Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 36
He's my brother... ♫


Notas iniciais do capítulo

Hey hey gatitas ♥
Todas orgulhosas de mim pela rapidez da postagem, sim? hahaha. Tá, sem falar muito por aqui, apenas leiam porque está bem... Interessante, rs. Espero que gostem!



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A estrada é longa, com muitas curvas sinuosas que nos leva quem sabe onde, mas eu sou forte o bastante para carregá-lo. Ele não é um peso, ele é meu irmão e assim continuamos. Seu bem-estar é a minha preocupação, não é um fardo carregá-lo, nós chegaremos lá, pois eu sei. Se estou absolutamente sobre carregado, estou sobrecarregado de tristeza que o coração de todos não está repleto de alegria, de amor uns pelos outros. Esta é uma longa estrada, da qual não há retorno e enquanto estamos a caminho dela, por que não partilhar? E a carga não vai me pesar absolutamente. Ele não é um fardo, ele é meu irmão.

— He Ain't Heavy, He's My Brother - The Hollies.

(http://www.youtube.com/watch?v=s_uYDPH_NAQ)

_______________________________

21 de Maio de 2004.

E pela segunda vez, ao desligar o telefone, Rosalie caiu sentada em sua cama, arfando e com lágrimas descendo por seu rosto. Mas dessa vez não eram lágrimas de tristeza, eram de choque.

— Rosalie, você sabe onde está o meu... — Emmett entrou no quarto e parou surpreso ao ver suas lágrimas. — Ei, amor, o que aconteceu?

Rosalie não conseguia falar, estava atordoada demais. Apenas ergueu o celular. Emmett o pegou e viu a última ligação, Jasper.

— O que ele queria dessa vez? — nenhuma resposta. — Rosalie, o que ele queria?!

— Ele... Eu... — balbuciou por alguns segundos, então se levantou rapidamente, colocando o cabelo para trás. — Eu preciso ir pra Londres.

— O que? Londres? Você perdeu sua mente?

— Era o Jasper e era sobre meu irmão, Emm. Eu preciso estar lá, eu só... Preciso.

— Por favor, Rosalie, não.

— Não o que?

— Para com isso, para de se dar esperança.

— O que? Você ouviu o que eu disse? Era sobre o meu irmão!

— Sim, eu escutei, será que você não se lembra de como ficou da última vez que esse Jasper te deu esperança e depois tirou de você? Será que tudo isso não foi suficiente pra você? Por que ficar buscando mais motivos para ficar miserável?

— Eu não estou buscando motivos para ficar miserável, pelo contrário.

— Pelo contrário? Você está acreditando em suposições que vão contra o óbvio. Eu sinto muito, amor, eu realmente sinto, mas ele...

— Por favor, não. — o interrompeu com um sussurro.

— Ele se foi, mas você não, Rosalie.

— Cala a boca.

— Eu sinto muito, mas você precisa seguir em frente! — Emmett disse firme.

— Cala a boca! — Rosalie gritou e parou ofegante.

Eles se encararam em silêncio por vários segundos, até ela deixou um pequeno soluço escapar sobre seu beicinho.

— Você... Não entende. Você só... Não entende.

— Então tenta me explicar, por favor, porque eu realmente não entendo.

— Ele é... Ele é o meu irmão, Emmett. — sussurrou com a vulnerabilidade óbvia em sua voz chorosa. — Você é filho único e não entende, mas eu e o Edward sempre tivemos uma ligação especial. Enquanto eu crescia, ele foi meu melhor amigo. Eu era tão insegura sobre mim mesma e ele estava lá pra me fazer sentir melhor; com uma palavra, um abraço, uma brincadeira ou um pote de sorvete. Mesmo que não precisasse ficar com a irmãzinha, se ele tivesse que escolher, ele me escolhia. Ele sempre foi o melhor irmão do mundo e sempre esteve aqui por mim, agora é minha vez e quero estar lá por ele.

— Você nem tem certeza, Rosalie. — Emmett disse suavemente.

— Você não entende? Eu não ligo! — ela gritou novamente. — Se existe alguma chance, mesmo que uma remota e pequena chance de que ele esteja vivo, eu vou atrás disso! Nem que seja no inferno!

— Isso pode ser um fardo muito pesado pra você.

— Não, não. — Rosalie agitou a cabeça, com um riso sem humor entre as lágrimas. — Ele não é fardo, ele é meu irmão.

