Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 46
Epílogo 1 - Home... ♫


Notas iniciais do capítulo

Hey gatitas, como estão?
Quero agradecer especialmente as lindas anjo cullen, Keltrin Mary Volturi Salvatore e Flavig, muito obrigada por suas lindas e doces recomendações ♥
E aqui vai o epílogo da história, espero que todas vcs gostem.



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Eu amo minha mãe e meu pai, não da forma como eu amo você. Você é a menina dos meus olhos, menina eu nunca amei alguém como você. Cara, você é o meu melhor amigo, eu grito para o nada, não há nada de que eu necessite. Não há nada que me dê mais prazer do que você. Eu lhe seguirei pelo parque, pela floresta pela escuridão, menina eu nunca amei alguém como você. Fossos e barcos e cachoeiras, becos e telefonemas pagos, eu estive em todo o lugar com você. Nós rimos até pensarmos que iremos morrer, pés descalços em uma noite de verão, nada novo é mais doce do que você. E nas ruas você corre livremente, como se fosse somente você e eu, Jesus, você é algo de se ver. Ah, casa, deixe-me ir para casa, casa é qualquer lugar que eu esteja com você.

— Home - Edward Sharpe and The Magnetic Zeros

http://www.youtube.com/watch?v=LzPPAw5tnqs

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1 de Outubro de 2007.

Edward caminhava mancando pelos corredores do Seattle Grace Hospital. Apesar de ser algo muito suave, ele nunca tinha recuperado completamente sua perna direita e seu ombro esquerdo, mas já tinha o controle do resto corpo e estava acostumado com o que tinha agora. Acostumado e muito feliz.

Ele andava olhando ao redor procurando por seu filho, o pequeno furacãozinho. Assim como Charlie tinha previsto, EJ tinha sido um bebê tranquilo e agora era uma criança muito arteira, no auge dos seus quatro anos.

Por exemplo, naquele momento, o menino tinha sumido no meio do andar da maternidade e berçário do hospital, e ele não queria nem imaginar o que podia estar aprontando.

— Onde você viu seu irmão pela última vez, Nessie? — Edward perguntou novamente à filha.

— Pai, eu já disse que eu não sei. — Nessie respondeu rindo. — Ele me seguiu quando fui beber água, ai eu voltei e ele não. E daí? Podemos deixar ele aqui, não é como se já não tivéssemos outro para substituí-lo.

— Hey, seja legal com seu irmão. — ele disse tentando não rir. Não tinha ideia de como Bella conseguia permanecer séria quando ela ou os outros diziam coisas desse tipo. — E você sabe que sua mãe não ia permitir isso.

Nessie continuou rindo, indo ao seu lado enquanto procurava por EJ.

Edward sorriu para a filha, sua Luz do Sol. Com dez anos, ela aparentava ser um pouco mais velha, talvez uns treze anos. Era menos arteira que EJ, mas tão animada, espevitada e comunicativa quanto. Estava puxando a altura do pai e corpo esguio da mãe, graciosa em um vestido de alças azul marinho e sapatilha vermelha; seus cabelos chegavam ao meio de suas costas com grandes cachos cor-de-bronze e seu rosto parecia o de uma boneca de porcelana, com pele branca, maçãs do rosto altas e grandes olhos verdes. Muito linda, para desespero completo de seu pai.

Vrruuummm... Vrruuummm...

— EJ! — Nessie exclamou ao escutar.

Edward também tinha reconhecido, era o barulho de seu filho fazendo motor de carro. Mas ele só fazia esse barulho quando estava brincando com algum carrinho de brinquedo ou em seu triciclo ou na bicicleta. E agora ele não estava com nenhum dos três. Edward se apressou na direção da voz dele para tentar evitar qualquer problema, além dos que ele, provavelmente, já estava.

— Vrrrrummm, biiiii.

E a voz do menino vinha da sala especial de amamentação do andar – um lugar feito para que mães pudessem amamentar seus filhos e trocar experiências sobre isso. Deus, o que seu filho estava aprontando ali?

— Vai na frente, Luz do Sol. — Edward mandou, colocando a mão no ombro da filha.

Nessie virou a cabeça e lhe encarou com o cenho franzido.

— Por quê?

— Porque você é a irmã mais velha dele, vai.

— E você é o pai, acho que isso vale mais do que ser irmã mais velha.

— Você está ficando inteligente demais, sabia? — Edward bufou.

