Pov Edward

– Bella? – Perguntei, correndo para o lado dela na cama.

– Onde eu... Ah não. – Disse ela, provavelmente se lembrando do acidente.

– Você está no hospital de Nova York. – Disse um dos médicos pra ela.

– Eu quero água. – Disse ela.

– Claro. – Disse o médico, pegando uma jarra de água, que estava do lado da cama.

– Rapaz, você poderia esperar la fora, enquanto fazemos uns exames nela, pra ver se está tudo bem com ela. – Disse outro médico, ou enfermeiro, sei lá.

– Eu já venho Bella. – Eu disse, beijando a mão dela, e saindo do quarto.

Peguei meu celular, e liguei pra Jacob, pra saber onde eles estavam.

– Oi, Edward. – Disse Jacob, ao atender o telefone. – Nós a perdemos de vista, e depois descobrimos que estávamos seguindo a pessoa errada, não sei como ela fez aquilo. Agora estamos chegando no hospital já.

– Tudo bem, nesse tempo, aconteceu muitas coisas aqui também. – Eu disse.

– O que aconteceu? Porque você está chorando? Diz que a Bella está bem? Vou colocar no viva voz, pra todo mundo ouvir.

Nem percebi que estava chorando agora, antes as lágrimas eram de tristeza, achando que podia ter perdido a Bella para sempre, mas agora eram de felicidade, pois ela estava viva, e se Deus quiser estára tudo bem com ela.

– O que ouve com a Bella?! – Ouvi Alice gritar do outro lado.

– Calma pessoal, eu estou chorando de felicidade. A Bella acordou. – Eu disse, ouvindo todo mundo gritar do outro lado.

– Vou desligar, já estamos estacionando ai no hospital. Marcos, Gabi, e Nessie estão vindo atrás da gente de carro, agorinha estamos ai.

– Beleza, até mais.

Eu caminhei até a sala de espera, enquanto deixava os médicos cuidarem da Bella, e esperando que o pessoal chegasse. Uns cinco minutos depois, eu vejo todos entrando correndo dentro do hospital, e vindo na minha direção.

– Como a Bella está? – Perguntou Gabi.

– Vocês tem noção que estão em um hospital e não podem ficar correndo? – Eu perguntei, assim que percebi que todos olhavam a gente, com cara de espanto.

– Já passou, agora diz como a Bella esta. – Disse Nessie.

– Eu não sei ainda, ela acordou, mas os médicos pediram para examinar ela, e me colocaram pra fora do quarto.

– Nunca imaginei que ela fosse acordar, assim do nada. – Disse Marcos.

– Eu também, não. – Disse Alice. – Será que o Edward deu um beijo nela, igual na bela adormecida, ai ela acordou.

– Victória esteve aqui. – Eu disse.

– Como assim? – Perguntou Jacob.

– Ela nos enganou só para vir para cá. – Concluiu Jasper.

– O que ela fez? – Perguntou Rose.

– Com licença. – Ouvi um médico dizer, ao chegar na sala de espera, para todos que estavam ali. Então reconheci como sendo o Doutor Chase. – Família de Isabella Swan.

– Somos nós. – Disse Jacob, se aproximando do médico, com a gente no encalço.

– Vocês estão em quantos ai? – Perguntou o médico, e já que estávamos todos embolados na volta dele, com certeza não deu pra contar quantos éramos.

– Nove. – Disse Emmett.

– Vão poder entrar três de cada vez. – Disse o Médico. Enquanto eu ouvia Alice sussurrar: nossa o Emmett, sabe contar.

– Não tem como entrar quatro, e depois entrar cinco? – Eu perguntei.

– Porque? – Perguntou o médico.

– Ai entra as mulheres primeiro, e depois entra os homens. Pra não da confusão. – Eu disse. Mas na verdade, eu queria contar sobre Victória, para eles.

E depois eu teria mas tempo para conversar com a Bella, já que com certeza eu iria passar a noite aqui no hospital.

– Tudo bem. – Disse o Médico. – Vamos senhoritas.

As gurias seguiram o doutor Chase, na direção do quarto da Bella.

– Eu sei que você quer falar com a gente. – Disse Jacob.

– Pode falar. – Disse Jasper.

