Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 23
Here comes goodbye... ♫


Notas iniciais do capítulo

oi oi gatitas minhas, como estão?
Eu dei uma demorada básica nesse e tô compensando com um capítulo enooooooorme. Que vai de 0 a 80.
E esse é o capítulo final dessa segunda fase.
Aperto no coração total. Ai 3



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Aí vem o adeus, aí vem à última vez, aí vem o começo de toda noite sem dormir, a primeira lágrima de todas que eu vou chorar; aí vem à dor, aí vou eu desejando que as coisas não mudassem e ela estava aqui nos meus braços hoje à noite, mas aí vem o adeus. Eu consigo ouvir ela dizer "eu te amo" como se fosse ontem e eu consigo ver escrito no rosto dela que ela nunca se sentiu assim... Porque as coisas têm que ir de bom para acabado? Antes que as luzes se acendam, você é deixado sozinho, totalmente sozinho, mas aí vem o adeus. — (Here Comes Goodbye - Rascal Flatts).

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03 de Dezembro de 2003.

 

A primeira coisa em que Edward pensou naquele dia foi Bella, Nessie e EJ.

Como Bella gostava de brincar, apenas ele não tinha um apelido pelo qual preferia ser chamado naquela família.

 

Isabella era Bella. Renesmee era Nessie. E Edward Junior agora era EJ.

"Que tal Ed? Talvez Eddie?", Bella brincou em sua última carta.

Mas não, ele ainda preferia apenas Edward, obrigado, deixaria as variações e diminutivos para o novo Edward da família, seu garotão.

Nunca soube que fosse capaz de amar tanto quanto amava sua família. Era injusto dizer isso, quer dizer, amava seus pais e sua irmã com todo seu coração, mas o amor que sentia por sua esposa e seus filhos parecia ter aumentado seu coração e todo o amor que tinha nele, era... Incrível. Era um amor diferente, que parecia lhe dominar e consumir completamente. Amava Bella e seus filhos com todo seu coração e alma. Não sabia que podia amar tanto duas coisinhas pequenas como eles, como se sua vida dependesse da vida deles – e olha que nem conhecia pessoalmente um deles.

Nos últimos meses tinha vivido pelas cartas de Bella falando sobre ela, à saudade que sentia, sobre Nessie e EJ e a interação entre os dois; assim como os desenhos de Nessie e fotos dos pequenos. E agora tinha uma foto nova em seu peito – agora carregava em seu bolso uma foto de Bella sentada com o braço sobre o ombro de Nessie, que estava sentada ao seu lado com EJ no colo.

Antes de EJ, amou Nessie com todo seu coração e realmente, em alguns momentos, tinha se perguntado se conseguiria amar EJ tanto quanto a amava. Claro que seria seu filho, mas já tinha uma ligação especial com sua filha e não queria ser injusto, mostrar favoritismo com nenhum dos dois, assim como seus pais jamais tinham demonstrado para ele e Rose. E sua mãe lhe disse: "amor de pais não se divide, filho, se multiplica, você vai ver". Meio cético a princípio, agora ele entendia perfeitamente a frase. Era algo infinito e que só crescia; não estava dividindo seu coração entre Nessie e EJ, o estava entregando inteiro aos dois como se hão houvesse o outro, os amava e sempre os amaria incondicionalmente. E sabia que Bella se sentia da mesma forma.

Só queria voltar logo e levar sua vida normalmente – na medida do possível, considerando que não era muito fácil normal sendo um Cullen cercado por um bando de pessoas com a sanidade duvidosa, mas ao menos era divertido –, então vivê-la regada ao amor deles.

. . .

O dia no Iraque podia ir de 0 a 80 em alguns segundos.

Mas aquele dia estava tudo calmo. Estranhamente calmo, se alguém perguntasse ao Edward. Ele estava naquele lugar há tempo suficiente pra saber que aquela calmaria não era algo confiável, era o que acontecia antes das grandes merdas. E Edward sentia em seu estômago e em sua espinha que alguma merda aconteceria, era sempre assim. Por isso mantinha o olho aberto, mesmo quando estavam em descanso ou fora de combate.

As tropas passaram o dia em pequenas cidades do subúrbio de Bagdá, procurando por explosivos e armamento. As principais ordens do Capitão Cullen era manter sempre o olho aberto, proteger a si mesmo e seus companheiros, nunca deixar um homem para trás e preservar a vida dos civis inocente. Claro que muitas vezes era impossível controlar as mortes de inocentes, era uma guerra, mas tentavam minimizar isso, principalmente entre as mulheres e crianças. Então iam ao redor cuidando ao máximo para não fazer o típico "atirar primeiro, perguntar depois", quando isso não arriscava suas vidas; Edward não tinha vergonha de assumir que a vida de seus homens era o que mais importava.

Os dias eram sempre malditamente ensolarados e secos, fazendo um calor escaldante quase insuportável sob toda a pesada roupa camuflada e as botas. Estavam exaustos em todos os sentidos possíveis; – física, psicológica e emocionalmente –, mal conseguiam dormir, entre os pesadelos e as ameaças constantes de morte, já tinham perdido muitos homens naqueles meses, novos soldados chegaram para o que parece ser reposição dos mortos e era óbvio que muitos mais morreriam, podiam morrer a qualquer momento; por isso lutavam batalhas maiores do que as que tinham diariamente com armas de fogo, eles lutavam contra os próprios subconscientes e demônios internos. Entre o calor infernal, a tensão, o perigo ao redor e a saudade torturante de casa, todos estavam com os nervos à flor da pele, tentando manter a sanidade, algo muito necessário naqueles dias. Mas por sorte eles eram mais do que simples companheiros de combate, eram irmãos; lutavam juntos, morriam juntos e ajudavam um ao outro.

O comboio voltou ao acampamento no final da noite. Grande parte deles agradecia pelas noites. Além de significar que tinham sobrevivido a mais um dia no inferno, as noites eram mais frias. O clima ainda permanecia seco, mas ao menos sentia de vez em quando alguma brisa fria no rosto, não puro mormaço. As noites ali eram escuras, frias e silenciosas, talvez um pouco assustadoras, porque dificultava a visão, mas o clima quase compensava isso.

O Jeep em que o Capitão Cullen estava era o penúltimo do comboio, não muito distantes dos outros que dirigiam a velocidade máxima no momento em que saiam dos limites da cidade. A cidade que mais parecia mais uma cidade fantasma; só restavam ali ruínas de pedra e poeira, destroços dos bombardeios e tiroteios anteriores entre os rebeldes e o exército. Muitos moradores tinham fugido ou estavam escondidos, evitando ficar perto da zona de confronto ou quando os americanos passavam.

Capitão Cullen estava no banco do passageiro, dirigindo estava o Cabo Nathan Malone e nos bancos de trás estavam o Primeiro-Tenente Jasper Whitlock e Cabo Magnus Hadley. E no último carro estavam o Segundo-Tenente Garrett Sullivan e os Cabos Ethan Hawkins, Micah Adams e Mallory Sawyer. Iam todos armados até os dentes e se comunicando por rádio, ficando por último para se certificar de que nada estava ficando para trás e para os da frente certificasse a segurança para os comandantes, por mais que Edward achasse esse protocolo estúpido.