— Rose...

— Me escuta, Emmett, eu estou indo para Londres e realmente quero que você vá comigo, porque eu amo você, preciso do seu apoio e me sinto segura com você, mas se não quiser ir, tudo bem. De qualquer maneira, eu vou sozinha e nos vemos quando eu voltar.

— Droga, claro que eu vou com você. — suspirando, ele se aproximou e tomou o rosto da mulher entre as mãos. — Eu só não quero ver você machucada novamente, Rosalie. Mas eu espero realmente que esse seja mesmo seu irmão e vou estar lá te apoiando independente de qualquer coisa. Eu amo você, não duvida disso, por favor. — e a beijou.

22 de Maio de 2004.

— Eu encontrei outro corpo... — Jasper tinha dito. — Em Londres.

— O que? Mas como ele, independente de quem seja, foi parar em Londres? E você precisa de mais do meu DNA?

— É uma longa história, mas posso te explicar pessoalmente. E foi por isso que liguei, não quero seu DNA, Rosalie, quero que você venha para cá. Eu posso comprar suas passagens e arcar com todas as despesas, mas você precisa vim.

— O que... O problema não são as despesas, eu posso lidar com isso, mas... Por quê?

— Rosalie, eu não posso te explicar por telefone, é realmente sério e importante, dessa vez é algo maior do que puras suspeitas e possibilidades.

— Jasper, isso é...

— Eu sei, acredite Rosalie, eu sei.

E finalmente ela estava em Londres – felizmente, com a companhia e apoio de Emmett. O casal apenas fez uma mala com algumas roupas básicas, comprou a passagem na internet e viajou.

Além de Emmett (e Jasper, obviamente), ninguém sabia de sua viagem ou do que estava acontecendo; como ela ainda não tinha certeza do que estava acontecendo, preferia manter as suspeitas e esperanças para si, mesmo que isso a torturasse. Estava agitada, ansiosa e nervosa; não conseguiu dormir ou comer nada, em compensação, tinha roído todas suas unhas e tomado muito café – só não tinha fumado alguns maços de cigarros por causa de Emmett, que não gostava desse seu vício. Só tiveram tempo de se registrar em um hotel, deixar as coisas, um banho e correr para o hospital, onde eram esperados.

Ao descerem do elevador no quarto andar, encontraram Jasper, esperando por eles junto a parede.

O homem parecia exausto, como se não tivesse dormido direito por dias. Olheiras profundas sob os olhos, seu cabelo estava mais cumprido do que os padrões militares exigiam e a barba por fazer começava a escurecer sua mandíbula. Tanto quanto sentiu pena do homem por não ter parado desde que saiu do Iraque, Rosalie também sentiu a gratidão encher seu peito, porque sabia que ele estava assim por seu irmão, por nunca ter desistido dele. Soltou a mão de Emmett e surpreendeu soldado com um forte abraço.

Jasper hesitou, mas lentamente retribuiu o abraço e, quando a soltou, apertou a mão de Emmett.

— Eu estou aqui, Jasper, agora me diz tudo. — Rosalie pediu.

— Eu vou, mas primeiro vocês precisam conhecer uma pessoa e então vão saber toda a história. Vamos, ela está nos esperando.

Com um aceno de cabeça, Rosalie voltou a segurar a mão de Emmett e eles seguiram Jasper. Foram para a sala comum do andar, onde paciente, familiares e visitantes esperavam. Estava vazia e tranquila naquele momento, exceto por uma médica segurando um copo plástico com água.

— Alice? — Jasper a chamou.

A bonita médica se virou e ofereceu a eles um sorriso cansado. Ela terminou de beber sua água, jogou o copo no lixo e se aproximou.

— Esses são Emmett e Rosalie Cullen, ela é irmã do meu amigo.

— Apesar das circunstâncias, é um prazer conhecê-los. — cumprimentou ambos com apertos de mãos.

— Me desculpe, mas será que podemos cortar a embromação e ir logo pra parte em que vocês me explicam por que eu estou aqui? Por favor?— Rosalie disse impaciente. Mas era óbvio em sua voz que não estava tentando ser rude, estava apenas nervosa sobre a situação.

— Claro. Rosalie, a Alice estava lá na noite em que tudo aconteceu.

— O que? — ela franziu o cenho. — Você é militar também?

