Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 24
PARTE III - Just a dream... ♫


Notas iniciais do capítulo

Estão vivas?
Estão comigo ainda?
Talvez depois desse fique meio óbvio algumas coisas.
Lencinhos prontos? Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366879/chapter/24

"Sei que minha jornada ainda não chegou ao fim, e que a vida é um caminho sinuoso, mas só posso esperar que ela dê uma volta em direção ao lugar que eu pertenço. É isso o que estou pensando agora. Eu pertenço a você." — (Nicholas Sparks).

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .



Just a dream... ♫

E quando a porta da igreja se abriu, ela pôs o véu para esconder as lágrimas, oh, ela não podia acreditar naquilo, ela ouviu o som das trombetas da banda militar e as flores caíram da sua mão... O pastor disse "vamos abaixar a cabeça e rezar", "senhor, por favor, guarde sua alma e cure essa dor", então a paróquia toda se pôs de pé e cantou a música mais triste que ela já escutou. E depois eles a entregaram uma bandeira dobrada e ela se agarrou em respeito da lembrança dele, oh, o que teria sido... Os guardas deram um último tiro e ela sentiu como se tivesse sido em seu coração. Baby, por que você me deixou? Por que você teve que partir? Eu estava contando com a eternidade, agora eu nunca saberei, não consigo nem respirar. Parece que eu estou olhando de fora, sozinha num canto, todos estão falando que ele não vai vir pra casa, isso não pode estar acontecendo comigo, isso é apenas um sonho. — (Just a dream - Carrie Underwood).

_______________________________



O sacrifício do Capitão Cullen salvara suas vidas; logo depois que o carro destruiu o muro, derrubando todos os atiradores, uma grande explosão e mais nenhum tiro. Quando os reforços chegaram, sua única ordem foi para pegar os sobreviventes e voltar para o acampamento. Dos oito soldados do grupo, seis voltaram vivos para o acampamento. Apesar dos ferimentos, vivos.

Eles fizeram cruzes com pedaços de madeira e estacaram no chão, prestando uma homenagem a Edward e Nathan. Depois alguns rezaram, outros ficaram em silêncio de cabeça baixa, um minuto de silêncio geral, atiraram para o alto e voltaram aos serviços. Mas os seis sobreviventes daquela noite permaneceram em frente às cruzes, sofrendo pela morte de seus amigos... De seus irmãos.

— Por quê? — Mallory sussurrou de cabeça baixa. Nunca sentiu ser tão difícil controlar os soluços de seu choro, nunca tinha doído tanto ter escolhido seguir a carreira militar. Ergueu a cabeça e repetiu sua pergunta mais alto: — Por quê?

— Mallory... — Garrett começou, mas nem ele sabia a resposta.

— Porque aqueles que mais mereciam viver... São os morrem? Nathan era tão... Novo. E Edward? Qual é? Ele tinha esposa e filhos, nós não temos nada, nós tínhamos que acabar assim, não ele! Agora ele se foi, sem despedida e a família nem vai ter um maldito corpo pra enterrar, isso é... — ela se inclinou para frente e chorou duro, sentindo os soluços escapar de seu peito e sacudir seu corpo. Então Magnus se aproximou e passou os braços ao redor de seu corpo, puxando-a para seu peito e lhe abraçando forte, acariciando suas costas e seus cabelos.

. . .


15 de Dezembro de 2003.

Bella estava na cozinha com a barriga junto ao balcão, preparando os sanduíches de manteiga de amendoim e geleia para a filha. Sorria escutando as vozes de Rosalie e Leah na sala, brincando e fazendo EJ rir, sua deliciosa gargalhada que parecia repicar de sinos. Só estranhava o silêncio de Nessie, sua pequena não era de ficar tão calada, ainda mais quando sua dinda e a tia Leah estavam com ela.

E como resposta ao seu pensamento, ela escutou a voz chorosa de Nessie:

— Mamãe!

Bella se virou instantaneamente para porta, vendo Nessie entrar na cozinha com o cenho franzido e um beicinho enorme. Bella deixou a faca sobre a tábua de plástico no balcão e limpou as mãos no jeans, logo a pequena estava ao seu lado, erguendo os bracinhos para ser pega no colo.

— O que aconteceu, amor? — perguntou ao pegá-la no colo, ajeitando-a em seu quadril. — Por que não está com a tia Rose e a tia Leah?

— Elas só querem ficar com o EJ, não com a Nessie. — respondeu mal humorada e com beicinho, deitando a cabeça no ombro da mãe.

