A Domadora - Os Prenúncio dos Quatro Elementos escrita por Maria Beatriz


Capítulo 6
Capítulo 5 - Demônio de Sangue Azul




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Peguei a mão de Yume e o puxei, correndo na direção oposta da fera, ao menos, o garoto não ousou retrucar o movimento brusco que eu fizera ao puxar ele. Rapidamente atravessamos a clareira e adentramos nas arvores e, claro, a maldita fera nos seguindo.

–O que era aquilo?! - Yume perguntou, ele parecia ligeiramente desconfiado enquanto corríamos.

–Uma fera. Explico melhor depois, apenas corra.

Soltei a sua mão e continuamos correndo, seria mais fácil se não estivéssemos de mãos dadas.

O fato é que, precisávamos encontrar um lugar que pudéssemos nos esconder, melhor dizendo, para ele se esconder.

-Poucas vezes consegui um trabalho para matar uma fera, - comecei -mas aprendi muitas coisas sobre elas quando estudava. Uma delas, é que por feras serem seres de pouca inteligência, raramente percebem a presença de um humano ou domador e qualquer outro tipo de criatura. Entretanto, quando ela encontra a sua “presa”, passa a persegui-lo, ou seja, as presas dele no momento somos nós. O único jeito de fazer com que ele mude de caminho e siga outra pessoa, é dando-lhe uma apunhalada nas costas, seja ela como for, ou com as mãos, ou com qualquer tipo de objeto. - Yume assentiu após eu dar uma pequena explicação.

Mas, se aquela coisa nos alcançasse, estávamos ferrados.

Senti os galhos de arvores bater no meu rosto e as raízes prenderem-se nos meus pés, isso era péssimo, pois poderíamos cair a qualquer segundo. Precisávamos parar de correr. Olhei rapidamente ao redor, estávamos próximos da entrada de uma caverna e juntamente, das montanhas.

–Por aqui! - Corri para o outro lado e Yume continuou a seguir-me.

Paramos finalmente de correr, ainda ofegantes em frente à entrada da caverna. Novamente puxei Yume, desta vez, peguei-o pela manga de seu suéter e o arrastei para dentro da caverna. Por sorte, ele novamente não protestou com meus movimentos, um tanto que, indelicados.

–Fique em silencio e não saia daqui. - Sussurrei e ele assentiu.

Sai de dentro da caverna, não adiantaria nos esconder, até por que, a fera iria nos encontrar de qualquer maneira. Ao menos, se ela viesse eu daria um jeito.

O dia já amanhecera por completo e se não fosse o barulho da fera se aproximando, seria um completo silencio. Não demorou muito e vi aquela coisa se aproximar e sair de dentro das arvores. Deveria ter quase uns dois metros de altura, talvez mais. Seus olhos eram grandes e a íris era dilatada na cor preta. O rosto tinha a aparência de um felino, entretanto, o corpo assemelhava-se a o de um ogro, com a pelagem em um tom de cinza azulado, uma cor suja para ser mais especifica. Ele parou de correr a alguns metros de distancia de mim, enquanto rosnava e mostrava os dentes pontiagudos e sujos. Um ser completamente asqueroso.

Nesse exato momento, pergunto-me como os alquimistas foram capazes de criar uma coisa dessas...

Você tem certeza que ira lutar com ele, Sora?  - E como sempre, Arcano estava me questionando.

Nunca tenho certeza absoluta, nunca se deve ter. Pois em algum momento pode estar errado.

Vejo que aprendeu algo comigo... - E de fato, eu aprendera realmente aquilo com ele.

Coloquei o capuz de minha capa e encarei a fera no fundo dos olhos, talvez, uma pessoa comum, provavelmente fugiria ao encarar um ser como aquele. Mas eu arrancara a mão de Luke, não arrancara? Eu já brigara tantas vezes... Já encarei uma fera de perto. Está não é a primeira vez, contudo, agora estou tecnicamente sozinha.