E mesmo mantendo o olho aberto, seu rifle de assalto preso ao seu corpo pela bandoleira e o dedo no gatilho, pronto para qualquer surpresa assim como os outros, Edward não podia evitar manter o clima leve no carro, já tinha tensão suficiente ao redor para ser um capitão tenso como se tivesse algo em seu rabo.

Então voltava a fazer o convite a Jasper para conhecer sua família.

Daquele grupo, conhecia apenas Jasper anteriormente, o resto tinha conhecido apenas no Iraque e eles tinham estreitado os laços e feito uma boa amizade; mesmo conhecendo todos os outros, não negava que era mais próximo daquele grupo e se sentia responsável por eles, tanto por ser o mais velho, quanto por ser o líder. Era bom ser mais do que o Capitão, eram amigos e irmãos – incluindo Mallory, a unica mulher da tropa e que não gostava de nenhum tratamento especial. Ninguém além de Edward tinha um relacionamento ou filhos esperando, então já tinha feito o convite a todos para ir conhecer sua esposa e filhos quando voltassem a América. Todos já tinham aceitado, exceto Jasper, que, ironicamente, era um amigo de longa data porque serviram juntos no Afeganistão; até mantinha contato por telefone quando não estavam servindo e ele ainda não conhecia sua família. Jasper era nômade e um militar desde berço, apesar de muito disciplinado, corajoso e generoso, parecia evitar contato humano desnecessário e sentimentos, o que era muito necessário em reuniões de família, por isso parecia correr do encontro com os Cullen como quem corre dos cães do inferno.

— Se você não for até nós, eu vou levar todos até você no Texas, assim que EJ tiver idade para viajar, Whitlock.

— Sabe o que você está parecendo, Cullen? Aquelas mães chatas que andam com fotos dos filhos feios na carteira e querem obrigar as pessoas a verem e escutarem histórias que não lhe interessam sobre eles. — Jasper bufou.

E Edward apenas riu, assim como os outros homens no carro e escutaram também uma risada no rádio – deixaram uma linha aberta de conexão com o carro de trás para conversarem enquanto faziam o caminho. Porque Edward sabia que no fundo, apesar das poucas palavras e o humor fodido, Jasper era um bom homem.

— Eu entendo essas pessoas, é orgulho. E meus filhos não feios, vamos lá, Bella e eu fizemos a coisa direito, são as crianças mais lindas que você pode conhecer. Aliás, você quer ver a foto dos meus filhos novamente, Jazz?

— Puta merda, você é uma dor na bunda, Cullen. Você já conseguiu mais um bando de gente pra te ver babando em cima das suas crias, agora me deixa em paz, mamãe galinha.

Mais gargalhadas.

— Isso você não pode negar, Jasper, os filhos do Cullen são bonitos. — Mallory disse pelo rádio.

— Eu nem prestei atenção nos pirralhos, minha atenção tava mais na mãe deles. Ou na madrinha da menina. Ou melhor, na madrinha do menino. — Magnus disse maliciosamente.

— Mais respeito com a minha esposa e minha irmã, Hadley. — Edward rosnou, depois bufou com um sorriso divertido. — Mas com a Leah eu adoraria ver você mexer, ela iria acabar com você. Vai te mastigar e cuspir num segundo.

— Leah? Leeeeah. É um lindo nome, combina com a linda morena. E pelo jeito que você a descreve, sim, ela é alguém que eu gostaria de conhecer. E vocês me conhecem, eu adoro iniciantes, posso ensiná-la a me colocar na boca sem usar os dentes e sem cuspir, adoro aquelas que engolem tudo.

Alguns gargalharam ou uivaram de seu comentário.

— Nojento.

— Sem ciúmes, Lollipop, tem Magnus pra todo mundo. — Magnus zombou e gargalhou.

— Você continua me chamando por esse apelido estúpido e vai acordar sem suas bolas gordas, Hadley.

— A pergunta que não quer calar, Mallory, como diabos você sabe que as bolas deles são gordas? — Nathan provocou.

— Você me disse isso, Nate, não se lembra? Disse que elas eram grandes demais e te deixaram de queixo doendo de tanta bolada que você recebeu enquanto tomava cabeçada no céu da boca? Não se faça de inocente agora, Garganta Profunda.

Todos gargalham.

— Cadela. — Nathan disse rindo, recebendo de volta um ruído de beijo.

— Mas sério, Jasper, meu segundo filho nasceu e você não conheceu nem a primeira. Daqui a pouco o EJ estará falando e a Nessie...

— Namorando? — Jasper zombou.

— Isso só vai acontecer quando ela tiver trinta anos, no mínimo. Talvez quarenta.

Jasper gargalhou.

— Você acha? Aposto que no máximo uns 14 ela vai já vai começar a receber olhares e sorrisos, nos 15 ela já vai estar com algum namoradinho, talvez escondido, mas com o apoio da mãe dela, é sempre assim. Com uns 18 ela vai pra faculdade e ai ela vai ficar selvagem, você sabe como é.

— Aí ele tem um ponto, Capitão. Eu me lembro de quando tinha essa idade, tinha pouco controle sobre os meus hormônios e mal conseguia manter meu pau dentro das calças. — Magnus disse e suspirou exageradamente. — Bons tempos.

— Ah sim, porque agora você tem muito controle. — Garrett disse do outro lado e riu.

— Eu quis dizer controle de tempo, cara. Posso não controlar minha vontade sexual, mas agora eu duro mais do que antes. E eu tenho mais critérios no que coloco meu pau.

— Há, por favor, né! Você coloca seu pau qualquer coisa com peito grande e boceta. E vamos lembrar que apenas um deles é indispensável. — Micah provocou, porque todos sabiam do quanto Magnus gostava de peitos. — Tendo buraco, lá você enfia seu pau.

— Eu nunca fodi a Lollipop.

— Porque ela nunca te deu uma chance, cara. — Micah retrucou rindo.

— Porque eu gosto de ser bem tratada, algo que dure mais de um minuto e pau grande é fundamental.

— Eu não sou grande apenas na altura, eu sempre fui um cara acima da média peniana.

Claro, valeu ai tripé! — ela zombou. — Além de grande na altura, você também tem uma boca enorme.

— Ninguém nunca reclamou. Se você soubesse os truques que eu sei fazer com essa boca, aposto que também não reclamaria.

— Essa conversa não ficou sexual demais? — Jasper disse.

— Voltando ao assunto principal, o futuro da filha do Capitão. — Garrett brincou.

— Ela é a porra de uma criança, calem a boca. — Edward rosnou.

— Mas um dia ela vai crescer Capitão. Elas sempre crescem.

— E um dia ela vai ter uma conversa assim, é a vida. — Magnus disse sorrindo.

— E se for verdade que você e a senhora sua esposa fizeram a ‘coisa direto’, terá muito trabalho pela frente. — Jasper acrescentou rindo.

— Isso. Não. Vai. Acontecer. — Edward rosnou pausadamente.

— Claro que não. — Jasper ironizou e todos gargalharam.

Todos menos Edward, que fechou a cara.

— Eu aguento muita coisa, mas existem limites ok? Minha filha é um deles, calem a boca.

Mais gargalhadas. Edward bufou mal humorado.

