Sarah Adams escrita por Marina Andrade


Capítulo 6
Capítulo 6 - Os Participantes


Notas iniciais do capítulo

Surpresas estão por vir.

Sarah M. Adams



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03 de fevereiro de 2009, Campo de Quadribol, 16:00 hs.


 


[N/A: não sei se eu comentei como os “meus” jogos de quadribol vão funcionar, então vou explicar aqui:


 


Cada time tem: quatro artilheiros, dois rebatedores, um apanhador e um goleiro.


 


Os artilheiros jogam com os dois balaços, com as mãos, com a vassoura, com a cabeça, de qualquer jeito, desde que acertem o gol.


 


Os rebatedores jogam com a goles, usam um taco de beisebol, e não podem bater na bola sem ser com ele.


 


O goleiro defende os três aros e o apanhador tem que pegar o pomo (é claro).


O jogo dura quarenta e cinco minutos, sem intervalos, ou se o pomo for pego TRÊS VEZES pelo mesmo apanhador. (uma vez só faz o jogo durar muito pouco e esse detalhe de serem três vezes vai ser importante na fic ;) ]


 


-Atenção, cambada! – Gritou Sean, mais novo capitão do time da Corvinal. – Vamos começar com os testes dos goleiros. Aqueles que tenham interesse, por favor, se aproximem.


 


Dois meninos e uma menina se aproximaram enquanto o resto voou até as arquibancadas e se sentou.


 


-Eu aposto que vai ser a Pam, e você? – Perguntou Steve a Sarah, ambos estavam sentados esperando para os seus testes.


 


-Não sei, aquele da esquerda parece ser bem forte.


 


-Hahaha, e desde quando é preciso ter força para ser goleiro? Só é preciso ser ágil.


 


-Honestamente, não entendo muito de quadribol, mas ainda acho que vai ser o da esquerda.


 


-Quer apostar?


 


-Claro. Aposto três galeões nele.


 


-E eu três galeões na Pam.


 


-Feito. – Ambos disseram, apertando as mãos. Sean enfeitiçou os dois balaços e a goles para simular um jogo de quadribol agitado, e mandou o primeiro menino, o da direita, para fazer o teste. O menino, Corvin, defendeu três dos cinco gols. O próximo a ser testado era o que Sarah apostou que venceria.


 


-Da esquerda, da esquerda! – Gritou Sarah, batendo palmas.


 


-Hahaha, sem chance. – Disse Steve.


 


O goleiro que Sarah apostou defendeu quatro dos cinco gols.


 


-Steve, prepare o bolso. Essa eu já ganhei.


 


Era a vez de Pam. Ela se postou na frente dos três aros e estalou os dedos. Pam era uma menina loira, dos cabelos lisos e curtos, na altura do queixo, tinha olhos azul-piscina e a pele bronzeada. No geral, parecia muito meiga para ser goleira do time da Corvinal.


 


-E... Valendo. – Disse Sean, enfeitiçando os balaços outra vez com um aceno de varinha. Pam pareceu se transformar de menina meiga para solteirona de TPM quando defendeu o primeiro balaço, chutando-o pra longe.


 


-Por Merlin! O que é que é aquilo?


 


-Hahaha, já ganhei, Sarah.


 


O segundo balaço veio na direção de Pam do nada, mas ela não pareceu surpresa, bateu com o cabo da vassoura nele, que saiu voando na direção de Sarah e Steve.


 


-Cuidado! – Exclamou Steve, puxando Sarah pelo braço pouco antes do balaço passar no exato lugar onde antes estava a sua cabeça.


 


-Você acha que ela me ouviu falando que o da esquerda iria ganhar? – Perguntou Sarah, enquanto via Pam dar um soco na goles mandada por Sean.


 


-Hahaha, não sei. Mas se tiver ouvido, é melhor você sumir por uns tempos.


 


Pam defendeu todos os cinco gols de forma brutal.


 


-É Sarah, você me deve cinco galeões.


 


-Mas nós apostamos três!


 


-Ah, qual é! A vitória foi esmagadora... Literalmente. – Disse Steve, olhando para Sean que estava desamassando com um feitiço a goles que Pam socou.


