Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 32
From where you are... ♫


Notas iniciais do capítulo

Sim, voltei com mais um. Mesmo sendo madrugada, foi bem rápido hein?
Esse é pequeno, mas talvez gostem. Com uma pequena prévia do que vem a seguir com Jasper e mais doçura da nossa Luz do Sol. Espero que gostem ♥



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Tão longe de onde você está, essas milhas tornaram nossos mundos separados e eu sinto sua falta, sim eu sinto sua falta. Tão longe de onde você está, eu estou debaixo das estrelas e eu queria que você estivesse aqui. Eu sinto falta dos anos que foram apagados, eu sinto falta do jeito que o brilho do sol iluminava seu rosto, eu sinto falta de todas essas coisas pequenas, nunca imaginei que elas significariam tudo pra mim. Sim, eu sinto sua falta e eu queria que você estivesse aqui. Eu sinto as batidas do seu coração, eu vejo as sombras do seu rosto. Só saiba que onde quer que você esteja, eu sinto sua falta e eu queria que você estivesse aqui.

— From where you are - Lifehouse.

(http://www.youtube.com/watch?v=ToXrwlKQl_c)

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Em um dos pequenos alojamentos da Cruz Vermelha, Jasper perseguia a enfermeira chefe. Uma italiana chamada Gianna. Ele já podia estar longe do Iraque há dias, mas sua missão ainda não estava terminada e ele iria checar todas as possibilidades antes que desistisse e enterrasse toda sua culpa dentro de um copo, ou melhor, várias garrafas de uísque em algum lugar fodido do Texas.

— Por favor, Gianna! — ele disse novamente.

Gianna parou e se virou exasperada.

— Me escute, Capitão Whitlock, — ela disse condescendente com a voz com forte sotaque do seu idioma nativo. — eu realmente gostaria de te ajudar, mas eu não posso, está bem? Algumas informações são secretas e não podemos passar nem para militares americanos. Ainda mais um a paisana fora de serviço. É coisa da ONU, eu sou uma simples enfermeira da Cruz Vermelha, não posso me envolver.

— Gianna, eu... — tomou uma longa respiração e passou a mão no cabelo. Estava à paisana porque se já era difícil andar pelo Iraque sendo americano, quem dirá usando um uniforme militar e, tecnicamente, não estava mais a serviço do exército. — Não é apenas sobre mim ou sobre meu amigo, é sobre sua esposa e seus filhos. Uma menina de cinco ou seis anos e um menino de alguns meses que ele nem chegou a conhecer. Eu já te expliquei e agora estou realmente te implorando.

— Eu gostaria de poder te ajudar, mas não posso dizer onde ficam acampamentos de refugiados. Agora eu preciso ir, eu tenho muito trabalho.

Ela se virou e foi embora. Jasper rosnou uma maldição e se virou pra ir embora, mas uma mulher estava parada ali; devia ser uma nativa ou de algum país próximo porque, apesar das roupas de enfermeira da cruz vermelha, ela estava com a cabeça coberta por um lenço preto.

— Meu marido desapareceu também, deixando a mim e meus filhos. — a mulher disse com forte sotaque. — Queria que tivesse um amigo como você procurando por ele.

— Eu... Eu sinto muito, minha senhora. — Jasper disse sinceramente, apesar de confuso.

— Aqui. — ela tirou um papel dobrado do bolso. — Espero que ajude e, por favor, não me envolva ou posso ter sérios problemas.

Confuso, Jasper o pegou e a mulher correu. Ele abriu a folha de sulfite lentamente e ao perceber o que era, olhou para trás para agradecer, mas ela tinha sumido. E ele foi embora também. Sem fúria ou frustração – mesmo que talvez não devesse – ele sentiu novamente o gosto da esperança.


20 de Abril de 2004.

— Ei, bebê, pronta para dormir? — Bella perguntou sorrindo ao entrar no quarto de sua filha.

Nessie já estava na cama em seu pijama favorito de gatinhos. Já tinha tomado banho, jantado e escovado os dentes, enquanto a mãe colocava o irmãozinho para dormir, agora esperava sentada na cama com um caderno de desenho no colo e um giz vermelho em mãos. E no pescoço, como sempre, a corrente com a plaqueta de identificação militar que tinha ganhado como lembrança do pai.

