A Domadora - Os Prenúncio dos Quatro Elementos escrita por Maria Beatriz


Capítulo 16
Capítulo 15 - O Mestre do Louco


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por ter comentado o ultimo capitulo, Rob Dan! E desculpem minha demora, deveria ter concluído esse capitulo antes, pois vi o comentário na sala de informatica da minha escola e fiquei tipo, eu tenho que postar! Mas acabei me enrolando na hora de escrever XD e esse capitulo é narração observadora, e não personagem.



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Parou de frente para porta de mármore, em seguida dando uma rápida olhada ao redor, apenas para verificar se não havia ninguém. Respirou fundo ao constatar que estava definitivamente sozinho, em seguida, com sua mão esquerda deu duas batidas na porta.

Não recebeu reposta.

Suspirou e revirou os olhos negros, em um sinal de aversão. Não pensou nem uma vez e abriu a porta sem se importar caso alguém estivesse dentro daquela sala. Entrou e do mesmo modo ríspido que antes, fechou a porta, fazendo com que um barulho alto fosse ouvido, devida tamanha à brutalidade.

-Já imaginava que você viria aqui, Lukeni Stock. - Não respondeu, apenas fitou a figura que estava de costas para si, a mesma admirava a imagem do céu nublado da manhã atrás da escrivaninha de sua sala. - Quer falar sobre o nosso acordo? - Virou-se e com seus olhos róseos encarou os negros do outro.

-Quero desfaze-lo. - Respondeu frio e um tanto que ríspido.

Argalon riu, como se o que seu subordinado dissera fosse uma piada. O que de fato, deixou o outro com ainda mais raiva.

-E por quê? - Parecia estar se divertindo com a pergunta que lhe fora feita, embora, apenas mantinha um olhar debochado sobre Lukeni. - Meu caro Luke, você deveria aprender a medir suas palavras. Até porque, mesmo depois daquela sua luta vergonhosa com a filha de Lions, eu ainda ajudei você.

Luke encarou sua mão direita, na mesma havia uma espécie de luva mecânica, no lugar onde deveria estar sua mão, uma espécie de armadura que tinha boa parte coberta pela manga larga e comprida de sua túnica. Por um momento, perguntou-se onde o mesmo conseguira fazer tal coisa, como conseguira fazer uma prótese feita totalmente de um metal raro e forte, ainda por cima, atendendo aos seus comandos como se fosse à verdadeira, embora, não tinha a mesma desenvoltura e agora tinha de usar a mão esquerda, nem mesmo manusear a espada que usava como arma era possível, tivera de trocar para outro objeto, o único que conseguira utilizar. Mas havia apenas uma coisa que poderia explicar aquilo...

-Você usou magia proibida. Não é, General Outrora? - Disse de maneira sarcástica a palavra “General”.

-Você não precisa saber disso. - Respondeu ligeiramente irritado com o comentário, como se realmente tivesse feito algo que fosse proibido. - Mas fale-me, por que quer desfazer nosso contrato?

O de cabelos negros azulados aproximou-se do mais velho, dando alguns passos e parando ainda no centro da sala que estavam.

-Você disse que iria encontra-lo, que eu apenas precisava ajuda-lo a fazer o que pedir. Mas até agora não fez nada.

Argalon deu um sorriso debochado antes de falar.

-E você queria que eu fizesse o que? Sem nem ter feito nada de útil? - Recebeu apenas um olhar raivoso e ao mesmo tempo, pesaroso de Luke. - Você acha que seu irmão ainda está vivo?  

-Você me garantiu que sim. - Não tinha certeza que as palavras daquele ser que estava ali fora verdade, embora, acabou apegando-se a aquele fato sem ter provar concretas.

E novamente Argalon deu um risinho irônico, tentando ser o mais discreto possível. Como fora fácil enganar aquele tolo, sim, Luke era um tolo. Um louco que fora facilmente engando por uma coisa tão simples. Ao menos, era aquilo que via, pois não fazia a menor ideia do paradeiro do tal irmão. Por outro lado, não era aquilo que Luke via. Para ele, Argalon agora não passava apenas de um verme, um ser traiçoeiro que não se preocupava com ninguém e ainda por cima, também havia adquirido certa raiva daquela que lhe arrancara a mão.

-O que você disse é verdade, mas não significa que o que eu disse é. Entenda, não faço a menor ideia com o que tenha acontecido com seu irmão.

Luke apenas encarou Argalon, de maneira que fez com que parte do cachecol que usava, acabasse cobrindo parte de seu rosto

-Tem certeza? - Desafiou-o. - Sei que você agiu por si próprio, sem ter o consentimento do conselho, também sei de muitas que coisas que você já vez e que esconde.