— Puxei a mamãe. — Nessie sorriu orgulhosa.

— A mamãe? E pensar que antes eu era a sua pessoa favorita nesse mundo. — Edward disse com um suspiro, indo para a porta. Ainda escutava os barulhos de EJ e algumas risadas femininas, ao menos não parecia assim tão ruim.

— Você ainda é a minha pessoa favorita, papai, mas nós mulheres temos que ficar unidas.

— Vocês mulheres? — Edward ironizou com um sorriso divertido.

— Foi o que a madrinha disse.

Agitando a cabeça com um sorriso no rosto, Edward bateu duas vezes na porta e a abriu.

Era uma sala grande e com vinte cadeiras de amamentação distribuídas em um círculo, oito delas estavam ocupadas com mulheres amamentando aos filhos e EJ estava no meio, sentando em uma cadeira de rodas com uma comadre hospitalar na cabeça, fazendo barulho de motor enquanto fazia a cadeira ir pra frente e pra trás.

— Desculpe senhoras, eu só vim buscar meu filho. — Edward disse envergonhado. Ao menos as mulheres não pareciam constrangidas ou com raiva pela presença de EJ ou por Edward estar ali, elas sorriam carinhosamente.

EJ pulou da cadeira, a virou para o pai e sentou novamente.

— Oi papai! — ele disse com um grande sorriso divertido.

Por isso Bella dizia que ele era um pai bobão e babão, ele tentava ser firme com os filhos, mas eles só precisavam fazer beicinho ou sorrir que ele se desarmava completamente, se tornando massa de modelar nas mãos deles.

EJ era uma pequena miniatura sua, segundo todos que os viam juntos ou viam fotos de Edward criança – e até ele tinha que concordar, eram muito parecidos. A unica diferença era os cabelos castanho chocolate que herdara da mãe, o resto era todo o pai, inclusive nos gestos, como sorrir de lado ou passar a mão no cabelo incontrolável – não importava o quanto Bella tentasse pentear, eles sempre iam para todos os lados e o menino se recusava a cortar com frequência.

— É uma cadeila que anda, papai. E eu ainda achei um capacete. Vrrruuummm. Será que eu pode ter uma assim?

— Não precisa se preocupar o... Capacete estava limpo. — uma das mães, uma ruiva sorridente, disse com diversão em sua voz.

— Obrigado e eu sinto muito que ele tenha atrapalhado vocês, vamos EJ.

— Ele não atrapalhou. — outra mãe disse rindo. — Você tem um filho adorável.

— Eu pode ir na cadeila, papai?

— Não, você não pode, vamos. — Edward se aproximou e pegou o menino no colo, que foi sem reclamar.

— Olha meu capacete, Nessie. — EJ disse orgulhoso.

— Isso é um penico, seu bobão. — Nessie riu.

— Não é! É um capacete pra cadeila que nada, né papai?

— Olha a linguagem Nessie. E você, rapaz, quantas vezes eu te disse para não sair de perto da gente enquanto estivéssemos no hospital? — ralhou tirando a comadre da cabeça dele e deixou na cadeira.

— Eu não vi pa onde a Nessie foi depois negócio de água, ai eu andei e entei aqui com a mulher, ai tavam todas com bebês no peito igual a mamãe faz com o Nate, ai eu vi a cadeila e sentei e fiquei andando aqui, era legal. — o menino riu.

— Não legal pra mim ou pra sua mãe, que está preocupada com você. Agora peça desculpas e dê tchau a essas senhoras, então vamos.

— Tá. — o pequeno franziu o cenho e fez beicinho. — Desculpa senhoras, tchau.

Todas as mulheres disseram que não ele tinha feito nada de errado e pediram que Edward brigasse muito com ele, disseram o quanto ele era bonito e especial, então se despediriam.

EJ logo desfez a carranca e começou a sorrir. Outra semelhança com o pai, desde cedo já era um pequeno arrebatador de coração e enrolava qualquer uma em seu dedinho. Edward agradeceu a todas e saiu fechando a porta.

— A gente já vai embora? — Nessie perguntou impaciente.

— Ainda não, querida, acho que falta mais um pouquinho. E você, no chão. — Edward disse e o colocou no chão.

— Não, eu quero ir no colo, pai. — EJ choramingou.

