Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 21
The Promise... ♫


Notas iniciais do capítulo

Ei gatitas. E eu finalmente consegui vim postar procês, yeap. É um capítulo intenso entre momento de enorme felicidade, tensão e tristeza da despedida, mas tudo envolvido no doce amor dessa linda família. (Ficou grande, mas não acho que vão reclamar né?). Espero que gostem.



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Se você esperar por mim, aí eu voltarei pra você. Ainda que eu tenha viajado tão longe, eu sempre guardarei um lugar pra você no meu coração. Se você pensar em mim, se você sentir minha falta de vez em quando, aí eu voltarei pra você. Eu voltarei e completarei o espaço no seu coração. Lembrando do seu toque, do seu beijo, do seu abraço apertado, eu acharei meu caminho de volta pra você, se você estiver me esperando. Se você sonhar comigo, como eu sonho com você, num lugar quente e escuro, num lugar aonde eu possa sentir os pulsos do seu coração. Eu tenho ansiado por você e desejado ver teu rosto, teu sorriso, de estar com você onde você estiver. Eu acharei meu caminho de volta pra você, por favor, diga que você estará me esperando. Juntos, seria maravilhoso estar em teus braços, onde todas as minhas viagens acabam, se você puder fazer uma promessa, se for a que você vá cumprir, eu juro voltar pra você, se você me esperar e dizer que guardará um lugar pra mim no teu coração.

— The Promise - Tracy Chapman.

(http://www.youtube.com/watch?v=cQ0kh3k0LKE)

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26 de Janeiro de 2003...

— Papaaaaaaaaaai! — Nessie gritou no momento em que a mãe abriu a porta e ela pode entrar em casa.

— Calma querida. — Bella pediu rindo de sua animação.

— Paaaaaaaai? — gritou enquanto corria para cozinha. Ela voltou alguns segundos depois com o cenho franzido e voltou a gritar: — Papaaaaaaaaaai!

— Seu pai pode estar dormindo, querida.

— Não, porque não é hora de dormir. — a menina argumentou com sua voz de “não é óbvio?”.

Bella suspirou ela estava andando muito com a Leah e a Rosalie, isso sim era óbvio.

— Pronto! Pronto! Eu estou aqui, onde é o incêndio? — Edward perguntou no alto da escada, passando a mão nos cabelos bagunçados.

Ele estava usando apenas uma calça de moletom cinza que usava para dormir, com o rosto amassado, uma sombra de barba cobrindo sua mandíbula e voz sonolenta, que deixava óbvio que Bella estava certa e ele estava dormindo antes. Tinha uma rotina mais leve fora de exército, apesar de continuar o trabalho na base. Mas agora tinha uma patente maior e era um militar condecorado com boas medalhas de honra ao mérito pelos seus anos de serviço ao país. Ele agora era o Capitão Cullen, líder de sua própria tropa em treinamento esperando sua próxima missão internacional.

Mas quando se tratava de Nessie, ele não podia se ajudar, era e sempre seria um pai babão completamente enrolado no dedinho da filha. Ele desceu as escadas com um enorme sorriso para a pequena, que não podia parar de dar pulinhos enquanto o esperava.

Quando ele se aproximou, Nessie ergueu os braços esperando ser pega no colo.

— Não tem incêndio nenhum, bobinho. — ela riu animada e segurou o rosto do pai entre as mãozinhas, exigindo toda a atenção dele. — Mas adivinha o que?

— Primeiro, me dê um beijo porque eu senti sua falta, coisa doce. — e fez um biquinho exagerado.

Nessie gargalhou jogando a cabeça para trás e o beijou.

— Uau, isso é bom. — sorriu. — Será que eu posso receber mais alguns beijos?

— Hum... Tá, mas ai você me deixa falar?

— Fechado.

Nessie riu e choveu beijos rapidamente por todo o rosto do pai.

— É disso que eu tava falando. Agora eu sou um homem feliz!

— Você é tão bobo, papai. — Nessie riu, fazendo a mãe gargalhar e Edward sorrir, beijando a bochecha da filha. — Ai. — a pequena afastou a cabeça do pai e franziu o nariz, passando a mãozinha pela mandíbula dele. — Isso machuca.