— Não, eu sou apenas médica mesmo, estava lá como voluntária da Cruz Vermelha. — Alice explicou prontamente.

— Você se lembra do que eu te contei? Sobre como tudo aconteceu?

Claro que ela lembrava. Insistiu para que Jasper lhe contasse exatamente o que tinha acontecido e ele o fez, duvidava que um dia fosse esquecer, tinha tido muitos pesadelos sobre aquilo, imaginado o quanto seu irmão teria sofrido antes que tudo acabasse. Rosalie assentiu.

— Como meu grupo não teve autorização de voltar lá nos dias seguintes, não soubemos o que aconteceu depois ou como lidaram com os destroços, mas sempre desconfiamos que tivesse sido uma emboscada. Nas últimas semanas eu estava atrás das pessoas que Edward salvou naquele prédio pra tentar esclarecer tudo. Foi realmente difícil encontrá-los, mas o fiz e consegui conversar com um menino que ajudamos naquela noite.

— E então?

— Eles foram ameaçados antes e ele confirmou que tinha sido uma emboscada. Ele também disse que a casa em que Edward jogou seu carro para nos salvar era uma célula terrorista, onde o grupo ficava na maior parte do tempo. A Alice tinha sido sequestrada com outros médicos naquela época e o cativeiro dela era naquela casa.

Rosalie empalideceu e olhou para a médica.

— Eu ficava presa com os outros na maior parte do tempo e só era solta quando eles precisavam de alguém para cuidar dos feridos, porque eu era considerada menos perigosa. — Alice disse suavemente. — Eu estava solta quando tudo começou. Os terroristas estavam atirando detrás do muro da casa e eu era obrigada a cuidar dos que eram atingidos. Se era difícil antes, naquela noite foi o inferno, horrível e assustador. Eu e os outros médicos íamos aproveitar a distração para fugir; eles já estavam indo e eu devia segui-los quando tivesse chance, e eu estava indo quando os terroristas começaram a gritar, pularam de onde estavam e tentaram correr para dentro da casa, mas então o carro entrou derrubando o muro. Eu não lembro exatamente como tudo aconteceu naquele momento, foi tão rápido, o carro entrou com tudo e era concreto para todos os lados. Eu só me joguei para o lado e me encolhi enquanto o concreto caía em cima de mim, esperando não morrer.

— E então...

— Eu ouvia os terroristas, mas falavam tão rápido que mesmo eu falando um pouco do idioma foi difícil entender; eles xingavam e gritavam por socorro, soterrados por concreto ou sob o carro. Eu me ergui lentamente e mesmo com dor só queria aproveitar a chance e fugir, então... — Alice parou e respirou fundo. — Eu vi a mão ensanguentada na janela do Jeep.

— Meu irmão. — Rosalie sussurrou e cobriu a boca com as mãos para não gritar, lágrimas descendo por seu rosto. Emmett ficou atrás dela e segurou seus ombros, lhe dando apoio.

— Me levantei o mais rápido que pude e fui ajudá-lo. Abri a porta com muita dificuldade e lá estava ele. Muito ferido e eu realmente não tenho ideia de como estava acordado; ele estava deitado no banco e tentava sair pela porta do passageiro. Mas sabe como eu soube que eu precisava ajudá-lo? Ele sorriu. — Alice sorriu também em lágrimas. — Eu não sei por que, mas ele sorriu. Mesmo com a boca cheia de sangue e obviamente com dor, mesmo no inferno, ele sorriu e eu soube que não o deixaria morrer.

Rosalie teve vontade de sorrir também, aquilo soava mesmo como seu irmão, mas não conseguia mexer nenhum músculo, nem mesmo os do rosto, estava em choque e estática.

— Isso tudo aconteceu em poucos minutos, mas eu sabia que o resto do grupo deles chegaria e o carro poderia explodir a qualquer momento, então o puxei do carro e ele caiu no chão; foi incrível como ele ainda achou forças para me ajudar a erguê-lo e levá-lo sobre os destroços. Eu não sei o que aconteceu, ele olhou para trás e se jogou em cima de mim, então tudo explodiu. Ele me protegeu com o próprio corpo.

Alice parou, parecendo sufocada por suas palavras e pelo choro. Jasper pegou sua mão e a apertou suavemente.