— Ow bebê. — Bella riu suavemente, acariciando as costas da filha. — É claro que elas querem ficar com você, é que o EJ é muito pequeno e precisa de mais atenção.

— Mas ele é chato! E não faz nada além de cocô mole e fedido.

— Eu sei. — Bella riu. — Mas é porque ele é muito pequeno, querida. Quando ele crescer mais um pouco, vocês vão poder brincar juntos.

— Todos vão querer brincar só com ele. — choramingou.

— Claro que não! Vocês vão brincar juntos e todos vão brincar com os dois. Você é tão importante quanto ele, bebê, todos amam você. — beijou os cabelos dela. — E eu estou terminando seu sanduíche de manteiga de amendoim e geleia, que tal?

Nessie ergueu a cabeça e assentiu.

— E posso tomar leite com chocolate também?

— Com certeza. Dá beijinho na mãe. — fez biquinho e se beijaram com estalinho.

— Agora se segura na mamãe que eu vou tirar a casca do pão pra você.

Rindo, Nessie apertou as pernas ao redor da sua cintura e os braços no seu pescoço, enquanto Bella cortava a casca dos dois sanduíches e então os cortou na diagonal. Voltou a segurá-la com um braço, colocou os pães em um prato de plástico e pegou um copo plástico no armário e o leite com chocolate pronto da geladeira.

— Quer comer aqui ou na sala?

— Aqui, não quero mais a tia Rose nem a tia Leah. — bufou.

Bella riu. Sua filha era adorável, carinhosa, generosa, amorosa, mas tinha um temperamento forte e, por mais que tivesse aceitado EJ de braços abertos, podia ser bem ciumenta quando queria. Bella não podia nem imaginar como seria quando ela tivesse que dividir seu amado e adorado pai com o irmãozinho. Já ria só de imaginar como Edward lidaria com isso.

Colocou a filha sentada no banco alto com encosto e colocou o prato e copo na sua frente. Beijou seus cabelos e foi para a sala, onde Rose e Leah paparicavam EJ – Leah o segurava e Rose brincava com seus pés, fazendo-o rir.

— Me devolvam meu filho e vão pedir desculpas pra minha filha.

— O que? — Leah franziu o cenho.

— Ela se sentiu ignorada por vocês duas e está comendo na cozinha porque não quer mais a tia Rose nem a tia Leah. — sorriu de lado e pegou EJ, que lhe encarava com os mesmos olhos do pai, cheios de curiosidade. — Oi, bebê! Oi, meu amor!

EJ sorriu agitando os bracinhos ao som de sua voz, Bella riu.

— Pronto para comer, bebê? Vamos! — beijou a bochecha macia dele, depois seu nariz suavemente..

— Ela disse que ia comer. — Rose franziu o cenho, se levantando.

— Você feriu os sentimentos da minha filha. Sua sobrinha e afilhada. Parabéns, Rosie.

— Não. Nessie! — Rose foi rapidamente para a cozinha com o mesmo beicinho de Nessie. E era exatamente onde sua filha tinha aprendido a fazer beicinho.

— Você também, Leah, vai. Não quero minha filha se sentindo menos desejada que o irmão, pode indo consertar isso.

— Entre a mimada e o fábrica de fralda sujas, é difícil saber por que eu ainda fico perto dos seus filhos, Bella. — e foi para a cozinha.

Bella apenas riu. EJ que já tentava agarrar sua blusa e alcançar seu seio, mas antes que pudesse sentar no sofá e amamentá-lo, a campanhinha tocou e ela foi atender a porta.

E ao abrir, a respiração ficou presa em sua garganta e seus joelhos tremeram.

http://www.youtube.com/watch?v=luJcsPRngNE

Just a dream - Carrie Underwood

Eram dois militares de alta patente e não sabia disso apenas pelo uniforme e as medalhas no peito de ambos, mas também porque os conhecia, eram Aro e Marcus, Edward os tinha apresentado, eram seus comandantes. E isso nunca era bom. O único motivo para que eles fossem pessoalmente à porta da família de algum soldado em missão, principalmente de um capitão, e com uma bandeira americana dobrada em mãos era... Ofegou. Não!

— Senhora Cullen...

— Não. — o interrompeu. Talvez se ele não falasse, não fosse verdade. Ajeitou o filho no colo, apertando-o suavemente contra seu peito. — Não, não...

— Eu sinto muito, senhora Cullen. — Aro disse e tirou seu quepe, colocando-o sobre o peito, e Marcus fez o mesmo segurando a bandeira com a outra mão.