— Desculpa, querida, papai ainda não se barbeou.

— Então devia.

— Concordo. — Bella riu.

— Ok, o farei. — ele riu. — Mas primeiro, o que a senhorita gostaria de me falar?

— Tá, tá. Me coloca no chão primeiro e eu te mostro.

Edward franziu o cenho e a colocou no chão.

— Agora vem. — pegou a mão dele e o puxou para o meio da sala, empurrando-o para sentar no sofá. — Senta do lado dele, mamãe.

Edward sentou no sofá e Bella ao seu lado, olhando Nessie a sua frente.

— O que ela vai fazer? — Edward perguntou a esposa.

— Nãããão! — Nessie gritou. — Eu falo!

— Okaaaay! — Bella ergueu a mão em rendição e sorriu. — Você fala.

— Ótimo.

Nessie se virou de costas, abrindo o zíper do casaco que vestia.

— Está pronto, papai?!

— Estou! E muito curioso. — Edward riu.

— Tá! — Nessie riu. — Eu vou contar até três.

— Tudo bem.

— Ummmm... Doooooois... Trêeeeees... Eeeeee.... Surpresa! — ela se virou com um pulo, segurando o casaco aberto para mostrar a estampa de sua blusa branca. Escrito em letra rosa e grandes “I'm the big sister wich makes me the boss”.

Edward arregalou os olhos. Sua boca se mexia, mas nenhuma palavra saía dela, surpreso demais para formar qualquer frase coerente. Olhou para Bella, que sorria com os olhos marejados, depois voltou os olhos para Nessie, que sorria segurando o casaco e expondo com o peito estufado sua blusa.

— Uma irmã mais velha? Você... — engoliu seco. — Você vai ser uma irmã mais velha?

— É! — Nessie pulou. — Isso não é legal?!

— Eu...

— Parabéns de novo, papai. — Bella sorriu emocionada e colocou a mão sobre a barriga.

— Deus, eu... Bella... — passou a mão no cabelo. — Céus, mulher, como eu te amo! — agarrou-a pela nuca e a puxou, tomando sua boca em um beijo empolgado. Bella riu, teve prazer em retribuir seu beijo apaixonado.

— Eww. — Nessie fez barulho de nojo e riu.

Edward sorriu sobre a boca da esposa.

— Obrigada, querida, eu te amo. Como eu te amo. — beijou seus lábios suavemente.

— E eu amo você.

— Ei! Parem de me ignorar, eu tô aqui! — Nessie reclamou.

Edward riu e virou-se para ela.

— Eu sei, vem aqui! — abriu os braços e Nessie correu pra ele, pulando no colo do pai. Edward a abraçou e beijou seu rosto. — Obrigada a você também, docinho, por me dar a melhor notícia da melhor maneira do mundo. Você está feliz em ser irmã mais velha?

— Simmmm. Eu vou ser irmã mais velha e sou a chefe. — apontou para a camisa. — Eu não vejo a hora de falar pra dinda e pro dindo. — disse empolgada se referindo a Rosalie e Emmett. E começou a contar nos dedos: — E também pra tia Leah, pro tio Jacob, pro vovô Charlie, pra vovó Esme, pro vovô Carlisle, pra vovó Sue e pro tio Seth, pro tio....

— Tudo bem, querida, nós entendemos que você vai falar pra todo mundo. — Bella disse rindo.

— Vou mesmo, a gente pode ligar agora?

Edward riu.

— Podemos ligar no final da noite ou amanhã. Que tal agora só comemorarmos o seu novo irmãozinho ou irmãzinha, huh?

— Irmãzinho.

— Que? — Bella franziu o cenho.

— Irmãzinha não, irmãozinho.

— Querida, você sabe que pode ser uma menina, não sabe?

— Não. Tem que ser um irmãzinho. Eu sou a única irmã. — franziu o cenho usando novamente seu tom de “não é óbvio?”.

— Sabe que eu acho que a Nessie está certa? É um menino.

— Edward, não incentiva. — Bella o repreendeu. — Querida, você precisa saber que independente do que o novo bebê seja, seu pai e eu vamos amar a vocês dois da mesma maneira.