— Relaxa capitão. — Magnus bateu em seu ombro, sorrindo. — Quando esse dia chegar, é só você nos chamar e vamos todos uniformizados te ajudar a chutar o bostinha. Filha do nosso capitão é como se fosse da nossa própria família, ninguém vai tocar.

— Pode apostar que sim. É exatamente o que vai acontecer, não tenha dúvidas.

Quando estavam quase fora da cidade, quando Garrett chamou no rádio principal, a frequência que todos os outros carros escutavam. Todos ficaram em silêncio. Garrett falou como o Segundo-Tenente, então Edward respondeu mais formalmente, como Capitão Cullen. Eles estavam vendo fumaça preta subindo no que parecia ser no centro da cidade; queriam saber se deviam ir averiguar.

Edward passou a ordem para que os outros continuassem o caminho enquanto o pequeno grupo daria a volta para verificar o que estava acontecendo. Ao receberem uma confirmação de entendido do resto do comboio, assim eles fizeram.

Voltaram para o centro da cidade lentamente. Edward mandou que ficassem atentos e todos o obedeceram, destravando seus rifles e se preparando para qualquer surpresa desagradável.

Escutaram gritos e pessoas falando rapidamente em árabe. A diferença linguística era outro grande obstáculo entre eles; pouquíssimos civis falavam inglês e poucos militares americanos falavam qualquer tipo de idioma arábico – naquele grupo, aliás, nenhum falavam. Alguns poucos homens de várias idades corriam do prédio carregando o que pareciam ser móveis ou malas, algumas mulheres corriam carregando trouxas de cobertores parecendo cheias de roupas e algumas carregavam também crianças ou as crianças iam atrás.

— Mas que diabo está acontecendo. — Garrett falou no rádio.

Edward entendia o sentimento. Nada daquilo estava acontecendo quando o comboio passou pela primeira vez naquela parte da cidade.

Aliás, o que estava acontecendo mesmo?

Chegaram perto do prédio de onde vinha a fumaça. Um prédio de pedra que parecia muito desgastado e marcado com furos feitos por munição pesada. Tinha três andares e nenhuma placa de identificação, com porta e duas janelas nos últimos dois andares, de madeira escura que parecia velha e corroída por cupins. A fumaça saía das janelas do último andar e junto mais gritos.

— Aproxime mais nosso carro, Nathan. Deixe o de vocês à distância e pronto para a partida. Então vamos descer e ver o que está acontecendo. — Edward disse firme.

Nathan dirigiu para ficar a frente da entrada do prédio, enquanto o outro carro manobrou rapidamente.

Edward desceu segurando seu rifle e olhando ao redor, logo o resto do grupo fez o mesmo.

Uma mulher veio correndo para Jasper, chorava com o lábio inferior partido, inchado e sangrando, falava rapidamente em árabe e gesticulava para o prédio.

— Eu sinto muito, senhora, não entendo. O que? — Jasper parecia atordoado e confuso, queria ajudar, mas não sabia como.

Então mais quatro pessoas se aproximaram; três mulheres falando e chorando da mesma maneira, um menino magro que não podia ter mais de quinze anos e apenas observava assustado.

— O que no inferno está acontecendo? — Mallory se aproximou confusa.

— Gente no prédio. — o menino disse inseguro e baixo, parecendo ter aprendido o idioma há pouco tempo e com muito sotaque.

— Como? — Edward se aproximou dele e tocou seu ombro. O menino se encolheu, parecendo com medo. — Não tenha medo filho, não vou te machucar, ok? Você consegue entender isso? — o menino assentiu.

— Não falar bem. Mas entender.

— Ótimo. Vocês moram no prédio? Viemos ajudar, vamos ajudar.

— Eu morar no prédio, com mama, Zariv, Alyiah. Muita gente morar. Casas em zona de guerra fazer nós fugir.

— Ok. — Edward assentiu. — Então o que aconteceu?

— Não saber. Todos dormir, então gritos e fogo. Tinha aquilo... — ele pareceu procurar alguma palavra. — Não respirar, queimar os olhos e fazer tossir.

— Fumaça?

— Sim. Fumaça. Todos correr, fugir. Fogo grande em cima. Presos. Minha irmã lá. — apontou para o prédio.

— Você fez bem, filho. Vamos ajudar a tirar quem ainda estiver no prédio. — Edward sorriu para o menino e se virou para seu grupo.

— Não somos o maldito corpo de bombeiros, capitão. Não podemos apagar fogo com tiros.

— Eu sei Hawkins, mas ainda podemos ajudar. É pra isso que servimos. — respondeu com tom duro suficiente para todos saberem que suas ordens não estavam em discussão. — Não sei onde está o fogo ou como está a situação, então... Garrett, leve e posicione seu grupo para ficar nos dando cobertura aqui fora. Os outros entram comigo para o caso de ter pessoas para carregar e vamos nos dividir lá dentro. — voltou-se para o menino que tinha falado. — Diga a eles que vamos ajudar e fique perto da porta do prédio, dizendo isso.

O menino falou com as outras mulheres e elas voltaram a chorar, fazendo pequenas reverências de agradecimento.

Garrett levou seu grupo e deu as ordens de onde deviam se posicionar para dar cobertura a eles, então os outros correram para o prédio.

Uma mulher corria para fora no momento em que iam entrar. Ela se jogou no peito de Edward, chorando e gritando, apontando para dentro da casa.

— Vamos ajudá-la, senhora, vamos ajudar. — tentou dizer, mas a mulher não pareceu entender. E o jovem veio rapidamente a tranquilizou em seu idioma. — Fique aqui. Fale para que ninguém entre, entendeu?

Ele assentiu e o grupo de soldados entrou. Escutavam vozes, gritos e choro, mas não sabiam de onde vinha.

— Magnus e Nathan, chequem esse andar e tire qualquer um do prédio, ok? Vivo ou morto, mesmo que a força. Quero todos os civis fora do prédio. — Edward mandou.

— Sim senhor. — disseram juntos.

— Vamos subir Jasper.

A escada que levava para os andares acima era de madeira, parecia velha e rangiam enquanto subiam, era difícil saber se estava firme, mas como tinham que arriscar, eles subiram cautelosamente. O ar era mais quente e denso.

— E eu achando que o inferno era pra baixo. — Jasper murmurou.

Edward sorriu de lado e continuou subindo.

— Alguém está ai?! — Edward gritou.

O segundo andar estava vazio, então eles continuaram subindo para o terceiro. Estava tudo escuro e fumaça estava mais densa no corredor, saindo pelas portas das três últimas portas do que pareciam ser apartamentos. Edward gritou novamente e de repente um menino magro de talvez doze ou treze anos apareceu na antepenúltima porta chorando, falando rapidamente e gesticulando.

Tudo que Edward entendeu foi "mama", então correram para ver o que estava acontecendo, viram uma mulher desmaiada no chão do que parecia uma sala vazia, totalmente tomada pela fumaça. Jasper se aproximou primeiro, checando seus sinais vitais e vendo que tinha um grande ferimento em sua cabeça.

— Ela não desmaiou pela fumaça, mas pela pancada. — Jasper disse.

— Desce com eles, eu vou ver se tem mais alguém por aqui.

— Tem certeza?

— Vai.