— Alice permaneceu acordada, mas ele foi atingindo na parte de trás da cabeça e desmaiou. Os outros médicos do grupo vieram em sua ajuda e tiraram o corpo de cima dela; depois de muito insistir, eles a ajudaram. Tiraram toda a roupa militar e jogaram dentro do carro queimando, assim ninguém desconfiaria. E Alice cuidou dele como se fosse um deles, arriscando a própria vida para salvá-lo.

Jasper contou aquela parte da história com orgulho da pequena médica e sem ressentimento por Liam, que tinha mentido não saber de nada. Enquanto contava cada detalhe da história pra ele, Alice disse que insistiu e fez todos prometerem segredo absoluto sobre o soldado, por isso o médico irlandês não disse nada, mas deu o nome dela.

— Eu só tinha minha vida por causa dele. Ele estava morrendo e ainda achou tempo para me salvar, então eu fiz da minha missão salvar ele. E depois disso foi mais fácil cuidar dele como se fosse um civil comum ferido antes, ninguém o reconheceria pelos ferimentos e pelos danos causados pelo trauma na cabeça, que foi muito sério.

— Então... Ele é certo? É... É meu irmão, né? — Rosalie disse frenética. — É meu irmão!

Jasper assentiu.

— Sim, Rosalie, é o Edward. Ele não está irreconhecível para nós que o conhecemos tão bem e um exame de sangue apenas confirmaria o óbvio, é Edward.

— Oh meu Deus, oh meu deus, o meu irmão... — se virou para o marido e sorriu. — Meu irmão, Emmett, meu irmão!

Emmett sorriu e a abraçou, deixando-a chorar de felicidade e alívio em seu peito. Arfante, depois de alguns segundos, ela voltou a olhar os dois.

— Eu quero vê-lo agora.

— Rosalie, ele está vivo, mas ele ainda está...

— Eu não ligo! — Rosalie interrompeu Jasper. — Eu não ligo para nada, eu só preciso vê-lo. Pode ser à distância, pode ser por um vidro, eu só... Eu preciso vê-lo, eu preciso ver a máquina marcando os batimentos cardíacos dele e saber por mim mesma que ele está vivo, por favor. Eu preciso ver meu irmão agora, por favor.


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Notas finais do capítulo

EDWARD!!!! (Sim, é o Edward!!!)
*todas respirando aliviadas, descarregando as armas, abaixando os objetos que iam atacar em mim, rasgando os papéis de divórcio, parando de me ameaçar com amigas pelo telefone, parado de me ameaçar por reviews, me agradecendo por não matar ninguém mesmo quando a morte do personagem fazia parte do planejamento inicial e podia deixar a história mais intensa, mas a autora não o matou porque se apaixonou pela filha dele* (Alguém corre e conta pra Luz do Sol, pfvrr!!!!) hahahaha.
Sei que vcs esperavam que ele aparecesse, mas ainda não (calma! é no próximo). E sei que também gostariam que a Bella recebesse a notícia, mas a coerência faz que a primeira seja a Rosalie. Ela merecia isso e também porque eu acho relações entre irmãos uma das coisas mais interessantes do mundo, eu sou irmã mais nova e falo de conhecimento de causa; em um momento você quer matá-lo e em outro você mataria por ele, uma relação conturbada, mas que você não vive sem e no final ele acaba se tornando sua pessoa favorita do mundo (mas claro que se falarem isso pro meu irmão, eu vou negar, porque tenho uma reputação a manter u_u kk). E todos os agradecimentos e amor ao Super Jasperrrrrrr, nosso herói ♥ E claro, a Alice por todo seu esforço - que vcs vão saber detalhadamente no próximo capítulo.
Mas tanto quanto eu queria colocar que a Rosalie recebeu a notícia primeiro, eu não podia fazer de outra forma, o primeiro reencontro que vcs vão ler será o da Bella. Podem imaginar a surpresa dela? E a da Nessie? Oh, olha o sol chegando, exatamente como eu disse, viu? Não sou tão cruel quanto aparento ;♥ hahaha.
Esse é o penúltimo dessa fase. Vamos para o último dessa fase e então a última fase, está acabando pessoal. Fico tão feliz que vcs estejam gostando e que despretensiosamente a P&P tenha conquistado a tantas pessoas - mesmo com todas as lágrimas no meio do caminho. Muito obrigada a todas ♥
Continuem comentando e nos vemos no próximo, bjsbjs s22