— Tudo bem. Mas tem que ser um menino. — insistiu com naturalidade.

Edward sorriu de lado e colocou a mão sobre a barriga da esposa.

— Um menino. Eu aposto. E olha que eu ganhei à primeira, hein. — sorrindo, começou a fazer cócegas na barriga da filha.

...

10 de Março de 2003...

— Nessie, seu lanche está pronto! — Bella anunciou suavemente, ignorando Edward e tentando controlar o próprio temperamento, muito mais explosivo por causa da explosão de hormônios de sua gravidez.

Deixou o lanche da filha na pequena mesa redonda da cozinha – um grande copo de leite frio e um prato com dois sanduíches de manteiga de amendoim e geleia sem as cascas e cortados de ponta a ponta para formar triângulos –, então foi buscá-la.

— Você quer parar e me escutar?

Ela ignorou e foi para a sala, onde Nessie estava ajoelhada junto à mesa de centro desenhando. Alheia de tudo, com a pequena língua para fora enquanto colocava toda sua concentração e dedicação no desenho que coloria.

— Querida? — chamou novamente ao se aproximar.

— Hum? — Nessie ergueu a cabeça, colocando uma mecha do longo cabelo acobreado como o do pai atrás da orelha.

— Seu lanche está pronto. Mamãe fez sanduíche de manteiga de amendoim e geleia. Vem comer na cozinha e depois você volta pra desenhar, assim não faz uma bagunça aí ou suja seu desenho.

— Tá. Calma. — ela voltou a pintar rapidamente alguma coisa de azul claro.

— Bella, por favor, podemos conversar?

Ela suspirou e olhou para o marido, que esperava perto da porta.

— Não. Renesmee, vamos.

— Bella...

— Renesmee.

— Nessie, docinho, faça o que sua mãe está mandando e você volta para o seu desenho depois. — Edward mandou suave, mas firme.

— Mas...

— Agora, Renesmee. — ele interrompeu firme.

A pequena suspirou frustrada e levantou passando a mão desajeitadamente no cabelo, não tinha como negar que era filha de Edward.

Bella encarou o marido por alguns segundos, antes de suspirar irritada e seguir a filha para a cozinha.

— O que agora?

— Odeio quando você faz isso. — respondeu empurrando a cadeira pra junto da mesa depois que Nessie sentou e beijou a cabeça dela.

— O que? — Edward perguntou confuso.

Bella se aproximou dele, não gostava de discutir na frente da filha, então manteve o tom de voz baixo, entredentes.

— Quando estou mandando a Renesmee fazer alguma coisa, você entra na conversa e pede ela fazer o que eu estou mandando.

— Hã? Mas esse não é o ponto? A Renesmee te obedecer?

— Sim, mas ela devia fazer porque eu estou mandando, porque eu sou a mãe dela e não porque o pai precisou intervir e falar por mim, como se eu não tivesse autoridade nenhuma e só você mandasse. Ela é minha filha, Edward. — disse tentando se controlar e saiu da cozinha.

— Não, ela é nossa filha. — Edward disse ao segui-la. — Nossa responsabilidade. Responsabilidade que deve ser divida.

— Exatamente! — Bella parou no meio da sala, se virando para ele. — Dividia igualmente. O que não te dá o direito de se envolver quando eu estou dando alguma ordem pra Nessie.

— Mas eu estava te ajudando.

— Nem pra me ajudar! Você estava apenas tirando a minha autoridade de mãe!

— Você está grávida, não quero que você se estresse.

— Você faz isso a mais tempo do que esse bebê está na minha barriga, não ouse usá-lo como desculpa.

— Oh meu deus, tudo bem! — exasperou irônico. — Desculpe por ser um marido terrível por tentar fazer sua vida mais fácil, Isabella, eu sinto muito!

— Você entendeu exatamente o que eu estava falando, então não ouse...

— Não! — ele a interrompeu firme, apontando o dedo. — Não ouse você usar uma coisa pequena sobre a nossa filha, algo que poderia ser resolvida com uma simples conversa, pra dar vazão a sua frustração e raiva por minhas escolhas militares.