Jasper assentiu, colocou o rifle pendurado na bandoleira para trás e pegou a pegou a mulher no colo sem dificuldade. O menino o seguiu para fora e desceram juntos.

Edward manteve seu rifle erguido e continuou gritando, oferecendo ajuda. E foi de porta em porta, chutando-as para abrir, para se certificar de não ter mais pessoas desmaiadas. Nos últimas portas, achou os focos de incêndio. Foi obviamente proposital. Era como se tivessem grandes fogueiras com colchão e madeira no meio das salas, estava grande e fazendo muita fumaça.

— MAMA! — o grito esganiçado e desesperado pareceu lhe causou um arrepio na espinha.

— Mas que diabos... — Edward rosnou tossindo, colocando o antebraço sobre o nariz para não respirar fumaça. Colocou o rifle para trás também e entrou.

Quem quer que fosse, gritou novamente e chorou mais alto. A voz vinha de um dos quartos, de uma porta que parecia ser de um armário ou algo do tipo. Tossindo, com os olhos ardendo pela fumaça, tentou abrir a porta, mas estava trancada. Seu primeiro instinto era de arrombar a porta, mas a criança presa ali dentro não entenderia sua ordem para que se afastasse. Então ergueu o rifle, apontando para fechadura e se certificando de apontá-la o mais para baixo possível, então atirou. O susto fez a criança gritar e chorar ainda mais, mas ao menos a porta abriu. A pequena menina devia ter cinco ou seis anos, estava encolhida no canto e chorava desesperada, em pânico. E desmaiado no chão ao seu lado, estava o menino que não podia ser muito mais velho que ela.

— MAMA! — ela gritou e se encolheu mais, se isso lá era possível, chorando com mais força.

— Está tudo bem, eu vou te ajudar, está bem? — tentou falar lento e baixo, do jeito mais tranquilizador que pudesse. Ajoelhou-se para checar os sinais vitais do menino.

Aquela menina devia ter a idade de sua filha, um calafrio percorreu seu corpo ao pensar o que teria acontecido a ela se não tivesse voltado. Aos dois, na verdade. Puxou o menino para seu colo e se levantou, jogando-o sobre seu ombro. A menina gritou e chorou, mas quando Edward lhe ofereceu a mão, ela hesitou, mas a pegou. Edward a puxou para cima e a carregou no colo para fora.

Ainda queria saber o que no inferno tinha acontecido naquele lugar, mas primeiro iria tirar aqueles dois dali. Sem dificuldade, carregou os dois para fora do quarto e desceu apressado, saindo do prédio e respirando ar puro em poucos segundos. Ele e a menina em seu colo tossiram forte, mas o menino permanecia desacordado.

Zariv, Alyiah! — a mulher que chorou para Jasper veio correndo para Edward.

— Mama! — a menina gritou então se sacudiu para que Edward a colocasse no chão.

Assim que livre, ela correu para sua mãe e foi tirada do chão pela mulher com um grande abraço e mais choro. Mas ficou ali por poucos instantes, antes que a mulher passasse a menina para o colo do jovem que falava um pouco de inglês e fosse para cima de Edward com os braços estendidos, falando freneticamente.

Zariv. — o menino disse apontando para o desacordado. — Meu Irmão. Ele morto?

— Não. — Edward suspirou e entregou o menino a mãe. — Desmaiado. Talvez pela fumaça.

— Nós saber lidar com isso. — disse e falou com a mãe em árabe. Veio mais reverência. — Ela agradecer. Eu agradecer. Salvar meus irmãos.

— O que aconteceu ali, filho? Aquilo não foi um acidente.

O menino falou em árabe com a mulher e ela começou a se afastar correndo, com todos os outros. Ele parecia com medo, com os olhos arregalados.

— Não saber. Cuidar de Alyiah. — então se virou e correu junto com a mãe.

Edward ficou confuso e olhando ao redor, as pessoas pareciam estar correndo para longe.

— Mas que merda acabou de acontecer aqui? — Edward disse confuso.

— Não tenho ideia, cara. — Jasper respondeu. Nem tinha percebido sua aproximação, mas ele agora estava ao seu lado. — E não acho que dou uma merda pra isso. Não tem mais ninguém no prédio e eles não parecem querer mais nossa ajuda, vamos só cair fora daqui.

— Vamos.

Ao se aproximar do carro, pegou o rádio e chamou por Garrett, dando ordem para que seu grupo voltasse para que partissem. Guardou o rádio no bolso. Nathan e Magnus entraram no carro primeiro, enquanto Edward e Jasper esperavam os outros.

Edward foi para o meio da rua, olhando ao redor e para os topos das construções, alguma coisa não se encaixava ali.

— Que diabos foi isso? — Mallory perguntou sendo a primeira a chegar à frente do prédio, ao lado de Jasper, enquanto os outros vinham logo atrás também no meio da rua. — Essa merda cheira mal. Cheira pior do que o Magnus depois de comer feijão.

Magnus desceu do carro e riu.

— Você me ama demais né, Malollipop?

— Há! Você bem que gostaria. — ela bufou revirando os olhos.

— Vamos dar o fora daqui. — Edward disse voltando a olhar seus homens.

Mas algo chamou a atenção de Jasper, que olhava para o outro lado da rua, em uma linha diagonal de onde o grupo estava; sobre o que parecia ser um prédio. Tinha algo... Ou alguém... Como a olho nu, mesmo estreitando os olhos, não conseguia enxergar, ele ergueu seu rifle e usou a mira dele como binóculos. E o homem sobre o prédio observava seu carro com um binóculo de verdade.

— Mas que merda... — ele começou. E ao perceber que estava sendo observando, o homem ergueu alguma coisa preta, talvez um celular... Ou um controle. — Foda! Nathan sai do carro! Sai do carro agora!

E apenas alguns segundos foram necessários para ir de 0 a 80.

Tudo foi rápido. Parecendo acontecer em uma fração de segundos e tudo ao mesmo tempo.

De repente Jasper estava se jogando em cima de Mallory e jogando os dois de volta para dentro do prédio; Magnus apenas imitou seu Primeiro-Tenente, confiando em seus instintos e soltando um 'merda' antes de correr e mergulhar para dentro do prédio também; Nathan soltou seu cinto de segurança e estava pronto para sair, também confiando em seu Primeiro-Tenente, mas foi interceptado pela explosão. Uma bomba explodiu o Jeep.

Edward caiu no chão ao ser jogado para trás com a força da rajada de vento causada pela explosão. E permaneceu no chão, escondendo o rosto no antebraço para se proteger dos estilhaços. Uma nuvem se poeira se ergueu, uma bola de fogo e muita fumaça negra.

E em segundos, então, balas começaram a voar ao redor deles. Estavam sendo alvejados.

Edward ainda estava confuso e tossindo duro no chão. Por um momento as coisas pareceram estar em câmera lenta; como em filmes, quando o momento da tragédia acontece em câmera lenta para dar mais drama à situação. Seu ouvido parecia estar cheio de água pelo alto barulho da explosão, escutava tudo abafado e com um zumbido, mas ainda conseguia escutar o barulho da lataria do carro crepitando, as balas e os gritos de seu grupo.

Nathaaaaaaan! — o grito desesperado de Mallory que pareceu rasgar do fundo de sua garganta foi o que lhe acordou e fez tudo voltar a se movimentar rapidamente.