— Não começa, sem fazer escândalo no hospital, já falei com você sobre isso. — o repreendeu rapidamente. — E esse será seu castigo por ter sumido quando já tinha deixado claro que não era pra você se afastar, agradeça por não ser pior, vamos.

EJ bufou e saiu de perto do pai batendo os pés, indo ao lado da irmã, que ria da situação.

E voltou com os filhos para a sala de espera da maternidade, onde estava toda sua enorme família esperando o nascimento dos novos membros dela.

— Achou o fujão. — Jacob brincou. Quando EJ não riu, ele franziu o cenho para o afilhado. — Ei carinha, por que esse bico todo?

— Porque ele queria vim no colo e o papai não trouxe ele no colo. — Nessie respondeu rindo.

Nessie começou a contar sobre onde EJ estava e o que fez, enquanto Edward observava todos da porta da entrada.

Três anos tinham se passado desde que voltara para casa. Três anos que podiam parecer pouco, mas que mostrava ser tempo suficiente dado tudo que tinha acontecido naqueles anos. Suas vidas entrarem nos eixos, levando todos de encontro a sua felicidade.

Lá estavam Rosalie e Emmett. Sua irmã sorria para o filho de dois anos no colo de seu marido, dando um pouco de banana amassada em sua boca. O pequeno se chamava Edmund. Ele não podia deixar de se emocionar com isso, era seu afilhado e levava o nome em sua homenagem. Pensaram em talvez chamá-lo de Edward, mas então concordaram que com Edward e EJ, o mundo já tinha Edwards suficiente, então nasceu Edmund Christopher – chamado carinhosamente de Ed por todos. Uma adorável mistura dos pais; as covinhas do pai, o queixo suavemente dividido e grandes bochechas da mãe, cabelos claros do pai, gênio forte da mãe, o menino era perfeito.

Perto deles estavam Jacob e Leah, oficialmente casados e com uma filha de um ano, a pequena Sarah Harriet – uma homenagem à avó paterna falecida e o avô materno falecido. E aquela que nunca teria filhos, acabou tendo uma e de maneira natural, dando a luz a uma adorável menina muito parecida com os pais com sua pele morena bronzeada, cabelos negros e sorriso fácil. E para o desespero dos dois, ela tinha toda a personalidade forte e espoleta da mãe, com um pouco da parte carinhosa do pai. E apesar de tão pequena, ela já tentava seguir os passos bagunceiros de EJ e Ed – que mesmo com toda a diferença de idade eram bem próximos.

E do outro lado estavam os soldados. Podiam não ir mais servir o país no exterior, mas uma vez militar sempre militar. Tinham tirado suas baixas e ganhado medalhas de honras pelos serviços prestados, principalmente Edward, agora estavam todos dedicados a suas famílias e construindo suas vidas fora da farda.

Junto à parede estavam os também casados Mallory e Magnus, com ele carregando a filha adormecida de sete meses em um canguru preso ao seu peito. Isabelle Grace, nomeada assim em homenagem a Isabella, para que fosse tão forte quanto ela, e chamada carinhosamente de Izzy. A pequena era uma pequena cópia da mãe com a pele negra do pai, era lindo ver os grandes soldados transformados em ursinhos de pelúcia na mão babada da pequena menina que nem tinha consciência de seus atos.

E então os soldados ainda sem filhos, mas em relacionamento sério. Garrett estava com sua noiva, Kate, a fisioterapeuta de Edward; tinham se conhecido durante as primeiras sessões de fisioterapia e logo todos sentiram o clima entre eles, então começaram a sair e agora estavam noivos, prontos para casar no ano seguinte. Micah estava com sua namorada, Julie, a pequena loira professora de dança que tinha conhecido por intermédio de Ethan, porque ela era irmã do namorado dele, Dillon – tinha surpreendido a todos ao sair do armário logo depois de dar baixa no exército, e seus medos da rejeição daqueles que considerava irmãos foram derrubados logo ao contar a notícia e ver aceitação de todos numa batida de coração. Eles eram família. Família se aceita e se apoia, então nada mais importava, eram irmãos e ponto.

E faltava um casal, Jasper e Alice. Como Edward tinha previsto, tinha batido como um tijolo na cara deles e agora estavam completamente no amor e casados. Alice tinha até pagado os cinquenta dólares da aposta durante a pequena cerimônia de casamento. E agora eles eram o motivo de estarem ali naquela sala de espera da maternidade do Seattle Grace.