Gesticulei meus braços e apontei-os na direção da fera, com as mãos juntas. Uma luz azulada, praticamente branca, brilhou nas duas e em seguida, joguei uma serie de espinhos de gelo na direção da fera, acertando-as diretamente no peito. Minha pontaria estava boa, entretanto, não é assim que se mata uma fera. Ouvi o rosnado alto da fera, devido aos espinhos, aquilo deveria ter doido e era de fato a intenção. Ela não gostara do que acontecera e com isso, correu na minha direção, com o punho pronto para acertar-me. Sem nem ao menos ter tempo de desviar, senti o baque forte dos punhos da fera em meu tronco, arremessando-me contra uma arvore e em seguida, escorreguei no tronco de madeira, senti todos os ossos do meu corpo doerem ao chegar ao chão.

Isso fora realmente de surpresa.

Com as mãos tremulas, tentei levantar e ficar de pé, porem, foi uma tentativa inútil. A fera aos poucos estava aproximando-se da entrada da caverna onde Yume estava. Eu não poderia deixar que ele fizesse qualquer coisa contra o garoto. Novamente tentei ficar de pé e mais uma vez, com o corpo tremulo, falhei. Droga! Eu não chegara até aqui para aquela coisa estragar tudo. Gesticulei novamente meus braços em direção à fera e juntei minhas mãos, fazendo com que a luz azulada brilhasse novamente. Por fim, lancei uma serie maior de espinhos de gelo em direção a fera que agora, estava de gostas. E ela virou-se, na minha direção.

Eu havia a apunhalado pelas costas.

E eu era a sua presa agora.


Então, com as costas repletas de espinhos e o sangue de cor azul escorrendo por onde estava machucada, a fera caminhou na minha direção. Seus olhos de íris negra me encaravam, eles estavam demonstrando raiva? Maneei minha cabeça levemente, não sabia que seres assim ficavam tão irritados... Mas estamos falando de uma fera, um animal sem muita inteligência e sem conhecimentos, espero qualquer tipo de coisa vinda delas. Agora mais perto, pude ver que o animal estava com o peitoral totalmente sujo de sangue azul, devido a serie de espinhos que lancei.

Novamente tentei ficar de pé, desta vez, fora uma tarefa praticamente fácil. Contudo, meu corpo ainda doía.

Uma luz azulada brilhou em minhas mãos, desta vez, mais escura do que a outra e em seguida tomou a forma de minha espada de gelo, a mesma que eu usara para lutar com Luke. Corri em direção à fera, tomei impulso e saltei sobre ela, tentando golpear lhe a cabeça. Mas acabei errando e acertando o seu ombro, fazendo com que mais um pouco de sangue azul jorrasse. Cai no chão, minha espada caiu de minhas mãos e cabei rolando na terra, ficando a alguns metros de distancia da fera.

Novamente gesticulei meus braços, juntei minhas mãos e atirei uma serie de espinhos de gelo na fera, em uma tentativa de acertar seus olhos. E mais uma vez errei, minha pontaria estava pior do que imaginei.


Corri meus olhos a procura de minha espada, ela deveria estar a alguns metros de distancia e a fera, estava mais perto de mim do que a espada. Não pensei, não sei nem ao menos se conseguir respirar, apenas corri em direção a espada, enquanto a fera se aproximava. Entretanto, ela parou de caminhar na minha direção, mesmo que já estivesse a alguns passos de distancia. A fera encarou-me, senti meu corpo ficar mais gelado do que a minha espada de gelo. Porem, ele não me atacou, pelo contrario, virou de costas e saiu caminhando na direção que viera e com isso, pude notar que em suas costas, havia uma flecha cravada.

Mas quem atirara a flecha? Eu conhecia apenas uma pessoa que fazia isso... Ouvi o som de uma fênix e em seguida o pássaro voou ao meu redor, pousando finalmente, de frente para mim, encarando-me com os olhos castanhos avermelhados. Tinha as penas avermelhadas e alaranjadas, como as chamas. E de fato, havia apenas uma pessoa que tinha uma fênix, como animal de estimação. Era Percy. Corri meus olhos à procura dela, só poderia ser ela quem atirara a flecha na fera. Até porque, quem mais anda por ai com um animal tão raro quanto uma fênix? Talvez, se eu não a conhecesse, não iria acreditar no animal que ela considerava como de estimação, mas eu estava vendo com meus próprios olhos. Feras são raras, mas uma fênix e um dragão ultrapassam nesse sentido.

