Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 19
Never alone... ♫


Notas iniciais do capítulo

E mais um doce pra vocês.
P.S: Erros nas falas de Nessie são propositais para imitar a fala de uma criança pequena, por isso coloquei-as em itálico. Mas dá pra entender. Ela é adorável demais, então é perdoada KKKK
Espero que gostem ♥



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Que os anjos te protejam, que problemas não te atinjam, que o céu te aceite quando for hora de ir para casa, que você tenha sempre a abundância, o copo nunca vazio, saiba em seu interior você nunca estará sozinho. Que suas lágrimas venham de sorrisos, que você encontre amigos que valham a pena ter, todos os anos passam eles significam mais do que ouro, que você possa vencer e permanecer humilde, sorrir mais do que resmungar e saiba, quando você tropeçar, você nunca estará sozinho. Eu tenho que ser honesta, tanto quanto eu quero, eu não vou prometer que esses ventos frios não vão soprar, então, quando os tempos difíceis encontrarem você e os seus medos estiverem te cercando, enrole o meu amor em torno de você, você nunca estará sozinho. Meu amor te seguirá, ficará com você. Amor, você nunca estará sozinho.

— Never alone - Lady Antebellum.

(http://www.youtube.com/watch?v=U4yRsT_fPic)

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05 de Outubro de 2001.

Nessie tinha três anos quando Edward foi convocado para ir pro Afeganistão, sua primeira longa viagem desde o nascimento dela, na missão “Guerra ao Terror”, uma iniciativa militar do país desencadeada a partir dos ataques de 11 de setembro, uma guerra ao terrorismo.

Ver tantas vidas americanas inocentes sendo tiradas naquele ataque terrorista brutal tinha avivado ainda mais seu patriotismo e a vontade de honrar sua farda lutando por seu país, mas ainda assim, enquanto arrumava sua mala, ele não pode evitar repensar sua vida e decisões. Desde que se entendia por gente sempre soube que queria ser um militar, assim como seu avô, esse sempre tinha sido seu único sonho e ambição.

Agora tinha isso e estava orgulhoso de si mesmo, mas agora também era como se o Edward com vocação militar estivesse longe e no lugar estivesse o Edward com vocação para marido e pai de família. Agora tinha novos sonhos e ambições, principalmente depois do nascimento de sua filha. Não que tivesse qualquer arrependimento da vida que escolhera, porque de qualquer maneira a carreira militar que o levou até a Bella, mas a ideia de viajar e ficar longe das mulheres de sua vida era difícil.

Se viajar e ficar longe de Bella era doloroso, como já tinha experimentado, ele descobriu que mesmo o pensamento de ficar longe de Nessie era ainda pior, fisicamente doloroso – como perder um pedaço de seu coração.

Sua filha era uma das crianças mais inteligente e perceptiva que qualquer um podia ter a sorte de conhecer, então tiveram que começar a falar com ela sobre o assunto duas semanas antes. E Nessie não aceitou muito bem a ideia de ficar longe do pai por quase um ano. Mesmo que todos dissessem que ele voltaria, ela apenas começava a chorar e se jogava no pai, o abraçando como se sua vida dependesse disso. E tanto quanto deixava Edward feliz, afinal sua filha lhe amava, também lhe partia o coração.

Na noite anterior a viagem, a pequena dormiu abraçada e sobre o pai, decidida a mantê-lo ali. Edward dormiu com um braço ao redor dela e outro ao redor da esposa, guardando aquele momento e sensação para quando estivesse longe e sofrendo com a saudade.

Nessie acordou toda manhosa e só saiu do colo do pai quando ele a banhou, depois quando foi tomar banho e quando a sentaram na cadeirinha do carro, sem dizer mais do que algumas palavras – diferente da empolgada metralhadora de palavras que ela era todos os dias.

Toda a família foi levar Edward até a base militar de onde ele e outros soldados viajariam no avião militar para o Afeganistão.

Nessie permaneceu no colo de Bella com o rosto escondido em seu pescoço, enquanto Edward se despedia de Carlisle e Esme, depois de Rosalie e de seu novo cunhado, Emmett, depois de Leah. E quando ele terminou com os outros, estendeu os braços e chamou à pequena – ela fez beicinho e hesitou, mas acabou indo rapidamente para seu colo.

Nessie apertou as pernas ao redor do tronco do pai, os braços ao redor de seu pescoço e o rosto enterrado ali, abraçando-o com força.

Edward olhou para cima e respirou fundo, controlando as lágrimas e buscando forças, tinha que se mostrar forte para ela – por mais que seu coração estivesse quebrado por deixá-la. E tentava fazer isso acariciando as costas dela com uma mão e a outra em seu cabelo. Quase desabou ao olhar para o lado e ver que Bella também controlava o choro, mordendo o lábio inferior, enquanto Nessie fungava e chorava baixinho em seu pescoço.