– Vamos nos sentar ali. – Eu disse, indo na direção de uns bancos vazios. Me sentei, e esperei que todos se acomodassem, para poder começar a contar o que aconteceu, mais cedo. – Victória esteve aqui, e ficou me alugando, ai chegou uma enfermeira, que era parceira dela, e aplicou um injeção na Bella, de sei la o que, ai a Victória disse que eu tinha cinco minutos, para tentar salvar a vida da Bella, se não ela ia morrer, então eu nem prestei atenção em mais nada, a não ser em salvar a Bella, então nem vi a Victória indo embora.

– Então esta injeção que a Bella levou, meio que ajudou ela acordar. – Disse Emmett.

– Mas se demorasse mais um pouquinho ia ajudar era ela dormir, para o resto da vida. – Disse Marcos. – Então graças a Deus, você conseguiu salva-la.

– Mas nós temos que pegar Victória, pois se ela é capaz de matar, ela é capaz de tudo. – Disse Jacob.

– Mas como vamos fazer isso? Se ela conseguiu pagar alguém pra fingir ser ela, enquanto vocês a seguiam. – Perguntei.

– A gente só precisa estar um passo na frente dela. – Disse Jasper.

– E como a gente vai fazer isto gênio? – Perguntou Jacob.

– Vamos deixar as coisas calmas por enquanto, pra ela pensar que a gente largou mão dela. Só que ao mesmo tempo, vamos ficar de olho nela. Pois se ela pensar que largamos mão dela, ela vai deixar a gente em paz, por um tempo, e vai dar tempo da gente bolar alguma coisa.

– E vai dar tempo da Bella se recuperar. – Disse Marcos.

– Então beleza, vamos acompanhar ela, as escondidas mesmo, não vamos mais seguir ela, e a Bella pode se recuperar mais tranquila, mas ao mesmo tempo, não podemos deixar a Victória atacar.

– Claro que não, é só a gente tomar cuidado. – Disse Jasper.

Olhei ao redor, para ver se o doutor Chase e as gurias estavam vindo, para podermos entrar, e por sorte, eles estavam mesmo.

– Agora é a vez de vocês. – Disse o médico.

– Vamos. – Eu disse.

– Vamos esperar aqui. – Disse Alice, após dar um selinho em Jasper.

Seguimos o médico até o quarto da Bella, e eu fui o primeiro a entrar, e me posicionar ao lado dela na cama.

– Vou deixar vocês a sós. – Disse o médico.

– Oi Bella. – Dissemos em coro, à fazendo rir.

Ela olhava para todos, talvez para ver se tinha algo diferente, se tínhamos mudado alguma coisa, nesses dias que ela ficou em coma.

– Oi, meninos. – Disse ela, sorrindo.

– Estávamos com saudade. – Disse Emmett.

– Quem ia dar patadas na gente? – Perguntou Marcos, pra Bella.

– Está me chamando de cavala? – Disse Bella, se fingindo de brava.

– Jamais. – Disse Marcos, fazendo todos nós rirmos.

– Nunca mais da um susto na gente mocinha. – Disse Jasper.

– Nunca mais vou deixar você andar de moto. – Disse Jacob.

– E eu apoio esta ideia. – Eu disse, fazendo Bella, revirar os olhos.

– O que aconteceu com a minha bebe? – Perguntou Bella.

– Ela esta na oficina, mas a senhorita não vai ver ela tão cedo. – Eu disse.

– Mas eu dependo dela, para me locomover. – Tentou argumentar.

– Isto comigo não cola, eu vou te levar e buscar de carro todos os dias, ou as gurias vão. – Eu disse.

– Está bem. – Disse ela.

– Como você está? – Perguntou Marcos.

– Bem, só um pouco cansada. – Disse ela.

– Sério que você ta cansada? Você dormiu um monte! – Disse Emmett, fazendo todo mundo rir.

– Eu estava em coma, e não descansando. – Disse ela. – O doutor Chase, disse que se eu continuar bem assim, amanhã a tarde eu já vou poder ir para casa.

– Sério? Que ótimo! – Eu disse.

– É mesmo. Ai tudo vai voltar a ser como era. – Disse Jacob.

– Jacob defendendo a Bella, e Edward xingando. – Disse Jasper. – Bem desse jeito.

– Eu to até com saudade, do Edward me xingando, e o Jacob, tentando me ajudar. – Disse ela. – Igual no primeiro dia, em que eu cheguei, eu queria ir para a festa, e na volta o Edward me xingou de várias coisas, e eu ia embora de casa, enquanto o Jacob, tentava me defender, e fazer com que eu ficasse.

