Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 43
Turning Page... ♫


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas doçuras!
Capitulo novo pra vcs. Antepenultimo. Espero que gostem. s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366879/chapter/43

Eu esperei uma centena de anos, mas eu esperaria mais um milhão para você, nada me preparou para o privilégio que seria ser seu. Se eu tivesse apenas sentido o calor em seu toque, se eu apenas tivesse visto como você sorri quando você cora ou como você enrola seu lábio quando se concentra o suficiente, eu teria sabido para que eu estava vivendo por todo esse tempo. Seu amor é minha página virada, onde apenas as palavras mais doces permanecem, cada beijo é uma linha cursiva, cada toque é uma frase redefinida. Embora estejamos presos à história, devemos dizer, quando eu vi você, bem, eu sabia que a contaríamos bem. Com um sussurro nós domaremos os mares violentos, como uma pluma derrotando reinos.

— Sleeping At Last – Turning Page

(http://www.youtube.com/watch?v=Q1oNpoEhW1Y)

_______________________________

8 de Agosto de 2004.

— Quem me dava os banhos? — Edward perguntou a Alice naquela manhã, enquanto ela preparava as coisas para seu banho de leito. Dormira a noite inteira e ainda não tinha recebido visita, então Alice o iria preparar para sua família. Ele sabia que ela seria profissional, mas ainda o deixava desconfortável a ideia de ter sido banhado por ela, ou outros estranhos.

— Eu ou sua mãe, ela é médica também e sabe como fazer, na maioria das vezes a Bella estava presente e ajudava em algumas coisas. A Rosalie também podia ajudar, mas ela não se sentia exatamente confortável com isso.

— Ainda bem. — ele suspirou aliviado. — Eu amo a minha irmã de todo o coração e faria qualquer por ela, mas fico feliz que ela tenha visto os limites da nossa relação, tipo, me dar banho. Ainda me restou um pouco de dignidade.

— Você tem toda sua dignidade intacta, Edward. — Alice garantiu.

— É difícil pensar isso quando se tem um cateter vesical, aliás, quando vou poder tirar isso?

— Não posso acreditar que o homem que tomou dois tiros e não reclamou agora está reclamando de um cateter. — ela revirou os olhos com sorriso divertido. — Vou tirar quando você estiver bom suficiente usar o banheiro sozinho.

Edward riu suavemente.

— E quando vou poder comer comida sólida?

— A partir de hoje vamos começar com a mudança de dieta, mas não pense que já vai começar a comer hambúrguer e frita porque não vai ser assim, temos que ir devagar e com coisas leves, vamos começar com caldos.

— Argh.

— Sobrevive a uma guerra, mas não pode lidar com caldos? Que vergonha, soldado.

— Pelo visto você vai usar meu currículo militar contra mim sempre que não quiser fazer algo, certo?

— Exatamente.

— Obrigado, Alice

— Pelo que? — Alice perguntou com o cenho franzido. — Usar seu currículo militar contra você?

— Não, por ter salvado a minha vida. Não acho que tive a chance de te agradecer direito. Eu preciso ter essa mesma conversa de agradecimento com o Jasper, mas vou começar com você. Alice, você se arriscou pra salvar minha vida e, por sua causa, eu pude voltar pra minha família, muito obrigada.

Alice parou emocionada com suas palavras e se aproximou da cama, pegando a mão do soldado.

— Você salvou a minha primeira, Edward. — disse com as lágrimas crescendo em seus olhos. — Você não se lembra disso, mas logo depois que te tirei do carro, tudo explodiu e você se jogou em cima de mim. Me protegeu da explosão com o próprio corpo, por isso você teve as queimaduras nas costas e o ferimento na cabeça. Se você me devia alguma coisa por ter salvado sua vida, você compensou quando salvou a minha.

— Ainda assim...

— Não vamos continuar nesse assunto, soldado. Eu agradeço por ter te salvado, sabe? Desculpa se isso vai soar egoísta, mas não apenas por te salvar, mas também pelas pessoas que eu conheci através de você. Eu nunca tive família ou amigos por me mudar tanto, mas agora eu conheci várias pessoas especiais que me aceitaram como alguém importante, isso faz tudo valer a pena.

— Você é alguém importante, Alice. E eu te considero parte da minha família, como uma nova irmãzinha.

— Obrigada, Edward. — ela sorriu e enxugou as lágrimas. — Então, novo irmãozão, hora do banho.

Edward gemeu constrangido, mas deixou que ela fizesse seu trabalho, tentando ignorar a vergonha e não ficar tão mortificado.

Ao menos Alice fez tudo de maneira muito profissional e clínica, deixando a situação menos desconfortável do que achou que seria. A pior parte foi quando ela chamou uma técnica de enfermagem para ajudá-la.