— Ai ele estava com um penico na cabeça. — Nessie contou rindo.

— Não era um penico, sua idiota! — EJ gritou.

— Ei! Cuidado com a sua boca, um dólar.

Edward se virou na direção da voz conhecida de quem tinha repreendido seu filho. Sorriu para ela, sua amada esposa, Bella.

Ela vinha maravilhosamente reluzente. Em uma leggin preta, bata azul e sapatilhas, os seios dela estavam inchados com o leite e a barriga inchada com seu filho, ela brilhava ostentando a beleza das curvas femininas em sete meses de gestação. Ela viva reclamando sobre o quanto estava enorme e inchada, dizia o tempo inteiro que estava monstruosa, mas Edward a achava deslumbrante e fazia questão de dizer isso o tempo todo. Como ele amava poder ver cada pequena mudança e estágio daquela gestação, assim como tinha acompanhado da gestação de seu terceiro filho.

E com aquele pensamento Edward sorriu para seu terceiro filho.

Bella tinha uma mamadeira com leite em uma mão e com a outra segurava a mãozinha do filho de quase dois anos que andava meio incerto e cambaleante ao seu lado, mas com um enorme sorriso no rosto.

Aquele era Nathan Jasper, em homenagem ao seu soldado morto e ao homem que devolveu sua vida. E o filho que iria nascer, que seria uma menina e Edward tinha certeza disso – até porque não tinha errado um até agora – seria chamada de Alison Rosalie, em homenagem a mulher que salvara sua vida e que a ajudou sem desistir dele.

Papa... — Nate balbuciava com um sorriso babado.

— Isso, vai lá com o papai. — Bella disse sorrindo e soltou a mão do filho.

— A gente trouxe os lanches para vocês. — Charlie disse vindo logo atrás com Sue, os dois carregando grandes sacos pardos com vários hambúrgueres e Carlisle vinha atrás, com dois engradados de latinha de coca-cola gelada. Agora apenas Esme faltava, porque ela estava no centro cirúrgico fazendo o parto.

— Finalmente. — Leah suspirou ao se aproximar. — Já estava morrendo de fome.

Eles colocaram os lanches sobre um banco e todos se aproximaram também para pegar um, já que esperavam ali há quase duas horas – mesmo que alguns, principalmente os com criança, só tivessem chegado depois, há uma ou meia hora.

— O que é isso? — EJ perguntou curioso, se aproximando da mãe.

— Hambúrguer. — Bella respondeu. — Vem pegar um e você também, Ness.

— Vem Nate. — Edward chamava o filho, abaixado de cócoras e sorrindo, esperava o menino de braços abertos.

O pequeno foi cambaleante e sorrindo até tropeçar e cair de joelho, dobrando o lábio inferior em um beicinho imediatamente. Num segundo Edward estava em pé e pegando o menino no colo.

— Não, não, está tudo bem, não precisa chorar. — disse suavemente e beijou os cabelos dele. Nate parou coçando os olhos e se inclinando para o pai, tentando deitar a cabeça em seu ombro.

— Ele tá ficando chatinho porque tá com sono. — Bella explicou e estendeu a mamadeira para o marido. — Dá a mamadeira que ele vai dormir num piscar de olhos.

— Quer um, pai? — Nessie perguntou e deu uma mordida no hambúrguer com queijo que tinha na mão.

— Pode guardar um pra mim, querida. — pediu e pegou a mamadeira na mão da esposa.

— E você, amor, por que esse bico todo e gritaria? — Bella perguntou suavemente a EJ, que desembrulhava um hambúrguer.

Enquanto Edward sentava no banco com Nate no colo e dava mamadeira para ele, Nessie foi contando toda a história novamente, terminando rindo sobre a história do penico.

— Ok Renesmee, chega de provocar seu irmão e vem aqui me dar um pedaço. — Edward mandou e a menina te obedeceu sorrindo.

Segurando Nate com um braço e a mamadeira na outra, Edward se inclinou para Nessie e deu uma mordida no lanche dela. E perder a atenção do pai, mesmo que por alguns segundos, fez Nate erguer o braço e agarrar seu queixo.