 


-Parabéns Pam, você é a nova goleira da Corvinal. – Disse Sean, acenado para ela, que pareceu se transformar de novo na garotinha meiga ao ouvir a notícia e voou sorrindo para a arquibancada.


 


-Agora, os rebatedores, por favor. – Disse Sean, fazendo sinal para que os rebatedores se aproximassem.


 


-Minha vez. – Disse Steve.


 


-Boa sorte.


 


Sete pessoas estavam interessadas em serem rebatedores, mas com o brilhante desempenho se Steve e Michael Stuart (N/A: o irmão mais velho do Stuart que entrou no primeiro ano.) eles foram selecionados.


 


-Uhu! É isso aí Steve! – Gritou Sarah da arquibancada, sendo acompanhada pela maioria das meninas que tinham vindo assistir aos testes apenas para ver os jogadores suarem e o treinador sarado (é claro). Olhando para a arquibancada Sarah pode ver uma menina de cabelos castanhos cantando, tocando violão e olhando para Sean com uma expressão distante.


 


Ê Sean, mal virou treinador e já está pegando todas. – Pensou Sarah, enquanto voltava a se sentar na arquibancada.


 


-Aqueles que estiverem interessados em serem apanhadores, venham, por favor. – Chamou Sean.


 


Chegou sua hora Sarah. Respire fundo e vá. – Pensou Sarah enquanto voava até o campo, sendo seguida por Cho Chang e Luna Lovegood.


 


Sean enfeitiçou os balaços e a goles para que simulassem um jogo difícil.


 


-Fiquem atentas ao meu sinal. A primeira a pegar o pomo sem ser atingida por nenhum balaço ou goles será a nova apanhadora.


 


-Vai ser moleza. – Disse Chang, olhando com cara de pena pra Sarah. – Eu se fosse você nem tentaria, Darah.


 


-E por que não? O céu está tão lindo hoje. – Disse Luna olhando para o céu, pensativa.


 


-Atenção, um... Dois... Três... E... VÃO! – Gritou Sean soltando o pomo que sumiu em milésimos de segundos.


 


Assim que Sean deu o sinal, Cho estava no ar montada em sua Libra 2.0 (N/A: mais uma vassoura nova: a Libra é uma vassoura ágil, de madeira prateada que fornece mais equilíbrio a quem a pilota, ótima para ser usada em corridas de vassouras.) voando com precisão em direção ao pomo.


 


Nem vem, Chang. O pomo é meu. – Pensou Sarah, voando em sua Fletcher bem na cola de Cho em meio aos balaços e a goles. Em segundos estava lado a lado com Chang, atrás do pomo. Luna planava no céu com sua Nimbus 2008 sem se mover, apenas olhando em volta, como se procurasse o pomo, que estava a poucos metros de Chang e Sarah. – O que ela acha que eu e a Chang estamos perseguindo? Zonzóbulos?Nargolês?- Pensou Sarah, enquanto acelerava atrás do pomo.


 


Luna continuava imóvel e Sarah viu com o canto do olho que um balaço estava indo exatamente em sua direção, porém o pomo de ouro estava a centímetros da mão de Sarah.


 


-LUNA! SÁI DAÍ! – Gritou Sarah, mas Luna não parecia nem um pouco interessada em se mover, estava apenas sorrindo e observando o estádio.


Valeu Luna, agora a Chang vai ganhar enquanto eu salvo a sua vida! – Pensou Sarah, enquanto mergulhava em direção a Luna e a empurrava pro lado. Meio segundo depois o balaço passou onde Luna estava.


 


-Ufa! Você está bem? – Perguntou Sarah.


 


-Estou ótima. Obrigada por me salvar. - Respondeu Luna sorrindo.


 


-Não tem de quê. Mas por que você não foi atrás do pomo?


 


-Tinha uma nuvem de zonzóbulos bem ali. – Disse ela apontando para um ponto à direita de onde estavam. Sabia que a melhor forma de se proteger contra zonzóbulos é ficando completamente imóvel?