E foi a primeira vez que Edward viu mais de seu corpo, sem o pijama hospitalar por cima. Ele tinha uma grande e grotesca cicatriz de pontos grandes em seu ombro esquerdo e outra na altura do rim direito. Alice tirou a bandagem de sua cabeça e lhe deu um espelho; não podia ver o ferimento por estar na parte traseira, mas sua cabeça estava raspada, com o cabelo claro despontando, lembrando muito um corte militar. De resto parecia bem, ao menos de frente, estava mais magro e flácido, mas sem grandes cicatrizes. Segundo Alice, tinha algumas cicatrizes de queimadura em suas costas pela explosão, mas ao menos estava vivo.

Após o banho, a troca de cateter e medicamentos, elas colocaram seu pijama novamente e outra técnica de enfermagem lhe trouxe uma bandeja com um prato de mingau de aveia dentro.

Edward franziu.

— Sério? Eu tenho que comer isso?

— Sim, você tem, agora pare de ser um bebê chorão, Edward.

Edward olhou para a porta, sorrindo para a voz conhecida de quem respondeu por Alice. Rosalie. Sua linda irmã em suas roupas brancas, jaleco e cabelos presos em um alto rabo de cavalo. Já a tinha visto antes e até trocado algumas palavras com ela, mas era a primeira vez que a via sem estar zonzo pela medicação, e como ela estava linda.

— Será que eu posso alimentar esse paciente, Dra. Brandon? — ela perguntou divertida.

— Claro Dra. Cullen. — Alice sorriu. — Vou ver meus outros pacientes e volto em alguns minutos, me chamem se precisarem de algo, está bem?

Os irmãos assentiram e Alice saiu junto com a sua ajudante.

Rosalie pegou o prato com mingau da bandeja e se aproximou do irmão, sentando ao seu lado, na cama.

— Pronto para comer? — ela perguntou mexendo com o mingau com a colher. Estava quente e cremoso, mas não grosso demais. Não lhe dava muita vontade de comer, mas Edward precisava daquilo.

— Isso é... Nojento.

— Quer que eu vá te comprar ovos e bacon?

— Você faria isso por mim, irmãzinha?

— Claro que não. — Rosalie riu. — Agora abra a boca.

— Chama a Alice, eu prefiro voltar a comer pela sonda mesmo.

— Olha o aviãozinho... — ela disse erguendo a colher com o mingau e fez barulho de motor.

Edward riu.

— Agora eu entendo porque a Nessie não comia quando eu fazia isso ou cuspia em mim, é ridículo.

— Vamos, colabora.

Com um suspiro, Edward abriu a boca e aceitou o mingau, franzindo o rosto para o gosto.

— Isso não é bom. Por que diabos um hospital tão grande e rico quanto esse não serve algo do que isso? Jesus.

— Você é um bebê chorão, Edward, por favor! Nem seu filho reclama pra comer e eu espero que meu bebê não seja tão ruim quanto o tio-padrinho.

— A culpa não é minha que isso é tão... Calma, o que? Bebê? Rosalie, você... — ele parou a pergunta quando a irmã abriu um enorme sorriso.

— Eu estava te contando sobre isso quando você acordou, eu queria que você fosse o primeiro á saber.

— Um bebê! Um sobrinho-afilhado pra mim? Rosalie, isso é incrível! Eu gostaria de poder te abraçar agora. — Edward deu um enorme sorriso. — Parabéns, Rose! Essa vai ser a melhor coisa da sua vida, sabe? É uma experiência incrível e que vale a pena cada segundo. Sério, parabéns!

— Obrigada, irmão. — Rosalie sorrindo com lágrimas brilhando em seus olhos, aquela era a reação que esperava do irmão quando contasse da gravidez. — Agora para de enrolar e abre a boca pra mais mingau.

— Mmm... — engoliu. — Isso é horrível, ugh.

Rosalie gargalhou.

— Ele sempre foi difícil para comer mingau, desde criança. — Esme comentou ao entrar no quarto junto com Carlisle.

Edward olhou sobre o ombro da irmã e sorriu para os pais.

— Mãe, pai. — disse sorrindo, era bom vê-los.

— Oh meu filho, é tão bom te ver acordado. — Esme se aproximou pelo outro lado, pegou sua mão e beijou sua cabeça.

— Então você pode me socorrer? Por favor? — fez um beicinho, que fez seus pais e irmãos rirem.

— Oh meu querido, eu gostaria de ajudar... — beijou sua cabeça novamente. — Mas não posso, então pare de chorar, coma tudo pra ficar fortinho e ir pra casa.

— Pai? Por favor? Homens unidos?

— Não dessa vez, filho. — Carlisle riu.

— Traído pelo minha própria carne e sangue. — Edward murmurou e abriu a boca para mais uma colherada de mingau.

— Viu? Não é assim tão ruim. — Rosalie brincou.

— Claro. — revirou os olhos. — Onde está o seu marido grandão?

— Trabalhando, construção cívil dá trabalho.

— E Bella e as crianças?

— Vão vir apenas à tarde. — Esme respondeu. — Bella está tentando manter uma rotina normal para a Nessie, então ela foi pra escola e aproveitou pra levar EJ para ser vacinado.