– E funcionou. Você não foi embora. – Disse Jacob.

– Depois de você falar pra ela, que ela podia me encher o saco bastante, ficando. – Eu disse.

– Quer motivo melhor. – Disse ela, rindo.

– Muito engraçado. – Eu disse, fingindo estar bravo, fazendo ela me mostrar língua.

– Ah, tenho uma novidade para ti. – Disse Jasper.

– O que é? – Perguntou Bella.

– Como você perdeu uns dias de aula, eu falei com um amigo meu, antes de eu saber se você ia acordar agora ou não, para quando você acordasse, ele te desse umas aulas de reforço por assim dizer. É que ele é médico, e como medicina eu acho algo muito complicado, eu acho que é bom você ter uma aulinha, pra poder voltar a faculdade. – Disse Jasper. – Ainda mais agora, que ta no fim do semestre, ou tu estuda e passa, ou você ta ferrada.

Como assim, “ele”? Um cara vai dar aula de reforço pra Bella. Nunca que eu ia deixar. Eu aposto que tem muita médica mulher, que adoraria dar aula de reforço, mas um homem, eu acho que não é necessário.

– Ai, valeu Jasper, eu nem sei como te agradecer! Pois eu nem me lembrava da faculdade. Na verdade nem antes do acidente, eu não lembrava que tinha que estudar para as provas. Nem parece que foi ontem que eu cheguei aqui, e comecei a faculdade, e já se passaram seis meses!

– O tempo passa. Eu lembro que foi ontem, que eu comi três pratos de lasanha. – Disse Emmett, suspirando. – Ah é, foi ontem mesmo. Eu comi lasanha no almoço.

– Daqui a pouco eu já tenho que arrumar lugar pra morar. – Disse Bella, me fazendo arregalar os olhos.

– Você não vai ficar mais la em casa? – Perguntou Emmett, a pergunta que eu tento quero saber a resposta.

– Por enquanto sim, pois ainda estou sobre a responsabilidade do Edward. Mas daqui a pouco eu vou ter 18, ai vou ter que me virar sozinha. Lembra que desde o começo, o Edward, nunca me quis, sempre me achou um peso. – Disse ela.

– Não viaja, Bella. No começo, eu achava você uma pirralha idiota. – Eu disse, fazendo ela me fuzilar com olhar. – Agora você se tornou a nossa amiga. – Como era difícil, dizer a palavra amiga agora, depois que a gente ficou aquele dia. – Este lance, que se você fizer 18 anos, você vai ter que ir embora, não existe mais. Agora você só vai se você quiser.

– Que lindo. – Disse ela. – A não ser pela parte da pirralha idiota, mas o resto foi uma declaração e tanto.

– Então você vai desistir de ir embora? – Perguntou Jacob.

– Por enquanto. – Disse ela. Mas nunca que eu ia deixar ela ir.

– Com licença. – Disse o doutor Chase, entrando no quarto. – Está na hora, de vocês irem.

– Tudo bem, já vamos ir. – Disse Marcos.

– Amanhã a gente vem de novo. – Disse Emmett.

– Tudo bem. – Disse ela. – Amanhã eu vou ganhar alta? – Perguntou ela, olhando para o doutor Chase que estava atrás da gente.

– Tudo indica que sim. Amanhã de manhã eu faço mais uns exames, ai se tiver tudo bem, você poderá ganhar alta. – Disse o médico.

– Então amanhã viremos te buscar. – Disse Jacob.

– Quem vai passar a noite com ela, aqui? – Perguntou o médico. – Um de vocês ou alguma das meninas?

– Eu. – Eu disse.

– Não precisa Edward, pode ir pra casa. – Disse Bella.

– Nem discuta. – Eu disse. – Eu vou ficar, está resolvido. – Eu olhei para os outros, que assentiram.

– Tudo bem então, os outros podem sair. – Disse o médico, abrindo a porta para eles.

– Tchau Bella. – Disse Jasper.

– Até amanhã. – Disse Marcos.

– Tchau. – Respondeu Bella.

Todos eles saíram, inclusive o doutor Chase, que ia chamar a enfermeira, pra trazer, alguma coisa para a Bella, comer.