 


Sabia que para você a melhor forma de ser normal é consultando um psiquiatra? – Pensou Sarah.


 


-Tá bom. – Sarah percorreu os olhos ao redor do estádio em busca de Chang. A única coisa que viu foi a torcida na arquibancada e o céu nublado que encobria o campo. – Está vendo a Chang?


 


-Não, ela deve estar voando mais alto.


 


-Vou lá. Você vai ficar aí?


 


-Claro que vou. Não vou correr o risco de centenas de zonzóbulos invadirem a minha cabeça. Se o pomo aparecer por aqui eu o pego.


 


-Ah... Boa estratégia.


 


Doida de pedra. – Pensou Sarah enquanto planava em meio às nuvens. Chang passou como um raio ao lado de Sarah, quase a derrubando.


 


-Ei, olha pra frente sua besta! – Gritou Sarah a seguindo.


 


Da altura que estavam elas não podiam ver o campo, nem mesmo a arquibancada. Olhando para baixo só se via nuvens e para cima só se via o céu, com o sol começando a se pôr.


 


O pomo parecia querer apostar corrida com elas. Sarah tinha a impressão de que quanto mais se aproximava dele, mais ele acelerava.


 


-NÃO ESTOU DISPOSTA A PERDER ESSA, DARAH. – Disse Chang, chutando a mão com que Sarah estava segurando a vassoura.


 


-FICOU LOUCA, CHANG?! – Disse Sarah gritando de volta e acelerando a vassoura. De repente, dois vultos negros para os quais Ron tinha criado muitos apelidos vieram na direção das duas, seguidos por centenas deles, que se revelavam ser cada vez mais numerosos de acordo com que se aproximavam.


 


-DEMENTADORES! – Gritou Sarah, dando meia volta.


-NÃO ADIANTA ME ENGANAR, DARAH. EU NÃO ACREDITO EM VOCÊ. – Disse Chang, estendendo o braço para pegar o pomo sem nem olhar pra frente.


 


-EXPERIMENTA OLHAR PRA FRENTE, SUA IDIOTA!


 


Chang resolveu dar atenção para Sarah e olhou para frente, mas era tarde demais, o dementador mais próximo já estava a centímetros de distância, e começou a sugar sua alma.


 


Sugadores de pia desenvolvidos. Agora eu entendi. – Pensou Sarah enquanto voava até Chang. – Pense Sarah! Qual é o feitiço que a Hermione te contou nas férias? Pense, PENSE! Pense numa memória boa. – Sarah remexia os bolsos em busca da varinha. Meus aniversários? Não. O natal? Claro que não! A virada de ano? Não.


 


De repente uma memória inesperada veio à sua cabeça. Ela não sabia se era exatamente boa, mas pelo menos era bem intensa. A imagem dos olhos de Draco Malfoy em prata líquida, olhando fixamente para ela no começo do ano quando estava indo se sentar em sua mesa tomou conta de seu corpo. Aquela era, no momento, a melhor memória de que conseguia se lembrar.


 


-EXPECTO PATRONO! – Gritou Sarah, com os olhos em chamas, produzindo uma imensa barreira prateada entre ela e Chang e os dementadores, fazendo com que eles se alimentassem da sua lembrança.


 


Hora do lanchinho, seus idiotas. – Pensou Sarah, enquanto segurava Chang para que ela não caísse da vassoura. Assim que os dementadores se foram. Sarah enfeitiçou Chang com o Wingardium Leviosa para que pudesse levá-la até a enfermaria.


 


Enquanto isso, no campo de quadribol.


 


-Algum sinal das duas? – Perguntou Steve da arquibancada a Sean, que estava de olho no céu.


 


-Ainda nada. – Respondeu ele. – Se elas não aparecerem em dois minutos eu vou atrás delas.


 


Nesse exato momento, Sarah surge dos céus montada em duas vassouras, com a varinha apontada para Chang, que flutuava dormindo (ou desmaiada) tranquilamente.


 


-O que é que aconteceu? – Perguntou Sean quando Sarah a colocou deitada no gramado e desceu das vassouras.


 


-Dementadores. Centenas deles. – Respondeu Sarah.


