Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 8
Capítulo 8 - Conexão




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7 de fevereiro de 2009, Jardins de Hogwarts, 16:32 hs.


 


Diário, ontem foi um dos dias mais irados da minha vida! Pra começo de conversa, era sexta feira. A minha primeira sexta feira em Hogwarts. Eu sei que pode parecer idiotice, mas eu estou considerando cada dia que passo aqui como uma razão para comemorar. Ontem nem mesmo as três aulas que eu passei ao lado do Malfoy mudaram meu humor. Na hora do tão esperado jantar, Dumbledore revelou os participantes: James Stuart, Shelly Wonder, Hermione Granger, Ron Weasley, Pansy Parkinson, Draco Malfoy (ninguém merece!), Sean Pit e EU! Dá pra crer?! EU estou no Torneio! E depois da seleção Dumbledore anunciou que a primeira prova começaria imediatamente. Quase pirei! Mas, tenho que admitir, adorei a prova! Fomos nadar no Lago da Lula Gigante (eles não poderiam ter arrumado nome melhor para o lago).


 


Logo de cara, eu sabia que a prova seria difícil. Eram oito e tanta da noite, num breu total, o local todo estava iluminado por fadas da luz. Tinha tanta gente assistindo a prova que não sei onde Dumbledore arrumou lugar pro povão. Pelo menos o mistério do por que as carruagens estavam ocupadas no começo da semana foi resolvido.


 


Durante a prova, cada participante teve que mergulhar e salvar um parente ou amigo que foi acorrentado ao fundo do poço e ainda sem usar nenhum feitiço, já que estávamos iluminando o caminho com a varinha.


 


Resumindo a ópera: eu tive que salvar a Anna, mas antes disso tive que salvar o Malfoy de um bando de sereias. Como sou membro da família mais azarada do mundo bruxo, é claro que acabei esbarrando num tentáculo da Lula Gigante, que acordou, e por sorte acabou perseguindo as sereias. Depois disso uma coisa muito estranha aconteceu. Num minuto eu estava tentando fugir da Lula, e no outro eu estava prestes a beijar Draco Malfoy. Fomos interrompidos e não se fala mais nisso!


 


Resultado da prova: o Stuart Little ganhou e a Parkinson filha da égua foi a primeira eliminada do Torneio (não que eu esteja reclamando).


 


Quando eu fui dormir (ou tentar dormir) algo inesperado aconteceu...


 


Flashback:


 


Dormitório feminino nº 13 da Corvinal, cama perto da janela, 23:02 hs.


 


Sarah estava deitada na sua cama, sem conseguir dormir, quando uma coruja preta desconhecida bicou o vidro da janela.


 


Essa hora da noite não pode ser notícia boa... – Pensou Sarah abrindo o envelope.


 


Ao olhar o remetente da carta, ela concluiu que talvez estivesse certa sobre as notícias serem ruins, já que a carta vinha de Draco Malfoy.


 


“Adams, (estou sem criatividade para te zoar à essa hora da noite)


 


Só estou continuando o correio porque perdi o sono. Vamos fazer assim, essa noite a minha coruja manda as cartas e na próxima a sua coruja manda (e a propósito, acho que a sal coruja é meio gay, já que aquela tarde ela não desgrudou de mim!).


 


P.S. Continue no mesmo pergaminho e mande no mesmo envelope (é um envelope enfeitiçado, só as pessoas que os nomes que estão escritos nele podem abri-lo.).


 


P.P.S.: Respondendo àquela sua carta, não estou com vontade de cagar.


 


D. M.”


 


Próxima noite?! – Sarah pensou. – Então vamos nos escrever toda noite? – Sarah pegou sua pena e respondeu embaixo do que Malfoy escreveu.


 


“Malfoy, (tem razão, eu também já estava ficando meio sem idéia.)


 


Também perdi o sono. E já que estamos acordados, por que você não consegue dormir?


 


P.S. : O Ted não é gay!


 


S. A.”


 


...


 


“Adams,


 


Não consigo dormir porque tenho muito para pensar. Não que seja da sua conta, é claro...


 


D. M.”


 


...


 


“Malfoy,


 


Eu sei que não é da minha conta, mas já que não vou conseguir dormir mesmo com tanto barulho (a Chang ronca que nem uma serra elétrica!), em que você está pensando?


 


S. A.”


 


...


 


“Adams,


 


Estou pensando em assuntos sérios que você provavelmente não entenderia se eu te contasse... E eu não posso abrir a boca para falar nada.