Tudo que sabia era que as balas vinham dos lugares altos e que estavam em desvantagem.

Respirando fundo, Edward se ergueu rapidamente e ergueu seu rifle, atirando para os topos dos prédios mesmo sem nenhum alvo definido. Com agilidade e abaixado, foi para junto dos destroços da explosão cercada de chamas e fumaça negra.

Nathan estava morto. O pensamento lhe bateu duro, sentiu um nó se formar em sua garganta, mas conseguiu ir rapidamente para dentro do prédio, onde os outros três estavam.

Mallory ainda estava no chão, parecendo estar no lugar onde tinha caído com Jasper, olhava o carro em chamas com os olhos arregalados e lágrimas não derramadas brilhando em seus olhos. Magnus estava no chão do outro lado e Jasper sobre ele, amarrando um pedaço rasgado da barra da sua blusa em um ferimento sangrando de sua perna.

— Você está bem? — perguntou a ele.

— Apenas uma merda de estilhaço. — Magnus rosnou parecendo conter as lágrimas também.

Se escondendo na parede junto ao batente da porta, tentando com cuidado olhar fora, Edward escutou balas bater na lataria em chamas do carro e algumas no concreto da parede. Gritou para que Mallory saísse da porta e ela se arrastou para o lado, todos ficando protegidos pela parede.

— Nathan... Eu devia estar lá com ele. — Magnus disse com a voz falha, com uma grossa lágrima descendo de seu olho direito e o outro marejado.

— Não é tempo pra isso agora, Magnus. Não agora. — Jasper rosnou apertando o nó do tecido sobre seu ferimento e o fazendo rosnar um palavrão. — Vamos tirar nossos traseiros daqui primeiro.

— Ele está certo. — Mallory disse parecendo sair do transe de dor e enxugou os olhos com raiva. — Mas não, vamos matar esses desgraçados primeiro.

Seus olhos permaneceram conectados por alguns segundos, parecendo compartilhar muita coisa naquele silêncio, então Magnus assentiu e enxugou o rosto da mesma maneira.

— Estou bem. Ajude a me levantar e vamos chutar alguns traseiros, porra.

Jasper o ajudou a se erguer, mesmo mancado e gemendo de dor, ele voltou a segurar seu rifle e respirou fundo. Mallory assentiu e quase sorriu, segurando seu rifle da mesma maneira.

— Onde estão os outros? — Jasper perguntou a Edward.

— Com sorte, escondidos e atirando de volta nesses filhos da puta. — Edward rosnou. E só então lembrou de que tinha colocado o rádio no bolso e o pegou. Quase gritou ao perceber que ainda funcionava. Apertou o botão e chamou o outro grupo. — Garrett?

— Capitão? Foda, graças a Deus! Essa explosão assustou a merda pra fora da gente, mas tá foda ir até aí sem acabar como uma peneira com os furos das balas. Vocês estão bem? Alguém ferido? Onde vocês estão? — a voz de Garrett veio do outro lado junto com muito ruído e o barulho das balas.

— Estamos presos no prédio do incêndio. Mallory, Jasper e eu estamos bem; Magnus tem um ferimento na perna, mas pode lidar com isso e... — parou e respirou fundo. — Nathan estava no carro, tentou sair, mas... — não conseguiu terminar.

— Nathan está morto, Capitão?

— Sim.

Nenhuma reposta, mas Edward podia imaginar qual era a reação de Garrett e dos outros. Todos gostavam de Nathan, ele era como o irmão mais novo para o grupo. Nate era novo, tão cheio de esperanças e ambições, estava ali para seguir os passos do pai e agora estava morto. Agora seus pais receberiam a visita de algum militar avisando que seu filho estava morto e ganhariam uma bandeira dos Estados Unidos. Perderiam um filho, ganhariam uma maldita bandeira. Claro que todos sabiam os riscos incluídos no alistamento, aquilo era fruto de suas próprias escolhas, mas ainda não podia deixar de sentir o peito se apertar ao perder alguém de seu grupo.

E Edward se sentia ainda pior, porque era responsável pelo grupo e tinha sido sua ordem que os levou até ali. Nathan estava morto por sua culpa.

Respirando fundo, Edward voltou a chamar Garrett no rádio:

— Onde você está? E Micah e Ethan?

— Estamos todos juntos e bem. Conseguimos correr para dentro de um prédio quando o carro explodiu e começaram a atirar na gente.

— Menos mal. Conseguem ver de onde estão atirando?

— Não, eles estão em algum ponto cego. Ethan subiu para o segundo andar desse prédio e tentará ter uma visão melhor. Calma. — silêncio. — Ethan gritou, ele consegue ver alguns e estão em cima dos prédios, vamos nos movimentar e tentar eliminá-los para chegar até vocês, capitão.

— Tomem cuidado.

— Hooah!

Eles não podiam subir para chegar o andar acima já que estava em chamas, então dependiam unicamente do outro grupo. Merda.

— Estamos perto daí, tentem não atirar na gente. — a voz de Garrett veio divertida do outro lado.

Muito barulho de tiro dos rifles de assalto, metralhadoras e pequenas explosões. Enquanto esperavam, Edward jogou o rádio para Jasper e mandou que chamasse reforços.

Então Garrett, Micah e Ethan entraram rapidamente no prédio, com os rostos sujos, suados e seus rifles nos braços. Ofegante, Garrett sorriu.

— A cavalaria de vocês chegou.

— Como está a porra da situação lá fora? — Edward perguntou furioso.

— Uma merda. Conseguimos limpar o lado de onde viemos e o topo de alguns prédios, mas a frente está completamente tomada, eles estão atrás de um muro e com munição pesada, não tenho ideia de como vamos passar ou sobreviver a essa merda se sairmos daqui.

— Mallory e Magnus, fiquem na porta atirando. — Edward mandou.

— Por quê? — ela perguntou curiosa. — Nem temos a porra de uma boa mira!

— Mas se ficarmos muito recuados, eles vão se aproximar e aí estaremos fodidos.

Aceitando suas ordens, os dois se posicionaram na porta, do lado do batente – ela abaixada e ele em pé – atirando furiosamente ao vazio.

— Esse prédio não vai aguentar muito de qualquer maneira, já está estalando. Não tem uma estrutura boa e o fogo está consumindo tudo acima.

— Temos que sair daqui, Capitão, tentar atirar no momento em que eles se erguem do muro até que os reforços cheguem. Porque eu prefiro morrer com um tiro a morrer soterrado por estar escondido. — Ethan rosnou.

— Já chamei, o grupo está há no máximo dez minutos daqui, temos que aguentar mais um pouco. — Jasper disse e devolveu o rádio ao Edward, que guardou no bolso.

— Lá fora está o inferno, vocês sabem? — Edward perguntou seriamente. — Vocês podem conseguir uma maldita bala em seus traseiros ou acabarem mortos, vocês sabem disso? E todos concordam em ir, de qualquer maneira? — todos assentiram silenciosamente, Edward também assentiu. — Bom, porque eu penso da mesma maneira. Lutamos juntos e morremos juntos. Mas dessa vez vamos sobreviver juntos... Por Nathan, vamos sair e colocar essa merda pra baixo.

— É disso que eu tô falando! Hooah! — Garrett gritou.