— Shh... Vai ficar tudo bem, eu prometo, vai ficar tudo bem. Olha pra mim e me escuta, bebê. — Edward pediu carinhosamente para a filha, que mantinha o abraço apartado.

Bella sentia o coração ainda mais apertado com a cena, era óbvio que apesar de terem explicado para Nessie durante dias e explicado ainda mais na noite anterior, ela ainda estava relutante com a separação do pai, a quem era tão apegada. Mas Bella já tinha aceitado seu destino. Sabia que, infelizmente, seria assim ao se casar com Edward. Tanto quanto amava a própria família, Edward amava o país e servir a ele, assim como seu avô tinha feito durante uma vida toda, inclusive em guerras. Essas eram as dores de ser esposa de militar – a tristeza da despedida e a incerteza de futuro. Ao menos tinham se despedido da maneira certa no decorrer da semana, quando compartilharam longas noites de amor, doces palavras e promessas.

— Vamos, Luz do Sol, olha para o papai.

Fungando, Nessie desenterrou o rosto do pescoço do pai e lhe encarou. Com o rosto corado e molhado pelas lágrimas, nariz vermelho e olhos brilhando com as lágrimas, franziu a boca num beicinho de partir o coração.

— Papai tem que ir, mas eu volto o mais rápido que puder, eu te prometo, docinho.

— Pu-pu que num me leva cum você?

— Mas e a mamãe? Ela vai ficar sozinha? Ela precisa de alguém pra tomar conta dela, bebê. — Edward tentou sorrir, beijando a bochecha molhada da dela.

— Eu num cuido de ninguém, sô pequena. E num quero que papai vai. — insistiu com as lágrimas descendo por seu rostinho.

— Eu vou te escrever sempre e ligar quando puder então esses meses vão passar rápido. Tão rápido que quando você piscar, eu já vou estar de volta. — brincou com o melhor sorriso que podia.

Nessie começou a piscar rapidamente.

Ponto! Num pecisa mais i, vamu pa casa! — disse firme, mas com sua doce voz infantil chorosa, carregada de manha e beicinho.

— Não tão literalmente. — Edward riu e beijou a testa dela. — Mas eu volto. E adivinha o que? Você e a mamãe já vão estar na casa nova, isso não é legal?

— Num quero que você vai, papai. — choramingou e voltou a deitar com a cabeça no ombro do pai, chorando novamente. Ao redor, as pessoas se comoviam com a cena. — Pufavô.

— Ei, vem cá, bebê. — Bella chamou Nessie, que se virou no colo do pai e foi sem pestanejar. Edward passou a mão pela cabeça, onde seus fartos e bagunçados cabelos tinham dado lugar novamente ao corte militar. — Escuta a mamãe, meu amor... — sussurrou para a filha. — Seu papai precisa ir porque ele é um herói, lembra? As pessoas precisam de um herói, mas ele vai voltar pra gente, não vai papai?

— Claro. — afagou as costas da filha. — Sempre.

Nessie fungou desconfiada, ergueu a cabeça e olhou o pai.

— Pomete? Sempe?

— Eu te prometo. Você é minha Luz do Sol, como não voltaria? E quando eu voltar, vamos providenciar a casa da árvore que você tanto quer, que tal? Palavra de Edward Cullen. — ergueu a mão direita. — E será que agora eu posso ver um sorriso nesse lindo rostinho antes de viajar?

Nessie apertou os lábios e agitou a cabeça.

Vaaaaaamos, não seja assim, pare de enrolar a boca nessa tromba e me mostra um dos seus lindos e brilhante sorriso banguelinha, Luz do Sol. — pediu divertido e fez cócegas na barriga dela.

Ela tentou se controlar, mas começou a rir. Sua deliciosa risada de repicar de sinos que Edward tanto amava. Sorrindo, ele a pegou de volta, a colocou segurou sob seu braço e fez ainda mais cócegas em sua barriga, fazendo-a gargalhar mais alto e agitar as pernas no ar.

Bella suspirou aliviada e sorriu. Depois de vários segundos, Nessie pediu um minuto para poder respirar; Edward a deslizou para o quadril e parou em frente à esposa.

— E você, mamãe... — acariciou com o dedão a bochecha dela. — Vai ficar bem?

— Você pode me prometer também que vai voltar?

— Sim, Isabella Cullen, eu te prometo. — sorriu triunfante, adorava falar o nome dela usando o sobrenome de casada. — E quando eu voltar, vamos providenciar aquele segundo bebê que você tanto quer. Agora um garotão. Depois o terceiro, o quarto e o quinto também, todos que você quer.

— Ah! O bebê que eu tanto quero né? — ironizou com uma sobrancelha erguida.

Edward riu.