Nesse meio tempo eu e a Bella ficamos em silencio, a enfermeira trouxe uma sopa, a qual a Bella não queria comer, então eu mandei a enfermeira embora, que eu mesmo ia enfiar aquela sopa a goela baixo, se ela não tomasse.

Me sentei na beirada da cama, com o prato na mão pronto para fazer ela engolir aquilo tudo.

– Então a senhorita passou dias em coma, sem comer nada, e agora que está acordada, eu não acredito que não esteja com fome. – Eu disse, mexendo a sopa com uma colher.

– Ta bom, me da aqui que eu como. – Disse ela, estendendo os braços para pegar o prato.

– Olha o aviãozinho. – Eu disse, colocando um pouco de sopa na colher, e levando até a boca dela.

– Você ta brincando? Que coisa mais infantil! – Disse ela.

– Eu não tive infância. – Eu disse rindo. – Qual é, deixa eu dar a sopa pra você.

– Ta bom. – Disse ela, abrindo a boca.

– Muito bom. Tem que comer tudinho para ficar fortinha. – Ela começou a rir. – Mais uma. – Coloquei mais uma colherada de sopa na boca dela.

– Por que você quis ficar? – Perguntou ela, depois de comer.

– Por que sim. – Eu disse, pegando mais uma colher de sopa.

– Porque sim, não é resposta. – Disse ela, fechando a boca, quando eu ia enfiar a colher. – Se você não me falar, eu não vou comer.

– Problema é seu, quem vai passar fome é você mesmo. – Eu disse, fazendo ela arregalar os olhos. – Ta bom, eu só vou cair nessa, porque você precisa mesmo comer, se não, esta chantaje não ia funcionar comigo.

– Então diga. – Disse ela, abrindo a boca em seguida, para eu dar a sopa.

– Eu não quero ficar longe de você. Satisfeita?

– Muito. – Disse ela, sorrindo. – Depois que a gente ficou, nós nem conversamos, nada.

– Pois é, aconteceu tudo isto. – Eu disse, me referindo ao acidente.

– Não se preocupe, eu não vou mais tentar te seduzir, aquilo foi errado da minha parte. – Disse ela, me olhando nos olhos.

– Você fala como se eu não tivesse culpa também. – Eu disse, porque se eu não quisesse, aquilo nunca teria acontecido, então a culpa foi minha também. – Se você se arrependeu, a gente fingi que nada aconteceu.

– Como assim, eu me arrependi? Eu achei que você tivesse arrependido.

– Claro que não, apesar de você ser menor de idade, aquilo foi a melhor coisa que podia ter acontecido.

– Sério? – Perguntou ela, tirando o prato de sopa da minha mão, e comendo por si só. – Se eu depender de você pra me dar comida, eu morro de fome. – Disse ela, dando uma colherada na sopa.

– Eu não contei nada daquilo, pros guri. – Eu disse. – Já que achei que você ia se arrepender, e não ia querer nem olhar na minha cara mais.

– Eu não posso dizer o mesmo.

– Como assim? – Perguntei confuso.

– Eu contei para todas as meninas, e até Marcos sabe. – Disse ela.

– E o que eles disseram? – Perguntei curioso.

– Perguntaram se a gente ta namorando agora. – Disse ela, dando de ombros, e voltando a comer.

– E o que você respondeu?

– Que não. Pois você nem gosta de mim, eu que te seduzi. – Disse ela.

– Você está enganada. – Eu disse.

– Estou? Porque? Eu não lembro de você ter me pedido em namoro, só se foi quando eu tava em coma, e mesmo assim, eu não ia poder responder sim ou não.

– Eu gosto de você, e queria te perguntar. – Eu disse, nervoso. – Você quer namorar comigo? E você não está em coma, então trate de responder, sim ou não. – Assim que eu terminei, vi que ela se engasgou com a sopa, me fazendo dar umas batidinhas na costa dela. – Respira.

– Eu não esperava. – Disse ela.

– A ideia, é você responder sim ou não.

– Sim. Eu aceito ser sua namorada, Ed. – Disse ela, me lembrando desse apelido idiota.

– Sério?

– Sim!

– Então me da um beijo, que eu já to com saudade. E meu nome é Edward, e não Ed. Este apelido é muito idiota. – Assim que terminei, tirei o prato da mão dela, e colei nossos lábios.