Edward riu mastigando. Tentava se dividir entre eles e, ainda assim, se entregar integralmente a todos para evitar ciúmes e estava fazendo um bom trabalho. Nessie era uma irmã mais velha perfeita, ajudava a cuidar dos irmãos e não tinha ciúmes – a não ser quando eles interferiam nos momentos em que ela devia fazer algo sozinha com o pai. EJ não tinha ciúmes em momento algum, apesar de ser mais apegado a mãe, ele não se importava em dividi-la com os irmãos – se perdia a atenção de um deles, simplesmente procurava a atenção do outro ou ia procurar outra coisa pra fazer e aprontar. E Nathan era o mais ciumento, ele não tinha preferência e quando estava com qualquer um dos dois, exigia ter toda a atenção ou podia ser bem temperamental – mas como ele era assim com qualquer um, tentavam cortar esse hábito.

De qualquer maneira, amava ser pai. Amava sentir que fazia um bom trabalho, principalmente quando seus filhos demonstravam todo seu amor genuíno ou exigiam sua atenção.

Erguendo a cabeça viu Bella se inclinar para EJ.

— Você não está pensando em pegá-lo no colo, né?

Bella ergueu a cabeça e arqueou uma sobrancelha.

— Você não pode pegar peso, Isabella.

— Vem com o vovô, companheiro. — Carlisle disse intervindo antes que eles discutissem novamente sobre o quanto Edward era exageradamente superprotetor e que Bella não estava doente.

— Obrigado, pai. — Edward agradeceu enquanto EJ para os braços do avô com um enorme sorriso. — Será que a mamãe já deu alguma notícia do que está acontecendo lá?

— Ainda não. — Carlisle respondeu. — Mas se tivesse alguma complicação já teriam nos avisado, deve estar indo tudo bem.

— Espero que sim. Ai, Nathan para de beliscar meu queixo. — olhou rindo para o filho, exigindo sua atenção novamente com a mão em seu queixo. — Tá na hora de cortar a unha, hein?

— Concordo. — Nessie disse com a boca cheia, mas engoliu rapidamente antes de continuar falando. — Ele arranhou meu braço ontem que eu tô com a marca até agora.

— Eu cortei semana passada. — Bella disse. — Mas a unha dele cresce na velocidade da luz.

— E ele já nem gosta de arranhar né? — Leah ironizou, fazendo todos ali rindo.

— A sua filha cospe comida em todo mundo e quer falar do meu filho, Leah? — Bella retrucou no mesmo tom.

— Esses são os genes do Jacob, não o meu.

— Incrível que meus genes só aparecem quando ela faz alguma coisa errada, né? — Jacob disse sorrindo com a filha nos braço

— Com certeza, meus genes a fazem ser esse anjinho adorável, né Sassy? — Leah beijou a mão da pequena, que sorriu de volta.

E mais risadas do grupo, todos já muito acostumado entre as pequenas provocações do apaixonado casal ou pequenas brincadeiras de quem tinha o melhor filho – e Edward sempre dizia que por ter três filhos perfeitos na soma ele era o vencedor.

Nathan tinha terminando de mamar e estava quase dormindo em seus braços, colocou a mamadeira vazia no banco e o ajeitou em seu peito – e ele fechou os olhos, agarrando a gola da camisa do pai enquanto adormecia.

— Papai, quando a mamãe for ter o bebê, será que vai demorar igual à tia Alice? — Nessie perguntou.

— Eu não sei, mas provavelmente vai demorar mais. A tia Alice está tendo uma cesariana, que corta a barriga pra tirar o bebê, esse tipo geralmente é mais rápido do que o natural, que a sua mãe quer.

— Ah, entendi. — ela deu uma mordida no hambúrguer. — Mas a gente vai poder ver ela?

— Falar com a boca cheia não é educado, Ness. — a repreendeu suavemente, ela abaixou os olhos com um pedido de desculpas silencioso. — E sim, você poderá vê-la enquanto antes da sua irmãzinha nascer.

Edward não perdeu o pequeno beicinho que ela fez ao ouvir 'irmãzinha'. Ela gostava de ser irmã mais velha – de ser a chefe – e estava aceitando muito bem a nova gravidez da mãe, mas ainda era um pouco sensível com a ideia de que o novo bebê seria uma menina. Por mais que os pais sempre tentassem explicar que nada mudaria, ela continuaria sendo amada da mesma maneira – e ainda seria a Luz do Sol.

— Sem beicinho, vamos. — sorriu para ela. — Você vai gostar de ter uma irmãzinha, quer dizer, você não gosta da Sarah e da Izzy?