— Hooah! — todo grupo gritou junto.

Com algumas rápidas instruções, o grupo saiu aos poucos e rapidamente para fora, mantendo-se abaixado e se espalhando, indo para trás de qualquer coisa que pudessem servir como escudo, mesmo que fosse a lataria em chamas do outro carro e começaram a atirar na direção dos prédios. E foram eliminando todos os atiradores até as balas passaram a vir de um só lugar, de trás do muro na esquina de onde estavam; muito próximo do único carro bom, não tinham como chegar a ele sem serem mortos. E também tinham seus próprios ferimentos.

Mas então viu Mallory ir abaixada do outro lado da rua, não estava na mira de qualquer atirador e provavelmente ninguém a estava vendo. Mas o que no inferno ela estava fazendo?

Pegou o rádio no bolso e chamou o de Garrett.

— O que ela está fazendo? — rosnou.

— Tentando ir pegar o carro. Estamos sem munição, capitão. A perna do Magnus está sangrando, Ethan conseguiu uma bala de raspão no braço e não temos ideia de quantos ainda tem atrás daquele muro, precisamos fazer alguma coisa.

— Merda.

Ela estava na frente do carro, mas do outro lado da rua, tinha apenas que correr até ele. Correu para ele, mas a porta estava trancada. Parou e enfiou a chave na fechadura para abrir, então não viu quando um rebelde com a cabeça cobertura por camisa, como uma máscara ninja, correu para ela com um facão na mão, vindo da casa em que o carro estava parado na frente.

— Mallory! — Jasper gritou.

Os olhos dela se arregalaram, as chaves caíram no chão e ela não teve tempo de correr, ele jogou um golpe contra sua cabeça, mas ela se esquivou e conseguiu segurar os braços dele. Edward ergueu o rifle, mas não tinha mira e não iria arriscar a vida de mais um dos seus. Merda.

Mallory e o homem começaram a lutar, enquanto o resto grupo inimigo atirava para que ninguém se aproximasse deles. Ela conseguiu um bom soco na cara do homem e um chute na lateral de seu corpo, enquanto segurava a mão do facão. Mas quando o homem conseguiu soltar o braço, ele deu um grande golpe na sua coxa e ela caiu no chão com um grito horripilante. O homem ergueu o facão, pronto para dar outro golpe e matá-la, quando foi atingido diversas vezes no peito e caiu para trás, morto.

Edward olhou na direção e viu Jasper com o rifle erguido.

Os rebeldes escondidos passaram a atirar na direção do carro, para matar Mallory. Mesmo ferida, ela conseguiu se arrastar para baixo do Jeep para se proteger, gritando por ajuda.

Os olhos de Jasper encontraram os de Edward, o Primeiro-Tenente fez um gesto para o Capitão. Era fácil de compreender a mensagem: Eu vou lá, me dê cobertura. Os dois correram juntos para o Jeep, Edward atirando na direção do muro e eles ficaram atrás do carro. Mas não tinham como tirá-la por aquele lado, a calçada era muito alta.

— Você a tira, eu te dou cobertura, vamos. — Edward rosnou.

Deram a volta e se posicionaram – Jasper se abaixou e chamou por Mallory, Edward ficou em pé a sua frente, atirando furiosamente na direção do muro. Estavam expostos e vulneráveis, mas não deixavam ninguém para trás.

Edward sentiu uma dor explodir em seu ombro esquerdo, o impacto pareceu empurrar seu ombro para trás e lhe tirar o fôlego por alguns instantes, quase derrubou o rifle e cambaleou para trás, mas ele respirou fundo e ignorou, recuperando o controle para eliminar quem tinha atirado e lhe atingido.

— A paguei, vamos! — Jasper gritou com ela no colo.

Eles foram para o outro lado do carro e se abaixaram, sendo protegidos pela lataria. Jasper colocou Mallory sentada no chão, recostada na lataria e ficou ajoelhado na frente dela; a morena estava com o rosto suado e sujo, mas com linhas limpas nas bochechas por onde as lágrimas desciam, ofegava e gemia de dor, com um grande, profundo e sangrento corte na coxa, Jasper o checava.

— Ela está bem? — a pergunta veio de Garrett, no rádio.

Edward não respondeu, observando Jasper ficar com as mãos rapidamente ensanguentadas pelo ferimento dela.

— Capitão? Se você não quer um muito afoito soldado correndo ai, preciso de notícias da Mallory! — Garrett insistiu.

— Mande Magnus se acalmar, ela está viva. Ferida, sangrando como uma filha da puta, com muita dor, mas... — ofegou. — Viva.

http://www.youtube.com/watch?v=D2mYyBYx8JA

Here Comes Goodbye - Rascal Flatts.

Edward estava de cócoras, mas então sua visão ficou turva e ele caiu de joelhos. Fechou os olhos e os apertou por alguns segundos, voltando a abri-los na esperança de que sua visão voltasse ao normal, mas tudo ao redor parecia se mexer em meio a sua tontura.

Estava sentindo dor no ombro, mas sabia que tinha sido atingido ali, mas uma bala no ombro não iria tornar sua respiração tão difícil quanto estava, era como se o ar estivesse mais denso ou suas vias respiratórias mais estreitas. E muito mais tonto, parecia estar tendo calafrios ou tremores... Tinha a impressão de estar sentido frio. Mas que merda. Sentiu um gosto meio salgado e enferrujado na boca, então cuspiu na areia; sua saliva estava mais grossa e ao abrir os olhos, mesmo com tudo girado, viu o sangue no chão. E olhando para sua saliva ensanguentada na areia, viu que também sangrava por um ferimento no abdômen; talvez a adrenalina tivesse impedido de derrubá-lo, mas agora, enquanto sua adrenalina ia diminuindo, estava mais difícil. Tentou respirar fundo, mas uma aguda dor no peito o atingiu e o fez cair para frente, só não acabou de cara na areia por colocou usou as mãos para se apoiar.

Alguém gritou seu nome.

Ele fechou os olhos, tentando organizar os pensamentos e parar com a tontura. A voz gritando seu nome era feminina e por uma fração de segundo ele acreditou ser Bella lhe chamando – mas o que ela estaria fazendo no meio do deserto? Não, ela devia estar feliz e segura em casa, talvez dando de mamar para EJ enquanto conversava com Nessie; e como ele gostaria de assistir isso.

Mas quem gritara foi Mallory, fazendo Jasper olhar para trás e ver Edward quase caindo, rapidamente o puxou pelos ombros e sentou ao lado dela.

— Faça pressão no seu ferimento, Mallory. Porra, Cullen, que merda! — Jasper rosnou, mantendo pressão no ferimento no seu abdômen com uma mão e puxando sua faca de combate da cintura com a outra, para rasgar sua roupa sobre a ferida.

— Abra seus olhos, Capitão. Abre os olhos! — Mallory rosnou com uma voz rouca pelas lágrimas.

Edward abriu os olhos e tentou respirar fundo novamente, sendo atingido novamente pela dor aguda. Tentava que manter sua respiração mais rasa e mais constante para conseguir a quantidade necessária de oxigênio e ainda não parecia suficiente. Merda. Isso não era bom. Sabia que estava fodido.

— Aguenta firme, irmão, isso não é nada e logo vamos dar um jeito, não é nada.

