em redes sociais,nada,tentou colocar as caracteristicas,nada.
-Bom,vamos ter que esperar ela acordar então,mas o que ela fazia correndo na chuva daquele jeito?
- Chenchei,parecia que estava fujindo.
-Mas do quê? - Ele bebeu o café novamente.
Ela deu nos ombros.
-Vou lá ver como ela está. - Pinoko pulou e saiu correndo em direção ao quarto reservado para os pacientes,ela abriu a porta devagar,ela subiu em um banco devagar.
Ela era uma moça bonita,cabelos ruivos,pele branca e tinha feições calmas.Por um momento Pinoko teve a impressão de que estava olhando para si mesma,se ela fosse capaz de crescer.