— Com certeza, porque eu estaria satisfeito apenas com a Nessie, mas que você não me pede chorando, que eu não faço sorrindo? — brincou. Como se fosse um grande sacrifício e como se ele não fosse o único que não parava de falar a respeito dos próximos bebês, amava ser pai. Bella apenas riu. — Vem cá, amor, eu amo você.

Bella se derreteu e foi para seu outro quadril, lhe abraçando e beijando se pescoço.

— Eu também te amo, eu vou sentir tanto sua falta, tanto.

— Eu também vou sentir falta das mulheres da minha vida. Não se esqueça de tirar muitas fotos de vocês duas, no mínimo uma por dia. Muitas fotos da Nessie e de tudo que ela fizer, ela cresce tão rápido e mesmo longe não quero perder nada. E escreva também, tudo e cada detalhe, pra depois me enviar e contar quando eu voltar.

— Eu façu isso! — Nessie gritou, rindo. — Eu vo conta tudinho!

— Isso, bebê! — Edward riu e beijou seus cabelos. — Ah, e Nessie?

Hum? — ela ergueu a cabeça, olhando em seus olhos.

— Eu amo você, Luz do Sol. Eu te amo muito, sempre.

— Eu também amo você, papai. Eu te amo muito, sempe, té a lua!

Edward sorriu.

— E eu te amo muito, sempre, até a lua ida e volta.

Nessie franziu o cenho.

Bella sorriu e lá começava mais uma partida do "adivinha o quanto eu te amo" e a disputa entre os dois para ver quem ama mais. E Nessie precisava vencer sempre, sendo tão competitiva quanto era.

— Eu te amo muito, sempe, té a lua ida e volta depois té o Feganistão, então té a lua de novo e volta de novo, depois té o infinito e além.

Edward suspirou.

— Uau, você tem certeza? Porque isso é um monte de amor.

Uhum. — assentiu rapidamente, depois sorriu triunfante. Uma cópia exata em tamanho menor de Edward. — É gande, é enoooome, é a maior montanha de amô do mundo todo.

— Claro, entendo, mas a minha montanha de amor é quatro vezes esse tamanho, então acho que eu te amo mais, querida. Desculpe.

— Eu quis dizê teze vez maior do que quato! — Nessie reparou urgentemente, fazendo Bella rir.

— Que? — Edward franziu o cenho. — Você não disse isso.

— Mas eu quis dizê isso! É que eu sô pequena, ai me confundiu. Mas eu quis!

— Hum, eu não tenho muita certeza disso.

— Paaaaai, eu quis! Não quis mamãe?!

Bella parou de rir e assentiu.

— Eu acho que ela quis dizer isso, Edward. Desculpa, mas acho que ela ganhou novamente.

— É! Eu ganhei! Eu te amo mais, papai! — riu vitoriosa e beijou sua bochecha estaladamente. — Amo, amo, amo!

Edward sentiu o peito inchar de amor pela pequena. Eles ensinavam que ela não podia ganhar sempre em outras situações, na brincadeira do amor, ele não se importava em deixá-la ganhar sempre. Era uma das melhores coisas da vida; ela era uma criança inocente, não tinha porque mentir. Aquela era sua filha e ela lhe amava sem limites e cada vez mais. Isso significava que ele estava fazendo as coisas certas. E se isso não era uma boa razão para ficar vivo e voltar para casa, então ele não sabia o que era.

— E eu? — Bella fez beicinho.

— Não seja boba, mamãe, eu te amo esse tantão também. — Nessie riu. Edward gargalhou.

— Yeah, não seja boba, mamãe, e eu te amo esse tantão também. — ele disse divertido. — Amo as duas. Sempre.

Rindo, Bella bateu em seu braço e o beijou rapidamente antes de voltar a abraçá-lo.

Edward beijou o cabelo das duas, respirando o cheiro de morango de mãe e filha, então sorriu; era isso que o iria manter vivo durante seus dias em serviço. Era o que o traria de volta, as mulheres da sua vida e amor delas.


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Notas finais do capítulo

Da doce bebezinha de dedos babados a uma doce garotinha com a maior montanha de amor do mundo. Ela é obviamente muito apegada ao pai, então óbvio que terá mais cenas dela. Estou apx na Nessie e no Daddyward ♥ Definitivamente preciso de mais desses KKKKKKK
Tá... Uma pequena nota: Não estranhem se acharem que tudo acontecerá "rápido", essa segunda fase só tem mais uns cinco capítulos por vim e vamos a terceira; é porque a fic é pequena e objetiva. Apenas aguenta coração e aproveitem sem pensar muito no futuro, curtam o momento ♥
Obrigada a todos comentando, minhas fiéis lindas e as novas leitoras se aproximando, vcs são doces e mando beijos babados da Nessie pra todas :3 kk Até o próximo, bjsbjs s22