— É, mas elas ficam lá em casa um pouco e depois vão embora com os pais dela, o novo bebê vai ficar em casa o tempo todo, isso não ajuda muito.

Edward riu suavemente e se inclinou para a filha, beijando seus cabelos.

— Eu sei que mudanças assim são difíceis e complicadas, mas você vai se acostumar e perceber que as coisas só vão mudar para melhor.

— Não quando a Ally estiver chorando no meio da madrugada ou com a fralda suja e fedendo. — ela disse com o nariz franzido de nojo.

— Isso eu não posso negar, essa é uma parte difícil. — Edward riu novamente. — Mas se lembra de que você também já chorou na madrugada e também teve sua grande cota de fralda sujas e fedidas.

— Eca, mas eu não lembro e também não me atrapalhava.

— Tudo bem, boa lógica. — sorriu. — Mas então eu te prometo que se ela começar a chorar de madrugada, eu vou o mais rápido possível fechar a porta do seu quarto e acalmá-la.

— Tá. E sobre as fraldas sujas e fedidas?

— Quando isso acontecer, eu pego você e vamos tomar um grande sorvete, deixamos sua mãe lidar com esses acidentes. Soa como um bom plano pra você?

Nessie riu.

— Sim, eu gosto desse plano.

— Então temos um plano. — se inclinou e beijou a cabeça novamente. — E Nessie?

— Sim?

— Você é minha Luz do Sol, minha única Luz do Sol.

E Nessie abriu um enorme sorriso – e como ele amava aquele sorriso, vivia para aqueles momentos –, brilhando e iluminando tudo ao seu redor, exatamente como a luz do sol deve fazer.

Em vinte minutos todos tinham acabado de comer e beber, Carlisle pegou um saco de lixo e juntou tudo, então ficaram esperando mais um pouco.

Cinco minutos depois, Jasper apareceu na porta. Estava usando um capote cirúrgico azul e um enorme sorriso com lágrimas brilhando em seu rosto.

Edward foi o primeiro a levantar e se aproximar – ainda com Nate dormindo em seu colo, a cabeça dele em seu ombro e sentindo a respiração suave em seu pescoço.

— E então, irmão, como foi?

— Foi tudo maravilhosamente bem. — Jasper suspirou sorrindo, obviamente emocionado. — Alice foi incrível e agora eu sou pai, minhas filhas nasceram.

Todos ali comemoraram exatamente como se fosse membro de suas famílias e, mesmo sem nenhum laço sanguíneo, era exatamente como sentiam.

— É muita gente pra entrar agora, mas assim que transferirem Alice para um quarto e então às gêmeas, vocês podem conhecê-las. Conhecer minhas filhas. E você sempre esteve certo, Edward, o sentimento... Incrível. — suspirou novamente, passando a mão no cabelo.

Edward riu, segurou Nate com apenas um braço e apertou o ombro do amigo.

— Vai te dar trabalho, cara, muito trabalho, mas vai valer a pena.

— Já está valendo, irmão.

— E qual é o nome delas, tio Jasper? — Nessie perguntou com o cenho franzido. Aquela era uma dúvida de todos, já que o casal resolveu deixar o nome por último.

— Nós decidimos durante o parto, achamos bem pertinente a situação. — Jasper abriu um enorme sorriso orgulhoso. — Vocês vão conhecer minhas filhas, Hope e Miracle.

Edward sorriu emocionado e assentiu, era muito pertinente. Depois que tinham feito e acontecido, parecia combinar perfeitamente com eles. Era perfeito dizer que Jasper e Alice eram responsáveis – e os criadores – de Hope e Miracle – esperança e milagre.

— É perfeito, Jasper, parabéns. — Bella se aproximou com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos.

— Obrigado, Bells. — sorriu e a abraçou forte.

Depois de parabenizar Jasper, Charlie se aproximou de Edward e pegou Nate, para que ele pudesse cumprimentar o amigo. Edward o abraçou forte e ficou junto à porta, vendo-o ser parabenizado e abraçado por todos.

Era lindo ver o sorriso e brilho nos olhos de seu amigo. Ele que sempre tinha sido cético e fechado, agora era um homem genuinamente feliz e merecia cada segundo disso. Nunca tinha conseguido recuperar as memórias dos momentos antes seu enorme acidente, mas sabia que Jasper tinha estado com ele até o final, depois tinha estado com sua família, depois procurando sem descansar por ele; então, por mais que Jasper negasse, teria uma dívida de gratidão com ele para o resto de sua vida. Ele merecia toda a felicidade do mundo, então era muito bom saber que agora ele tinha sua esperança e seu milagre pessoal – agora literalmente.