— Hum. — abriu a boca pra mais mingau. Ele queria poder levar sua filha na escola e acompanhar o filho em suas vacinas, como tinha acompanhado grande parte das da Nessie. Ele queria sair daquele maldito hospital e voltar pra casa, voltar pra a vida com sua família. — Em quanto tempo será que posso ir pra casa?

— Você precisa de mais algum tempo de recuperação, filho. — Esme disse carinhosamente.

— E quanto tempo eu vou poder me mexer completamente? Essa sensação de dormência e peso no corpo tá me deixando louco, eu não posso nem coçar meu nariz. — Edward bufou e franziu o cenho quando Esme começou a passar o dedo suavemente em seu nariz. — Mãe, foi uma metáfora, não tá coçando realmente.

Edward sorriu, enquanto Rosalie e Carlisle gargalharam.

— O que eu quis dizer com isso é que você pode contar com a gente. Sei que esse período de recuperação poder ser difícil, mas você pode contar com a gente, querido. — ergueu a mão dele e a beijou. — Somos sua família e estamos aqui por você.

— Obrigado mãe. — sorriu pra ela, depois para o pai e a irmã. — Obrigado a vocês também. Muito obrigado.

— Eu nunca vou desistir de você de novo, filho. Quando eles disseram que você estava morto, eu só... — a voz de Esme falhou e as lágrimas desceram por seu rosto.

— Mãe...

— Eu só aceitei. Deus, eu sou sua mãe e nunca questionei o que me disseram, nunca cogitei a opção de que você estivesse vivo, eu até organizei um enterro pra você, eu... Me perdoa, filho, eu sinto muito...

— Esme... — Carlisle começou, afagando o braço da esposa.

— Mãe, não. — Edward disse firme. — Nem vá por aí, dona Esme. Você é filha de militar, cresceu nesse meio e sabe melhor do que ninguém como são essas situações. Quando uma família recebe a visita dos comandantes carregando uma bandeira é porque acabou. O que aconteceu comigo foi... Talvez um milagre ou a forma que as coisas tinham que ser, mas foi algo muito improvável de acontecer. Eu não te culpo e agiria da mesma forma, aliás, se não fosse pelo grande esforço da Alice, eu estaria morto mesmo, então agradeço por vocês terem tentando me dar um enterro digno, mesmo sem meu corpo. Você entendeu mãe?

Esme assentiu, tentando parar de chorar.

— Eu amo você, mãe.

— Eu te amo também, querido. — Esme se inclinou para filho, beijando sua cabeça mais uma vez e mantendo a testa nela. — Eu amo tanto você e sua irmã que quase me matou quando recebi a notícia.

— Mas ela se manteve forte, Edward. — Rosalie disse orgulhosa, com um sorriso trêmulo e as lágrimas brilhando em seu rosto. — Ela e o papai foram os melhores. Eles assumiram todas as responsabilidades pra que Bella não tivesse que se preocupar com nada além das crianças.

— Eu sei que vocês três deram todo o apoio necessário a minha esposa e aos meus filhos enquanto eu estive... Fora. — ele sorriu. — Muito obrigado por isso. Obrigado por terem me apoiado em todas as minhas decisões, mesmo quando decidi entrar no exército, obrigado por terem aceitado a Bella como parte da família, obrigado por terem ficado ao lado dela e dos meus filhos mesmo quando eu não estava aqui. E, principalmente, obrigado por terem me amado durante toda a minha vida e por fazerem sentir esse amor. — Edward respirou fundo e piscou, fazendo as grossas lágrimas descer por seu rosto. — Vocês... São a minha base e tudo que eu sou devo a vocês. Tudo que eu sei sobre ser homem, pai e marido, eu aprendi com vocês, não seria absolutamente nada sem vocês.

Ele respirou fundo, olhando o rosto dos três ali. Seus pais e irmã, todos chorando.

— Mãe, obrigado por ter me ensinado a acreditar no amor e no quanto ele mudaria minha vida pra sempre. Pai, obrigado por ter me ensinado a honrar minha palavra e cumprir minhas promessas. E Rose, você continua sendo minha irmã favorita. Eu estou falando isso tudo porque não acho que deixei claro durante a minha vida, eu podia ter morrido sem dizer a vocês o quanto são importantes pra mim e quanto eu amo vocês.

— Nós te amamos também, filho. — Carlisle disse sorrindo. — Muito.

Edward ficou com seus pais e a irmã durante uma hora conversando sobre o que tinha acontecido com ele, clinicamente falando. Ele teve os ligamentos do ombro reconstruídos cirurgicamente, um rim retirado, pulmões quase falhando em colapso, enxertos de pele em suas costas, uma grave hemorragia interna que lhe garantiu várias transfusões e uma grande lesão no cérebro.

