Palavras & Promessas escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 17
PARTE II - You're in the world... ♫


Notas iniciais do capítulo

Nova fase... Muito amor até o fim ♥ kk
Espero que gostem.



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Se tivesse um amigo que nunca mais fosse ver, o que você diria? Se você pudesse fazer uma ultima coisa por alguém que ama, o que seria? Diga. Faça. Não espere. Nada dura pra sempre. — (One Tree Hill).

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É um pouquinho engraçado este sentimento dentro de mim, eu não sou do tipo que consegue esconder facilmente. Não tenho muito dinheiro, mas garoto, se eu tivesse compraria uma casa grande onde a gente pudesse viver. Se eu fosse um escultor, mas de novo, não sou, ou um homem que faz poções em um circo. Eu sei que não é muito, porém é o melhor que eu posso fazer, meu presente é minha canção e esta é para você. E você poderá contar para todo mundo, esta é sua canção, talvez ela seja bastante simples, mas agora está terminada. Eu espero que você não se importe que eu tenha colocado em palavras: como a vida é maravilhosa enquanto você está no mundo.

— Your Song - Janet Devlin.

(http://www.youtube.com/watch?v=6rR12FFO394)

_______________________________



13 de Fevereiro de 1998.

— E então...? — Leah perguntou cautelosa.



— Oh meu... — Bella ergueu os olhos e encarou a melhor amiga, mas antes que pudesse continuar a frase, largou o teste na cama, se apressou para o banheiro e vomitou novamente.

Leah gargalhou.

— Vou tomar isso como um positivo.

...

— O que é isso? — Edward perguntou com o cenho franzido ao ver uma caixa preta com laço prateado sobre a cama.

— Abra.

— Oh. — seus olhos se alargaram. — É nosso aniversário de alguma coisa e eu esqueci?

Bella gargalhou.

— Não, seu besta, geralmente sou eu que me esqueço das datas, lembra? Só abre, amor. É pra você. Especialmente pra você.

— Ok. — suspirou e foi para a cama. Pegou a caixa, tirou cuidadosamente o laço e a tampa, colocando-os na cama. Então tirou os papéis de seda que enchiam a caixa. Estava vazia a não ser por um objeto que parecia um termômetro. O pegou de cenho franzido. Obviamente não era um termômetro, mas parecia. E no pequeno visor tinha dois traços vermelhos. Uma coisa lhe veio em mente. Seria possível? Sentiu seu coração acelerar e engoliu seco, erguendo o rosto para Bella. — O que é isso? Isso um teste de gravidez, Bella?

Bella mordeu o lábio inferior e assentiu lentamente, com os olhos marejados.

— Oh Deus... Positivo? Você... Nós... Um bebê? — ofegou e caiu sentado na cama, quando uma tontura lhe atingiu.

— Edward! — Bella correu pra ele e pousou a mão em sua bochecha. — Você está bem? Você está frio e pálido.

— Eu... — ainda segurando o teste, passou a mão pelos cabelos. — Grávida? Você está grávida? Você... Não, nós estamos tendo um bebê?

— Sim. — sussurrou. — Eu pensei que... Que você fosse ficar feliz.

— Feliz? Deus, Bella, não. Feliz é muito pouco pra descrever como estou me sentindo agora, eu só... — suspirou e passou a mão no cabelo de novo. — Você tem certeza? Um bebê?

Bella riu com as lágrimas descendo por seu rosto.

— Sim, eu tenho certeza. Eu fiz vários testes de gravidez de farmácia e fui fazer um exame de sangue com a Leah pra ter certeza.

— Amor, você devia ter me contado, eu teria ido com você.

— Eu sei, mas eu queria te fazer uma surpresa. E acho que eu consegui ou não teria quase desmaiado ao saber disso. — Bella gargalhou. — Essa é uma história pra contar pra esse bebezinho.

— Oh não, não é mesmo, não vamos comentar sobre isso. — Edward se levantou, sem soltar o teste, e segurou-a pela cintura. — Sim, foi uma surpresa, mas uma ótima surpresa. A melhor surpresa da minha vida. Eu te amo tanto, tanto. — e a beijou. Foi lento e doce, apaixonado... E agradecido. Como amava aquela mulher e como era grato por ela fazer parte de sua vida. Lentamente, ele deslizou uma mão para a barriga dela e afagou; seu bebê. Separou suas bocas com um enorme sorriso. — Meu bebê... Nosso bebê.