Bella engoliu seco, seus olhos caíram por uma fração de segundos, mostrando-se genuinamente envergonhada, mas voltou a encará-lo.

— Tudo bem, eu sinto muito, mas não aponte esse dedo pra mim.

— Eu... — Edward suspirou e passou a mão no cabelo. — Tudo bem. Eu sinto muito também, será que podemos conversar agora?

— Não, eu não quero conversar, Edward. Não agora. — passou a mão no cabelo, colocando-o para trás e foi para o outro lado da sala, juntando as folhas de sulfite de Nessie espalhadas pelo chão, colocando-os sobre a mesinha de centro.

— Bella...

— Nessie, o que eu falei sobre ficar mordendo os lápis de cor?! — falou mais alto ao pegar alguns lápis coloridos do chão e colocá-los dentro de seu estojo.

— Merda, Bella, você quer parar com isso e conversar comigo?!

Ela se levantou rapidamente.

— Então o que?! Agora a minha opinião importa e você quer conversar comigo?!

— Sua opinião sempre me importou e você sabe disso.

— Não, Edward, eu não sei! Porque você simplesmente tomou uma decisão enorme e importante sem me consultar. Não que você tivesse que me pedir alguma maldita permissão, mas seria bom receber um maldito aviso, algo tipo “ei Bella, eu cheguei da porra do Afeganistão há três meses e agora estou indo pra droga do Iraque”. — ela disse exasperada com os olhos marejados. — Mas não, você não fez! Veio me avisar agora, faltando uma semana para sua viajem.

— Eu mesmo só fiquei sabendo há pouco tempo, Bella. — Edward se defendeu.

— E daí? Você devia ter me contado no mesmo dia em que soube que havia a possibilidade de você guiar uma tropa em missão no Iraque. Mas você não fez isso, você só aceitou essa missão e agora veio me avisar que estará partindo em uma semana, sem levar em consideração a minha opinião e nem meus sentimentos. Como se não fossemos casados, como se não tivéssemos uma filha e esperando um novo bebê juntos! — gritou.

— Não foi assim e você sabe disso, Isabella. — manteve a voz calma e firme.

— Você só... — fungou e engoliu seco, respirando fundo para retomar o controle, apesar da voz trêmula. — Aceitou como se suas decisões não fossem afetar a todos nós.

— Você sabia que isso aconteceria no momento em que falou comigo pela primeira vez naquela biblioteca, Bella. No momento em que aceitou namorar, no momento em que aceitou casar comigo e se tornou a Sra. Cullen! Você sempre soube das minhas ambições militares e da minha vocação para isso. Sempre soube, entendeu e me apoiou nisso, se eu não te contei antes realmente não foi por maldade, foi porque pensei que você me apoiaria nisso e me esperaria como sempre fez.

— Você acha que eu realmente gosto de te cobrar algo que eu já sabia que ia acontecer? Algo que faz parte de quem você sempre quis ser e quem é agora? Eu não gosto! Você não precisa colocar as coisas desse jeito, como se quisesse fazer com que eu me sinta péssima comigo mesma por ser egoísta e não apoiar meu marido incondicionalmente, porque eu já me sinto assim, ok?! Mas agora... — sua voz quebrou quando o choro foi demais para controlar.

— Você sabe que eu não queria que você se sentisse dessa maneira, Bella... — Edward disse mais suave, se aproximando da esposa.

Bella ergueu a cabeça, passando a mão no rosto para afastar as lágrimas e colocou o cabelo para trás.

— Eu sei. Eu sempre entendi e apoiei, mas isso não quer dizer que eu gosto disso. Você já teve duas missões internacionais, Edward, eu só pensei que agora... Com uma filha e um bebê a caminho, talvez você devesse mudar minhas prioridades e...

— Você, Nessie e o bebê são a minha prioridade.

— Maneira estranha de demonstrar isso. — ironizou amargurada.

— Agora eu sou o capitão, essa é minha tropa e meus homens, eu não posso deixá-los sozinho nessa, eles precisam...

— E nós?! Eles são sua tropa, nós somos sua família! Nós também precisamos de você, Edward! — Bella gritou.

