Pov Edward

– Por favor, Bella, acorda. – Eu dizia, segurando a mão dela na beira da cama do hospital.

Ela estava dormindo profundamente, até mais do que eu gostaria. O rosto tão tranquilo, e com alguns arranhões devido a queda, mas ainda sim continuava linda, porém só de pensar que ela jamais poderia acordar, fazia meu peito doer.

Havia passado alguns dias, depois do acidente, e que o detetive tinha ligado. No outro dia eu havia contado tudo o que eu desconfiava para os outros, que me apoiaram, apesar de acharem perigoso eu querer pegar Victória, mas eles estavam tão bravos quanto eu, que resolveram ajudar, mesmo sabendo dos riscos.

Como antes de tudo isto acontecer, a gente já tava ciente que haveria riscos, depois disso, nós temos certeza de que à. Antes nós não sabíamos até que ponto ela poderia chegar, contra nós, mas agora sabemos.

Nós estávamos nos revisando, em quem ia ficar com a Bella, e quem ia atrás de Victória, para conseguirmos um modo de pega-la.

– Bella, volta pra mim. – Eu disse, dando um beijo na mão dela.

– Com licença. – Disse uma voz atrás de mim, me fazendo virar rapidamente. – Vejo que o meu trabalho não foi muito bem sucedido.

– O que faz aqui? – Perguntei para Victória, que se sentou na poltrona que havia ali no quarto.

– Vim ver, se ela vai acordar, mas pelo visto eu acho que não. – Disse ela.

– Como que você chegou aqui? – Perguntei alarmado.

– Você acha que eu sou burra? Acha que eu não vi os seus amiguinho e até mesmo você, atrás de mim? Seguindo-me por todo lado. – Disse ela, fazendo gestos com as mãos, enquanto falava. – Olha, acho melhorar você melhorar sua equipe, pois eles não são muito bons.

– Onde eles estão? – Perguntei. Porque pra ela estar aqui, e eles não, sendo que eles realmente estavam seguindo ela, é muito suspeito.

– Não se preocupe, por enquanto. – Disse ela, sorrindo. – Eles devem estar me seguindo por ai, já que eu contratei outra pessoa, parecida comigo, pra fingir ser eu, então enquanto eles estão na cola dela, eu estou aqui. Genial, não acha?

– Vamos conversar la fora. – Eu disse.

Eu estava louco para arrancar o pescoço dela, mas não podia fazer nada aqui, não queria nem sonhar em prejudicar a Bella, que estava tranquila, sem nem imaginar o que estava acontecendo aqui.

– Mas porque? Você acha que eu seria capaz de fazer algum mal a ela. – Disse Victória, levantando e vindo para o lado da cama. – Olha como ela dorme tranquilamente. E eu acho que ela vai dormir tranquilamente por muito tempo ainda. – Disse Victória, passando a mão no rosto de Bella.

Eu fui rapidamente para o lado dela, e a puxei pelo braço.

– Você acha que eu não sei que foi você que mexeu no freio da moto? Eu sei que você tentou matar ela, e você vai me pagar bem caro. – Eu disse, nervoso, e apertando o braço dela com força.

– Me solta! – Gritou ela puxando o braço. – Quem você quer enganar, você nunca quis ela na sua vida. Ou você acha que eu não sei, que ela foi uma herança de família, que caiu na sua vida de paraquedas. Eu pesquisei vocês todos, e sei que até pensar em ir embora, ela pensou, porque você não queria ela la. E agora vem querer pagar de bonzinho. Eu fiz um favor pra você!

– Você não sabe nada da minha vida, nada! – Eu gritei e a puxei para fora do quarto, soltando o braço dela. Mas antes que eu pudesse falar outra coisa, fomos interrompidos.

– Com licença garotos. – Disse uma enfermeira, empurrando um carrinho de hospital. – Eu preciso aplicar um medicamento, na paciente Isabella Swan.

– Claro. – Eu disse, me afastando da porta, para que a enfermeira pudesse passar.

Depois que a enfermeira entrou, me virei para Victória, que estava com um sorriso de orelha a orelha.

Esperei a enfermeira terminar o trabalho dela, para poder esganar a Victória, pois eu não queria que ela ouvisse os gritos através da porta, mas quando a enfermeira saiu com o carrinho novamente, ouvi Victória falando.

– Tomara que você seja um ótimo atleta, pois se você quiser salvar a vida dela, você vai ter que correr muito. Você tem 5 minutos.

Em questão de segundo, ouvi gritos de dentro do quarto da Bella, me fazendo abrir a porta num rompante.

Olhei para cama e vi a Bella, tendo uma convulsão, eu acho, ela estava revirando os olhos e tendo ataques, eu varri o quarto com os olhos atrás do botão de emergência e não encontrei.

– Mas que merda! – Gritei, e sai correndo do quarto, atrás de médicos... de verdade!

Tenho certeza que aquela enfermeira, não era enfermeira coisa nenhuma, ela aplicou alguma coisa na Bella. E a Victória que mandou, pois ela me deu um aviso de ultima hora. Disse que eu tenho 5 minutos.

Corri até a recepção, encontrando uma garota, sentada com cara de tédio mexendo no computador.

– Preciso de um médico, a paciente Isabella Swan, está tendo um ataque, ela estava em coma!

– Vou ver o que posso fazer senhor, se acalme. – Disse ela.

– Você é surda! – Gritei, fazendo todos olharem para mim. – Preciso de um médico urgente, ou ela vai morrer!

– Se acalme. – Disse ela, novamente, usando o computador.

– Se você mandar eu me acalmar de novo, eu juro que pego este monitor e taco na sua cabeça! – Eu disse.

– Não será necessário, uma equipe médica esta indo pra la, neste momento. – Disse ela, me fazendo correr novamente, para o quarto da Bella.

Cheguei la, ainda não havia chegado ninguém, e ela continuava com os ataques, mais percebi que o coração dela começava diminuir, o que eu podia estar feliz, se não fosse, pelo fato de eu achar que o coração dela estava parando, ao invés de só parar os ataques.

– Se afaste! – Gritou um médico, sendo seguido, por outros.

Eles pararam um desfibrilador ao lado dela, para poder aplicar o choque. Eles abriram a roupa que ela estava vestida, que era aquele tipo de macacão de hospital, passaram um gel nela e no aparelho, para então poder usar.

Parecia que tudo ali, estava acontecendo em câmera lenta, eu não conseguia ver ela sofrendo daquele jeito, a cada choque que ela levava, a dor que ela devia estar sentindo.

E eu sei que quando eles demoram com o desfibrilador, e nada acontece, é porque não à mais jeito, e de repente ela parou de dar ataques, e eles pararam com o desfibrilador. O que me fez ver que tudo tinha acabado ali, e Victória tinha vencido.

Eu fui caminhando lentamente na direção da porta, pois eu não queria mais ficar ali, ver tudo aquilo, em pensar que eu estava aqui quando a enfermeira entrou, eu podia ter impedido, mas o fiz.

Quando eu estava já praticamente saindo do quarto, ouço a voz que eu esperava tanto pra ouvir:

– Edward? – Disse Bella, me fazendo virar rapidamente.