A fênix voou em direção a uma das arvores, parando sobre um dos galhos, mesmo assim, permaneceu a me encarar, enquanto indicava com a cabeça a direção que a fera estava. Entretanto, ela não estava tentando mostrar-me a fera, mais sim, o lugar onde Percy estava. Peguei minha espada que estava no chão e, encarei a sua lamina de cor branca e reluzente.

Apertei meus olhos e procurei novamente por ela, Percy estava de pé, sobre o galho de uma arvore em frente à fera. Ela atirava flechas rapidamente da direção da fera, porem, ela parou de atirar as flechas ao ver que eu notara a sua presença. Rapidamente ela desceu da arvore e veio na minha direção, enquanto corria e atirava mais flechas. Ainda não consigo intender como ela consegue fazer esse tipo de coisa. Conheci Percy quanto eu deveria ter uns dez anos de idade, não lembro ao certo, somente sei que foi em um dia que acabei me desentendendo com Terence. Acabei por fugir e fui parar em uma floresta afastada da cidade. Bem, ela tinha mais ou menos a mesma idade que eu na época e de certa forma, ela não mudara muito. Continuava com os mesmos cabelos loiros abaixo do ombro, presos em uma cola frouxa e baixa para o lado, com a franja reta acima das sobrancelhas. Seus olhos eram em um tom de âmbar, vestia uma blusa de mangas compridas e gola alta, em um tom de roxo quase preto. Usava uma saia de cor azul marinho, em um comprimento acima de seus joelhos. Calçava botas de couro na cor marrom, que ficavam acima de seus joelhos e um pouco abaixo da saia - ela não estava com frio? Lembro-me que, quando conheci Percy, ela era conhecida por roubar e saquear viajantes, às vezes ia para as aldeias e cidades, contudo, roubava apenas daqueles que tinham mais do que os outros. E também, desde que a conheço, ela sempre esteve acompanhada da fênix. Mesmo assim, conheço muito pouco sobre Percy e, a última vez que a vi deve fazer uns cinco anos.

Ela olhou seriamente para mim e depois voltou a lançar varias flechas na direção da fera, acho que intendo o que ela quis dizer. Existem apenas duas maneiras de matar uma fera, uma delas é arrancando os seus membros, braços, pernas e por ultimo a cabeça, caso não seja desta ordem, ela regenera-se e o esforço foi invalido. A outra maneira é furando os seus olhos. Entretanto, alguns dizem que se arrancar a cabeça primeiramente, é o método mais eficaz e fácil, mesmo assim, é o mais duvidoso.

Coloquei o capuz de minha capa e com a espada em mãos, corri na direção da fera, tomando cuidado para que nenhuma das flechas atiradas por Percy acabassem por me acertar. Tomei impulso e pulei sobre a fera, tentando acertar minha espada em seus braços, porem, novamente fui esmurrada pelas mãos humanoides da fera e acabei por cair alguns metros de distancia. Cravei meus pés na terra, fazendo com que a marca de minhas botas a carimbassem. Bufei e corri novamente na direção da fera - desentalando minhas botas novamente -, desta vez, eu tentaria acertar as pernas da fera.

Cheguei perto o suficiente e tentei golpear a fera, entretanto, ela saltou sobre Parcy. Mas ela rapidamente desviou, subindo em uma arvore em seguida - céus, ela parecia um macaco - e voltando a acertar flechas na fera. Com praticamente todo o corpo sujo se sangue azul e com flechas cravadas em toda a parte, a fera urrou de dor e tentou subir na mesma arvore que Percy estava. É incrível o fato de que, não importa, mesmo que esteja com machucados sérios, uma fera nunca desiste de sua presa. Deve ser por isso que alguns o chamam de demônio de sangue azul.

