Slytherins Heiress escrita por HannahHell


Capítulo 13
Capítulo 12: Instinto.




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“Chamou-me, Diretor?” Catherine perguntou entrando na sala de Dumbledore sem bater e se sentou na cadeira à frente do Diretor.

 

“Sim, que bom que você pode vir tão rápido, Catherine” ele comentou a encarando por cima dos óculos meia-lua.

 

“Pelo tom da professora MacGonagall algo não muito agradável aconteceu” a garota deduziu indiferente “fiquei curiosa e decidi que vir o mais rápido possível seria a melhor saída para saciar a minha curiosidade”.

 

“Imaginei, embora achei que ficaria incomodada de ser acordada” ele comentou sorrindo.

 

“Não se preocupe, eu não estava dormindo”.

 

“O Senhor Weasley foi atacado essa noite” Dumbledore foi direto ao ponto “e ficou gravemente ferido”.

 

“O que isso tem a ver comigo?” Catherine perguntou já perdendo todo o interesse na conversa.

 

“Você e Snape são minha conexão com Voldemort, já que Snape está sob a vigilância de Umbridge, e ela pensa que você está do lado dela, imaginei que seria mais fácil te tirar do castelo”.

 

“O que o senhor quer que eu faça? Vá correndo perguntar o que aconteceu para Ele?” ela ironizou rolando os olhos.

 

“Na verdade você pode fazer isso amanhã, gostaria que fosse hoje para a sede” ele respondeu ignorando a ironia dela.

 

“O que você vai falar para a Umbridge?”.

 

“Que um amigo seu de longa data ficou muito doente e que você quis visitá-lo, vou também falar que é do orfanato onde você morava, assim ela não vai querer averiguar”.

 

“Interessante, se ela acreditar que eu tenho algum amigo, ela é mesmo uma idiota” a morena comentou rindo friamente.

 

Dumbledore suspirou e preferiu ignorar o comentário dela e pegou uma pequena chave tão cheia de ferrugem que se tornara inútil “receio que já usou uma chave de portal antes” comentou e apontou a varinha para a chave que soltou um brilho azul.

 

 

“Não achei que você teria tão bom humor, Diretor” ala falou sarcástica “usar uma chave para ser uma chave de portal, muito irônico, devo admitir, chega até ser um pouco engraçado”.

 

            “Achei que ia perceber essa sutil ironia” ele comentou rindo “mandarei suas coisas pela manhã”.

 

            Ao tocar a chave Catherine sentiu um forte puxão atrás do umbigo, o chão sumiu sob seus pés, ao seu redor só via apenas um vórtice de cores difusas sem conseguir distingui-las com clareza, uma lufada de vento bateu por ela, a chave foi puxada adiante e antes de perceber o chão apareceu tão repentinamente que ela perdeu o equilíbrio e caiu sentada.

 

            “Catherine o que faz aqui?” Sirius foi o primeiro a se pronunciar.

 

            Ela estava sentada na entrada da cozinha, com o moreno á sua frente olhando-a curioso com a mão estendida para ajudá-la a se levantar, Gina, Fred, Jorge, Rony e Harry estavam sentados ao redor da mesa tomando silenciosamente uma garrafa de cerveja amanteigada, cada.

 

            “Ordens de Dumbledore” ela respondeu e segurou na mão de Sirius e levantou “mas acho que eles precisam de algo mais forte que cerveja amanteigada”.

 

            “Não tem nada mais forte aqui, Mundungo tomou a última garrafa de uísque de fogo que tinha no armário” Sirius contou enquanto ambos se sentava à mesa.

 

            “Isso é um problema”.

 

            Antes que mais alguém pudesse falar alguma coisa uma erupção de chamas no ar, um pergaminho caiu com um baque surdo na mesa, acompanhado por uma única pena da cauda da fênix.

 

            “Fawkes!” exclamou Sirius na mesma hora, apanhando o pergaminho. “Não é a letra de dumbledore: deve ser uma mensagem de sua mãe tome...”

 

Ele entregou a carta nas mão de Jorge, que rompeu o lacre e leu em voz alta: “Papai ainda está vivo. Estou indo para o St. Mungus agora. Fiquem onde estão. Mandarei notícias assim que puder. Mamãe”.

 

Jorge olhou para todos “ainda esta vivo...” disse lentamente “mas dá a impressão que...”

 

Ele não precisou terminar a frase para que todos entendessem o que queria dizer. Catherine suspirou, todo aquele pessimismo e depressão a deixavam irritada.

 

“Olha, vocês vão mesmo ficar aí com essas caras esperando pelo pior? Ou agindo como se isso acontecesse? Afinal você não são os tão destemidos Grifinórios?” ela se pronunciou o clima pesado e tenso estava começando a afetar “de qualquer maneira, seu pai sabia muito bem o que a missão dele implicava! Estamos numa guerra! Ajam como guerreiros e tentem se animar, afinal aposto que seu pai está bem, já não diz a sabedoria popular: Vaso ruim não quebra?” completou, na sua voz estava uma mistura de irritação com frustração, mas pela primeira vez não soou tão dura e maldosa como de costume.