 


É sério que a Chang ronca?!


 


D. M.”


 


...


 


“Malfoy,


 


Já que não quer me contar, tudo bem. Mas se mudar de idéia, saiba que eu sou uma boa ouvinte.


 


E sobre a Chang, ela ronca, a Lovegood baba e a Dakota fala enquanto dorme. Esse quarto parece um hospício! Eu acho que sou a mais normal daqui!


 


S. A.”


 


...


 


“Adams,


 


Hahahahahaha! Estou tentando imaginar a cena: a Chang roncando, a Di-Lua babando e a Dakota falando com o vazio. (Hilário!)


 


Sobre você ser uma boa ouvinte, parece que já ouvi isso em algum lugar...


 


D. M.”


 


...


 


“Malfoy,


 


Onde exatamente você ouviu?


 


S. A.”


 


...


 


“Adams,


 


Num sonho. Mas isso também não é da sua conta.


 


Tenho que dormir, está tarde e amanhã eu vou ter que ir pra... Ah! Não te interessa.


 


Não te desejo boa noite porque você é uma Adams.


 


D. M.”


 


Sarah se lembrou da noite em que sonhou com Draco Malfoy, ambos correndo desembestadamente pela Floresta Proibida, com comensais na sua cola. As palavras que ela tinha dito para ele eram as mesmas “Eu sou uma boa ouvinte.”. Será que eles tinham tido o mesmo sonho?! Impossível. Sarah resolveu ignorar esse fato e respondeu:


 


“Malfoy,


 


Boa noite pra você também.


 


S. A.”


...


 


Cerca de meia hora rolando na cama depois, Sarah e Malfoy, cada um refletindo sobre aquele sonho, adormeceram.


 


Sarah estava correndo desembestada por uma rua estreita, cercada de casas sombrias, com paredes úmidas e janelas fechadas. Todo o bairro parecia estar abandonado, sem vida, e para completar o cenário dramático, o céu estava bloqueado por nuvens carregadas de chuva.


 


Em que fim de mundo eu estou?! – Pensou Sarah. – E por que diabos não consigo parar de correr?!


 


-Sarah, SOCORRO! SARAH! – uma voz a chamava ao longe. – SAAAAARAAAAAH!


 


Guenta a mão que eu estou chegando! – Pensou Sarah.


 


A voz desconhecida gritava por Sarah como se sua vida dependesse disso. Depois de correr por uns cinco minutos atrás da voz, Sarah acabou parando em frente a uma verdadeira mansão, aparentemente a única casa habitada a quilômetros. Do lado de fora Sarah pode ver que a casa estava iluminada por dentro, e que havia música tocando dentro dela. O que Sarah não sabia era o que estava fazendo lá.


 


E agora, eu entro ou não? Não tem campainha e ninguém vai me ouvir se eu chamar. – Pensava Sarah, parada em frente aos portões negros.


 


-SAAAAAAAAARAAAAAAHHHHH!


 


Mais um grito veio da voz desconhecida, e pelo que Sarah pode notar, vinha de dentro da casa, e alguma coisa a dizia que a pessoa precisava urgentemente de ajuda.


 


Acho que isso já decide por mim. – Pensou Sarah, enquanto arrombava os portões com o Alohomora. Sarah entrou na casa com mais facilidade do que pensava que entraria, já que a porta da frente estava aberta e a casa estava aparentemente vazia. De dentro da casa ela podia ouvir mais claramente a música que estava tocando, e subiu até o último andar, de onde a música vinha. Ela parou nas portas do salão e as abriu, se deparando com uma escadaria de entrada que dava para um salão enorme de dança, ocupado por diversas pessoas loiras, com vestes negras e olhos frios, que dançavam valsa como profissionais. Ninguém pareceu notar a presença de Sarah no local, apenas um garoto loiro que se postou ao pé da escada e fez sinal para que ela descesse.


 


Sarah começou a descer a escada, e só aí notou que sua camisola tinha se transformado num vestido de gala preto, e que uma presilha em forma de fênix surgiu do nada no seu cabelo.


 


Eu só posso estar sonhando. – Pensou Sarah, enquanto descia as escadas tentando se equilibrar no salto agulha do sapato. – Como é que eu venho parar do nada na mansão Malfoy, no meio de um baile? – Sarah terminou de descer as escadas, encontrando Malfoy sorrindo no fim dessas, que ao vê-la descer se ajoelhou em reverência e perguntou, pegando sua mão:


 


-Quer dançar comigo?


