Falsehoold's Life escrita por DiCaprio


Capítulo 4
Capítulo 4 -Não te ensinaram a não confiar demais?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/361209/chapter/4

Eu estava incrédulo.

_O que aconteceu no banheiro? – Débora perguntou assustada.

_Nada! – cuspi aquela palavra.

_Agora não vai mais confiar em mim?

_Eu posso?

_Do que você está falando?

_Você estava conversando com o garoto novo mesmo depois de eu quase ter sido expulso por causa dele.

_E o que eu tenho com isso? – ela começou a se alterar – Ele é um garoto muito legal, muito diferente do que você vem sendo nos últimos dias.

_Ah me desculpe se eu não sou perfeito!

_Não foi isso que eu disse.

_Tanto faz... Eu não me importo!

Continuei andando calado.

_Olha Math – Débora insistiu – eu sei que você está em crise! – não respondi – Então deixa eu te ajudar, ok? – continuei calado – Sabe quem fez isso?

_Faço uma ideia!

_Então me diga.

_Não posso! Desculpe-me, Débora, mas eu preciso resolver isso agora. – e sai apressado.

_Espera, Math…

Eu já tinha sido ruim demais com a Debby por um dia. Então resolvi me afastar dela um pouco pra que me minha crise pessoal não a afetasse mais. Acho que era o melhor a ser feito. Além do mais, eu não poderia contar a ela o que tinha acontecido, mesmo sendo melhores amigos, tem coisas que não devem ser ditas.

Cheguei em casa e logo me joguei no sofá da sala, do jeito que estava. Nem me preocupei em tirar os sapatos. Eu só precisava de um descanso.

_Como foi o seu dia? – disse minha irmã mais velha, Beatriz, chegando até a mim.

Bea e eu éramos mais do que irmãos, éramos amigos. Eu e meus irmãos sempre nos demos muito bem. Bea, porém, era a mais impaciente da família, nunca gostou de coisas erradas. Tinha 1,65 de altura e um cabelo castanho escuro longo. Naquele dia ela estava diferente, ao mesmo tempo em que seu olhar pareceu distante, estava prestativa logo perguntando do meu dia. Fiquei em dúvida se podia contar mesmo a ela, mas sempre conversamos sobre meu dia na escola.

_Estressante! – tentei resumir.

_Primeiro dia ruim? – ela insistiu.

_Digamos que primeiro uma briga e depois o garoto ainda quis se fazer de bonzinho! – resolvi abrir o jogo, bem, só de uma parte.

_Como assim?

_Sei lá. Primeiro tava me xingando e depois tava todo legal comigo.

_Isso me parece o tipo de pessoa que não presta, fingindo ser legal pra quando você mesnos esperar, atacar. Senão, porque ele xingaria você?

_Exatamente o que pensei! E isso não é nem o começo da história!

_Espero que você faça a coisa certa! Saiba que vou estar aqui se precisar…

_Eu sei! Bem, vou tomar um banho pra me acalmar. – e sai.

Era interessante como minha mente e da minha irmã estavam sempre em perfeita harmonia e ela sempre sabia o que dizer e como dizer. Talvez eu devesse ter contato mais detalhadamente o que aconteceu, talvez eu tivesse feito mesmo parecer o que eu que eu queria que parecesse. De qualquer forma eu tinha coisa mais importante pra pensar, como exemplo quem me mandou aquela mensagem e o que quer de mim.

-

À noite chegou e eu ainda sem respostas. Não recebi mais nenhuma mensagem, nem nada! Qual era o jogo? Como de costume no fim do dia, peguei meu diário e fui relatar as coisas loucas que aconteceram. Foi então que relembrando de tudo que aconteceu, pude pensar melhor e analisar os fatos. Chris era o único dentro do banheiro, mas nós éramos amigos agora e ele parecia tão legal. Will não teria como saber já que estava na sala. Mas e Oliver? Ele tinha dito coisas estranhas pra ele, será possível? Como? Ou ainda poderia ser um joguinho do Sam, já que ele entrou lá e trancou a porta, ele podia ter mandado alguém ficar escondido e registrar isso. Esperem. Ele me mandou dar um abraço no meu irmão por ele. Talvez fosse isso, ele devia estar querendo usar isso contra mim dessa forma, mostrando ao meu irmão. Só não conseguia entender como ele saberia que eu estaria ali no banheiro naquela hora, e “sozinho”. Nada parecia fazer sentido.

Naquela noite não consegui dormir, minha mente estava confusa demais pra parar de pensar naquilo.

-

No outro dia, bem cedo eu já estava de pé, pronto pra ir pra escola. Depois de muito pensar, eu tinha chegado a uma conclusão. Nem esperei por Débora, eu tinha pressa pra resolver tudo.

_Oi Math! – disse Chris.

_Como você pôde? – disse exaltado – Achei que éramos amigos!

_E somos! – ele pareceu confuso – Aliás, pude o que?

_Me ameaçar… Você me prometeu!

_Do que você tá falando?

Pegou seu celular e mostrei a foto pra Chris.

_Você era o único lá dentro! – Chris ficou caldo – O que você quer de mim pra não contar? – perguntei.

_Me beija!

_O que?

_Você perguntou, eu disse…

_Isso é só pode ser brincadeira…

_Falo sério!

_E como vou saber que você não vai contar?

_Confie em mim!

_E eu posso?

_Você tem o que perder?

Eu estava desesperado. Nunca estive numa situação semelhante. E nem tinha a quem recorrer.

_Eu não posso! – disse e sai correndo.

Aquilo só podia ser brincadeira. As coisas estavam mais loucas do que eu podia imaginar. O que eu ia fazer? Chris parecia legal, mas me pedir um beijo? Eu nunca imaginei que ele fosse gay. Estava mais confuso do que nunca.

As aulas foram passando e meu desespero crescendo. Afastei-me de Chris, e sabia que a qualquer momento, ele podia contar. Eu queria poder pedir ajuda a alguém, mas não podia.

No intervalo, chamei Débora num canto afastado de todos. Estava disposto a pedir a ajuda, e só ela podia me ajudar.

_Está disposta a me ajudar? – perguntei triste.

_Claro! – ela respondeu – Quero o meu Math de volta logo.

_Então se prepara, porque eu tenho muito pra contar…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar, por favor!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Falsehoold's Life" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.