Girls On Fire escrita por JessieVic


Capítulo 75
Capítulo 75


Notas iniciais do capítulo

Olá bonitas! Sinto muito pela demora! Segue mais um cap!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360771/chapter/75

– Mama... – Santana falou de fingindo animação – Ia te ligar agora mesmo, para contar onde eu estava! – era uma grande mentira, claro, mas ela não contava que Quinn e Rachel desses com a língua nos dentes tão cedo.

Casi me muero de preocupación! Que irresponsabilidade Santana! Yo pensando que estás en New York segura, você está no Brasil, fazendo sei lá o que! – ela falava tudo rápido, e sempre que estava nervosa, acabava misturando os idiomas, assim como Santana fazia.

Estoy bien... – ela resolveu que não ia gritar, sabia que estava errada nesse caso e era madura suficiente para não colocar-se em seu lugar, pelo menos nessa situação – No te preocupes ... estoy feliz – falou com um sorriso, olhando para Jessie que soprou um beijo.

– Santana, eu não fiz economias todos esses anos para você esbanjar com viagens, eu quero que você invista no seu futuro! Foi inconsequente viajar assim, sem planejamento... – a mãe ainda estava nervosa, mas falava um pouco mais baixo, como se estivesse falando com uma criança.

– Quinn ajudou na viagem, ela me devia uma! Você viu apenas uma parte de como eu fiquei quando Jessie veio para o Brasil... mas Quinn e Rachel, aquelas fofoqueiras, poderiam ter te contado mais coisas além de me cagüetar para você!

– Talvez, se você tivesse mandado notícias para elas, não teriam me ligado preocupadas! – ela tentava defender as garotas.

– As coisas foram corridas hoje, mas vou entrar em contato com elas... – Santana falava enquanto pensava que faria isso, principalmente pra xingá-las por serem dedo duro.

– E quanto tempo pretende ficar aí? Dessa maneira você nunca vai conseguir o que quer... aliás, meu bem, você precisa descobrir o que você quer... – a latina revirou os olhos ao ouvir isso. Mães, sempre conseguiam colocar um sermão em qualquer fala que fizessem.

– Mãe, agora não, por favor... já é bem tarde aqui no Brasil, estamos com sono... Vou ficar bem, por favor, confie em mim!

– Ah mi hija... é bom seu pai nem saber disso por enquanto, ele ficaria muito bravo... – a latina não acreditava muito nisso, seu pai pouco se importava com ela, desde que suas aventuras não o atrapalhassem no trabalho – Mande um abraço para Jessica e mande notícias sempre que puder! Senão volto a incomodar hein? E depois quero saber dessa história maluca do reencontro de vocês!

– Pode deixar que além de um abraço, vou dar um beijo nela! Agora quero dormir... – ela fazia drama com voz chorosa – Te amo madrecita! – esperou a mãe responder e desligou.

– Ainda bem que o estrago não foi tão grande... - Jessie olhava para a namorada com os olhos pesados, estava quase se entregando ao sono.

– Também acho...no começo achei que ela iria viajar pelas ondas do celular e vir me bater aqui... Mas deixa só, amanhã vou ter uma conversinha com aquelas duas dedo duro! Quinn que use o dedo dela pra outras coisas com Rachel e me deixe em paz! – ela falava sério, toda brava e a ruiva ria ao ver que no fundo ela amava as amigas. A latina viu aquele sorriso meio mole, sonolento e sentiu uma vontade imensa de dar um pulo sobre ela e apertar e beijar muito, mas como também sentia muito sono, preferiu deitar devagar ao lado dela e virando-se de frente para a garota, a puxou pela cintura e com um beijo de boa noite na testa, ficaram se olhando até que acabaram dormindo rapidamente.

XXX

– Quinn, devíamos ter ligado para Santana, antes de avisarmos a Maribel... – Rachel falava com um ar preocupado, ela conhecia a latina e tinha medo de provocar a ira dela a toa.

– Ah Rach, esquece essa história... a San só ladra mas não morde, conheço bem a peça... – Quinn respondia enquanto sua mão passeava pela cintura da morena. Estavam deitadas na cama, depois de mais um dia de correria entre ensaios e treinamentos “para Juilliard” como Rachel denominava as torturas que fazia com Quinn.