 


-EI, STEVE! CHAME O PROF. SMITH (N/A: o professor Smith é mais um personagem que eu criei. Ele é o diretor da Corvinal. Pra quem conhece o Will Smith, é ele mesmo.) E A MADAME POMFREY... E DUMBLEDORE, SE O VIR. – Gritou Sean a Steve, enquanto corria até a sala da professora Samantha.


 


Em poucos minutos Samantha, Dumbledore, Smith e Madame Pomfrey estavam no campo. Dumbledore, em especial, parecia furioso.


 


-Afastem-se todos! – Disse ele, abrindo caminho entre a multidão de alunos que se juntaram em torno de Sarah e Chang. – Quero saber quem presenciou a cena.


 


-Eu, professor. – Disse Sarah, humilde. – Lá vem problema. – Pensou ela.


 


-Estou certo em afirmar que vocês foram atacadas por dementadores?


 


-Na verdade, só a Chang, senhor. Eu tentei avisá-la mas...


 


-Ótimo, deixemos os detalhes pra depois. Professor Smith, já que a aluna é da sua casa, leve-a junto com Madame Pomfrey para a enfermaria imediatamente e me mantenha informado. Sr. Pit, quero que faça um relatório sobre o que você viu para a professora Samantha.


 


Nesse momento, Severo Snape se aproximou do campo.


 


-Mandou me chamar, professor?


 


-Ah, claro. Severo avise aos outros professores para checarem os céus e colocarem os dementadores onde deveriam estar. E você, Srta. Adams, venha comigo. – Concluiu Dumbledore, andando apressadamente para o castelo.


 


Por que será que eu tenho a impressão de que vai sobrar pra mim? – Pensou Sarah, enquanto o seguia pelos corredores. Eles foram até o quinto andar, e Dumbledore parou em frente a uma grande estátua de uma águia. (N/A: sabem aquela estátua que se tranforma em escada do segundo filme? Vamos fazer de conta que aquele pássaro é uma águia.)


 


-Não se pode vencer aquele que não quer lutar. – Disse Dumbledore.


 


A estátua começou a girar em espiral pra cima, revelando uma escada. Ela e Dumbledore subiram nela.


 


-Bem vinda a minha sala. – Disse Dumbledore, abrindo a porta educadamente para Sarah.


 


-Bela sala, senhor. – Disse Sarah, se admirando com a grandeza e sofisticação do lugar.


 


-Obrigado. Sente-se, por favor. – Disse Dumbledore fazendo surgir uma cadeira na frente de sua mesa com um aceno de varinha.


 


Sarah sentou-se enquanto Dumbledore dava a volta para se sentar na sua poltrona, do outro lado da mesa.


 


-Sarah, eu preciso que me conte exatamente o que aconteceu naquele treino. – Disse ele, olhando profundamente nos olhos de Sarah.


 


-Bom, assim que Sean deu o sinal, eu e Chang voamos pelo campo para encontrar o pomo. Nós o avistamos bem rápido. Eu o teria pegado, se a Lovegood não estivesse prestes a ser atingida por um balaço.


 


-A Srta. Lovegood não estava atrás do pomo com vocês? Ela não estava fazendo o teste para ser apanhadora também?


 


-Estar, estava. Mas parece que uma nuvem de zonzóbulos a distraiu.


 


-E o que exatamente são zonzóbulos? – Perguntou Dumbledore, com uma expressão de confusão no rosto.


 


-Eu venho me fazendo essa pergunta desde que a conheci.


 


-Continue.


 


-Então, quando eu vi que ela seria atingida, mergulhei até ela e a puxei para o lado. Depois disso, a Chang e o pomo tinham sumido. Como o céu estava nublado, imaginei que ela estivesse planando alto. Fui até ela. Quando a encontrei, voltamos a ficar lado a lado na cola do pomo, quando eu vi os panos de chão flutuantes vindo na nossa direção.


 


-Você viu o quê?