 


-Malfoy, o que está acontecendo?!


 


-Olha, não era bem isso que eu esperava ouvir. Eu gostaria mais se você dissesse sim. – Disse ele se levantando.


 


-Sim. Alguém me interne, por favor! – Pensou Sarah, indo para o meio do salão de mão dada com Malfoy.


 


Assim que eles chegaram ao centro do salão, uma valsa mais lenta começou a tocar e as luzes ficaram mais fracas. Eles começaram a dançar, enquanto pouco a pouco os outros presentes no salão desapareciam.


 


-Pra onde eles vão? – Perguntou Sarah, rodopiando.


 


-Sarah, você está no meu sonho. E no meu sonho não tem espaço pra tanta gente.


 


-Você poderia, por Merlin, me explicar o que está acontecendo?


 


-Eu tenho esse mesmo sonho há anos. Eu sempre sou o único Malfoy sozinho do salão. Eu estou sempre esperando no pé da escada.


 


-Esperando por quem?


 


-Pela garota certa. – Disse ele, parando de rodopiar com o fim da música. – Eu só não esperava que a garota da escada seria você.


 


-Essa foi a frase mais estranha que você já me disse. – Disse Sarah, ambos parados no meio da pista de dança. Malfoy sorriu pra ela e continuou:


 


-Vem comigo. – Disse ele a puxando para fora do salão.


 


-Aonde nós vamos? – Perguntou Sarah.


 


-É uma surpresa.


 


Continua...


 


Fim do flashback


 


... Mas acho melhor deixar isso pra lá. Não tem como o Malfoy ter sonhado a mesma coisa que eu! Isso é impossível!


 


-O que é impossível? – Perguntou alguém encostado na árvore atrás de Sarah.


 


-Ai, Jack! Por que não me disse que estava aí? – Perguntou Sarah, se levantando num pulo e guardando o diário na mochila.


 


-Hahaha, porque te assustar é bem mais interessante. – Disse ele lhe entregando sua Fletcher e caminhando na direção dos portões de Hogwarts. – Sarah, está na hora de voar. Nossa reunião foi adiantada para daqui meia hora.


 


-Meia hora?! Vamos chegar atrasados! Não dá pra aparatar?


 


-Você não ficou sabendo? – Disse ele, tirando um jornal do bolso e o jogando para Sarah que o abriu e leu.


 


“Profeta Diário, 6 de fevereiro de 2009.


 


O atual Ministro da Magia, Cornélio Fudge, declarou em audiência ontem à noite que o correio está sendo interceptado por bruxos ainda não identificados, mas de acordo com Emílio Bask, futuro sucessor do Ministro, há uma grande probabilidade de que essas interceptações sejam feitas por comensais da morte.


 


Além dos correios, algumas lareiras do bairro Da Vinci, na Transilvânia, foram enfeitiçadas na noite do natal passado, num atentado que ficou conhecido como “o massacre Da Vinci”, para que quem as usasse, fosse parar em outro destino. Essa é hoje a mais simples e cruel forma de sequestro que os comensais da morte já criaram.


 


As pessoas sequestradas até agora foram: Wendy e Emanuel Ween, toda a família Búlgaro, Jack Stripador e Joana Mitch.


 


A declaração do Ministro da Magia foi:


 


‘Não sabemos se tudo isso é obra de comensais da morte ou se algum outro grupo das trevas está aproveitando a volta Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado para agir. Estamos todos caminhando em um quarto escuro. Não sabemos o que encontraremos pela frente nem se é seguro dar mais um passo. O que eu tenho a dizer é que tomarei as providências possíveis para impedir que mais pessoas sejam sequestradas.’


 


Ficou decretado que aparatações e viagens com pó de flu estarão proibidas por tempo indeterminado. O Ministro recomenda que tomemos cuidado com as cartas que escrevemos, já que o correio não é mais seguro.”


 


 


-Você vem ou não? – Perguntou Jack, parado do lado de fora dos portões de Hogwarts enquanto esperava por Sarah.


 


-Sequestraram os Ween? – Perguntou ela, pasma.


 


-Dá pra acreditar? E até o dono da Stripador’s Potions eles pegaram!


 


-Esse tal de Jack Stripador? Nunca tinha ouvido falar.


 


-Ele é o dono da loja de poções que fica no fim do bairro.


 


-Ah! Não é esse que todos diziam ser matador de aluguel?


 


-Puro boato. – Terminou Jack, dando impulso na sua vassoura.


 


No mesmo dia, sala de jantar da Toca, 17:10.


