Batidas na porta foram ouvidas e Catherine deixou seus ‘companheiros’ entrarem,  porém ao invés de entrar apenas as 4 garotas de sempre, Draco Malfoy foi conduzido vendado.

            “Por que diabos eu tive de vim vendado?” o loiro indagou assim que Cath fechou a porta atrás deles.

            “Para você não ficar fofocando por aí onde nos encontramos, ou você pensou que eu ia te dar um voto de confiança assim tão fácil?” Catherine respondeu se divertindo com a confusão do vendado.

            “Posso tirar isso?”.

            “Não” Catherine deu se ombros e sentou “O que te levou a aceitar fazer parte deste... Grupinho?” ela indagou firmemente, e mesmo vendado ele pode sentir o olhar e a força das palavras dela.

            “Você é a garota mais inteligente dessa escola, ninguém sabe nada sobre você, ninguém sabe de onde veio nem para onde vai, não sabem nem se você está do lado de Dumbledore ou do Lorde das Trevas, é uma garota muita fascinante Catherine, e que com certeza conseguirá tudo que deseja” Draco recitou com sua voz arrogante “ você é jovem, logo Dumbledore irá morrer, logo até mesmo o Lorde das Trevas estará velho demais, mas você... Ainda estará no auge, e sabe... Eu quero estar do seu lado quando todos os outros desmoronarem”.

            “Belas palavras... Devo admitir, mas os Malfoy sempre foram conhecidos pela lábia e pela ligeira falta de lealdade”.

            As quatro garotas apenas observavam a conversa dos dois, Samanta estava tão preocupada que ouvia atentamente cada palavra proferida, a espera de um sinal de que Catherine fosse fazer algo contra ele.

            “Um mundo controlado pelos bruxos é um sonho que os Malfoy tem à gerações, mas o Lorde das Trevas está mais preocupado em matar o Potter que não dará tanta atenção á isso, mas você, Catherine, com certeza se focará nisso” Draco terminou, ele estava  sendo sincero, a monitora-Chefe pode ver, não tinha nenhum sinal de mentira.

            “Exato, eu com certeza tenho mais foco que Ele, sabe, Malfoy, você será uma peça muita importante, mas eu ainda preciso saber se você será uma peça confiável” Catherine disse depois de um tempo ponderando.

            “O que quer que eu faça para provar minha lealdade?” o loiro indagou curioso.

            “Por hora nada, pode ir embora te testarei em breve”.

            As garotas se assustaram, acharam que ela ia pedir algo impossível de ser realizado, ou talvez o obrigar a fazer algo muito cruel, mas deixa-lo simplesmente ir embora sem nada de mais... A líder deveria ter algo muito bom em mente, e Samanta não gostou nada dessa expectativa.

            “Então, agora que ele foi, podem fazer os relatos das suas missões?” Catherine pediu assim que o loiro saiu.

            Na manhã seguinte Catherine foi até o Salão Principal, mas ao invés de entrar ela apareceu na porta e chamou Malfoy, que a acompanhou pelos corredores até chegarem num onde ninguém quase passava.

            “Você será testado” ela disse séria com a voz num tom tão baixo que ele tinha de prestar muita atenção para entender.

            “O que quer que eu faça?” Draco perguntou interessado, porém manteve sua voz tão baixa quanto a dela.

            “Suspeito que uma delas está nos traindo e passando informações importantes para o grupinho do Potter, quero que você descubra quem é”.

            Draco se surpreendeu uma missão dessa para teste, o que será que ela queria com isso? “é claro”.

            “Lembre-se não importa quem seja, se você vir uma dela agindo suspeitamente ou falando com qualquer um dos amiguinhos do cicatriz a traga até mim para que eu possa puni-la” a morena estava séria e dava para ver uma sombra de raiva em sua voz, assim como no seu olhar.

            “Pode deixar, deseja algo mais?” ele concordou solene olhando para baixo.

            “Olhe nos meus olhos quando falar comigo”.

            “Como desejar” ele a encarou erguendo um pouco a cabeça, afinal a garota era um pouco mais alta que o loiro.

            “O que está esperando? Vá!” ela falou e deu as costas para ele indo para a sua primeira aula do dia.

            O loiro por sua vez voltou para o Salão Principal, teria um longo dia e uma longa missão pela frente.

            Na hora do almoço Draco saiu o mais rápido que pode e nem foi para o Salão Principal almoçar, ficou andando pelo castelo a procura de uma das garotas.

            Encontrou primeiro Lina e Audrey que conversavam com um grupo enorme de garotas da Sonserina e pelo visto estavam fazendo um Rank dos Caras Mais Lindos de Hogwarts.

            Percebendo que elas não poderiam ser as traidoras, pois estavam concentradas demais naquele assunto, Draco foi ver se Juliane seria a traidora.

            Ela estava na sala de Feitiços ajudando o professor Flitwick a pegar pergaminhos nas estantes mais altas da sala. E pela cara que ela fazia deixava bem claro que ela estava numa detenção e que não sairia tão cedo.