No meio da conversa, quando Alice voltou para saber como ele estava, Edward pediu que ela ligasse pra Jasper e pedisse para que viesse visitá-lo junto com os outros soldados. Ela concordou e saiu do quarto, levando a bandeja do seu "café da manhã" – o maldito mingau que tinha comido todo depois de todo esforço e provocação de Rosalie.

Então ele continuou a conversa com sua família. Aparentemente, ele era um milagre – ainda mais por ter acordado, depois de sete meses, sem nenhuma sequela neurológica, a não ser a pequena falha na memória sobre os acontecimentos no Iraque. Mas ele podia viver sem essas lembranças, era melhor do que ter qualque tipo de trauma pós-traumático.

E uma hora depois, o grupo de militares chegou.

Edward pediu à família que os deixassem sozinhos por um tempo e eles concordaram, saindo do quarto após se despediram dele com beijos.

Edward observou aquela pequena parte do grande grupo que comandava no Iraque. Não que os outros não fossem importantes, ele faria o mesmo sacrifício por qualquer um deles, porque quando era o Capitão Cullen todos os homens sob seu comando era sua família e esse tipo de responsabilidade ele levava muito a sério. Mas aqueles seis eram ainda mais próximos. Jasper, Garrett, Mallory, Magnus, Micah, Ethan. Eles eram sua família nos campos de batalha e fora deles. Seus irmãos e irmã de farda – e de coração.

E vê-los trouxe um aperto no coração ao se lembrar de Nathan – o mais novo do grupo que era como um irmão mais novo animado e esperançoso todos, mas agora estava morto. E pra ele não tinha chance de sobrevivência, tinham encontrado seu corpo e entregado aos pais, que o enterraram logo em seguida. E pior era nem se lembrar de como tudo aconteceu ou da morte dele, sentia como se fosse uma ofensa à sua memória. Mas sinceramente não conseguia nenhum tipo de flash sobre o dia ou o momento, nada além da sensação de vazio e a dor pela notícia da morte dele.

— Capitão. — Jasper fez uma continência e foi imitado por todos os outros.

Edward sorriu. Já os tinha visto antes, mas não todos os juntos e não sem estar zonzo pelos medicamentos também.

— Descansar, soldados.

— É tão bom te ver acordado, Capitão. — Mallory disse sorrindo.

— Vocês sabem que podem me chamar de Edward, né?

— Sim, Capitão. — ela respondeu. — Mas gostamos de ter nosso capitão de volta, então vamos nos manter te chamando assim.

— Jasper é o capitão agora, certo? Ao menos é assim que devia ser. O primeiro-tenente passa a capitão com a minha baixa.

— Apenas enquanto estávamos no Iraque, agora, eu fico feliz em passar o bastão de comando pra você. — Jasper disse com um sorriso de lado.

— Você está sorrindo, Jasper? Você tem demonstrado tantas emoções nesse curto período que estou acordado que parece até que está feliz em me ter de volta. — Edward brincou, fazendo Jasper revirar os olhos e os outros rirem.

— Ele mudou, Capitão. Nosso Homem de Lata descobriu que tem coração, precisa vê-lo fazendo promessas de dedinho com a Nessie. — Magnus zombou e soltou uma gargalhada, acompanhado dos outros.

— Relaxa Jasper, não vou te culpar ou zombar, eu sei o quanto é difícil resistir a minha Luz do Sol. Ela te olha com aqueles grandes olhos verdes brilhantes e um sorriso doce, então você está enrolado no dedinho dela.

— Eles só estão com inveja porque eu sou o tio favorito dela. — Jasper revirou os olhos novamente, mas sorria.

— Então, vocês já falaram com o exército sobre a mim?

— Jasper fez. — Garrett respondeu.

— E o que você disse? Nada que pudesse arriscar Alice, não é? Você sabe que ela podia ser acusada por...

— Alice estava sequestrada e encontrou um homem ferido que lhe parecia um civil ocidental, então se arriscou para salvá-lo, como ela podia saber que você era um soldado? E como ela pode ser culpada por tentar fazer seu trabalho, salvar vidas? — Jasper disse inocentemente, como se realmente não soubesse a resposta daquelas perguntas.

— Obrigado, cara. — Edward sorriu.

— Capitão? — Mallory o chamou suavemente com o tom óbvio de quem mudaria de assunto e iria começar um importante. — Você realmente não se lembra de nada daquela... Daquela noite?

— Não, só sei o que Jasper me contou. A sua perna está bem? Ele me disse que foi ferida.

— Você quase morreu e está preocupado com a minha perna? Sério?

— Hum... Sim? — franziu o cenho. — Um ferimento tão profundo em um músculo pode ser bem fodido, está tudo bem?

— Não foi nada demais e eu estou bem.

— Não foi nada demais? — Magnus repetiu e bufou. — Uma merda que não. Atingiu o músculo e, enquanto estávamos no Iraque, ela o tratou como se fosse um corte simples, fechou o ferimento e seguiu em frente. Ela passou por muita dor e, quando chegamos aos Estados Unidos, teve que passar por uma séria cirurgia porque ela estava prestes a perder a perna e a fez passar por mais dor do que podia aguentar. Ela ainda manca, mas tenta disfarçar, faz fisioterapia e está bem melhor. Mallory, você pode dizer que está bem agora, mas não que não foi nada demais.