 


-Até que enfim vocês chegaram! – Disse Molly Weasley, cumprimentando Sarah e Jack, que acabavam de entrar na sala de jantar, já cheia pela Ordem da Fênix, a Ordem de Merlin, Harry, Hermione e Dumbledore, que estava sentado na ponta da mesa, tendo um imenso pergaminho e uma pena prateada na sua frente. – Sentem-se, por favor.


 


-Sarah! Guardei um lugar pra você! – Disse Fred, acenando para Sarah entusiasmadamente.


 


-E pra mim ninguém guardou lugar? – Disse Jack, imitando voz de gay. – Que injustiça! – Disse ele dramático, se sentando perto de Joey e Eleonora.


 


-Bom, agora que estão todos aqui, e todos sentados, eu gostaria de informá-los sobre a nossa situação atual. – Disse Dumbledore, sua voz ecoando no silêncio da sala. – No fim do ano passado, a Ordem de Merlin presenciou uma terrível invasão de comensais, que comprovou para aqueles que ainda não acreditavam, que Lord Voldemort retornou. Acreditem em mim quando digo que, até agora, depois daquele incidente, ele não deu sinal de vida.


 


-Você não acha que por ter sumido ele pode estar fraco demais para lutar? – Perguntou Paul.


 


-Ou quem sabe ele tenha desistido da batalha? – Perguntou Molly.


 


-Estamos falando de Voldemort, não de Lúcio Malfoy! – Disse Harry nervoso. – Voldemort não desistiria assim tão fácil!


 


-E é por isso – Continuou Dumbledore. – que eu procurei por pistas. E as encontrei. – Disse ele acenando com a varinha, fazendo uma pequena lista aparecer na mesa. Todos se aproximaram para ver. – Voldemort está seqüestrando pessoas de dentro do Ministério da Magia, ou de famílias de ex-comensais.


 


-Acha que ele está tentando enfraquecer o inimigo antes de atacar? – Perguntou Sarah.


 


-Exatamente. – Disse Dumbledore fazendo o papel sumir com outro aceno de varinha. – Eu acreditava que esse momento chegaria um dia. – Continuou ele, se levantando e caminhando pela sala. – Só não esperava que fosse chegar tão cedo... A guerra final se aproxima.


 


-Guerra final? – Perguntou Julia.


 


-Há muitos anos atrás, uma vidente teve uma visão de que num futuro indeterminado, Lord Voldemort retornaria, e que assim que encontrasse inimigos à sua altura, causaria a maior batalha já vista, atacando com forças inacreditáveis. Na época, ninguém deu muita atenção para a vidente, mas eu sabia que ela estava certa.


 


-Como você sabia? – Perguntou Harry.


 


-Essa vidente era a minha irmã. – Dumbledore suspirou e voltou a se sentar. A sala permaneceu em silêncio. – Está na hora de unir forças e nos preparar para a batalha. Infelizmente, não poderemos contar com a ajuda do Ministério da Magia, já que vamos ter que treinar feitiços ilegais, preparar um estoque de poções de alta periculosidade e nos tornar animagos. E todos sabem que animagos não são permitidos para menores de idade. – Disse ele, como se tudo não passasse de um plano simples.


 


-Feitiços ilegais?! – Exclamou Sarah.


 


-Poções iradas?! – Perguntou Ron sorrindo.


 


-Animagos?! – Disseram os gêmeos em coro.


 


-Você enlouqueceu, Dumbledore?! – Disse Molly se levantando.


 


-Ele parece bem normal pra mim. – Disse Helga, falando pela primeira vez na noite.


 


-Molly querida, acalme-se. – Disse Arthur, puxando a mulher para se sentar. – Você poderia explicar isso direito, Alvo?


 


-Claro. Vou explicar como essa batalha vai acontecer. – Disse Dumbledore, olhando seriamente para todos da mesa. – Voldemort vai unir os comensais que tem, os dementadores que estão sob seu controle e provavelmente vai se aliar aos gigantes ou quem sabe até aos centauros! Juntos eles vão atacar tudo e todos, e se ninguém os enfrentar, estamos mortos. Não apostem no Ministério, porque ele é composto por um bando de frouxos que só chegam quando a briga acaba. Arthur, você que é do Departamento de Ordens, conte pra gente quantas ordens existem no mundo bruxo? – Todos olharam para Arthur.


 


-Er... Bem, três.


 


-E quais são? – Perguntou Dumbledore.


 


-A Ordem de Merlin, a Ordem da Fênix e a Ordem Secreta.