 

Todos a olharam surpresos, Rony perdeu o pouco de cor que ainda restava em seu rosto e se encolheu mais ainda na cadeira. Gina deu o que parecia ser uma tentativa de sorriso. Sirius sorriu e fez um aceno com a cabeça para Catherine mostrando que até concordava com ela. Harry não fez nada além de olhá-la por um segundo e depois voltou a olhar o nada. Fred e Jorge apenas a encaravam sem saber como responder.

 

“Eu nunca achei que ouviria um consolo de alguém como você, Catherine” Sirius comentou “e embora usando as palavras erradas você disse as coisas certas”.

 

“Obrigada, Black” ela então se levantou “Você precisam comer algo” ela começou a procurar pelos armários “não tem nada doce por aqui, Black?”.

 

“Desculpa, não sou muito fã de doces” Sirius deu de ombros.

 

Ela soltou um tipo de reclamação que ninguém entendeu, parecia ser em outra língua “Tem algum marcado perto? Eles precisam de pelo menos alguns potes de sorvete”.

 

“Tem um posto descendo umas três quadras, pelo que me lembro a loja de conveniência costuma ficar aberta 24 horas”.

 

Ela acenou com a cabeça e saiu da cozinha, minutos depois ouviram o som da porta da frente ser aberta e logo depois fechada.

 

“Ela está mesmo fazendo isso?” Fred se surpreendeu assim que ela saiu.

 

“Acho que sim, ela pode não compreender ou sentir qualquer tipo de sentimento bom, mas ela ainda é uma garota e de alguma forma seu instinto maternal ainda existe” Sirius ponderou.

 

“Isso é muito estranho.” Jorge concluiu.

 

 

Ficaram em silencio até que uns vinte minutos depois Catherine apareceu segurando algumas sacolas e as colocou em cima da mesa.

 

“Vejamos o que você trouxe” Sirius se aproximou e começou a tirar as compras da sacola “três potes de sorvete de chocolate e duas garrafas de whisky, você acho mesmo que eu vou deixar menores beberem isso?”

 

“É uma bebida reconfortante, é forte e te dá uma sensação quente depois que você bebe o que é bom quando se está numa situação psicologicamente ruim, e levando em conta que o chocolate estimula a produção de serotinina eles vão se sentir melhor depois de beber e comer o que eu trouxe” ela retrucou enquanto fazia copos, talheres e potes voarem pela cozinha e pararem da frente de cada um deles.

 

“Ainda acho que deixa-los bêbados não é a melhor opção” embora tenha comentado isso Sirius não impediu a garota enquanto ela fazia várias bolas de sorvete enxerem os potes e enchia os copos com a bebida.

 

“À saúde do Senhor Weasley, o vaso que com certeza não irá quebrar tão cedo” Catherine disse no seu tom de voz indiferente normal levantando o seu copo.

 

Todos levantaram os copos e depois tomaram um gole da bebida, para os mais novos o gosto foi um tanto forte, mas para os mais velhos foi apenas uma gosto conhecido.

 

“Catherine, por que você está fazendo isso?” Fred perguntou depois de um tempo.

 

“Um exercido com a moral baixa é um exército fadado à derrota, vocês não podem se deixar abalar não importa o que aconteça” ela explicou vagamente.

 

“Acho que o que ela quis dizer é que não teremos chances de vencer essa guerra se toda vez que algo acontecer com alguém próximo nós perdermos a cabeça” Sirius deduziu.

 

“De fato, foi exatamente isso que eu quis dizer”.

 

Todos permaneciam em silencio enquanto bebiam e comiam, lá pelas quatro da manhã tanto o sorvete como o wisky havia acabado, mas nenhum deles parecia estar bêbedo, na realidade eles estavam apenas mais calmos e pareciam recuperar lentamente o ânimo, embora não falassem nada não pareciam mais tão abatidos.

 

Fred e Jorge haviam adormecido, Gina se enroscou como um gato na cadeira, mas mantinha os olhos abertos, Rony deitara-se com a cabeça nas mãe e não se podia dizer se estava dormindo ou acordado. Harry, Cath e Sirius ficaram apenas assistindo.

 

“Vou me livrar disso aqui, Molly não irá apreciar ver essas garrafas vazias” Sirius comentou e pegou as embalagens vazias as jogando no lixo.

 

Às cinco horas da manhã a Sra. Weasley entrou e Catherine deliberadamente se levantou e saiu da cozinha, não queria participar daquele momento em família, na realidade por ela ainda estaria em Hogwarts, se não fosse por Dumbledore.

 

De qualquer maneira ela subiu algumas escadas e entrou na biblioteca da casa e se sentou no velho e empoeirado piano, tirou a proteção de madeira e tocou uma nota para ver se o instrumento estava afinado.

 

Pelo som perfeitamente grave que produziu, ela deduziu que ainda dava para se tocar algo decente no instrumento e começou a tocar qualquer coisa que veio em sua mente.

 


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Notas finais do capítulo

Esse foi um cap direcionado para mostrar que a Cath é, antes de tudo, humana, e ninguém é 100% mal, nem 100%bom, por mais que tentem.
Mandem review espero que vocês gostem o/



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