 


-Dementadores! Eu quis dizer dementadores! – Disse Sarah ruborizando. É nisso que dá conviver tanto com o Ron. Pensou ela. – Quando eu os vi eram apenas dois, mas quanto mais se aproximavam, mais deles surgiam em meio às nuvens. Eu tentei avisar a Chang, mas já era tarde demais, um deles começou a sugar sua alma. E então eu usei o Patrono e...


 


-Você o quê?! – Perguntou Dumbledore, surpreso.


 


-Eu usei o Expecto Patrono, senhor.


 


-Em Darktos eles ensinam esse tipo de feitiço?


 


-Não, eu aprendi com a Hermione Granger. Ela não me ensinou exatamente o que fazer, só me falou sobre o feitiço e como ele funcionava. Eu nunca tinha tentado executá-lo antes.


 


-E mesmo assim conseguiu executá-lo perfeitamente em questão de segundos e espantou centenas de dementadores na primeira tentativa?


 


-Bom... Sim.


 


Dumbledore deu um grande suspiro, em seguida a olhou com curiosidade.


 


-Eu a parabenizo pelo que fez, Sarah. Mas você tem noção das conseqüências se o seu Patrono não funcionasse?


 


-Honestamente senhor, quando você tem poucos segundos para tentar pensar em alguma memória suficientemente feliz para salvar alguém, conseqüências não passam pela sua cabeça. E além de tentar, o que mais eu podia fazer?


 


-Tem razão. Não vou perturbá-la mais por hoje. Parabéns por salvar a Srta. Chang. Trinta pontos para a Corvinal. – Disse ele sorrindo. – Pode ir agora.


 


Nessa mesma tarde, Enfermaria de Hogwarts, 18:26 hs.


 


-Como ela está? – Perguntou Sarah a Sean, que estava saindo da enfermaria com Steve. Ele tinha saído para que os pais de Chang pudessem entrar. A enfermaria agora tinha o limite de duas pessoas por visita.


 


-Bem melhor. Ela acordou faz uns quinze minutos e já estava chingando aos quatro ventos por não ter pegado o pomo. Então acho que ela está bem.


 


-Hahaha, bem coisa da Chang mesmo.


 


-Ela me parecia tão meiga. – Comentou Steve.


 


-Hum, você tinha que a ter visto no campo. Ela quase me derrubou da vassoura duas vezes. E dá uma olhada nisso. – Disse Sarah, mostrando a mão que Chang chutou.


 


-Ela fez isso com você? – Perguntou Steve, observando o corte na mão de Sarah.


 


-Aham. Ela não parece tão meiga agora, não acha? – Perguntou ela, olhando para Steve que apenas deu de ombros.


 


-Uma coisa eu não entendo. – Disse Sean. – No meio da confusão toda, onde foi parar o pomo de ouro?


 


Sarah sorriu e abriu um dos bolsos com zíper dos uniformes de quadribol.


 


-Esse pomo de ouro? – Perguntou ela, erguendo a bolinha dourada na mão direita.


 


-Bom, seja bem vinda ao time. - Disse Sean a abraçando.


 


-Quer apostar que a Chang vai te matar quando souber disso? Eu aposto cinco galeões! – Disse Steve, lhe estendendo a mão.


 


-Não, obrigada. Chega de apostas com você.


 


6 de fevereiro de 2009, Corredores de Hogwarts, 19:03 hs.


 


-Nem acredito que já é sexta feira. – Disse Hermione, caminhando com Harry e Sarah pro Salão Comunal. – A semana passou tão depressa.


 


-Concordo, as aulas estavam tão interessantes e os treinos de quadribol tão relaxantes que nem vi o tempo passar. – Comentou Sarah.


 


-Aulas interessantes? Vocês duas só podem estar loucas! – Reclamou Harry. – A McGonnagal disse que eu sou um completo desastre em Transfiguração, o novo professor de DCAT é um idiota e eu tenho duas detenções do Snape para cumprir nesse fim de semana por ter “falado quando não fui convidado.” – Disse Harry, fazendo sinal de aspas com as mãos e imitando a voz de Snape.


 


-Você estar estressado com a McGonnagal e o Snape eu entendo, mas por que o professor de DCAT é um idiota? – Perguntou Hermione.