— Não é nada? — Edward riu, soando mais como uma tosse engasgada na saliva ensanguentada, cuspiu para o outro lado. — Isso é uma merda, irmão. Não mente pra mim agora, você nunca foi de assoprar um ferimento, apenas morda minha bunda com a verdade, Jasper, dessa vez eu tô... — ofegou. — Bem fodido, né?

— Merda, isso é uma grande merda, Cullen. — Jasper rosnou, parecendo furioso, apesar das lágrimas brilharem em seus olhos.

— Droga... Droga... — Edward fechou os olhos e respirou fundo mais uma vez, fazendo uma careta de dor e amaldiçoando sob sua respiração. — B-Bella... — engoliu. — Vai ficar furiosa. Ela odeia quando não faço o que prometo e... Eu prometi voltar e, porra, olha como vou acabar.

— Não! — Mallory rosnou. — Você não vai acabar aqui, Capitão, corte essa merda e aguente firme, porra! Essa é a porra de uma ordem!

— Eu sou o capitão, Mallory, eu dou as ordens.

— Foda-se, eu não dou uma merda pra isso, apenas me obedeça.

Edward quase riu.

Será que estava morrendo? Fechou os olhos. Provavelmente estava.

Nem sabia como estava vivo ainda. Estava sangrando como um filho da puta, com um ferimento no ombro e um ferimento no abdômen que, apesar de não saber os danos exatos causados por ele, sabia que se não fosse cuidado o levaria para uma cova. Ele queria desesperadamente obedecer a Mallory, mas seria muito difícil.

Jasper pegou o rádio e deu para Mallory falar com Garrett, enquanto permanecia fazendo pressão no ferimento de Edward. Ela disse que o capitão estava muito ferido e tinham que sair dali rapidamente. Edward podia registrar a dor na voz da Mallory e nos pedidos de Jasper para que aguentasse firme.

Merda, se não fizesse alguma, não só ele, mas toda sua equipe acabaria numa cova... Assim como Nathan. E seria sua maldita culpa.

A não ser que conseguisse fazer alguma coisa, só precisava saber o quê. Ele juntou rapidamente todos os números daquela situação e achou o que poderia ser a melhor solução; tinha que fazer uma distração grande suficiente para que eles conseguissem sair da zona de confronto ou ao menos conseguissem um lugar seguro para esperar os reforços.

Ele sabia o que fazer. Era o capitão, o líder, era seu dever.

— Sacrifícios precisam ser feitos pelo bem maior. — ele murmurou baixinho. Seu avô tinha lhe dito isso uma vez, agora fazia mais sentido.

— Você vai ficar bem, Cullen, só aguenta mais um pouco e os reforços estão chegando. — Jasper disse nervosamente.

— Acho que... Dessa vez não dá mesmo, Jazz. — as lágrimas brilharam nos olhos de Edward quando os abriu. Sua respiração ofegante lhe fez engasgar na saliva com sangue e cuspiu novamente. — Nathan está morto. Vocês estão sem munição e feridos e... É minha culpa.

— O que? Não!

— Um líder toma as decisões e é responsável pelas consequências dela. Eu os levei até aquele prédio e não éramos a porra dos bombeiros. Eu os levei até uma fodida emboscada.

— Cullen...

Edward pegou o rádio das mãos de Mallory e chamou Garrett.

— Sim, capitão?

— Plano novo que vão me obedecer sem questionar ou hesitar.

— O que?

— Jasper ainda tem munição e eu também tenho alguma, mas Mallory não consegue andar. Vocês têm que confiar em mim e obedecer, está bem? Quando eu mandar, vocês vêm para cá, alguém precisa carregá-la e pegar minha arma, então Jasper assume a liderança do grupo, entendido?

— Cullen...

— Eu ainda sou o Capitão, não se esqueçam disso. Vocês obedecem as minhas ordens e ponto final. Hooah, Garrett?

Segundos de silêncio.

Hooah, Capitão. — Garrett respondeu a contragosto.

— Ótimo, fiquem a postos. Eu os trouxe até aqui e... Eu vou tirá-los. — colocou o rádio no chão e tentou respirar fundo novamente, gemendo de dor logo em seguida.

— O que no inferno você pensa que está fazendo, Cullen? — Jasper rosnou.

— Eu tenho que fazer o que tenho que fazer. Eu confio em você, sei que conseguirá decidir o melhor para o grupo.

— O que?

— Eu tô muito fodido, Jasper, você sabe disso...

— Não! Nós vamos te tirar daqui e...

— E eu vou ser a porra de um peso morto, mas eu posso ajudar agora.

— Não!

— Edward... — Mallory sussurrou.

— Está tudo bem, doçura, sem arrependimentos ou medos, apenas... Bella e meus filhos... Não era assim que queria acabar, eu nem disse... Adeus. — sorriu de lado, amargurado.

— E não vai dizer agora, porra, aguenta!

— Porra, Jasper, me escuta! — gritou. — A gente sempre soube que seria assim, lembra? Lembra quando dissemos que enquanto estivéssemos aqui, somos uma família? Bem, eu faria qualquer coisa pela minha família e vou fazer. — ofegou. — Mas eu preciso que você me faça um favor, ok? Você pode fazer isso?

Jasper suspirou e encolheu os ombros em rendição.

— O que?

— Você... Promete que vai visitá-los e... Se certificar de que estarão bem. Eu sei que eles não jamais vão ficar sozinhos e todo o grupo vai visitá-los, mas quero você por perto também, Jasper. E não só porque eles precisam, mas porque você precisa. Você é meu irmão, então me promete que vai fazer isso.

— Eu... Merda, Cullen, eu prometo, cara, prometo.

— Obrigado. — suspirou e fechou os olhos. — Eu só queria ter... Beijado minha Bella... Abraçado minha Luz do Sol... Segurado o EJ... Uma vez, uma última vez... Isso teria isso bom.

— Eu sinto muito, cara... Eu sinto... Devia ser eu aqui, eu não tenho nada, não você, não...

— Cala a boca, porra, não seja tão... Cheio de merda. E... Talvez seja esse o motivo. Eu tive tudo, agora é a sua vez. E você deveria fazer isso... Por mim. Viver, não sobreviver ou existir, viver! E você, Mallory, passe essa mesma mensagem para o resto do bando, não importa o que aconteça... Vocês vão seguir em frente, visitar minha família na América, vocês vão ser os tios e tia dos meus filhos, afastar os homens da minha menina e ensinar tudo sobre ser um homem honrado ao meu menino, então... Viver plenamente. Por mim... Por Nathan. Promete-me também.

Mallory assentiu rapidamente mordendo o lábio inferior para segurar seus soluços.

— E Magnus, você sabe, vocês fariam um... Ótimo casal. — seu riso pareceu mais uma tosse, mas tinha diversão em seus olhos. — Me ajuda a tirar o rifle e a me levantar, Jasper.

— Edward...

— Para de me olhar com tanta pena, Jasper, isso tá deixando enjoado. — bufou enquanto tirava o rifle com dificuldade com a ajuda do amigo.