Argalon ficou em silencio após as palavras do outro, palavras que foram citadas de maneira ameaçadora, pois mesmo que fosse difícil admitir, eram verdade.  E que por um lado, ele não achava ser tão errado. De fato, já agira sem ter o consentimento do conselho, já fizera diversas coisas que não deveria, mas por outro lado, não achava aquilo tão errado quanto.

Ele merecia reconhecimento afinal! Era o general daquela fortaleza, poderia se tornar o alfa também...

-Mas você também traiu a fortaleza. - Desta vez, era ele quem desafiaria. - Foi atrás dos dois primeiros elementos encontrados sem ter permissão, o que de certa forma, já lhe torna um traidor, ainda por cima, isso foi a meu mando e não de Arcádio, sem contar, que se eu sou um traidor, você também é. E Sora atacou você, ela quebrou uma das regras, na qual diz que não se deve atentar contra a vida de outro domador sem ter a permissão, então, ela também tem certo erro, apesar de que, estava apenas defendendo-se de você. Portanto, isso significa, que se eu for, você irá junto, e vice-e-versa.

Infelizmente esse verme tem razão. - Sibilou o youkai em sua mente, com a voz masculina demonstrando a mesma raiva que sentia pelo outro embargado de uma leve irritação e arrastada. Embora, preferiu não responder, estava concentrado demais do que se passava ali.

-E o que vai fazer? - Luke perguntou, apesar de querer ter menos contato possível com aquele homem, apesar de ter se arrependido de ter o ajudado, ainda não deixava de mantar a curiosidade sobre o outro.

-Sobre o que? - Arqueou uma sobrancelha.

-Sobre os elementos, o que mais seria? - Irritou-se.

-Pelo que sei, eles chegaram hoje mesmo. Há pouco tempo, aliás, e no momento, devem estar sendo levados para a Sala de Ensaios.

Luke novamente irritou-se, aquele homem serpente poderia achar ser o mais sábio, o mais forte e talvez, aquele que seja mais propicio a tudo que é de poder. Mas ainda assim, era um tolo, alguém não sabia nem ao menos responder suas perguntas. E por causa daqueles pensamentos, sentiu mais raiva, mas mantinha-se paralisado no centro da sala do outro, sem mover um musculo, estava parado apenas ouvindo seus pensamentos e as palavras proferidas por aquele que teve de considerar seu “mestre”.

-E o que vai fazer para ter o poder deles? Não me diga que usara magia proibida... - concluiu a frase sarcástica.

-Pare de falar sobre magia proibida! Se uso, ou não, isso não tem a ver com você - exaltou-se. - Para conseguir o poder deles, antes tenho que tirar algumas pessoas de meu caminho...

-Vai repetir o que fez com a cidade há quinze anos? - Luke interrompeu-o. - Libertara o animal aprisionado na fortaleza, e depois acabara com a vida do Alfa e da Hill?

Argalon deu um sorriso irônico, de fato, aquilo até poderia fazer parte do que pretendia fazer, embora, havia algo que tolo a sua frente não havia pensando. Virou-se de costas e voltou a fitar a janela de sua sala, vendo ao longe, a cidade movimentada e repleta de pessoas, talvez, uma visão bonita até.

Um belo dia para uma ruína, não? - Ouviu a voz feminina assoviar em sua mente, ligeiramente rouca e com chiados.

Sem duvidas, Snake.

-Não irei mentir, penso na possibilidade de derrubar o alfa, mas acho que quem tem contas para acertar com a Hill é você. - Disse ainda de costas fitando a janela.

Luke encarou-o, então iriam desfazer o contrato que possuíam, sentiu-se aliviado em pensar naquela possibilidade. Mas também, sentiu-se melhor ainda ao lembrar-se das contas que tinha para serem acertadas, contudo, achava estranho pensar naquilo. “Contas para acertar”, parecia-lhe palavras tão desprovidas de finura.

E então, preparou-se pra sair da sala, ainda sendo interrompido pela voz de Argalon.

-Ela deve estar com Luna no momento, poderia deixar para  procura-la quando o sol for se por. - Fez uma pausa e logo continuou. - Aproveite e também, veja o que irei fazer enquanto isso.

Luke não respondeu, sendo assim, deixou aquela sala enquanto batia a porta com da mesma maneira de quando entrara.


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Notas finais do capítulo

Duvidas? Criticas? Elogios? Entenderam? Esse capitulo ta meio confuso né? Eu sei, mas acho logo mais as coisas vão começar a fazer mais sentido :D



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