 


-Ah! Ele é todo metido a “eu sou o maioral” e se acha superior aos alunos só porque tem diploma.


 


-Será que esse ódio todo não tem nada a ver com a Gina ter dito ontem que ele é bonito? – Perguntou Sarah lançando um olhar cúmplice a Hermione.


 


-É claro que não. Eu... Nem reparei no que ela disse ontem.


 


-Sei... – Disseram Sarah e Hermione juntas.


 


 -Harry, você nunca pensou em, sei lá, chamar a Gina pra sair? – Sugeriu Sarah.


 


-E-e-eu? E a Gi-gi-na?


 


-É-é. – Respondeu Sarah, o imitando.


 


-Eu não sei, não acho que eu tenha chance com ela.


 


-Você só vai saber se tentar. – Disse Hermione.


 


-Conversamos sobre isso depois. Vamos jantar. – Disse Harry, entrando no Salão Comunal.


 


Harry e Hermione se separaram de Sarah, que seguiu até a mesa da Corvinal para se sentar ao lado de Sean e Steve.


 


-É impressão minha ou o Salão Comunal está cheio demais assim tão cedo? – Perguntou Sarah, olhando para os lados e vendo que todos os estudantes pareciam estar lá, conversando animados demais.


 


-Esqueceu que hoje o Cálice de Prata vai revelar os oito participantes do Torneio das Quatro Casas? – Perguntou Steve.


 


-Ah, é mesmo. Nem me lembrava disso. Estou mais preocupada com as provas do mês que vem.


 


-Sarah, sabe o que as provas do mês que vem me lembram? – Comentou Sean.


 


-O quê?


 


-Que ainda faltam um mês para acontecerem! – Respondeu ele, dando um pedala Robinho na cabeça de Sarah.


-Au! E daí?


 


-E daí que você devia estar mais preocupada com o jogo que temos no próximo sábado contra a Sonserina.


 


-Já sortearam quem participa do primeiro jogo?


 


-Já. Seremos nós contra os caras de cobra. – Comentou Steve.


 


-Inclusive, semana que vem teremos treino extra na segunda às seis da tarde.


 


(N/A: aqui estão os horários dos treinos dos times:


 


Grifinória: terça das 16 às 18 e quinta no mesmo horário.


 


Lufa-Lufa: terça das 14 às 16 e quarta no mesmo horário.


 


Sonserina: segunda das 14 às 16 e quinta no mesmo horário.


 


Corvinal: segunda das 16 às 18 e sexta no mesmo horário.)


 


-Sarah, eu se fosse você se escondia. – Disse Steve olhando para a porta do Salão Comunal.


 


-É, acabou o sossego. Cho Chang saiu da enfermaria. – Disse Sean tomando um gole do seu suco de abóbora e fingindo não ver a cara de “hoje eu te mato” da Chang, que se aproximava de Sarah a passos largos.


 


Atenção senhoras e senhores, o barraco vai começar. – Pensou Sarah, enfrentando o olhar fulminante de Chang na mesma intensidade (só que dessa vez sem pegar fogo literalmente.)


 


-Então Darah, conseguiu o que queria, não é? – Começou ela.


 


-Defina “o que eu queria”.


 


-Me deixar com os dementadores e pegar o pomo.


 


-Pro seu governo, eu tentei te avisar que tinham dementadores na sua frente, foi você que não me deu ouvidos. E se eu não estivesse lá, você teria morrido, sabia? Ou você acha que Patronos se conjuram do nada?


 


-Não me interessa. Sua vitória não foi justa, e eu pedi ao professor Dumbledore para repetir o teste, só entre nós duas. Eu acredito que ele vá falar com você depois. Se prepare Sarah, eu não vou mais pegar leve com você. – Disse ela, indo se sentar na outra ponta da mesa.


 


-Não importa a ocasião, ela é sempre simpática. – Comentou Steve.


 


-Não acredito que vou ter que competir com ela de novo!


 


-Não esquenta, você ganha essa fácil, fácil.