Bella assentiu e ergueu a camisa que usava. Não havia nenhuma diferença nítida, talvez uma ligeira, quase imperceptível, curva no final de sua barriga, mas podia ser apenas impressão porque agora sabia que ali crescia o seu bebê. Mas sentiu seus olhos marejarem e um sorriso enorme preencher seu rosto com o que Bella tinha feito. Estava escrito com batom vermelho – Oi papai :)

Edward se ajoelhou e a segurando pelas laterais de suas coxas.

— Oi bebê... — disse emocionado e sorriu. — Eu sou o seu papai.

...

Aquela lembrança aqueceu o coração de Bella em meio a toda a dor. Queria fazer aquilo – por si mesma, por Edward, pelo bebê, mas não conseguia.

— E-eu não consigo, eu não... Eu não consigo. — choramingou ofegante e suspirou. — Eu sinto muito, eu sinto muito...

— Bella, meu amor, eu sei que você pode, apenas empurre. — Edward a incentivou segurando sua mão.

— Só mais um pouco, Bells. — Charlie também lhe incentivou.

— Falta pouco, minha querida, eu sei que você consegue. Eu só preciso que você respire fundo e empurre com toda a sua força, você consegue, Bella. — a obstetra ajudando no parto, que no caso também era sua sogra, Esme, fez o mesmo. — Vamos lá, vou contar até três e você vai empurrar com toda a sua força, seu bebê depende disso.

Bella, que estava a dar a luz, respirou fundo e fechou os olhos. Suas lágrimas se misturavam ao suor em seu rosto, segurando a mão de Edward de um lado e a de Charlie no outro. Estava escutando as instruções de todos e queria segui-las, só não sabia como fazê-lo. Suava e fazia toda a força que tinha, mas ainda não era suficiente.

Nunca imaginou sentir tanta dor como naquele momento, dor e a quase insuportável vontade de empurrar que lhe atingia. E ainda se perguntava se os medicamentos e a epidural não tinham que ter evitado aquilo – agora entendia porque várias pessoas ficavam lhe perguntando "tem certeza que quer um parto natural?". Sim, queria um parto natural, com os menores riscos possíveis para seu bebê, sempre soube que era uma dor terrível, mas agora, sentindo-a, sabia que era pior do que terrível. Nem o pensamento de que no final tudo valeria a pena, afinal, teria seu bebê nos braços, estava ajudando, só queria acabar com aquilo.

Então respirou fundo mais uma vez e fechou os olhos, juntando toda a força que podia e que nem sabia ter, então empurrou. Empurrou com toda a força que corpo lhe permitia, um grito rasgou sua garganta, ecoando pelo quarto da maternidade e todo o andar, provavelmente.

— Isso, Bella, agora já está coroando, só mais um pouquinho... — Esme pediu.

— Você está ótima, amor, só mais um pouco, empurra. — Edward disse emocionando e beijou sua mão.

Charlie não disse nada com o nó de lágrimas preso em sua garganta, já tinha visto e vivido muita coisa em sua vida, mas nunca segurara a mão de alguém e assistiu a um parto real, nem do de Bella pode estar presente, agora ver seu primeiro neto ou neta nascer era uma emoção extraordinária.

Ela então fez mais força... E mais... E mais... Toda a força que podia, se erguendo da cama ao se aproximar do limite, empurrando a própria barriga, no último grito e suspiro de sua força, caiu para trás. Alívio.

O choro do recém-nascido ecoou pelo quarto. Bella estava ofegante, mas sorriu em lágrimas.

— Meu bebê, eu quero ver... É um menino ou menina? — ela conseguiu falar quase num suspiro.

Tinham resolvido deixar o sexo do bebê em segredo e assim começaram as apostas. E enquanto Bella apostava que seria um menino, chamado Edward Anthony Cullen Junior, uma óbvia homenagem ao pai, Edward sempre apostou que seria uma menina, chamada Renesmee Carlie Cullen, uma mistura do nome de seus pais.

— É uma menina! Uma linda menininha! — Esme disse emocionada e com lágrimas brilhando em seus olhos, segurando a pequena bebê suja e chorosa. — Vem cortar o cordão, filho.

