Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 39
Big girl... ♫


Notas iniciais do capítulo

Hey hey gatitas, como estão?
Mais um capítulo pra vcs. Espero que gostem!

Dedicado a Lígia. Mais um capítulo meu pra vc, baby, por me aturar no twitter e gostar do que eu escrevo. Você é ótima e perfeita mesmo ♥



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Eu posso ver a primeira folha caindo, está tudo amarelo e encantador, está bastante frio lá fora, tal como o modo que estou me sentindo por dentro. Lá fora está chovendo agora e lágrimas estão caindo dos meus olhos, por que isso tinha de acontecer? Por que isso tudo tinha de acabar? Eu tenho seus braços ao meu redor, quente como fogo, mas quando eu abro meus olhos, você se foi... Eu sou uma grande garota, em grande mundo, não é grande coisa se você me deixar,, mas eu sinto que eu também sentirei muito sua falta.

— Emilia- Big Big World.

(http://www.youtube.com/watch?v=HWDupadpaWI)

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25 de Maio de 2004.

Naquele dia, Esme e Carlisle tinham sido os primeiros a visitar Edward, então Rosalie entrou com Nessie, enquanto os outros esperavam na área comum do andar, então Bella aproveitou para se aproximar de Alice.

— Será que podemos conversar em particular, por favor? — perguntou, segurando EJ em seu quadril.

— Claro Bella. — Alice disse sorrindo. — Quer ir até minha sala?

— Não, podemos ir para o corredor mesmo, é rápido.

Elas foram para o corredor e o único barulho era o balbuciar de EJ, fazendo barulhos de vogais sem sentido e se agitando.

— Está tudo bem, bebê. — Bella sussurrou carinhosamente.

— Ele está agitando hoje. — Alice comentou olhando o pequeno.

— Um pouco. — riu. — Ele está engatinhando e começando a tentar se levantar, então fica agitado quando estamos fora de casa e não pode ir para o chão, além de tentar desesperadamente falar.

— Ele tem quantos meses mesmo?

— Sete meses. Certo, bebê? — o agitou suavemente e beijou sua mãozinha.

— Uau, ele tão precoce e inteligente.

— Sim, exatamente como a Nessie. Foi nessa mesma idade que ela começou a tentar andar e falar, com um ano ela já andava e falava algumas palavras. Ele está indo pelo mesmo caminho, né, meu príncipe?

— Muito lindinho. — Alice sorriu ao afagar a bochecha macia de EJ. — Então, aqui estamos, do que queria falar?

— É sobre Edward. Eu não quero que pense que estou de qualquer maneira insatisfeita com o atendimento que ele está recebendo aqui, só que...

— É longe de casa?

— Sim. — Bella suspirou. — Mesmo tendo toda minha família ao redor, eu me sinto ainda mais vulnerável por estar tão longe de casa. E os outros precisam voltar a trabalhar, mas não querem me deixar aqui sozinha com as crianças, então eu queria saber se o Edward está estável suficiente pra ser transferido para um hospital nos Estados Unidos?

Alice hesitou, mas assentiu com um suspiro.

— Ele está. Ele não tem mais nenhum inchaço intracraniano e seu corpo está se recuperando muito bem. Como médica desse hospital, eu devo dizer que temos todos os aparatos necessários para dar um bom atendimento ao seu marido. Mas como pessoa, eu posso dizer que entendo seu sentimento e que você, como esposa, deve tomar todas as decisões sobre seu marido.

— Tudo bem, então o que é preciso para transferi-lo?

— Só precisamos preparar a documentação, uma confirmação do hospital a ser transferido, acertar o transporte e agendar a transferência, podemos fazê-la daqui a uma semana. Mas eu quero lhe fazer um pedido, Bella.

— Sim, o que?

— Eu queria continuar acompanhando o caso do marido. Eu estou disposta a me mudar para os Estados Unidos e você não precisará se preocupar com nada, só assinar uma procuração autorizando que eu faça parte da equipe que cuidará dele lá. É que... Pode ser antiético, mas é um caso pessoal pra mim.