— Eu só... Não parecia uma grande coisa, levando em consideração que perdemos dois homens. E você também foi atingido e não fez tanto drama.

— Eu tive apenas uma bala de raspão, alguns pontos e segui em frente. Você não, Mallory.

— Bem, pelo visto nada mudou drasticamente, né? — Edward perguntou com um sorriso divertido. — Eles continuam se provocando a cada oportunidade.

— Ah sim, as coisas mudaram. — Garrett disse divertido.

— O que?

— Eles agora fodem também. — Micah respondeu e gargalhou, levando todos na risada também.

— O que? Vocês dois...?

Magnus abriu um enorme sorriso, enquanto Mallory sorria mais timidamente. Ele passou o braço sobre o ombro dela e a puxou para seu peito, beijando seus cabelos.

— Enquanto você estava... — Mallory hesitou. — Morrendo, dizendo o que achava serem suas últimas palavras, você disse que formávamos um ótimo casal, voltamos e ai... As coisas aconteceram.

— Uma garrafa de tequila aconteceu. — Magnus riu. — Nada melhor do que a coragem vinda do fundo de uma garrafa, então o sexo quente e ai as aconteceram.

— Cala a boca, porra. — ela deu uma cotovelada nas costelas dele, mortificada.

E o grupo gargalhou novamente.

— Então, Capitão... — Mallory voltou a falar. — Eu não tive a chance ainda, mas quero te agradecer. Se não fosse por você, eu teria morrido naquele momento, obrigada.

— Acho que todos nós temos que te agradecer. — Garrett concordou. — Você fez o máximo que podia pra salvar nossa vida, mesmo quando isso significou sacrificar a sua, obrigado Capitão.

Edward escutou eles o agradecer e sorriu para o grupo, agitando a cabeça.

— Pelo que vocês estão me agradecendo? Era o meu trabalho. Vocês estavam sob meu comando e são minha família, eu cuido da minha família até as últimas consequências. E eu os chamei aqui para agradecê-los, não ouvir agradecimentos. Eu queria agradecer por vocês terem vindo dar apoio e prestar solidariedade a minha esposa e filhos. E também queria agradecer a você, Jasper.

— Edward...

— Sem agir como se isso não fosse grande coisa, porque é e você sabe disso, Jasper. Eu já agradeci a Alice por ter se arriscado por mim e salvado minha vida, mas também tenho que agradecer a você por não ter desistido de me encontrar e me trazer de volta pra minha família. Muito obrigado.

— Essas eram suas principais regras, Capitão, proteger os companheiros e nunca deixar um homem para trás. — Jasper disse firme. — Além do mais, você é meu irmão e eu cuido da minha família até as últimas consequências.

Edward sorriu.

. . .

15 de Agosto de 2004.

E como Alice disse, aos poucos e lentamente, Edward foi recuperando sua força e controle sobre seu corpo, apesar da falta de tônus muscular e dor que lhe atingia com muitos dos movimentos. Sentia como se estivesse enferrujado, ainda usava o maldito cateter e tinha que se alimentar de caldos, mas ao menos podia se movimentar um pouco mais.

Ele sempre tinha alguém lhe visitando e isso era muito bom, principalmente quando era Bella e seus filhos, apesar de ainda não ter conseguido segurar EJ no colo ou abraçar sua filha e esposa como gostaria. Eles conversavam por horas, adorava escutar Nessie contar sobre sua vida, seus dias, os dias de EJ, seus novos tios, ela contava animadamente cada pequeno detalhe. E quando eles tinham que embora, sentia o vazio em seu peito e tudo que queria era voltar pra casa.

Mas quando estava sozinho, ele aproveitava para tentar se movimentar. Alice sempre lhe dizia que os trabalhos físicos e musculares seriam feitos quando estivesse mais recuperado, mas sempre o movimentava um pouco durante os banhos, principalmente para evitar escaras, então o resto ele fazia por conta própria. Passava a maior parte do tempo mexendo as mãos e os pés.

Uma semana depois, com muitos pequenos exercícios, ele já tinha mais controle sobe seus movimentos. Abrindo e fechando as mãos, sua mão esquerda já funcionava perfeitamente, mas a mão direita parecia obedecer lentamente e meio trêmula. E a mesma coisa acontecia com seus pés, o esquerdo se mexia e direito ia lentamente. E foi quando percebeu que algo acontecia com o lado direito do seu corpo, o lado que mais usava por ser destro, estava mais lento.

Uma parte sua ficava feliz, afinal, um pouco de lentidão era melhor do que uma paralisia parcial ou completa, mas a outra parte só conseguia pensar no tipo de trabalho que daria a esposa e o quanto não queria ser um inválido.