– Hum, conhece até demais pro meu gosto! – a pequena fez uma cara de emburrada e cruzou os braços.

– Ahh amorzinho, pra que lembrar disso? Foi só um momento... e querendo ou não, foi bom, pra eu descobrir o que eu realmente queria na minha vida – ela chegou bem perto do ouvido da morena e sussurrou com a voz rouca que enlouquecia qualquer um - VOCÊ!

– Huum Q... você não tem jeito, você, você... – ela não conseguia formular palavras, porque a loira começara a distribuir beijos pelo seu pescoço enquanto mexia em seus cabelos e ela já se derretia toda.

– Ah Rachel, gosto tanto do seu perfume... – ela inspirava fundo no pescoço da morena – Da sua pele, assim, arrepiada – passou a língua suavemente e depois deu um sugada.

Separou-se da morena e ficou olhando nos seus olhos, tentando ouvir os pensamentos que passavam por aquela cabeça de olhos atentos que a olhavam.

– Quinn Fabray, quer namorar comigo e ser minha, só minha? – a pergunta foi direta, sem rodeios, veio na cabeça e a boca falou sem mais delongas, até Rachel se espantou ao ouvir-se dizendo essas palavras e observou com expectativa uma resposta sair daqueles lábios tão lindos.

A loira deu um sorriso contido e com aqueles olhos penetrantes fitou a morena.

– Achei que já nos pertencíamos... sou sua, corpo e alma, pra você! – Quinn lhe deu um beijo na testa.

– Não ouvi a resposta para minha pergunta... – Rachel insistia. Queria logo poder chamar a garota de algo além de amiga. Aquilo tinha deixado de ser uma amizade colorida, há tempos.

Quinn fez uma cara enigmática, como sempre. Depois colocou o dedo no queixo e ficou com um ar pensativo, olhando para o nada e a morena já estava começando a se arrepender de ter tocado nesse assunto.

– Deixa pra lá... – ela fez menção de se levantar da cama, mas imediatamente Quinn a prendeu com as pernas e ficou em cima dela.

– Epa, onde é que você pensa que vai Rachel Berry? Quero que peça para sua namorada antes!

– Péssimo jeito de dizer sim... – a garota fazia birra e virava o rosto, fugindo de qualquer tentativa de beijo que a loira fazia. Quinn parou, saiu de cima da morena e apenas a observou com um olhar triste enquanto dava um suspiro profundo.

Esticou o braço e pegou o celular, mexia nele enquanto Rachel a observava curiosa tentando entender o que estava acontecendo. Então um ritmo de música suave soou pelo quarto e a morena se animou toda quando percebeu que Quinn ia cantar para ela.

https://www.youtube.com/watch?v=g6HC31fPCw8

I've never written a love song

Eu nunca escrevi uma canção de amor

That didn't end in tears

Que não terminasse em lágrimas

Maybe you'll rewrite my love song

Talvez você reescreva minha canção de amor

If you can replace my fears

Caso você possa substituir meus medos

I need your patience and guidance

Preciso de sua paciência e direção

And all your lovin' and more

E todo seu amor e mais

Ela ficava um pouco tímida ao cantar, aquelas palavras realmente faziam sentido para ela, talvez tinha pegado a doença de Santana e só conseguisse falar sobre seus sentimentos quando encontrava músicas que traduziam suas emoções.

When thunder rolls through my life

Quando trovões circulam através da minha vida

Will you be able to weather the storm?

Será que você está disposto a vencer essa tempestade?

There's so much I would give ya, baby

Há muito que eu gostaria de lhe dar, querida

If I'd only let myself

Se ao menos eu conseguisse

There's this well of emotions

Há uma inundação de emoções

I feel I must protect

Que sinto que devo proteger

But what's the point of this armor

Mas qual é o ponto dessa proteção

If it keeps the love away, too?

Se isso mantém o amor distante, também?

I'd rather bleed with cuts of love

Eu prefiro sangrar com cortes de amor

Than live without any scars

Ao invés de viver sem cicatrizes

Baby, can I trust this?

Eu posso confiar?

Or do all things end?

Ou será que todas as coisas terminam?