 


-Ordem Secreta?! – A maioria dos presentes exclamou.


 


-Sim, é uma Ordem que preferiu não ser identificada, e que não quer ajuda financeira nenhuma do Ministério. Eles agem por conta própria.


 


-Na minha opinião, está na hora de novas regras entrarem em vigor. – Disse Dumbledore. – A primeira é: Harry, Gina, Hermione, Ron, Fred e Jorge devem ter o direito de escolher entre entrar na Ordem da Fênix agora ou nunca. Descorda de mim, Molly? Os Granger já autorizaram a entrada da Hermione.


 


-Então eu estou dentro! – Disse Hermione imediatamente.


 


-Ok. – Disse Lupin, tirando um pergaminho e uma pena do bolso e passando para Hermione assinar. Ela assinou toda sorridente.


 


-Excelente. Seja bem vinda à Ordem da Fênix, Hermione. – Disse Dumbledore, sorrindo para ela. – Molly, o que você me diz?


 


-Você já os autorizou, não é? – Perguntou Molly furiosa à Arthur.


 


-Bom, querida... Você tem que admitir que é melhor para as crianças estarem ao nosso lado na batalha do que do lado dos desprotegidos.


 


-Christine, consegue ver se isso tem alguma chance de dar certo? – Perguntou Molly.


 


Christine se concentrou olhando para o horizonte sem realmente ver o que estava na sua frente, mas com os olhos no futuro. Depois de alguns segundos, ela pareceu acordar e sorriu:


 


-Sim. Pode dar certo.


 


-Então, tudo bem. Entrem na Ordem se quirerem, crianças! – Disse Molly, derrotada.


 


Fred, Jorge, Gina e Ron assinaram seus nomes no pergaminho animadamente.


 


-E você Harry? Não vai assinar? – Perguntou Sirius.


 


-Eu preciso da autorização dos meus tios? – Perguntou Harry, meio com medo da resposta.


 


-Não tive tempo de te contar Harry, mas agora você mora no Largo Grimmauld nº 12. Eu pedi a sua guarda. E seus tios me concederam sem nem pensar duas vezes. – Disse Sirius sorrindo. Harry se levantou e abraçou o padrinho, logo em seguida assinando o pergaminho com orgulho e voltando a se sentar.


 


-Bom, agora que todos os presentes fazem parte de uma das três Ordens, eu gostaria de propor o que vim lhes propor. – Todos ouviam atenciosamente. – Eu proponho que unamos as três Ordens em uma só.


 


-AS TRÊS?! – Quase todos exclamaram.


 


-Ainda não sabemos quem faz parte da terceira Ordem. – Disse Sarah, olhando para Arthur.


 


-Conte a eles, Arthur. – Disse Dumbledore.


 


-A Ordem Secreta é a menor que existe, com apenas três membros, e foi criada no começo desse ano. – Ele fez uma pausa para suspirar. – Os seus membros são: Severo Snape, Narcisa e Draco Malfoy.


 


Ao ouvir o último nome da lista, Sarah achou que teria um infarto.


 


-Draco Malfoy?! – Ela repetiu. – O filho do comensal mais procurado do século e que nunca vai poder ter irmãos por causa da Helen?! – Perguntou ela apontando para Helen, que estava sentada na sua frente do outro lado da mesa.


 


-EI! Eu não tive culpa! Ele mexeu com o meu marido! – Disse Helen se defendendo.


 


-Ele entrou na Ordem ontem à noite. Eram dez pra meia noite quando o Snape ligou no Departamento de Ordens e me avisou.


 


Sarah nesse momento se desligou de tudo o que estava passando na sala de jantar dos Weasleys e voltou a lembrar da noite passada.


 


Continuação do Flashback:


 


Malfoy arrastou Sarah para fora da mansão em poucos segundos. Eles caminharam até a beira de um lago enorme que ficava no “quintal” de trás da mansão.


 


-Uau! – Foi tudo o que Sarah conseguiu dizer.


 


-Observe e aprenda. – Disse Draco, se aproximando do lago.


 


-Nós não vamos nadar, não é? – Perguntou Sarah, receosa.


 


-Hahaha, não exatamente. – Disse ele colocando a mão na água. Assim que sua mão tocou a superfície do lago, este começou a se congelar, e em poucos segundos, todo o lago estava congelado.


 


-Malfoy?!


 


-Sabe esquiar? – Perguntou Draco, a olhando com os olhos prateados pela terceira vez.