Disfarçava qualquer medo ou receio quando alguém vinha visitá-lo, mas quando estava sozinho, fechava os olhos e tentava forçar seu corpo a funcionar direito.

Naquele dia, ele recebeu visita de todos e, no final do dia, Alice finalmente marcou uma consulta com uma fisioterapeuta para examiná-lo. No quarto ficaram apenas as duas médicas e Bella enquanto os outros esperavam do lado de fora.

Alice ergueu a cama até que Edward ficasse sentado.

— Eu sou a Dra. Kate, fisioterapeuta. — a médica atraente com longo cabelo loiro claro se apresentou sorrindo. Ela apertou a mão de Bella e sorriu para Edward. — Alice me contou toda a história e fico feliz que você esteja bem agora, Sr. Cullen.

— Apenas Edward, por favor. E obrigado, eu fico feliz também. — sorriu sinceramente, apesar de querer cortar toda a parte da cortesia e pular para a parte em que ela explicava o que estava acontecendo com seu corpo e então o consertava.

— Alice me disse que você quer logo saber como vai ser sua recuperação e reabilitação, então eu estou aqui para esclarecer as suas dúvidas e te ajudar com isso, tudo bem? Primeiro eu vou fazer um rápido check-up em você, então podemos conversar. Tudo bem se a Alice e sua esposa ficarem no quarto ou prefere privacidade?

— Não, tudo bem, elas podem ficar.

— Tudo bem. — Kate se aproximou e tirou o fino lençol que o cobria e o deixou sobre sua virilha, caindo entre suas pernas.

Edward olhou para o próprio corpo, parecendo patético naquele pijama hospitalar que parecia um vestido.

Kate começou a olhar seu corpo pelo lado direito, exatamente o lado que ele estava tendo problemas. Ela mexeu em seu pé, tornozelo, flexionou seu joelho, subiu apertando sua coxa, depois foi para seu braço, mexendo em sua mão, pulso, dobrando e erguendo o braço. Edward sentia tudo, mas sentia os movimentos serem feito com certa rigidez. Mas Kate não disse nada e foi para o outro lado, fazendo mesmo exame em sua perna e seu braço, mas na hora de erguê-lo, Edward gemeu de dor. Ele nunca tinha tentado erguer o braço e por isso não tinha sentido dor, mas sentia seu ombro travado e muita dor ao tentar forçá-lo a mexer.

— O que foi isso? — Edward perguntou com o cenho franzido.

— Você não tinha tentado erguer o braço esquerdo ainda? Você foi gravemente ferido no ombro e teve todos os ligamentos, basicamente, destruídos. E o que foi refeito cirurgicamente agora precisa de aperfeiçoamento fisioterápico.

— Oh. Isso e meu lado direito todo, né?

— O que você sentiu quando tentei movimentá-lo?

— Rígido e lento. É como se eu não tivesse todo o controle sobre ele.

— Você teve uma séria lesão no cérebro, Edward. Como você já deve saber lesões cerebrais nunca é igual, porque cada cérebro reage de uma forma. Eu ainda não vi os exames do seu, mas sua lesão está afetando seus movimentos. Se fosse uma lesão mais grave, você podia ter ficado paralisado, mas você não está, ou seja, você tem o controle sobre seu corpo, só precisa lembrar seu cérebro de como fazê-lo, é ai que eu entro. Você segue com a medicação da Dra. Alice e vamos trabalhar com a fisioterapia para os movimentos físicos. E esses serão os dois pontos que vamos trabalhar, o seu ombro e os movimentos afetados pela lesão no cérebro.

— E então eu fico cem por cento novamente? E quanto tempo vai levar isso?

— Eu não posso te prometer cem por cento de sucesso, Edward. Eu vou te ajudar e você terá que trabalhar duro, então eu posso te prometer cinquenta e o resto vai de acordo com o seu corpo e o nível de sequela deixada pela lesão.

— E enquanto isso não acontece, basicamente, eu vou depender de alguém pra fazer tudo por mim? — Edward perguntou cinicamente.

— Você vai precisar de muita ajuda nesse começo, mas aos poucos vai conseguir sua independência novamente, Edward. Eu sei que isso pode parecer clichê, mas você precisa lembrar que isso podia ser pior, muito pior.

Edward assentiu, olhando para as próprias pernas. Podia se mexer, andar, estava respirando, por que não parava de ser ingrato e deixar isso ser suficiente por agora? E depois podia colocar todo seu esforço para recuperar o resto?

Ergueu a cabeça e olhou para Bella. Quando seus olhos se encontraram, ela sorriu. Um grande sorriso doce cheio de 'eu te amo' e 'eu acredito em você'.

Depois de tudo que tinha a feito sofrer, mesmo que sem intenção, não parecia justo fazê-la passar por tudo isso. Ela já tinha lidar com seus filhos, agora teria que lidar com um marido reapreendendo algumas coisas básicas, como fazer o lado direito de seu corpo funcionar direito?