— Não, por favor, não. — as lágrimas se formaram em seus olhos e o soluço em seu peito.

EJ se agitou e soltou um gritinho, de fome e por sentir algo estranho com a mãe.

— Quem é Bells? — Leah se aproximou curiosa.

Bella se virou para a amiga.

— Bella, o que aconteceu? — foi para seu lado rapidamente ao ver seu rosto franzido de dor e lágrimas descendo por ele.

— Segura o EJ, por favor.

— O que aconteceu, Bells? — insistiu preocupada, mas pegou o afilhado. E só então viu os dois militares na porta. — Oh merda, não.

— Não mesmo. Eu quero dizer... — sorriu entre as lágrimas, em negação. Colocou o cabelo para trás e riu histericamente. — É um erro, não é óbvio? Cullen não é um sobrenome tão incomum, vocês só podem estar no lugar errado. Outro Cullen se foi e eu sinto muito, mas o meu está bem. Meu Cullen está bem e vai voltar para casa em mais algumas semanas, certo?

Os homens a encaravam sem dizer nenhuma palavra, obviamente com pena.

O sorriso desapareceu do rosto de Bella e as lágrimas transbordaram de seus olhos sem precisar que pescar.

— Não, por favor, me diz que é um erro e que meu Cullen está bem, por favor.

— Sentimos muito, senhora Cullen.

Ela colocou as mãos sobre a boca para conter seu grito, mas se inclinou para frente e seu corpo foi agitado pelos soluços do seu choro. EJ começou a chorar da mesma maneira, sem entender, mas assustado pelo choro da mãe, se contorcendo nos braços de Leah, que tentava acalmá-lo.

— Oh meu deus... — Bella ergueu a cabeça novamente, tentando respirar e falar: — O que... O que aconteceu com ele?

— Eles estavam voltando para o acampamento à noite, então um pequeno grupo liderado pelo Capitão Cullen voltou para ajudar alguns moradores, acabou se tornando uma emboscada e... Entre os feridos, perdemos dois homens e, infelizmente, o Capitão Cullen foi um deles. Eu sinto muito. — Marcus disse e lhe entregou a bandeira. — Seu marido foi um herói, senhora Cullen.

Bella ficou estática. Segurando a bandeira nas mãos trêmulas, ela estava o que eles diziam, mas não conseguia reagir a nada; ouviu-os dizendo que ela receberia todo o apoio e ajuda necessária, nem quando suas coisas seriam trazidas aos Estados Unidos.

Mas Leah estava ouvindo e reagiu a isso, franzindo o cenho. Com lágrimas silenciosas descendo por seu rosto também e agitando EJ nos braços.

— Como assim as coisas dele vão ser trazidas para os Estados Unidos? E o corpo do Edward? Quando vão trazer o corpo? — exigiu.

— Esse é outro problema de toda a situação, não conseguimos recuperar o corpo do seu marido, senhora Cullen.

Bella piscou e ofegou.

— O que?!

— Foi uma situação complicada e delicada, senhora Cullen. O Capitão Cullen morreu em território hostil e em meio a uma explosão, quando conseguimos colocar alguém com segurança no local, os corpos que viemos estavam... Destruídos, nada restou para reconhecimento. O líder religioso daquela religião não permitiu que mandássemos uma equipe para recolher corpos e fazer exumação, exames e confirmar qual deles seria o capitão.

— Então... Existe chance de que Edward esteja...

— Nós temos testemunhas suficientes para saber que o Capitão Cullen se foi.

E Bella não ouviu mais nada.

Leah protestava, rosnando como diabos isso podia acontecer, como não teriam nem o direito de enterrar seu ente querido?

Bella fechou os olhos, não ouviu e não queria ouvir mais nada, o chão parecia ter sumido sob seus pés. E ela queria apenas cair ali e chorar. Ou acordar daquele maldito pesadelo.

E foi o som vindo da cozinha, o doce riso da Nessie, que a impediu de fazer isso. Como iria explicar aquilo a Renesmee? Como iria continuar sem ele? Merda, Edward.

— Eu... — abriu os olhos e passou a mão no cabelo novamente. — Eu preciso de um tempo, eu... Sinto muito.

Jogou a estúpida bandeira no sofá e subiu as escadas correndo, usando o resto e a pouca força que ainda lhe restava para ir pro quarto.