 


-Você também tem poderes?! – Perguntou Sarah, se afastando.


 


-Como assim também?


 


-Você não sabe que toda a minha família tem poderes?


 


-Eu achei que isso era na época do Conde Adams. Vocês ainda têm poderes? – Perguntou ele, com cara de quem não acredita.


 


Sarah estalou os dedos e fechou os olhos, e quando os abriu, uma chama emanava de sua mão, e seus olhos estavam pegando fogo.


 


-Uau! – Dessa vez, isso foi tudo o que o Malfoy conseguiu dizer. – Ah, que se dane! Eu estou sonhando mesmo! – Disse ele, fechando os olhos. Quando os reabriu, ambos estavam com roupa de patinação.


 


Os dois patinaram e conversaram por horas a fio, até que a conversa foi parar num assunto delicado.


 


-Então, você também acha que Voldemort vai voltar em breve? – Perguntou Sarah à Malfoy.


 


-Eu não acho, tenho certeza. Uma guerra está por vir, Sarah.  – Disse Draco, olhando pro vazio.


 


-E de que lado você pretende ficar? – Perguntou Sarah, com medo de ouvir a resposta.


 


-Eu não sei... Você não sabe o que é ter que escolher entre ficar do lado dos que vão matar ou dos que vão morrer. Às vezes eu acho que minha única opção é ficar do lado do meu pai.


 


-Todos têm a chance de escolher, Malfoy. Você só precisa fazer a escolha certa.


 


Antes de poder ouvir a resposta de Draco, Sarah acordou num pulo no dormitório feminino nº 13 da Corvinal.


 


Fim do flashback.


 


-Então, nós vamos nos reunir nesse endereço. – Disse Dumbledore, empurrando um pedaço de pergaminho para o centro da mesa. Sarah acordou do transe e se aproximou do centro da mesa para ler o pergaminho.


 


“Largo Dharma, nº 12,5. Londres.”


 


-Decoraram? – Perguntou Dumbledore. Todos acenaram com a cabeça. Com um gesto de varinha, o papel sumiu. – À partir de agora, apenas nós poderemos encontrar essa casa. Apenas aqueles que sabem onde estão podem entrar.


 


-Quem mora lá? – Perguntou Gina.


 


-Ninguém. – Disse Dumbledore. – Eu comprei a casa, mobiliei com todos os equipamentos que vamos precisar, até mesmo os ilegais, e a escondi com um feitiço.


 


-Largo Dharma? – Perguntou Jorge. – É um endereço bruxo?


 


-Não. Por isso os comensais não vão nos encontrar enquanto treinamos.


 


-Treinamos? – Perguntou Ron.


 


-Sim, a partir de agora, a nova ordem irá treinar todos os fins de semana. E para os que têm escola, todos os fins de semana que vocês têm para visitar os pais. Esse é inclusive um detalhe importante. Aqueles que quiserem fazer parte da Ordem da Fênix terão que aceitar três novas regras.


 


-Vamos ter novos membros na Ordem da Fênix? – Perguntou Harry.


 


-Sim. Os Malfoy e Snape entraram na Ordem da Fênix. E todos da Ordem de Merlin estão convidados. Todos os que já fazem parte da Ordem da Fênix podem aproveitar a deixa para saírem. Aqueles que quiserem entrar, por favor, assinem aqui. – Disse Dumbledore, empurrando o enorme pergaminho e a pena para o centro da mesa. Todos na mesa podiam ler com clareza:


 


Ordem da Fênix


 


Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore


 


Severo Prince Snape


 


Narcisa Black Malfoy


 


Draco Malfoy”


 


-Quais são as três novas regras da Ordem da Fênix? – Perguntou Sarah.


 


-Bem lembrado. – Disse Dumbledore, sorrindo simpaticamente. – A primeira: faça por merecer estar na Ordem. Ou seja: vá as reuniões, treine os feitiços, se empenhe em melhorar em combate. Isso aqui não é brincadeira. – Continuou ele, direto e reto. – Segunda: não minta. E terceira: o que acontece na Ordem fica na Ordem. Alguma dúvida?


 


...


 


Cinco minutos depois, todos os presentes já tinham seu nome na lista da Nova Ordem da Fênix.


 


-Quando é que os caras de cobra vão aparecer? – Perguntou Harry.


 


-Eu falei com eles hoje de manhã. Nosso próximo encontro vai ser daqui a duas semanas, logo após o jogo da Grifinória versus Lufa-Lufa.