Sem sorrir de volta, ela desviou o olhar e se virou para Kate.

— Quando vamos começar com tudo isso?

— Faz pouco mais de uma semana que você está acordado, acho que semana que vem podemos começar, assim teremos certeza de que você estará apto para qualquer tipo de trabalho físico.

— Ok.

— Vou deixar tudo marcado com Alice e nos vemos semana que vem.

— Ok. Obrigado, Kate.

— De nada, foi um prazer conhecê-lo, Edward. E, como cidadã americana eu devo dizer, muito obrigado pelo serviço e sacrifício feito pelo nosso país.

Edward assentiu, nunca sabia como reagir aos agradecimentos feitos pelos serviços prestados enquanto ainda estava de farda. Fazia porque que achava certo, porque queria ser a mudança que queria no mundo e garantir um país seguro para seus filhos, não por querer agradecimentos.

— E foi um prazer conhecê-la também, Bella.

— O prazer foi meu, muito obrigada por ajudar meu marido, doutora. — Bella sorriu e apertou a mão da médica.

— Eu vou sair com a Kate, talvez vocês queiram alguns minutos sozinhos. — Alice disse sorrindo.

— Obrigada, Alice. — Bella disse sorrindo. E, quando as duas médicas saíram do quarto, se aproximou da cama do marido. — O que está passando nessa sua cabeça, hein? Você me parece muito pensativo e desapontado, é por ter que fazer fisioterapia?

— Em parte. — Edward suspirou.

Bella pegou sua mão com cuidado e beijou sua cabeça carinhosamente.

— Nós sabíamos que não ia ser tudo tão rápido, amor, mas você vai passar por isso. Algumas semanas de fisioterapia então tudo vai voltar ao normal.

— Talvez né? Ou eu posso simplesmente nunca mais erguer o braço esquerdo sem sentir dor e nem mover o lado direito do meu corpo rapidamente.

— Eu sei que é difícil, Edward, mas, como a Kate disse, podia ser muito pior.

— Eu sei, eu sei. — suspirou pesadamente e fechou os olhos. — Sei que é ingrato da minha parte reclamar, é só que... Não gosto disso.

— Do que?

Edward abriu os olhos e encarou sua esposa com pesar.

— Ser um... Peso pra você.

— O que? Um peso pra mim?

— Bella, olha tudo que eu te fiz passar e sofrer por causa das minhas escolhas, como eu posso acordar todos os dias e saber que você terá que aguentar mais isso por causa delas? Ter que me ajudar com tudo? Você já tem duas crianças que dependem de você, agora vai ter mais uma?

— Edward...

— Talvez seja melhor eu ficar com a minha mãe, Bells.

— O que?! — Bella quase gritou e soltou sua mão

— Não, me escuta primeiro, ok? — pediu suavemente. — Só nessas primeiras semanas ou minha mãe pode ficar com a gente e cuidar de mim. Não que isso vá fazer as coisas melhores, também não gosto da ideia de dar trabalho pra ela, mas... Ela é minha mãe.

— E eu sou sua esposa!

— Eu sei e é por isso mesmo, meu amor. Eu não devia te dar esse tipo de trabalho, porque você é minha esposa e não minha mãe. Nós devíamos andar lado e lado, não com você me carregando.

— Eu... Eu não ligo em te carregar, Edward, eu amo você. — Bella jurou com a voz trêmula pelas lágrimas.

— Eu sei! E eu também amo você, Bella, mas não vamos fingir que isso aqui vai ser fácil e que o nosso amor vai ser suficiente.

— Ele vai ser suficiente!

— Não foi isso que eu quis dizer, Bella. Eu sei que nosso amor é suficiente para superar qualquer coisa, olha tudo que ele já superou, eu só estou dizendo... Você já passou por tanta coisa, talvez seja melhor eu te poupar disso.

— Eu não quero ser poupada! Será que você não entende isso? Eu quero estar com você! Você tem alguma ideia do quanto eu estou feliz por estar com você? Por ter você comigo, vivo e acordado? Eu não me importo com nada mais, porque eu tenho você de volta, Edward.

Edward fechou olhou e ergueu o rosto para o teto, inspirando fundo e expirando com força. A voz chorosa dela era a maior prova de que a estava machucando novamente e odiava fazer isso, mas será que ela não entendia? Abriu os olhos e a encarou.

— Será que você não vê que eu não vou ser o mesmo Edward de antes? Olha como eu tô fodido no momento, Bella. Eu devo estar com as costas parecendo um maldito mapa pelas cicatrizes, mal posso erguer o braço esquerdo e vou ter que reapreender a controlar o lado direito do meu corpo, pode ver onde isso vai dar? Eu precisando de você pra cada maldita coisa. Desde meus banhos, fazer minha barba, me vestir, alimentar, tudo.

— Eu não ligo para suas malditas cicatrizes e essas limitações físicas são temporárias, você vai fazer fisioterapia e vai voltar ao normal, caramba!