De trás, Edward se sentiu como um espectador de toda cena. Os sorrisos, os abraços, as palavras de carinho. Os homens, as mulheres, as crianças. Todos felizes pela felicidade daqueles a quem amavam. Recebendo de braços abertos mais dois membros em sua grande família. Edward se sentiu muito orgulhoso disso, aquela era sua família.

— Ei, você está bem? — Bella perguntou suavemente.

Edward piscou e olhou sua esposa, nem tinha percebido sua aproximação, mas sorriu pra ela.

— Estou bem, só... Pensando.

— Vou beber água, vai comigo?

Edward assentiu e pegou a mão dela, indo para o bebedouro no meio do corredor. Encheu um copo descartável com água e entregou a ela.

Enquanto ela bebia, colocou instintivamente a mão sobre a barriga dela, acariciando suavemente. Era algo que sempre fazia, gostava de sentir a barriga rígida sob o toque e saber que ali estava sua filha, protegida e amada pela mãe até o momento que pudesse sair e ser protegida e amada por ele. Estava olhando para barriga e sorriu ao sentir o pequeno movimento, Alison tinha chutado.

Bella sorriu ao terminar de beber e jogou o copo fora.

— Ela gosta de você, sabe? E com certeza reconhece a sua voz, porque sempre reage a ela e ao seu toque.

— Igualzinha à irmã, não é bebê? Claro que ela gosta de mim e me reconhece, é por que ela sabe quem eu sou. Não sabe, princesinha? — ele se inclinou pra falar perto da barriga. — Eu sou papai. Ela sabe que eu vou ser o melhor pai do mundo, que vou proteger, cuidar e amar ela incondicionalmente.

— Assim como você faz com a mamãe dela, a irmã Nessie, o irmão EJ e o irmão Nate, certo? — Bella sussurrou com um sorriso emocionado.

Edward sorriu, beijou a barriga dela e se ergueu.

— Exatamente como eu amo e sempre vou amar todos vocês.

— Você me promete? — Bella perguntou com um sorriso divertido, como se não tivesse escutado aquela promessa várias vezes durante sua vida e não soubesse exatamente qual seria a resposta.

Sorrindo, ele segurou o rosto dela entre as mãos.

— Eu te prometo. — e ele selou aquela promessa com um beijo.

Sortudo ou abençoado, escolha sua definição, Edward não se importava, era muito feliz e isso era suficiente. Ele nunca saberia o que ou quem decidiu que ele devia ter uma segunda chance, mas não iria contestar e muito menos desperdiçá-la. Aquela era sua vida e iria aproveitar até seu último suspiro.

"Eu não estou desistindo de você ou de nós, porque eu sei que há coisas muito melhores a frente, no final, tudo valerá a pena.", Bella uma vez lhe disse. E se Edward pudesse dar algum spoiler de toda sua vida até o momento em que fechou os olhos para sempre, tudo que diria era: "sim, valeu".


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Notas finais do capítulo

Aquele suspiro nostálgico... Acabou :')
Depois de muitos capítulos, altos e baixos, lágrimas e sorrisos, eu espero realmente que vcs tenham gostado da história. Muito obrigada a todas que acompanharam até aqui, comentando e recomendando - até as leitoras fantasmas, que deviam comentar agora pelo menos né kk. Obrigada por não terem desistido da fic e de mim mesmo quando pensaram que eu tinha matado o Edward e mesmo com todos os baldes de lágrimas que eu as fiz chorar - espero que os sorrisos e momentos doces tenham compensado tudo isso.
Ah, é isso aí, sei lá KKKKKK
E como eu disse, terá um epílogo 2. Todas se apaixonaram tanto pela Luz do Sol quanto eu, certo? Então o epílogo dela será uma pequena coletânea de momentos compartilhado com sua família e seu Daddyward - relação que era para ser apenas um brilho a mais da fic e acabou ofuscando as inimigas né KKKKKK
E em breve volto com fic nova. Depois de tanta lágrimas e doçuras, que tal esquentar um pouco as coisas? ;) Spoileres rolam no twitter @candy_rafatz. Vão estar comigo? ♥
Comentem e até breve. Obrigada! bjsbjs s22