 


Na segunda seguinte, dormitório feminino nº 13 da Corvinal, 23:58 hs.


 


Depois de uma segunda feira cansativa, com muitas brigas com o Malfoy nos dois horários que tiveram juntos, horas extenuantes de treino de quadribol (Sean decidiu começar a treinar às 14 hs, já que os treinos da Sonserina não aconteceram porque estava chovendo, e eles não queriam se molhar) (N/A: o teste que a Sarah e a Chang tinham que fazer foi feito, e Sarah ganhou. :D Não vou descrevê-lo para o capítulo não ficar muuuuito grande.) embaixo de chuva, e depois um pequeno tempo de paz, estudando com Hermione na biblioteca até serem expulsas, Sarah estava dormindo à cerca de meia hora, dessa vez sonhando que ela e o Malfoy estavam se atacando (de porrada) em pleno Salão Comunal no meio do jantar.


...


 


-Seu viado! – Gritou Sarah dando uma rasteira em Malfoy.


 


-Sua vaca! – Disse Malfoy, a puxando junto.


 


-Eu te odeeeeeeeiioooooo!!!


 


-Eu tambéééééééémmmmm!!!


 


-Por que exatamente a gente ta brigando? – Perguntou Sarah, tentando se soltar das mãos de Draco, que estava segurando seus pulsos.


 


-Eu sei lá!


 


Depois de mais uns quinze minutos de porrada sem nenhum realmente machucar o outro, uma voz despertou Sarah e Malfoy do sonho.


 


-Se eu fosse o diretor, vocês dois estariam expulsos de Hogwarts. – Disse Severo Snape, parado ao lado de Dumbledore em pleno Salão Comunal, observando Sarah e Draco enroscados em plena mesa da Grifinória, um tentando enforcar o outro.


 


-AAAAAHHHHH! – Ambos exclamaram, cada um pulando pra um dos lados da mesa.


 


-É, por essa eu não esperava. – Disse Dumbledore, olhando para os dois.


 


-Mal-malfoy?!... Dumbledore e-eu não tenho idéia de como... Quem... Quando... – Sarah tentava se explicar, sem ter muito sucesso.


 


-Como... Quando... Hein? – Balbuciava Malfoy, sem conseguir concluir uma frase sequer.


 


-O que você acha? – Sussurrou Snape para Dumbledore.


 


-Acho que eu estava certo. E honestamente espero que não esteja.


 


-Sobre o que estão falando? – Perguntou Malfoy.


 


-Me acompanhem, por favor. – Disse Dumbledore, saindo do Salão Comunal, sendo seguido por Snape, Malfoy e Sarah.


 


Os três seguiram Dumbledore até a sua sala, onde entraram e Sarah e Draco se sentaram nas duas cadeiras conjuradas por Dumbledore. Snape parou por um momento olhando para Dumbledore, como se eles estivessem conversando sem palavras. Poucos segundos depois, com um aceno de cabeça, ele saiu da sala. Dumbledore se sentou na sua poltrona, do outro lado da mesa em que Sarah e Malfoy estavam sentados.


 


-Bom, aqui vamos nós. – Disse Dumbledore, pausando para suspirar. – Eu gostaria que me ouvissem com atenção e não protestassem antes que eu termine de falar. – Sarah e Draco acenaram positivamente com a cabeça. – Há muitos anos atrás, Lord Voldemort tentou matar um bebê de um ano, e não conseguiu. Esse mesmo garoto hoje tem quinze anos, estuda em Hogwarts, e é extremamente famoso no mundo bruxo. Seu nome: Harry Potter. Quando eu soube da história de Harry, eu já esperava que a cicatriz deixada por Voldemort não fosse apenas uma simples marca. Com o passar dos anos, eu percebi que quando Voldemort deixou aquela cicatriz em Harry, transferiu mesmo que intencionalmente algo de si. Um pouco da sua personalidade, o ofidioglotismo, e acabou criando uma conexão mental com ele que existe até hoje. No ano passado, quando eu soube da invasão dos comensais à Transilvânia, sabia que eles não tinham ido até lá apenas para matar os Adams. – Disse Dumbledore, olhando para Sarah ao mencionar o nome de sua família. – Sarah, estabelecer uma conexão entre a mente de duas pessoas pode ser uma arma poderosa nas mãos de Voldemort. Eu acredito que Voldemort esteja tentando, desde aquele ataque no ano passado, conectar a mente de um membro da Ordem de Merlin, sua maior rival até agora, com a mente de um comensal da morte.