Fechou e trancou a porta, encostou as costas dela e olhou ao redor. Tudo no cômodo lhe lembrava de Edward tão duro que parecia até difícil respirar. Arrastou-se para a cama e se jogou nela, puxando o travesseiro de Edward para o peito. E ao sentir seu cheiro, cedeu e chorou. Enterrou o rosto no travesseiro para não fazer barulho, enquanto seu corpo tremia com a violência do choro.

Leah não sabia o que fazer, estava atordoada demais. Com EJ chorando em seu colo; Bella chorando no quarto; Rosalie e Nessie alheias de tudo na cozinha. Não era algo que estava preparada para viver, nenhuma delas estava.

— Rose! — gritou pela amiga. — Rosalie, deixa a Nessie na cozinha e vem aqui, rápido.
Os dois homens ainda estavam na porta, com tristeza e compreensão no rosto. E Rosalie veio rápido, perguntando o que estava acontecendo e ao ver os homens na porta, entendeu rapidamente.

— Edward? — sussurrou. Os militares assentiram e repetiram o "sinto muito". — Não, meu irmão não, por favor.

Rosalie parecia em choque.

— Rosalie, eu sei que isso é difícil e Edward é seu irmão, mas eu preciso de você, está bem? Você precisa ser forte agora. Bella, Nessie, sua mãe, todos vão precisar de você, de nós, por favor! — Leah disse agitando EJ e afagando suas costas, tentando acalmar o menino que parecia perceber o clima do momento.

Rosalie respirou fundo algumas vezes antes de assentir controlando o choro com um beicinho.

Quando os dois militares foram embora, Rose ligou para Emmett e Jacob e os chamou urgentemente, eles chegaram juntos dez minutos depois. Ligou para Esme e Carlisle, eles chegaram trinta minutos depois. E Leah ligou Charlie e Sue, mas como os dois estavam em Forks, só chegariam em, no mínimo, uma hora e meia.

Rosalie esquentou uma mamadeira com leite da Bella para EJ, ela sempre deixava leite separado para momentos em que não estivesse por perto. Leah ficou na sala amamentando o pequeno em seu colo, enquanto Nessie estava sentada ao seu lado, entretida assistindo a um desenho na televisão.

Rose levou os adultos para a cozinha, não sabia como ela ia explicar a situação, mas escutou a exclamação desesperada de Esme e alguns palavrões dos homens.

Nessie franziu o cenho e olhou na direção da cozinha.

— Está tudo bem, doçura. — Leah sussurrou. — É só conversa de adulto.

— Ah. E cadê a mamãe?

— No quarto. Quando ela descer, ela vai conversar com você.

— Você tá triste tia Leah?

— Um pouco. Mas vai ficar tudo bem, a sua mamãe logo vem pra te explicar tudo, está bem?

Nessie assentiu e voltou à atenção para a televisão.

Emmett e Jacob foram os primeiros a voltar para a sala, obviamente devastados. Nessie os olhou e sorriu inocentemente, e os dois tentaram ao máximo sorrir e agir mais naturalmente perto dela até que Bella explicasse tudo.

. . .

Do quarto vazio, mas cheios de lembranças de Edward, Bella podia ouvir os ruídos do andar de baixo – inclusive o choro de EJ e a risada de Nessie. Tinha perdido noção do tempo e todas suas lágrimas ficaram no travesseiro. Sentia-se péssima por não descer e cuidar dos seus filhos, devia estar lá com eles, mas não conseguia descer e encarar sua família, nem os pequenos, que eram tão parecidos com Edward. Ao menos sabia que eles estavam bem com Rose e Leah – e com quem estivesse lá também. Arrastou-se para o banheiro e entrou nua sob a ducha de água gelada, deixando mais uma grande porção de lágrimas por ali.


"— O que você está fazendo, Edward? — perguntou divertida ao vê-lo abrir o box do banheiro, estava nu. Maravilhosamente nu. Inferno, como ele ficava bem nu.

— Nessie tá dormindo e eu vim tomar banho com você, assim vamos economizar tempo, água, você sabe como é. — sorriu de lado e entrou com ela; era espaçoso, mas ele se aproximou.

— Só isso?

— O que? Você duvida das minhas boas intenções? Estou apenas querendo cuidar do meio ambiente e otimizar nosso tempo.

— Ah marido... Quem não te conhece, que te compre.

Edward riu, passou os braços ao redor da cintura dela e a puxou para perto, colando seus corpos nus e molhados.

— Ah esposa... Você me conhece bem. — ele riu antes de beijá-la. E fazerem amor ali.”


As lágrimas desciam lentamente por seu rosto quando saiu da ducha, se secou, vestiu suas roupas íntimas e o roupão de Edward, enquanto secava seu cabelo com uma toalha.

