Faziam duas semanas que Anju estava na casa,estava mais forte,mas ainda sem memória.Por enxistencia de Pinoko,Black Jack deixou que ela ficasse por mais algum tempo,para se garantir que nada poderia vir acontecer,e quem sabe a foto dela na delegacia viesse a ajudar a esclarecer quem era de fato Anju.

-Cheque-mate!

“-Achuburite!”

-Não acredito! - Falou o médico olhando para o tabuleiro.

As meninas riram.

-Quer tentar de novo?

-Não Anju...não quero deixar você triste,depois de estraçalhar suas jogadas.

-Hum,sei...Bom,Pinoko vamos ao mercado,podemos fazer lasanha!

-Isso!

-Pode ir eu guardo as peças. - Disse ele,vendo as duas sairem pela sala em direção ao quarto de Pinoko,que fez questão de dividir com a jovem.

“Elas estão se dando muito bem...até parecem duas irmãs...irmãs?”

O pensamento dele deu uma reviravolta,as duas eram parecidas,tinham praticamente a mesma idade ,não seria aquela moça a irmã que deixou Pinoko a anos atrás,mas o que ela faria naquela noite chuvosa.

-Estamos saindo Chenchei!

As duas sairam da casa,quando viu que as duas desapareceram de seu campo de visão,ele pegou sua capa preta e correu para o carro,ele tinha que saber.

Ele sem ser anunciado,foi entrando dentro da sala do mini-médico,ele estava ainda mais careca no topo da cabeça.

-Black Jack Sensei!

-Oi miniatura,vou ser bem direto e quero uma resposta satisfatória,quem é a irmã de Pinoko!?

O médico parecia assustado ao ver o homem do dobro do seu tamanho,com olhos saindo fogo.

-Eu...não posso dizer.

-Porque não?

-Por que nem mesmo eu sei quem é!

-Não estou gostando das respostas,onde ela mora?

-Não sei,o que sei dela é pouco,mas garanto que ela está bem guardada.

-Guardada!?

-Olha Sensei,o que sei dela é que é filha de uma pessoa muito importante,que não gosta de pedras nos sapatos,seja qual for seus motivos é melhor esquecer a garota.

-Tem certeza onde ela está?

-Sim.

-Não desapareceu?

-Não,eu a vi hoje pela manhã.

-Porque?

-Exames de rotina.

-Isso não me cheira bem.... - Disse ele penativo.

-O dia está lindo não é Pinoko.

-Hai!Poderiamos passar no Tom e tomar um sorvete!

-Antes de almoçar?

-Qual o problema?

-E se sensei não gostar?

-Ele nem precisa saber... - Disse a pequena,já puxando a mão de Anju. - Vamos lá!

-Ok,mas um sorvete pequeno.

As duas caminhavam com as sacolas de compras em direção ao “Tom”.

-Não vem nenhuma lembrança anterior? - Perguntou Pinoko ao seu lado.

-Não...mas eu queria saber algo,por que me sinto...vazia.

-Anju...ouvi você falar com o Chenchei,você vai mesmo embora não?

-Bom,é...mas ele disse que vai me emprestar algum dinheiro...Claro que depois vai cobrar com juros.

-Estive pensando... - Disse a pequena parando a frente de Anju. - E se trabalhar para o Chenchei?

-Como?

-Isso!Daí pode ficar lá em casa.

Anju estava feliz com o que Pinoko havia falado a ela,a menina gostava muito dela,e já havia lhe ajudado bastante quando começou a voltar a si.Seja quem quer que ela fosse na realidade,nunca queria perder Pinoko.

-Não sei...mas,não é má ideia! - Falou ela sorrindo,as duas deram-se as mãos e sairam em direção ao Tom,mas a algumas quadras foram barradas por um homem de roupa preta e um tapa olho.

-Te achei... - Sem ser intimidado por ser de dia,levantou uma pequena arma na direção das duas.