 


-Espera aí, você acha que Voldemort quer conectar a mente de alguém da Ordem de Merlin com a mente de um comensal para nos vigiar?


 


-Exatamente. – Continuou Dumbledore. – E eu acho que ele conseguiu. – Um silêncio de espanto se instalou na sala. – Se eu estiver certo, Voldemort conectou a mente de duas pessoas extremamente poderosas, uma, o mais novo membro da Ordem de Merlin, e o outro, o futuro mais novo comensal da morte.


 


-EU?! – Disseram Draco e Sarah juntos.


 


-Sim, vocês. Voldemort sempre achou que você Draco, como filho de Lúcio, se tornaria um comensal. Ele só não contava com a sua súbita mudança de idéia. – Disse Dumbledore, sorrindo.


 


-Mas Dumbledore, isso não explica em nada o por que eu e a Sarah estávamos nos enforcando em pleno Salão Comunal. – Disse Draco.


 


-Eu vou chegar aí. – Continuou Dumbledore. – Bom, o que eu tenho a informá-los é que Voldemort conseguiu, sabe-se lá como, conectar a mente de vocês. Porém... – Disse Dumbledore antes que Sarah ou Malfoy pudessem protestar. – Conectar mentes é um processo lento. Por enquanto vocês estão se conectando por sonhos, mas em breve, os dois estarão ouvindo os pensamentos um do outro ou coisa pior.


 


-Então tudo o que eu sonhei ele também sonhou?! – Perguntou Sarah, quase infartando.


 


-Sim. – Respondeu Dumbledore. – E vice-versa. Não sei se já notaram, mas as mentes de vocês chamam um ao outro para os sonhos. É como se um o estivesse chamando para o sonho dele e você não pode evitar ir. Esse foi o primeiro sonho que vocês compartilharam?


 


Sarah e Malfoy se olhavam sem crer que isso fosse verdade.


 


-Não foi o primeiro. – Disse Sarah.


 


-E das outras vezes vocês não se encontraram pelos corredores?


 


-Não. – Disse Malfoy. – Essa foi a primeira vez.


 


-Isso já é um sinal de que a conexão entre vocês está evoluindo.


 


-Existe uma forma de desfazer isso? – Perguntou Sarah.


 


-Ninguém nunca tentou, mas por garantia, vocês vão seguir as minhas instruções à risca. – Ambos ouviam com atenção. – Como já sabem, estão conectados. O meu medo é que Voldemort, sendo o bom legilimente que é, esteja acompanhando as mentes de vocês.


 


-Isso é possível? – Perguntaram os dois juntos de novo.


 


-Sim. E perigoso. Por isso, vou protegê-los como posso. E não aceito reclamações. Voldemort já está agindo.


 


Sarah e Malfoy se olharam num misto de medo e confusão.


 


 -Eu sinto muito ter que informá-los, mas vocês vão dividir um quarto pelo resto do ano.


 


-COMO É QUE É?! – Sarah e Malfoy exclamaram juntos.


 


-E ambos terão que treinar Oclumência com o professor Snape.


 


-Mas por quê?! – Sarah perguntou quase avançando no pescoço de Dumbledore.


 


-Sarah, aquele dia no campo de quadribol, os dementadores não estavam admirando a paisagem. E nesse exato momento, Voldemort está organizando um exército para matá-los. – Disse Dumbledore, subindo no parapeito da janela. – A maior guerra de todos os tempos está para acontecer. E eu, honestamente, pretendo estar preparado. – Terminou ele, piscando para os dois e pulando da janela.


 


Sarah e Draco se aproximaram do parapeito da janela e olharam para baixo, angustiados. Porém, como já era de costume, Dumbledore tinha sumido.


 


-Típico. – Disse Sarah.


 


-Com licença. – Disse Snape. – Os dois podem me acompanhar. Vou mostrar-lhes seu novo quarto. – Disse ele saindo da sala, sendo seguido por Sarah e Draco. – E a propósito... As suas aulas de Oclumência serão na nova sede da Ordem da Fênix, todas as vezes que tivermos reuniões. – Terminou Snape, sorrindo maquiavelicamente.


 


Cenas do próximo capítulo:


 


“-Eu fico com a cama do canto, Malfoy estúpido!


 


-Já falei que EU fico com essa cama! – Disse Malfoy, tentando desagarrar Sarah da cama.


 


-Atenção todos os alunos e professores. – a voz de McGonnagal disse no alto-falante do quarto, os interrompendo. – A segunda prova do Torneio das Quatro Casas começa agora.”


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