— Por que vocês estão brigando? — a doce voz chorosa de Nessie, tão baixo quanto ela soou, chamou a atenção dos dois.

Olhando em sua direção, viram a pequena menina estava recuada na porta da cozinha, parecendo assustada e prestes a chorar.

— Está tudo bem, querida, mamãe e eu só estamos conversando. — Edward tentou tranquilizá-la com um sorriso.

— Mas a mamãe está gritando e chorando.

— É só... E eu acabei ficando um pouco nervosa, mas está tudo bem. — Bella disse sorrindo enquanto secava as lágrimas. — Conversa de adulto, querida.

— Eu não gosto de conversa de adulto se faz a mamãe chorar. — Nessie disse com beicinho.

— A mamãe também não gosta. — Bella sorriu com um suspiro.

— Vocês vão se separar? — a pequena perguntou desconfiada.

— O que?

— Quem te falou algo assim, Nessie? — Edward perguntou surpreso e se aproximou rapidamente, pegando-a no colo.

— O papai da Claire foi embora da casa dela, ai a mamãe dela disse que eles iriam se separar, não seriam mais casados, mas ainda seriam o papai e mamãe. Mas eu não quero isso, papai. — passou os braços ao redor do pescoço dele. — Eu não quero que você vá embora, quero que você fique morando comigo, com a mamãe e com o bebê, vocês ainda casados e sendo meu papai.

Edward a deslizou para seu quadril e a segurou com um único braço, afagando seu rosto com a mão livre.

— Docinho, isso nunca vai mudar. Não importa o quê, eu sempre vou ser o seu papai e você minha Luz do Sol, minha única Luz do Sol.

— E a mamãe?

— E sua mamãe vai ser sempre minha esposa, a mulher da minha vida. Não estamos nos separando, querida.

Nessie franziu o cenho e olhou para a mãe. Bella sorriu e se aproximou.

— Nós não estamos nos separando, bebê. Seu pai e eu podemos discutir algumas vezes e gritar um com o outro, às vezes eu posso chorar ou bater uma porta, sinto muito que você tenha escutado isso, mas é algo natural entre casais, desentendimentos acontecem. Isso não quer dizer que nós não nos amamos mais ou que estamos nos separando, só que não estamos de acordo em algo, mas que vamos resolver isso e continuar nossa vida. Eu amo seu pai e eu amo você, sempre.

— Promete? — Nessie pediu dividindo o olhar entre os dois.

— Essa é a promessa mais fácil que eu já fiz. — Edward sorriu. — Eu prometo.

— Eu prometo.

— Tá. — Nessie sorriu e abraçou o pai, que devolveu o abraço. — Vem me abraçar também, mãe.

— Ok. — Bella riu e entrou o no abraço. Abraçando a filha e beijando os cabelos dela, sentiu o braço livre de Edward circular sua cintura e o beijo dele em seus cabelos. Quando seus olhos se encontraram, Bella sussurrou com as lágrimas brilhando em seus olhos: — Eu sinto muito.

Edward sorriu e beijou seus lábios.

— Eu sinto muito também, querida. Eu te amo. — beijou sua testa e ela enterrou o rosto em seu peito, lhe abraçando.

...


18 de Março de 2003.

Edward sabia essa missão no Iraque seria tão ruim ou pior do que no Afeganistão, onde tantas vidas foram perdidas – companheiros de exército, rebeldes e civis. Tinham lhe dado à opção de voltar ao Afeganistão ou guiar uma tropa ao Iraque numa missão de liberdade para o país e em busca de armas de destruição em massa, como disse o presidente. Edward não pensava no Iraque como um país inimigo ou algo que devia destruir, realmente só conseguia pensar em proteger e defender os inocentes e os fracos.

Teria orgulho de honrar sua farda mais uma vez, mas aquela seria sua última viagem, por fim, ele daria sua baixa no exército, depois de quase quinze anos de serviço. Era um acordo que tinha chegado com Bella e consigo mesmo. Ele gostava de servir seu país e guiar seus homens nas missões, se sentia satisfeito pelo caminho trilhado e muito orgulho de tudo que tinha conquistado, mas agora sabia que era a hora de parar de arriscar sua vida e cuidar de suas prioridades – sua esposa e filhos. Talvez ele fizesse como Charlie e continuasse trabalhando apenas na base militar, treinando e passando sua experiência aos novos soldados, mas novas viagens e longos meses longe de casa em missões perigosas estavam fora de cogitação após essa.