A loira tinha tanto medo. Em tão pouco tempo de vida, tantas coisas aconteceram, coisas que marcariam toda sua existência. Rachel era seu porto seguro e ela queria que a garota soubesse disso, antes de qualquer coisa. Queria que ela soubesse que tê-la como namorada poderia ser perigoso. Ela era uma causadora de problemas.

I need to hear that you'd die for me

Eu preciso ouvir que você morrerá por mim,

Again and again and again

De novo e de novo e de novo

So tell me when you look in my eyes

Então diga-me quando você olha em meus olhos

Can you share all the pain and the happy times

Você consegue compartilhar todas as dores e os momentos felizes?

'Cause I will love you for the rest of my Life

Pois amarei você paro o resto de minha vida

Ambas lutaram durante muito tempo contra esse sentimento. Tentaram fugir dele. Mas sabiam, que desde que tinham se visto pelos corredores do colégio, que toda aquela admiração, muitas vezes transformada em ódio ou chacota, um dia viria a tona. O amor é difícil de controlar quando é de verdade. Tinham esperança de que isso passaria, mas depois de tantas experiências, notaram que se pertenciam.

This is my very first love song

Essa é minha primeira canção de amor

That didn't end in tears

Que não terminei em lágrimas

I think you re-wrote my love song

Acho que você reescreveu minha canção de amor

For the rest of my years

Para o resto de meus anos

I will love you for the rest of my life

Amarei você para o resto de minha vida

Quinn terminou a música. Durante toda a canção, Rachel apenas a observou maravilhada, ouvindo aquela voz soando rouca. Era tão linda aquela loira! Aqueles olhos sempre enigmáticos, que a faziam viajar dentro deles, aqueles lábios que antes proferiam palavras ofensivas, agora lhe beijavam tão carinhosamente. A vida é assim, feita de surpresas, e para Rachel, Quinn tinha sido a melhor delas!

– E então, está respondida sua pergunta? – Quinn voltou a deitar-se do lado da morena com um ar um pouco tímido, mas satisfeita por ter conseguido cantar a música.

Rachel apenas a olhava, um pouco boquiaberta e concluiu que palavras não conseguiriam explicar aquele momento, então ela abraçou a loira bem forte e depois de um beijo suave em sua testa ficou contemplando o que via em sua frente.

– Vou fazer o meu melhor para nossa canção de amor terminar bem! – a morena sussurrou com um sorriso para a garota, que assentiu e sorriu também – E você poderia trabalhar melhor essas notas do refrão... -Quinn revirou os olhos, a morena não dava descanso mesmo.

– Sabe o que eu acho mais engraçado? – Quinn havia lembrado disso agora – Você foi a que mais relutou pra aceitar isso desde que cheguei, o medo de assumir algo com uma garota parecia ser grande em você... por isso não falei em namoro antes, queria apenas que vivêssemos o que estamos sentindo, sem dar nome a isso... – ela passava a mão pelos cabelos de Rachel, que não cansava de olhar para a loira de maneira encantada.

– Minha boca falou mais rápido que eu pude pensar, e no mesmo instante tive medo de te assustar! Eu relutei a aceitar isso, mas você é quem tem um histórico traumático com relações amorosas... pensando agora, o que fiz foi ousado, ainda bem que você aceitou!

– Huum, eu adoro a sua ousadia! – Quinn deu um beijo calmo terminando com uma sugada no lábio inferior da morena – Sou a primeira namorada da Rachel Berry! Quem diria?

– Primeira e ultima, no que depender de mim... – Rachel falava animada. Não conseguia mais se imaginar longe da loira, nem queria pensar num fim. – Estou de olho em você Quinn Fabray... – lhe deu mais um beijo e deitou sobre seu peito, quase pegando no sono.

Podiam dormir, o dia tinha sido corrido e a noite satisfatória. Tinham uma a outra, lado a lado fica mais fácil passar pelas adversidades que a vida “adulta” impunha. Eram namoradas. Tudo estava bem. O combinado é que no dia seguinte, iriam procurar um emprego.

XXX

– Não posso ir com você San... meu lugar é no Brasil! Ficar aqui me mostrou que isso é inegável... – Jessie falava decidida.

– Mas você nem ao menos tentou... achei que me queria por perto! – Santana não acreditava no que ouvia, sentia o peito arder. Ouvir aquilo da namorada a entristecia muito. – Não posso ficar aqui com você... e você nem sabe o que New York reserva pra nós!