Novamente corri em direção a fera, ela estava distraída de mais tentando subir na árvore que Percy estava, isso poderia facilitar para mim. Golpeei com minha espada o braço da fera, arrancando-o em seguida, fazendo com que o sangue azul jorrasse. Rapidamente afastei-me, em uma tentativa inútil de tentar não me sujar com aquele sangue. Minha capa estava suja e minhas roupas também.

A fera tentava desesperadamente subir a arvore e alcançar o galho que Percy estava, entretanto, devido ao seu peso e falta de agilidade, eram tarefas difíceis. Finalmente, ao conseguir parar de pé no galho de arvore, Percy pulou de cima da árvore que estava, caindo de pé no chão a alguns metros de distancia da fera. Então, voltou a atirar mais flechas na direção da fera, mas flechas estavam acabando. Isso não era bom.

Novamente, corri na direção da ferra e golpeei o outro braço que lhe restara, agora faltavam apenas as duas pernas e a cabeça. O animal começou a se mexer, acredito que deveria estar doendo aquilo, enquanto sangrava. A fera perdeu o equilíbrio e acabou caindo, ficando praticamente “inofensiva”. Percy pareceu menos desesperada ao ver que agora as coisas, de certa forma, estavam mais fáceis. Sem pressa, ela saiu de onde estava e começou a recolher as flechas que estavam encravadas no chão, o que significa que sobrara para eu terminar com o animal.

Suspirei e em seguida, rapidamente acertei uma das pernas da fera, fazendo com que ela novamente urrasse de dor. Por algum motivo ver uma fera deste jeito, praticamente sem nenhum modo dela se defender, bem, por que nesses momentos acabo sentindo-me covarde? Mexi minha cabeça negativamente, é uma fera, um ser sem inteligência que não hesitaria matar qualquer um. Senti o sangue azul jorrar em mim e em seguida cortei a outra perna da fera. Agora faltava apenas a cabeça. Caminhei apressadamente, até ficar de frente para a fera, fechei meus olhos e finalmente cortei a cabeça da fera. O ultimo urro de dor foi ouvido e finalmente, aos poucos tudo que sobrara do animal tornou-se uma espécie de pó cinzento e brilhante, que evaporou em seguida.

E sobrara apenas as minhas roupas manchadas de azul.

E as de Percy também.

–Está perdida? - Ela disse brincando, entretanto, era sempre possível ver o tom sarcástico que ela sempre manteve. Percy pegou a ultima flecha que estava cravada no chão, ao menos, aquela era a única que seria possível reaproveitar. Em seguida novamente ouvi o canto da fênix, era um tanto que parecido com o de uma águia, por fim, o animal pousou no ombro direito de Percy, como sempre.

–Estou trabalhando.

–Sempre trabalhando, não é? - Ela arqueou uma sobrancelha. Ah sim, em uma das varias vezes que nos cruzamos, eu estava fazendo algum tipo de trabalho para Argos. Até porque, me tornei realmente uma domadora e comecei a receber missões, quando eu tinha onze anos, mas meus poderes se desenvolveram bem antes disso.

Dei de ombros e caminhei em direção à caverna que Yume estava. Pelos deuses, eu quase havia esquecido ele. Entrei na caverna e o procurei com o olhar, Yume estava sentado em uma pedra e do lugar onde estava, bem, ele provavelmente vira tudo que aconteceu.

–Voce matou a fera? - Ele não parecia estar assustado com o fato de que havíamos matado uma fera em frente a ele.

–De fato, sim.

–O que vocês fizeram foi legal... - Ele ficou pensativo enquanto olhava para as paredes de rocha da caverna. - Como se mata uma fera? Quer dizer... Eu vi como você fez isso... Mas, tem como fazer de outro jeito?

Sorri na direção dele, não é todo o dia que se vê uma criança querer saber como se mata uma fera. Admito, que esperava ele não gostar do que aconteceu, principalmente por que, o que aconteceu foi um tanto que... Nojento, aquela fera era repugnante e o sangue azul dela também.

–Se deve cortar deus braços primeiro, depois as pernas e por ultimo a cabeça, se demorar muito ou fizer o contrario, ela se regenera. Ou, deve-se furar seus olhos... - suspirei - Agora saia dai.