Bella sorriu com compreensão.

— Eu fico aliviada por ouvir isso, Alice. É bom saber que Edward terá alguém que o enxergue como mais do que um paciente e cuidando dele porque se importa com realmente com sua vida. Você terá essa autorização e será a chefe dessa equipe, certeza.

— Obrigada, Bella.

— Você salvou a vida do meu marido, Alice. Você salvou minha vida e minha família, eu é que te agradeço e vou sempre agradecer.

. . .

1 de Junho de 2004.

Uma semana depois, Bella entrava no novo quarto de Edward carregando Nessie no colo, encaixada em seu quadril.

Tinha transferido seu marido para o Seattle Grace Hospital, o melhor de Seattle. Ainda estava na ala de terapia intensiva, em um quarto particular confortável e arejado. Sem nenhuma mudança aparente em seu estado, mesmo durante o transporte. Ele ainda estava ligado a máquinas e respirando com aparelhos. Mas estável e vivo. Todos se apegavam a aqueles dois últimos fatos para não perderem o controle ou as esperanças.

Agora elas podiam entrar no quarto sem todo o equipamento cirúrgico e entrar com coisas no quarto, então Nessie carregava uma caixa na mão, muito animada sobre ela.

Bella colocou a filha no chão e a menina se aproximou da cama lentamente. Olhou pra mãe, como se pedisse permissão. Bella assentiu, incentivando-a.

— Hey papai! Sou eu, a Nessie, você pode me ouvir? — Nessie sussurrou, cumprimentando o pai da mesma maneira que fez todas as vezes que foi visitá-lo. Bella nunca dizia nada a respeito; tanto porque achava adorável e porque Nessie parecia confortável com isso. — Eu trouxe um presente pra você, vê? — ela ergueu a caixa. — É a minha cartinha e sua nova corretinha. A carta eu fiz com a mamãe, ai sempre que eu fizer uma carta nova vou colocar na caixa. E a correntinha fiz com o tio Jasper, nós compramos em uma loja e escrevemos nela. Na verdade, não a gente, pagamos para um homem gordo de bigode escrever com uma maquininha que fazia um barulho legal, aí escrevemos nela Nessie, EJ e Bella, então uma frase do outro lado, tá escrito... O que está escrito mesmo, mamãe?

Mais do que minha própria vida. — Bella disse.

— Isso. Está escrito mais do que minha própria vida, papai. Agora ela é sua, ai a gente vai estar sempre com você, igual você sempre está comigo, porque eu tô com a sua correntinha. A gente vai colocar nessa caixa e deixar em baixo da sua cama, ai quando você acordar, você pega. Eu pintei um sol na caixa pra você se lembrar de mim, tá? — Nessie colocou a caixa no chão, empurrou pra baixo da cama hospital e se levantou sorrindo. — Prontinho. Agora você tem que acordar e pegar. Você não vai falar nada pra ele, mamãe?

— Sim, querida. — Bella se aproximou, ficando atrás de Nessie. — Edward... Você nunca foi do tipo preguiçoso, quer parar de dormir e voltar pra mim? Pra nós? Deus, eu sinto tanto sua falta.

— É, papai, acorda, porque eu sinto sua falta também.

3 de Junho de 2004.

— Será que ele vai demorar a acordar, mamãe? — Nessie sussurrou, olhando para seu pai.

— Espero que não, querida. — Bella respondeu atrás dela, com as mãos sobre seus ombros.

— Sorte que quando ele acordar vai poder ler minhas cartinhas e saber tudo que aconteceu quando ele estava dormindo, mamãe. Tipo que eu aprendi a escrever todos os nomes agora, que meus dentes caiu, que o EJ ficou em pé, tudo e um monte de coisa. Aí ele também vai saber que eu senti a falta dele.

Bella sorriu e se abaixou para beijar a cabeça da filha.