 


Enquanto jantavam, Steve e Sean se distraíram falando sobre quadribol, se esquecendo da presença de Sarah. Um pássaro de papel, meio que aproveitando a oportunidade, veio na direção de Sarah (N/A: no terceiro filme, o Malfoy sopra um pássaro de papel para o Potter no meio da aula. Imaginem essa cena se repetindo, porém o pássaro é pra Sarah.) pousando em seu colo. Ela o abriu e leu.


 


“Odiada Adams,


 


O que você anda fazendo da sua vidinha inútil?


 


P.S.: Estou te escrevendo porque estou entediado.


 


D. Malfoy”


 


Sarah transfigurou uma colher em uma pena e um garfo em pergaminho e respondeu:


 


“Detestável Malfoy,


 


Creio que a minha vidinha inútil seja mais interessante que a sua.


 


P.S.: Um ótimo remédio para o tédio: vá se afogar na privada.”


 


S. Adams”


 


Com um gesto de varinha, o pergaminho se transformou em pássaro e voou até a mesa da Sonserina, pousando no colo de um loiro que olhava fixamente para Sarah. Uns dois minutos depois o pássaro estava pousando no colo de Sarah de novo.


 


“Estúpida Adams,


 


Duvido milhões de vezes que sua vida seja mais interessante que a minha. E só por curiosidade, como você aguenta esses dois viadinhos do seu lado?


 


P.S.: não estou com vontade de me afogar na privada. Aceito outras sugestões.


 


P.P.S.: responda no mesmo pergaminho ou vamos acabar com os talheres de Hogwarts.


 


D. Malfoy”


 


Sarah respondeu embaixo do recado de Malfoy, como ele pediu.


 


“Retardado Malfoy,


 


Eles não são viados, acredito até que sejam mais homens que você. Aqui vai outra sugestão pra você passar o tempo: vá cagar.


S. Adams”


 


Sarah mandou o pássaro para Malfoy e antes que ele pudesse responder, Dumbledore pediu a atenção de todos:


 


-Atenção, alunos! A tão esperada hora chegou. Peço o silêncio de todos para anunciar os participantes do Torneio das Quatro Casas. – Disse ele, se aproximando do Cálice de Prata. – Cada um dos escolhidos foi escolhido pela característica que lhe é mais valiosa. O Cálice não mostrará apenas aqueles que merecem, como mostrará qual valor moral fez com que essa pessoa entrasse no Torneio.


 


Todo o Salão Comunal ficou em silêncio enquanto Dumbledore acendia o Cálice de Prata com uma chama dourada. Alguns alunos cruzavam os dedos, outros rezavam a Merlin e outros batiam os pés ansiosos ou comiam as unhas de nervoso.


 


-Os primeiros a serem escolhidos serão os alunos da Lufa-Lufa, disse Dumbledore se aproximando do Cálice, que soltou do meio das chamas dois pedaços de pergaminho dourado, que flutuaram até a mão de Dumbledore. – E da Lufa-Lufa, escolhido pela sua simpatia, James Stuart Júnior.


 


O garotinho do primeiro ano da Lufa-Lufa parecia não caber em si de alegria, e foi sob aplausos e o apoio de todo o Salão, cumprimentar Dumbledore e esperar ao lado dele pelos próximos.


 


-Muito, bem. Parabéns ao Sr. Stuart. E agora, a menina Lufa-Lufa escolhida por sua amabilidade, Shelly Wonder.


 


Shelly Wonder era uma menina morena, de cabelos cacheados e olhos verdes que fazia muito sucesso entre os meninos da escola. Famosa por ser a melhor apanhadora que a Lufa-Lufa já teve, até hoje ainda estava no time, no seu sétimo ano, e já foi capitã por três anos. Sob muitos aplausos, especialmente da torcida masculina, ela caminhou e ficou ao lado de Stuart.


 


-Parabéns aos representantes da Lufa-Lufa. Agora, vamos aos da Sonserina. – Disse Dumbledore, mudando a cor das chamas para verde com a varinha. – Mais dois pedaços de pergaminho saíram das chamas, dessa vez esverdeados, e pousaram na mãos de Dumbledore. – Escolhida por sua imensa força de vontade, Pansy Parkinson.