Sorrindo entre as próprias lágrimas, Edward pegou a tesoura que uma enfermeira lhe estendeu e cortou o cordão no lugar mostrado por Esme. E o bebê continuou a chorar, enquanto Esme fazia os primeiros cuidados da vida dela.

Edward nem podia acreditar. Sua filha. O pequeno bebê enrugado e sujo, meio avermelhado e chorando a plenos pulmões. Sua menininha. Nada no mundo se comparava a essa felicidade. Absolutamente nada.

— Uma menina, amor. Nossa Renesmee. — Edward sussurrou para a esposa. — Eu ganhei.

Bella riu ainda ofegante e chorando, mas com um enorme sorriso. Sentiu uma explosão de sentimentos naquele momento. Toda a dor tinha sido esquecida. Agora só podia sentir toda a felicidade e amor transbordar de seu peito.

— Parabéns, papai. — sussurrou para o marido. Ele riu.

— Parabéns, mamãe. — acariciou a testa dela, afastando o cabelo suado colado na pele. — Obrigada, Bella. Muito obrigada, meu amor. — beijou os lábios dela, depois seus cabelos.

— Ela é uma menina linda, Bells. — Charlie elogiou. — Vocês dois fizeram um lindo trabalho.

— Fizemos mesmo né, sogrão? — Edward riu. — Parabéns, vovô.

— E agora vamos apresentar essa bebezinha à mamãe. — Esme disse suavemente, voltando agora com o bebê embrulhado em uma manta.

Bella sorriu e abriu os braços, recebendo a filha em seu peito. Renesmee ainda chorava aos gritos, mas Bella não podia estar mais feliz ou emocionada.

— Oi filha... Oi bebê. Eu amo você, minha pequena cutucadora. — beijou a testa dela e riu ao erguer o rosto para Charlie. — Ela é linda, pai. Perfeita!

— Sim, Bells, ela é. Ela é bebê mais linda que eu já vi e isso considerando você. Sinto muito, Bells, mas é verdade.

— Eu sei papai. Eu sei. — Bella riu, acariciando a testa da filha com o dedo e virou o rosto para o marido. — Quer segurá-la, papai?

Edward arregalou os olhos. Claro que queria, era sua filha, mas e se a deixasse cair? E se não fosse um bom pai? Ou pior, e se ela não gostasse dele? Os pensamentos que tivera durante toda a gestação voltaram a lhe atormentar, mas queria tanto segurá-la que os ignorou e jurou que seria o melhor pai que pudesse. Nervoso, deixou que Esme pegasse a filha de Bella e a colocasse em seus braços.

— Jesus, Bella... — suspirou. — Ela é linda... Absolutamente linda. — passou o indicador lentamente em sua bochecha. — Oi bebê, eu sou o seu pai. — anunciou orgulhoso. Era surpreendente que algo tão pequeno pudesse ser tão barulhento e o choro dela era alto, um choro típico de recém-nascido, mas que o fazia sorrir como um bobo – fazia tudo ainda mais real. Porra, sua filha era linda. E não parou de chorar mesmo no seu colo. As lágrimas desceram por seu rosto e ele não teve vergonha alguma, era o melhor momento de toda sua vida. — Você é tão linda, minha doce bebê.

E Renesmee parou de chorar ouvindo o som de sua voz e seus brilhantes olhos pareciam fitá-lo curiosamente.

— Acho que ela reconhece sua voz, Edward. — Bella sorriu.

Edward sorriu orgulhoso. Claro que ela reconhecia a voz do homem que falou com ela todos os dias enquanto ainda estava na barriga da mamãe, seu papai.

— Claro que ela reconhece. — sorriu. — Ela sabe quem eu sou não sabe, bebê? Quem eu sou? Eu sou papai. — riu suavemente. — Papai! E eu prometo ser o melhor do mundo, te proteger e cuidar de você... E te amar pra sempre, assim como eu amo a sua mamãe. — beijou cuidadosamente a testa da filha.


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Notas finais do capítulo

Daddyward é uma das coisas mais lindas e doces que pode existir nessa vida, eu juro. Amo ler e preciso escrever mais desses, ai ai, hm. KKKKKK
A primeira fase foi sobre o encontro e nascimento do amor deles. Segunda fase é sobre a família, despedida e reencontro durante missões do Edward. Sem cartas até... Chegarmos ao motivo das cartas. Sem conclusões precipitadas ou qualquer coisa. Espero vcs nos comentários e até o próximo, bjsbjs s22