– Eu sei o que aquela cidade já me mostrou... e não foi nada bom! Talvez o melhor seja fingir que nada aconteceu, que nunca estive lá – a ruiva dava de ombros, com um ar triste.

– Você me conheceu lá, isso não ajuda um pouco? – a morena já sentia desesperar-se percebendo que estava perdendo a batalha.

– Com eu disse, é melhor fingir que eu nunca estive lá, consequentemente, fingir que nossa história não existiu...

Santana acordou com o próprio grito, o coração batendo acelerado. O quarto estava escuro e Jessie dormia ao seu lado. Com a boca semi-aberta, parecia criança, imersa no mundo dos sonhos, cabelo caído no rosto, o pijama de morangos todo torto, a barriga a mostra. Sequer se moveu com a agitação da namorada.

A latina respirou aliviada. Maldito pesadelo! Achava que eles iriam embora, agora que estava junto do seu amor novamente. O que a consolava é que agora ela podia ver sua ruiva ao seu lado e isso a acalmava. Em New York ela tinha esses pesadelos e quando gritava era a chata da Rachel que aparecia para lhe consolar.

Uma vozinha cruel dentro dela insistia em lembrá-la que aquele pesadelo poderia virar realidade a qualquer momento e pensar nisso fazia seu sono ir embora.

Ainda era madrugada, ela foi se acalmando aos poucos, olhando para a ruiva dormindo, acompanhando sua respiração calma, acabou sendo embalada e voltou a dormir, com receio do que poderia surgir em seus sonhos, entregando tudo nas mãos do tempo.

– Acordaaaa meu amor... – a ruiva sussurrou bem próximo ao ouvido da morena enquanto fazia carinho por suas costas e dava beijinhos pelo seu rosto. Santana nem se mexia, ainda tinha sono. Só passou as mãos as cegas pelo rosto e cabelo da ruiva, empurrando pra baixo, pra que ela encostasse no travesseiro novamente, como se pedisse pra ela dormir mais um pouco.

Jessie decidiu tomar banho e deixar a garota babar mais um pouco no travesseiro, estava cansada e ainda devia estar confusa pelo fuso-horário. Queria fazer um café da manhã para ela, mas no apartamento a geladeira estava vazia, o jeito seria comer na rua. Foi para o banheiro e enquanto a água morna do chuveiro escorria por seu corpo, ia pensando em todas as coisas que tinha que fazer naquele dia, com o adendo de dar atenção para sua linda namorada que agora estava com ela. Ela sorria pensando em como as coisas mudam de uma hora pra outra. A vida é uma montanha russa e nesse momento estavam lá em cima, subindo e subindo, com expectativa. Ela não queria chegar de novo na parte da descida, da queda livre que a deixava sem fôlego.

Voltou para o quarto, Santana ainda dormia, tinha mudado de posição. Agora estava de barriga para cima, toda largada na cama. A ruiva sorriu com aquela cena, nem sabia dizer quanto tempo ficou parada, olhando pra ela. Olhou o relógio e se espantou, era melhor se apressar se não quisesse ser esmagada no metrô na hora do pico.

Sua vontade era deitar ao lado de Santana e beijá-la até cansar, mas a realidade gritava e ela se vestiu com certa relutância. Foi até a cama novamente e distribuindo beijos suaves pelo rosto da latina, agora ela tinha conseguido pelo menos um pouco de movimento. Santana abriu os olhos com relutância, mas logo fechou pela claridade que entrou neles.

– Boooom diaaa meu caramelo mais apetitoso! – Jessie falou com uma animação digna de riso, ajoelhada na cama com os braços abertos, esperando uma resposta de Santana.

– Bom dia... – a morena falou com a voz meio rouca, sem abrir o olho.

– Eu não ouvi... – a ruiva tava afim de ouvir a namorada xingar, achava divertido então, provocava novamente – Bom diaaa caramelooo! – ela agora se mexia na cama, fazendo o colchão se mexer e a morena ficar pulando.