— Você está bem, amor?

Nessie assentiu, mas com um beicinho.

— Por que esse lindo beicinho então?

— Eu não sei. — sussurrou. — Eu estou com saudades do papai.

Bella suspirou e sentiu o peito se apertar.

Não importava quanto tempo se passasse, sempre sentiriam falta de Edward; tinha certeza que isso jamais mudaria. Por mais que as coisas estivessem melhores agora, com dias que terminavam sem que caísse chorando na cama; ainda tinha aqueles dias em que a dor parecia ser tão recente que ainda estava crua.

E doía ainda mais quando sua filha estava sofrendo.

— Oh, meu amor, eu sei. Eu também sinto saudades dele, muito.

— Sempre?

— Sempre. — Bella sorriu. — Agora, por que não temos essa conversa com você deitada e sob as cobertas, huh?

A pequena assentiu e se levantou, colocou o caderno e o giz na mesinha de cabeceira, então subiu na cama de joelhos, onde Bella já tinha puxado as cobertas e a cobriu quando deitou.

— Mamãe?

— Sim, amor?

— É que eu sinto muito a falta do papai, muita. Você acha que ele sabe disso?

— Eu acho que ele sabe e que sente a sua falta também. — Bella sentou ao seu lado, sobre as cobertas.

— E você acha que ele está nos vendo?

— Quem sabe? Talvez sim.

— Será que lá não onde ele tá não tem uma caixa de correio, mamãe? Assim a gente podia mandar uma carta pra ele, igual à gente mandava quando ele tava lá longe.

— Essa é uma grande ideia, meu amor, você quer fazer uma cartinha pro papai? Eu escrevo e você diz o que quer nela.

— Sim, sim, sim.

Bella pegou o caderno e o giz de cera, assim foi escrevendo o que Nessie foi falando lentamente. Tão inocente e doce quanto podia, às vezes ria, às vezes parecia triste. E os olhos de Bella não demoraram a ficar marejados e logo as lágrimas descerem por seu rosto, assim como pelo rostinho de Nessie.

— Com muito amor até a lua ida e volta... Nessie. — a pequena terminou sorrindo.

— Isso ficou muito lindo, meu amor. — Bella fungou e sorriu, respirando fundo. — Vou colocar dentro de um envelope bem bonito.

— E como nós vamos entregar mamãe? — franziu o cenho.

— Não podemos entregar pessoalmente, mas vamos entregar com o nosso coração e onde quer que esteja ele vai receber.

— E talvez o espírito dele esteja aqui com a gente e tenha escutado né? — Nessie disse sorrindo e segurou a placa de sua correntinha.

— Sim, meu amor. E se estiver, ele estará muito orgulho de você, assim como eu estou. Agora, está na hora de dormir, mocinha.

— Você pode cantar pra mim, mamãe? A música do papai?

— Com prazer, Luz do Sol. — sorriu e foi para junto de sua cabeça, fazendo carinho em seus cabelos. — You are my sunshine, my only sunshine... You make me happy when skies are grey... You'll never know dear, how much I love you... Please don't take my sunshine away...


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Notas finais do capítulo

Vcs me fizeram feliz comentando e aparecendo, então vim fazê-las feliz também ♥

Começamos com Jasper... Por que será que ele quer saber sobre refugiados? Uma dica: a noite em que tudo aconteceu e o pequeno incêndio. Palpites ou teorias? Hahaha.
E então minha Baby Nessie ♥ E foi nesse capítulo que a ideia das cartas para o Edward surgiu, foi nossa pequena Luz do Sol e o próximo é a cartinha dela ♥
E então teremos mais Super Jasper, a missão!
Vou terminar de responder os reviews do capítulo então espero que vcs continuem sendo doces e comentando, pq isso me faz uma pessoa muito feliz. E se vc não ligam pra minha felicidade, lembre que ela interfere na felicidade dos seus personagens favoritos u_u hahahahaha. Já parei. Obrigada e até o próximo doçuras, bjsbjs s22