— Você é tão inteligente. Esse é um ótimo plano, Luz do Sol.

6 de Junho de 2004.

Bella respirou fundo e foi surpreendida pelo perfume que inspirou. Aquele cheio... Um cheiro deliciosamente conhecido, cheiro de lar, cheiro de amor, cheiro de... Edward.

Seus olhos se abriram instantaneamente e encontraram os olhos de verdes que ela amava. Estava deitada de lado na cama e tudo escuro ao redor, mas ela conseguia ver perfeitamente o rosto do dono daqueles olhos, que também estava deitado de lado e na sua frente. Seu marido.

— Edward. — sussurrou.

Edward sorriu. O sorriso mais doce e cheio de amor que ela conhecia.

— É você? Você está aqui?

Ele não disse nada, apenas manteve o sorriso.

— Você ainda está aqui? Porque eu te sinto aqui... — sussurrou com a voz trêmula e sentiu as lágrimas descerem por seu rosto.

O sorriso dele desapareceu e ele franziu o cenho, esticando o braço para enxugar sua lágrima. Bella fechou os olhos e sorriu para o toque dele; tão suave como uma brisa, mas era bom senti-lo tão perto. Abriu os olhos e ele estava sorrindo novamente. Era impossível não sorrir.

— Eu sinto sua falta.

Edward sorriu e, lentamente, tudo começou a ficar escuro do lado dele.

— Edward, não! Não vai embora... Por favor.

Bella abriu os olhos ao acordar. Estava em sua cama, deitada de lado, mas sozinha. Respirando meio ofegante, ela acendeu o abajur e sentou. Passou a mão no rosto e se deu conta que chorava com o peito apertado.

Estava cansada e tão triste que parecia difícil até respirar naquele momento, tão difícil quanto era continuar dia após dia. Tentava ser forte e mostrar esperanças para todos ao redor, mas a falta de mudança no estado dele e a as graves sequelas que podiam acometê-lo se um dia ele acordasse a estavam torturando todos os dias. Dizia a si mesmo que ao menos ele estava vivo e com ela, mas alguns dias nem isso era suficiente.

E aquele era um desses dias, ainda mais depois do sonho.

Fazia um bom tempo que não sonhava com nada – ou não se lembrava dos sonhos ao acordar –, então aquele tinha sido estranho e confuso.

Era meio da madrugada e todos dormiam, não queria acordar ninguém, então saiu do quarto silenciosamente e foi para cozinha beber água. Estava sem sono ao voltar pro quarto, então pegou a caixa com as cartas de Edward. Sentou na cama e começou a reler.

Desde os bilhetinhos e as cartas no inicio do relacionamento até as últimas. O amor de uma vida inteira. Sorrindo entre lágrimas para as palavras e promessas trocadas.

"Sorte que quando ele acordar vai poder ler minhas cartinhas e saber tudo que aconteceu quando ele estava dormindo, mamãe", lembrou do que Nessie tinha lhe dito.

Respirou fundo. Se foi com palavras que eles começaram, seria com palavras que terminariam. Guardou as cartas de volta na caixa, pegou um caderno e uma caneta, e começou a escrever com as lágrimas descendo por seu rosto.

Querido Edward...

Para sempre sua, Bella.


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Notas finais do capítulo

E então, perceberam? Chegamos a carta daquela primeira fase. Agora todas as respostas ficaram respondidas? Por que as cartas da Bella eram daquele jeito estranho que parecia que o Edward tinha morrido, mas, ao mesmo tempo, que ele podia voltar? Bem, ai está.
E como as cartas são a passagem de tempo, sabe o que acontece no próximo capítulo? Alguma opinião? :3
Fiquem a vontade para comentar, e obrigada a todas que já o fazem, e até o próximo. bjsbjs s22

P.S: Um rápido de agradecimento a MichelleBrasil. Você já é de casa né? Mas tenho que agradecer de qualquer maneira, obrigada pela recomendação linda ♥