Ele foi andando pelos corredores, até esqueceu do almoço, ficou apenas caminhando pela escola esperando que uma delas aparecesse numa cena suspeita.

O sinal indicando que as aulas da tarde iam começar tocou e o loiro se assustou, estava bem longe de onde seria sua próxima aula, então começou a correr.

Não prestou atenção por aonde ia, mas uma coisa lhe chamou, e muito, a atenção quando passou na frente da sala de Transfiguração, algo eu o fez até parar para observar melhor.

Samanta estava aparentemente conversando com os gêmeos Weasley e passou discretamente um papel para um deles, mas ninguém, além de Draco, reparou nisso.

O loiro continuou seu caminho, mas sem esquecer o que vira... Tudo estava muito estranho... Podia ser um bilhete que um professor pediu para entregar, nada de mais... Mas ele não podia deixar de se sentir mal pela possibilidade da traidora ser justamente a SUA Sam.

Ele mal prestou atenção nas aulas que se seguiram, na verdade ele contava os segundos para o sinal tocar e ele poder conversar com Sam e esclarecer tudo.

O sinal tocou e ele saiu correndo da sala, precisava encontrar com Samanta, a encontrou no salão comunal conversando com ninguém menos que Catherine.

“Sam, posso falar com você?” Draco perguntou, depois de tomar coragem e ir interromper a conversa.

Catherine deu de ombros e saiu do salão comunal, não parecia nem um pouco irritada com o loiro.

Draco pegou Sam pelo pulso sem dizer mais nada e saíram do salão comunal, ele a levou até um corredor onde não tivesse ninguém e se virou para encará-la sério.

“Draco, o que houve?” Sam estava confusa e um pouco preocupada.

“Hoje, eu vi você conversando com os gêmeos e você deu um papel para eles, o que tinha nesse papel?” foi direto ao assunto.

Samanta ficou branca e sua cara estava muito assustada “ Draco, não era nada” sussurrou sem nenhuma confiança na voz.

“O que tinha no papel?” ele persistiu erguendo um pouco a voz.

“Draco, finge que não viu isso, a Cath me mata se descobrir que alguém me viu entregando aquele papel” ela implorou com a voz um pouco tremida pelo medo.

“Ela te mataria por quê? Porque você tava traindo ela contando os seus planos para aqueles traidores do sangue!” a acusou.

“Não, nada disso!” ela negou e dessa sua voz saiu mais firme “foi uma missão que a Cath me passou: Entregar o papel para os gêmeos sem que NINGUÉM perceba” recitou a ordem exatamente como lhe foi passada.

Draco estava confuso, Samanta não parecia mentir, mas naquela tarde ela parecia mesmo alguém passando informações sigilosas para o inimigo, não sabia em que acreditar “o que tinha escrito no papel?”.

“Não sei, ela só me pediu para entregar, não faço idéia do conteúdo” ela falou sincera de cabeça baixa.

Ele hesitou por um momento, mas respirou fundo e a abraçou “acredito em você” sussurrou “desculpe-me por te acusar”.

“Tudo bem”.

Ouviram o som de alguém batendo palmas e se aproximando com passos firmes que ecoavam pelo corredor, se viraram e depararam com Catherine que os aplaudia com um sorriso sádico no rosto.

“Catherine!” Draco se assustou ao vê-la os olhando indiferente.

“Você é leal, Malfoy” ela começou “você provou ser confiável para seus companheiros e que não se deixou levar pela dúvida”.

“O que quer dizer?” Samanta indagou confusa, estava entendendo menos do que acontecia a cada segundo.

“Numa guerra o inimigo ira fazer de tudo para espalhar a dúvida e a desconfiança eu quero pessoas que possam confiar entre si, de modo que possam superar a dúvida” disse de um jeito profundo e sério.

“Então...” Draco começou tentando entender o que acontecia.

“Fui eu te disse que tinha um traidor, fui eu que armei para que Sam parecesse culpada, estava te testando, Malfoy” Catherine explicou com uma risada de escárnio “e você passou, você acreditou nela e não na dúvida”.

“Isso quer dizer que ele passou no teste?” Samanta estava surpresa, mas também esperançosa, afinal se Draco tiver passado no teste tudo será muito mais fácil para ambos.

“Passou, bem vindo ao meu jogo, cavalo” a morena deu um sorriso de lado e fez um leve reverencia com a cabeça.

“Porque fez justamente ESSE, teste?” Draco perguntou sem se conter.

“Um ditado já não diz que a união faz a força? Estava testando se você é um elo forte dessa corrente e você se provou ser confiável e também ser alguém que confia” Catherine explicou e foi embora deixando Samanta e draco sozinhos.

“Ela é louca!” ele comentou depois de ter certeza que a morena estava bem longe.

“Você ainda não viu nada, gato” Samanta sussurrou sorrindo, estava feliz por Draco ser oficialmente um deles.