Agora tudo que tinha que fazer era ficar vivo e voltar para casa, então continuar o resto de sua vida com eles. Sabia que seria feliz assim.

Nessie agora tinha cinco anos e foi como reviver o filme da primeira despedida, mas agora a pequena parecia mais confiante, pois já tinha vivido aquilo e seu pai tinha voltado. Mas era pedir demais que ela não chorasse ou pedisse para que ele ficasse sem desgrudar dele até o último minuto.

E na base militar, enquanto se despediam para que ele pudesse viajar, ela segurou o rosto do pai com um adorável beicinho e algumas lágrimas.

— Não deixa nenhum bicho te comer, tá? — pediu manhosa. — E volta logo. Entendeu?

— Pedido anotado e entendido. — riu. — E eu vou cumprir, prometo. Eu te amo, Luz do Sol.

Nessie fungou e sorriu antes de jogar os braços ao redor do pescoço do pai.

— E eu amo você, papai.

E então passaram para uma batalha de "adivinha o quanto eu te amo". Com risadas, sorrisos e todo o amor que tinham... Até a lua ida e volta.

Quando Nessie finalmente ganhou, rindo, choveu beijos no rosto do pai. Edward deslizou sua filha para o quadril e se virou para Bella.

Sua linda esposa. Que mesmo não gostando de sua decisão, estava ali lhe apoiando novamente. De jeans e uma blusa azul clara justa, evidenciando a ainda suave curva de sua barriga, onde seu bebê estava protegido e amado. Amando não somente pela mãe e o pai, mas também pela irmã – se tinham medo que Nessie sentisse ciúmes do novo bebê quando a empolgação pela novidade passasse, não podia ser o mais longe disso; depois que Edward explicou que ela nunca seria substituída e sempre seria muita amada, ela voltou a aceitar e estava cada vez mais empolgada em ser a irmã mais velha de alguém, assim como a missão dada por Edward de proteger a mamãe e o seu novo irmãozinho.

Irmãozinho. O sexo do bebê seria surpresa novamente, mas Nessie e Edward sabiam que seria um menino – Edward estava confiante disso, tinha acertado o sexo de Nessie, acertaria o desse bebê também, mesmo com Bella indo contra e apostando em uma menina novamente. Esticou o braço e tocou a barriga da esposa. Seu filho.

Se a distância e a saudade de sua esposa e filha já maltrataria seu coração, perder o nascimento de seu filho estava quebrando seu coração completamente. Não podia mentir e dizer que tinha pensando nisso quando aceitou sua convocação militar, mas quanto mais se aproximava o tempo de sua viagem, mas óbvio ficou que não estaria presente em um dos momentos mais importantes da vida de Bella e da sua, o nascimento de seu segundo filho. Nem sabia quantas vezes tinha pedido desculpas a ela, agradecia que Bella não tivesse jogado em sua cara, ela apenas aceitou que não poderia mudar isso e agora sua compreensão lhe humilhava, ela segurava seu rosto entre as mãos e sorria ao dizer entender a situação, que quando ele voltasse, eles seriam uma família completa e feliz. Estariam esperando por ele... Os três.

— Para de me olhar desse jeito, Edward. — Bella disse respirando mais rápido, obviamente controlando as lágrimas. — Nós vamos ficar bem, esperando por você aqui. Os três.

Edward assentiu sorrindo.

— Eu amo você, Bella, você sabe? E amo esse bebê também. — afagou a barriga dela.

— E eu. — Nessie exigiu.

— E amo você também, Luz do Sol. — beijou o rosto dela estaladamente, fazendo-a rir.

— Eu sei. Nós sabemos. — colocou a mão sobre a dele, sorrindo com as lágrimas não derramadas brilhando em seus olhos. — E vamos estar aqui esperando você voltar para nós e nunca mais vamos nos separar.