– Bom dia meu raio de sol... – Santana viu que se não respondesse, não teria sossego. Abriu o olho espantada quando viu que a ruiva já estava vestida, com uma de suas roupas, diga-se de passagem. Sentou-se na cama e ficou olhando para a garota, que ficara calada e parou de pular, na expectativa do que ela diria. – Hey, pare de ficar mais gostosa que eu com minhas roupas! – cruzou os braços fingindo que estava brava.

– Gostou? Peguei só a blusa, o short é o meu mesmo... os que você tinha eram indecentes demais para um dia de metrô.

– Metrô? A gente vai sair daqui? – a latina perguntava meio perdida, tinha esquecido que existia mundo além daquele apartamento, enquanto olhava pra ruiva e pensamentos pervertidos vinham em sua mente. – Tomou banho sem mim? – fazia biquinho.

– Eu tentei te chamar, você me ignorou! – a ruiva levantava as mãos em rendição – Perdeu a chance... – mostrou a lingua pra ela - Claro que vamos sair, meu bem! A vida chama lá fora! As crianças estão com saudades da teacher! Hoje é o dia que tenho mais aulas!

– E eu? Onde eu me encaixo nisso? – ela falava toda manhosa.

– Você se encaixa aqui ó, - a ruiva chegou mais perto dela e a puxou – No meu abraço, coisa linda! Vem comigo, minha morena jambo!

– Jambo? – Santana sorria, mas não soltava a garota do abraço. Queria ficar lá pra sempre, ouvindo seus corações baterem tão próximos.

– É uma fruta! Eu to abrasileirada, não vê? – elas se separaram e ficavam se olhando bobas. Jessie saiu do transe e viu que estava atrasada já – E então, você vem comigo? Temos que nos apressar!

– Ao orfanato? – Santana fazia uma careta – Ahh não sei...aquelas crianças remelentas, correndo pra lá e pra cá... “Me adota, me adota!”- ela fez uma vozinha fina e imediatamente percebeu que Jessie fechou a cara.

– Isso foi rude e muito cruel – ela disse séria e a latina viu que tinha feito merda – Vou sozinha. – ela saiu da cama sem olhar pra trás e aquele clima de amor se esvaiu rapidamente.

– Espera, foi só uma brincadeira... – ela tentava explicar e se complicava mais – Eu falei sem pensar... – dava de ombros – Olha aqui, por favor...

– Dói Santana, porque eu já fui uma dessas crianças remelentas que pedem pra ser adotadas... se suas brincadeiras são assim, melhor guardar pra você.

– Desculpa, desculpa mesmo! – ela falava meio desesperada, sabia que Jessie não conhecia seu lado cruel, sempre fora cheia de palavras gentis para ela. – Eu vou com você, amor! – ela se levantava da cama num pulo e já começava a procurar roupa na mala.

– Tem que ir de coração, não pra me agradar! – a ruiva continuava de cara feia – Ir pra ficar lá com cara de bunda não adianta!

– Desculpa Jessie, eu tento ser uma pessoa melhor! As más línguas dizem que mudei bastante, me dá um bônus vai... – ela se trocava rápido e tentava arrumar o cabelo – Me ajuda vai, me ajuda a virar gente!

A ruiva a olhava com ar pensativo, viu que Santana tinha realmente se arrependido do que falou sem pensar. Ela precisava aprender o que era a vida fora do seu porto seguro. Decidiu ceder, mas com algumas reservas, ia fazer ela aprender.

– Ok. Espero que você não repita coisas assim perto de mim e nem longe! – ela falava séria e Santana concordava toda mansinha. Jessie percebeu que só ela conseguiria adestrar aquela fera – Dá isso aqui, deixa eu fazer uma trança vai! – ela puxou o pente da mão da morena que se atrapalhava toda querendo se arrumar rápido.

– Eu te amo Jess... – a morena falou de costas pra ela, de modo espontâneo – Deus me ajuda sabe... ele ainda não me considera um caso perdido, eu acho... Me deu a Britt e agora você! Dois anjos... e mesmo assim as vezes saio da linha e sou má...

– Quem sabe hoje você não se redime, cuidando de algumas crianças remelentas e barulhentas? – a ruiva deu um tapa na sua bunda enquanto pensava que o dia poderia, afinal, ser bem divertido!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que a Jessie vai aprontar com Santana hein? Ela bem que precisa de um pouco mais de bondade e caridade naquele coraçãozinho.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Girls On Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.