 


Isso é que é variedade num Torneio! Um novato, uma jogadora de quadribol e uma cobra. – Pensava Sarah, aplaudindo Parkinson.


 


-E escolhido por sua astúcia, Draco Malfoy. – Sarah olhou surpresa para Draco, que retribuiu levantando uma das sobrancelhas como se dissesse “Está surpresa, Adams?”.


 


Pronto. Agora colocaram um chipanzé. Não falta mais nada. – Pensou Sarah, aplaudindo Draco.


 


-Meus parabéns aos representantes da Sonserina. Agora, vamos aos grifinórios. – E dizendo isso, com um aceno de varinha as chamas do Cálice se tornaram vermelhas, e delas dois pedaços de pergaminho avermelhados foram lançados ao ar, flutuando até a mão de Dumbledore. – Escolhida por sua inteligência, Hermione Granger. – Disse Dumbledore sorrindo para Hermione enquanto o Salão Comunal inteiro a aplaudia, os sonserinos com menos entusiasmo, mas aplaudiam do mesmo jeito.


 


Dumbledore leu o segundo pergaminho com uma expressão surpresa no rosto. – E o segundo representante da Grifinória, escolhido por sua coragem, Ron Weasley.


 


Os alunos enlouqueceram no Salão Comunal. Aplausos e gritos de apoio eram ouvidos por toda parte. Ron Weasley nunca havia sido o melhor em nada, exceto em xadrez. Ser escolhido para participar de um Torneio era mais o perfil do Harry, mas dessa vez ele foi o escolhido, e foi escolhido por sua coragem, não por ser o amigo do Menino-Que-Sobreviveu.


 


-Acalmem-se todos! – Ordenou Dumbledore. – E parabéns aos representantes da Grifinória, Lufa-Lufa e Sonserina. Nos falta agora saber os dois últimos participantes do Torneio das Quatro Casas.


 


Todos do salão olhavam ansiosos para o Cálice de Prata, que alterou a cor de suas chamas para azul dessa vez.


 


-E os representantes da Corvinal no Torneio serão... – Dumbledore fez uma pausa para limpar a garganta. – Escolhido por sua honestidade, Sean Pit.


 


Os alunos da Corvinal (principalmente as meninas) o aplaudiram com vigor, seguidos por todos das outras Casas enquanto Sean caminhava até Dumbledore.


 


-Bom, e a última participante do Torneio, escolhida por sua lealdade, Sarah Adams. – Disse Dumbledore, olhando nos olhos de Sarah e sorrindo.


 


EU?! É sério??? UHHHHHUUUUUUUUUUUU!!!  - Pensava Sarah, enquanto se levantava e andava sendo aplaudida por todo o Salão, inclusive pelos outros participantes, em especial Draco Malfoy, que por incrível que pareça, sorria pra ela. Enquanto andava pelo Salão, Sarah lançou o mesmo olhar “Está surpreso, Malfoy?” à Draco, e logo depois foi para o lado de Sean.


 


-Parabéns a todos os que foram escolhidos. – Disse Dumbledore. – Gostaria de avisá-los que as provas não terão datas e vocês saberão o mínimo possível sobre elas, para aumentar o nível de dificuldade. Todas as provas serão individuais e cada participante será responsável e dependente apenas de si próprio.


 


O Salão Comunal inteiro estava cochichando, sem ligar muito para o que Dumbledore falava, apenas comentando sobre os escolhidos.


 


-Silêncio! – Pediu Dumbledore, mas não teve muito sucesso. – SILÊNCIO! – Ele gritou, fazendo todo o Salão Comunal se calar. – Para dar uma pequena amostra de como os desafios serão imprevisíveis, a primeira prova começa agora.


 


Cenas do próximo capítulo:


 


“Sarah estava deitada na sua cama, sem conseguir dormir, quando uma coruja preta desconhecida bicou o vidro da janela.


 


Essa hora da noite não pode ser notícia boa... – Pensou Sarah abrindo o envelope.


 


Ao olhar o remetente da carta, ela concluiu que talvez estivesse certa sobre as notícias serem ruins, já que a carta vinha de Draco Malfoy.”


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