Estava se sentindo destruída demais para procurar uma roupa, queria apenas ficar com o roupão de seu marido – que tinha o cheiro dele – ao redor de seu corpo e sonhar que eram seus braços. E que tudo era apenas um sonho.

Mas duas batidas na porta chamaram sua atenção quando estava caminhando para voltar pra cama. Jogou a toalha em uma cadeira, deixando seus cabelos úmidos soltos, abriu a porta e lá estava Charlie. Nem precisou perguntar se Bella estava bem, era óbvio que não.

— Bells... — Charlie afagou sua bochecha com os dedos. — Leah me ligou e contou tudo, vim o mais rápido que pude com a Sue.

Bella mordeu o lábio inferior e assentiu, estava grata por isso.

— As crianças estão bem. Estão todos lá em baixo com eles, você não precisa se preocupar com mais nada agora, Bells. — seu pai disse suavemente.

Bella assentiu novamente e se arrastou de volta a cama, sentando na ponta. Apática, as lágrimas desciam sem seu controle, estava se sentindo exausta.

Charlie entrou e fechou a porta. Silenciosamente, ele sentou ao seu lado e passou o braço ao redor de seu ombro, puxando-a para perto e lhe envolvendo em um abraço. Bella ficou tensa a princípio, mas sentiu o beijo em seu cabelo, cedeu e chorou nos braços de seu pai.

— Pai... Edward... Pai... — balbuciou entre os soluços.

— Eu sei querida, eu sei, e eu sinto tanto.

Bella se ergueu dos braços do pai e o encarou, ofegando e com o rosto vermelho, encharcado pelas lágrimas.

— Você é militar importante, papai, vai lá e trás o Edward de volta, por favor! Ele não está morto, eu sei disso, eu sentiria se ele estivesse, mas eu não sinto. Eu te juro que ele não está morto, papai. Por favor!

— Querida...

— Papai, por favor! Eles não encontraram o corpo, ele ainda pode estar vivo, sofrendo, precisando de mim, por favor!

— Bells, querida, me escuta. — pousou uma mão na bochecha dela. — Eu sinto muito.

— Não! Por favor, papai, traz meu marido de volta! — e voltou a chorar compulsivamente, de olhos fechados e cabeça baixa. — Por favor. Eu tô te implorando, papai, por favor. Eu não posso sem ele, por favor, por favor, por favor...

Charlie a puxou para seus braços e a abraçou mais apertado de novo, agitando-a suavemente como se a estivesse ninando. Seu coração doía pela dor de sua filha.

— Eu gostaria de poder fazer isso, Bells, eu te juro que faria qualquer coisa pra fazer isso. — de olhos fechados, beijou os cabelos dela novamente.

— Está doendo, papai, eu não posso... Eu te juro que não consigo... Edward... — agarrou a camisa do pai e deixou mais soluços sacudirem seu corpo, como se pudesse expulsar a dor de seu corpo no choro.

— Eu queria poder levar sua dor embora, fazer tudo ficar bem de novo, querida. Queria de te proteger de todos os perigos e dor do mundo, eu sinto muito por não conseguir, Bells. Sinto muito que você tenha que passar por isso.

— Edward não quebra uma promessa, papai, e ele me prometeu... Ele me prometeu... Ele prometeu...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se necessário, lencinhos estão sendo distribuídos e você pode deixar na caixinha abaixo sua sugestão de lugar pra onde a Candy deve ir, obrigada pela preferência :) KKKKKKKKKKKK
Parei, tô sofrendo, I can't ): Vou começar a postar alguma história paralela, pq meu psicológico tá indo embora com essa fic, escrever chorando exige muito de mim ç.ç Essa fase vai acabar rápido ou adeus Candy. kkkk
Mas e aaaaaaaaai, vivas?
Estão tendo novas conclusões? Pararam de querer me matar? Como diria a Dulce Maria "Não percam nunca... nunca a esperança, e lembrem-se que quando a noite estiver mais escura, é por que já vai sair o sol".
Comentem e nos vemos no próximo. bjsbjs s22

P.S: Viu como a titia Candy é doce? Eu fiz um presente pra todas vcs sofrendo com a P&P. Que tal parar com as lágrimas por alguns segundos e pular para algumas ofegadas?
Um leilão. Um leiloado. Uma compradora. Uma noite toda de doce prazer.
http://fanfiction.com.br/historia/401348/Candy_Pleasure_-_One/

Espero vcs lá também ♥