Ele assentiu e em seguida levantou da pedra, praticamente correndo na minha frente, ele saiu da caverna. Fitei o que havia ao fundo, provavelmente aquele lugar dava entrada para alguma galeria e se estendia indo terminar, talvez, no interior das montanhas. Mexi minha cabeça levemente, no que eu estava pensando? Céus, acho que estou começando a ficar louca...

Sai da caverna e fitei o local onde estávamos, bem, digamos que as coisas não estavam em um bom estado, até porque, havíamos matado uma fera ali. Percy estava andando ao redor do lugar onde eu matara a fera, ela parecia analisar o que não sobrara do animal. Então, agachou-se e passou a mão na terra, como se estivesse analisando-a. Enquanto Yume fitava-a curiosamente de longe.

–Se essas coisas não virassem pó... Seria bem útil a pele delas. - Ela disse consigo mesma, em seguida, levantou-se e virou na minha direção.

–Mas se recolher o pó e vender, eles tem bastante valor para os mercadores e para algumas curandeiras. - Falei.

–Não gosto de curandeiras, elas parecem bruxas e os mercadores não gostam de mim... - Ah sim, qual seria o mercador que simpatizaria com Percy? Afinal, ela é uma ladra.

–Quem é esse garoto?

–Yume. Ele é um dos elementos. - Intervi, antes que ele falasse algo.

–Elementos? - Percy ficou pensativa. - Hm... É por causa da profecia, não é?

Murmurei um “sim” como resposta, e caminhei na direção de Yume, porem, ele não esperou eu aproximar-me e foi até Percy, encarando-a, principalmente a fênix.

–Isso é uma fênix, não é? - Ele apontou para o pássaro.

Percy riu antes de falar.

–É uma fênix sim. O nome dele é Rudolf. Me acompanha desde que era apenas um filhote- Estava quase esquecendo isso.

–Yume, temos que ir... -me aproximei deles. - Percy, sabe qual o caminho mais rápido até Temesia?

–Imaginei que você iria perguntar isso... Mas acho que não tem um caminho mais rápido. Todos devem dar no mesmo. - ela fez uma pausa. - Fazia tempo que eu não te via.

–É eu sei. E você, está indo para onde?

–Se eu fosse a Temesia, provavelmente não sairia de lá. - E por algum motivo, eu sabia que ela iria dizer isso, até porque, não é novidade que ela está sendo procurada em vários locais por roubo. Já mandaram até domadores atrás dela. O certo seria eu mesma dizer onde ela estava ao chegar em Argos, mas não sou “dedo duro” e Percy acabou de me ajudar, assim como em outras vezes. - Estou indo para Fadlan agora. - Fadlan é uma cidade bastante conhecida por ter vários mercadores e pessoas com dinheiro. Um ótimo lugar para uma ladra. - E acho que depois irei para o Distrito de Dissidio.

–Mas é para onde levam a maioria dos ladrões? Principalmente sentenciados a morte... - Ora, pelo que eu saiba, o Distrito de Dissidio é uma cidade onde levam “foras da lei” e também, são poucos os que voltam de lá... E se não me engano, dependendo do que ela faça daqui para frente, também poderia ser sentenciada a morte.

–Eu sei, mas tenho contas para acertar por lá... - Acho que intendo o tipo de “conta” que ela deve ter lá.

Suspirei antes de falar.

–Seja o que for, obrigada pela ajuda. Estou te devendo uma.

Ela acenou com a cabeça e saímos caminhando em direções opostas, enquanto eu arrastava Yume pela mão e ela seguia para Fadlan.



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Notas finais do capítulo

Gostaram da Percy, a ladra? Pena que eu acho que ela não vai aparecer mais :( - foi uma convidada especial lol- , só que tipo, se a historia tiver uma continuação, dai eu acho que vai ter um pouco mais da Percy para quem gostou *-*
Enfim, o que acharam do capitulo? Desculpe caso algo tenha ficado confuso e me digam! E acho que, logo começarei a postar umas imagens dos personagens, oque acham? E tambem, eu acho que o próximo capitulo, finalmente voces irão conhecer a fortaleza argos u.u e claro, um pouco sobre Temesia u.u