Era quase assustadora a quantidade de sangue que tinha na mão de Jasper, elas estavam completamente ensanguentadas. Colocou o rifle no chão e levantou se escorando no carro, mas se mantendo abaixado suficiente para não receber uma bala na cabeça e acabar com todas suas chances de fazer uma última coisa boa na sua vida e se redimir por ter colocado seu grupo no lugar errado.

Parou e fechou os olhos, respirou fundo, gemeu de dor e cuspiu novamente.

— Mallory, você abriu a porta do carro? — quando ela assentiu, Edward encarou seu amigo ainda ajoelhado. — Preciso de cobertura, acho que tô meio lento. Usa meu rifle e atira na direção do muro.

— O que diabos você fazer, Cullen?!

— O que é necessário.

— Edward...

— Jasper, eu também preciso que você entregue minhas coisas a Bella, por favor. Tem uma carta fechada nas minhas coisas, era pra esse momento e eu... Esperava queimar quando voltasse pra casa, mas agora ela vai ser necessária, então... Entregue pessoalmente, por favor. As outras cartas também... Isso... — ele arrancou a corrente com a dog tag do pescoço e deu ao amigo. — Entrega pra Nessie... Minhas medalhas pro EJ e... Meu uniforme pros meus pais... Eu... — tossiu duas e cuspiu novamente. — Inferno, essa merda dói.

— Então cala a boca, senta seu traseiro aí e se poupa.

— Isso não vai acontecer, mas ao menos eu vivi suficiente pra ver Jasper Whitlock chorando. Uau, amigo, você tem um coração. — riu em meio à tosse. — Pega o rifle e se prepara.

Hooah, Capitão.

Edward sentiu seus olhos marejarem rapidamente e um nó em sua garganta.

— E Jasper?

— O que? — as lágrimas desciam pelo rosto sujo, cansado e franzido de dor de seu amigo.

— Diga a Bella que eu... Sinto muito e que peço perdão. Eu a amei desde a primeira vez que a vi naquela biblioteca... E a amarei até meu último suspiro. Diga pra ela... — sorriu e fechou os olhos. — “O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?”. — abriu-os novamente. — Lembre-se disso, Jasper. E se ele esquecer, Mallory, faça você.

— Eu vou lembrar.

— Obrigado, irmão. — sorriu. — Agora vamos colocar esse show na estrada.

Jasper não entendeu de primeira qual seria o plano do capitão, mas seu coração já doía, porque pelo tom de despedida que ele usava era óbvio não teria um final feliz para seu amigo. Quando Edward se arrastou para fora do carro, se segurando no capô para dar a volta, Jasper se ergueu, limpou as lágrimas de sua bochecha rapidamente com o antebraço e começou a atirar na direção do muro.

Edward foi para a porta do carro o mais rápido que conseguia e ainda era muito lento, abaixando para não ser atingido; abriu e se jogou no branco do motorista, se inclinou para o lado e esticou o braço para pegar as chaves no chão, então bateu a porta. Mesmo sabendo que seria doloroso como o inferno, não resistiu ao impulso de respirar fundo e isso o fez tossir com dor; antes que conseguisse cuspir, dentro do carro mesmo, a saliva ensanguentada escorreu pelo lado de sua boca.

Colocou a chave na ignição, mas antes ele precisava vê-los uma última vez.

Sua mão estava fria e trêmula, lentamente pegou a foto que tinha no bolso de seu peito. Sorrindo entre as lágrimas, ele passou o dedo sobre a foto de sua família – sua esposa e filhos.

— Eu amo vocês. — sussurrou de olhos fechados e beijou a foto.

Quando abriu os olhos novamente, pegou o rádio no bolso e chamou Garrett.

Hooah. — disse e desligou o rádio para não ouvir a resposta.

Olhando sobre o ombro, ele viu os três homens obedecer a suas ordens. Assentindo, respirou e engoliu seco, tomando coragem. Ligou o carro.

Antes de pisar no acelerador, ele prendeu a foto no espelho retrovisor interno.

Se ele tinha que escolher a última coisa que veria em vida, seria sua família.

Hooah! — gritou e pisou no acelerador, virando o volante na direção do muro e acelerando o máximo possível.

Os homens atiravam em sua direção e o vidro blindado acabou trincando em vários lugares. O muro cada vez mais perto.

Quando faltava um ou dois segundos para o impacto, ele deixou seus olhos pousarem na foto e pisou no acelerador até o fundo.

Eu sinto muito, Nessie. Eu sinto muito, EJ. Eu sinto muito, Bella.

Seus olhos foram do sorriso banguela e inocente de Nessie, para o pequeno de grandes bochechas e sorriso de gengiva babado que era EJ, então pousou no lindo rosto iluminado pelo sorriso e o olhar cheio de amor de Bella.

Aquele era o ponto final.

E lá estava novamente a teoria do ponto final – que pode marcar o fim para que algo novo começasse ou marcar o fim definitivo disso.

Edward não sabia qual seria o tipo de ponto final que vinha a seguir, mas se aquele fosse o ponto final que marcava o fim do livro da sua vida, ele sabia que tinha feito um bom trabalho. Estava orgulhoso do resultado final da obra. E agora era deixar que a Bella continuasse o dela e que seus filhos lessem o seu quando sentissem saudade. Sem arrependimentos, tinha feito tudo que podia durante sua vida e agora iria finalizá-la fazendo a coisa certa, sabia disso.

Edward sorriu para foto.

O carro atingiu o muro, ele foi jogado para frente com um forte solavanco e uma dor lacerante pareceu rasgar seu abdômen e queimar seu ombro.

Ele fechou os olhos ele fechou os olhos e trouxe a imagem de sua família para mente... Eu amo vocês... E tudo ficou escuro.

A última coisa em que Edward pensou naquele dia foi Bella, Nessie e EJ.


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Notas finais do capítulo

Status: uma relação de amor e ódio com esse capítulo.
Sou meio ruim em cenas de ação ou descrever lugares, mas espero que tenha conseguido passar um pouco que seja da adrenalina do momento kkk E ele ficou muito grande e eu detesto esse desequilíbrio se comparar com os outros, mas eu realmente me empolguei nesse; não sei se devo me desculpar por isso, mas ao menos não ficou monótono né? A versão original desse capítulo era muito menor, menos detalhada e com um final muito pior, acreditem. Minha mania detalhista não me permitiu escrever esse final sem explicar a relação de Edward com seu grupo, não parecia justo e muito supérfluo. Nosso Cullen sempre teve essa coisa militar muito fixada dentro dele, ele não tinha como fazer ou viver de outro jeito, além do senso de responsabilidade. Ele não ia conseguir viver o dia seguinte a esse momento se fizesse de outra maneira. Acho que deu pra entender tudo né?
Mas entender não é suficiente e eu também quero me bater no momento, acreditem ç.ç kk
Minha Bella e minha Nessie, awn ):
Essa terceira fase terá capítulos dramáticos e vamos ter cartas novamente, maaaaas ainda não são as cartas da primeira fase; aquelas cartas estão na quarta.
Algum palpite? Comentem o que acharam desse capítulo e o que acham que vai acontecer. Só peço mais um pouco da confiança de vcs. Sem me abandonar ainda otei? u_u kkkk
Nos vamos nos reviews, chorem cmg e não me xinguem (muito, pelo menos kkkk).
Todo meu amor da lua ida e volta pra todas. Até o próximo, bjsbjs s22