— Talvez, Bella! Talvez eu volte ao normal, mas enquanto isso você terá que ajudar com todo o resto. Porra, você vai ter que me ajudar a usar até o banheiro, pode ver o quanto isso é humilhante pra mim?

— Humilhante? — Bella deu um passo para trás, incrédula, como se tivesse acabado de receber um tapa na cara. — Humilhante pra você? Você tá preocupado com o que vai ser humilhante pra você?

— Bella...

— E comigo, você tá preocupado comigo? Você tem alguma ideia de como foi tudo isso pra mim? Você tem alguma fodida ideia do que eu passei? Eu pensei que você estava morto, Edward! Morto! Vieram até a minha casa, disseram que meu marido estava morto e me deram uma bandeira! Eu não tinha direito a enterrar seu corpo, mas podia ficar com uma fodida bandeira dos Estados Unidos! Eu senti a dor de ter um pedaço de mim arrancado ao saber que o homem que eu amei a minha vida inteira estava morto! Eu chorei e gritei pra que meu pai te trouxesse de volta porque eu sentia que você precisava de mim! Eu tive que contar a nossa filha de seis anos o pai dela estava morto! Eu tive que ver nossa filha gritar que eu era uma mentirosa e que não gostava de mim, porque eu tinha dito a ela que seu papai, o homem que ela mais amava na vida, não ia mais voltar pra casa! Eu tive que segurá-la em meus braços enquanto ela estava com o coração partido pela saudade de seu pai! Eu tive que segurar nosso filho bebê nos braços e lidar com a dor de que ele jamais conheceria o pai! Eu tive que engolir meu choro e disfarçar minha dor pra ser forte pelos nossos filhos! Eu tive que ser forte dia após dia, mesmo sentindo vontade de cair no chão e implorar que algo ou alguém te trouxesse de volta pra mim! Então te trouxeram de volta e eu tive que lidar com a incerteza torturante da sua sobrevivência, eu tive que lidar com o medo de perder novamente! Eu passei quase oito meses nesse maldito inferno e agora você está preocupado com o que pode ou não ser vergonhoso pra você?! Seu egoísta filho da puta! Eu pensei que tivesse te perdido pra sempre e agora eu o tenho de volta, você acha que eu dou uma merda por ter que fazer as coisas por você? Eu não me importo em ter que te dar banho, fazer sua barba, te vestir, te alimentar, nem que eu tenha que segurar seu pau pra que você mije e dar as sacudidas depois! Porra, se isso for fazer você ficar comigo, eu limpo até a porra da sua bunda, mas eu não vou te perder de novo, você tá me ouvindo?! Você é a porra do meu marido e eu não vou te deixar ir embora! É comigo que você vai ficar, Edward Anthony Cullen!

Bella parou o ofegante no fim seu desabafo. Nem percebeu que tinha erguido seu tom de voz até aquele momento, mas tinha gritado tudo enquanto chorava.

Respirando fundo pra se controlar, ela se abaixou e pegou a caixa com as cartas dela e de Nessie.

— Aqui, eu disse que você podia ler quando estivesse totalmente recuperado, mas acho que você precisa disso agora. Leia e veja porque você não pode fazer isso com a gente. — sussurrou mais suavemente, quebrando em lágrimas, e colocou a caixa no colo dele. — Você não pode fazer isso comigo, Edward. Eu me recuso, eu te juro que não aguento isso, eu... Eu não posso a te perder de novo. Não de novo, por favor.

Chorando tão forte que seus ombros se agitavam, Bella correu pra fora do quarto batendo a porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E esse foi o nosso antepenultimo capitulo, o que acharam?
Ai cara, juro que nem tinha visto o quanto ele ficou grande, espero que nao se importem :c
Começamos o capítulo super doce... E Então £o vem a parte tensa. Espero que tenham entendido o lado do Edward - e vão entender ainda mais no próximo -, mas também entendam a Bella né, dps de tudo que ela passou, qualquer coisa que vier pela frente - tendo Edward ao seu lado - é fichinha. Lembrem que eu disse, chega de drama aqui. Isso é apenas um momento que eles precisavam e que vai nos levar ao penultimo capítulo
Reta final é muito... ): Mas será tudo feliz e doce, ok? Prometo! ♥

P.S: Preciso disso né? De lei.
Primeiro, p&p chegando aos + mil comentários, muito lindo. Muito obrigada a todas que ajudaram e fizeram parte disso, vcs tem todo meu coração s2
Segundo, queria agradecer especialmente a Biih Cullen e a Sonia Pinto por suas recomendações tão doces e lindas, muito obrigada mesmo ♥
Terceiro, comentem o twitter de vcs aí pra eu seguir ou me sigam, @candy_rafatz. Smp rola spoiler por lá, comentários das próximas fics e vcs podem conversar comigo se quiseram, eu sou super legal ;)(ao menos em horári comercial kk).

Agora fim, vou calar a boca. Vcs comentam e nos vemos no próximo, bjsbjs s22