— Parece um plano perfeito pra mim.

— E é. E também vamos ter um lindo DVD do nascimento do bebê e você vai assistir várias e várias vezes. — Bella riu.

— E com prazer.

— Sei. Diz isso até ver uma cabeça enorme saindo pela minha vagina.

— O que? — Nessie franziu o narizinho.

Edward gargalhou, enquanto Bella corava.

— Nada bebê, esquece isso. — Bella pediu e Edward beijou novamente a bochecha da filha.

— Com certeza eu estarei com um bom telefone via satélite para falar com você na hora do parto, mas vou tentar conseguir uma conexão de internet boa pra vocês me enviarem o vídeo, assim posso assistir o nascimento do nosso garotão o mais rápido possível.

— Garotão? — Bella repetiu risonha e ergueu uma sobrancelha.

— É um garoto.

— Não coloque pressão sobre o pobre bebê, Cullen.

— Não é pressão, você sabe que eu vou amar esse bebê sendo menina ou menino, só quero que ele seja saudável e feliz, mas eu sinto que é um garoto, lembre que eu acertei a Nessie.

— Eu sei. Você não me deixa esquecer isso um segundo se quer. — revirou os olhos.

Edward riu.

— É porque você me fez o homem mais feliz do mundo com essa coisinha aqui. — agitou Nessie em seu colo, fazendo a menina rir. — Agora me fez ainda mais feliz com esse novo bebê e já me faz feliz sendo minha. Jesus, Isabella, você realmente decidiu fazer de mim um homem feliz, huh?

Bella riu.

— Exatamente. É a missão da minha vida, Edward.

— Agradeço a Deus por isso. Eu estou te fazendo feliz também, Bella? Apesar de tudo?

— Você me faz a mulher mais feliz do mundo todos os dias. Nenhum pormenor poderia mudar isso, nada. — sorriu com as lágrimas descendo lentamente por seu rosto.

— Vem cá, amor, eu amo você.

— Eu te amo também. — fez beicinho e foi para o outro quadril de Edward, então o abraçou.

— E eu amo vocês! — Nessie gritou abraçando os dois e fazendo-os rir.


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Notas finais do capítulo

Eu comecei esse capítulo pensando "Porra, isso ficou muito pequeno e sem emoção, talvez se eu escrever um pouco mais...". Ai resolvi escrever mais, dar uma incrementada e me empolguei. Terminei o capítulo "Porra, era um pouco mais e agora ficou enorme, não sei o que é meio termo".
Mas ao menos fiquei satisfeita, gosto de escrever conseguindo "sentir" os sentimentos dos personagens e espero ter passado isso pra vocês. Já disse que amo um Daddyward? Pois é. E um novo bebê pra ele é lindo, pena que [comentário censurado por conter spoiler]. E então uma pequena briga pra mostrar que apesar de apoiar incondicionalmente o marido, é difícil para Bella toda essa situação. E mais uma despedida que nos leva direto a 2004, que nos leva aos anos das cartas e ao surgimento de novas cartas, pq nos leva a [comentário censurado por conter spoiler]. Tô dando uma trollada tentando atiçar vcs aqui, vou parar, juro KKKKK Próximo é o penúltimo dessa segunda fase e vem fofo também.
Adoraria que as leitoras fantasmas se aproximassem, o número só aumenta - e se querem saber como sei que o número aumenta, é, tem uma tabela com o número de pessoas acompanhando ou favoritando a história - e é meio frustrante não saber o que estão achando ou se isso é bom. Vou responder todos os reviews, pq vcs são doces demais por comentar.
P.S: E agradecimento especial a Lu Nandes, que além de doces reviews, agora me deu uma linda recomendação. Muito obrigada por suas palavras que sempre me incentivam e animam, obrigada! ♥
P.S²: Olha, estou escrevendo muito nas minhas notas finais novamente. Será que estou livre das minhas crises de consciência? Ou talvez tenha me acostumado com elas.
P.S³: Notas finais e post-scriptum me fazem pirar um pouco. Não me diga.
P.S.S: De qualquer maneira, nos vemos no próximo, bjsbjs s22