Girls On Fire escrita por JessieVic


Capítulo 76
Capítulo 76


Notas iniciais do capítulo

Oi suas linda! Demorei, eu sei, não tinha tempo e quando tinha, sentia preguiça! Mil desculpas às leitoras que ainda restam! Foi só quando voltei a escrever que me lembrei do quanto isso me faz bem! Espero que gostem!



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Santana e Jessie saíram apressadas para uma cidade de São Paulo agitada. Parecia que todo mundo tinha saído atrasado de casa e cada um com mais pressa que o outro. Partiram rumo a estação de metrô, despreocupadas que alguém percebesse que estavam de mãos dadas e se incomodassem com isso. O sorriso aberto de ambas mostrava que estava tudo bem, não tinha com o que se preocupar. Mas às vezes, esse sorriso aberto não era suficiente para chegar até os olhos e a alegria ser plena. Jessie amava tanto Santana, não conseguia imaginar-se completa sem ela na sua vida, mas também tinha tanto medo de pensar no futuro, pensar na hora que teria que decidir entre seguir a latina ou ficar onde julgava ser o seu porto seguro, sua cidade, seu país natal.

– Você sabe né? – Jessie falava com o olhar perdido no rosto de Santana, uma de frente pra outra, em pé, sendo espremidas dentro de um vagão de metrô e partiam para o centro da cidade – Que você tem meu coração... pra sempre – ela suspirou.

– E eu espero que você saiba que o meu também é seu... desde que te vi toda linda vestida de garçonete sensual... – ela sorriu, mas logo viu o medo passando pelos olhos da ruiva antes tranquilos.

– Eu não quero mais, San... Não quero voltar praquele lugar! Não quero... – ela encaixou a cabeça no ombro da latina que ficou sem respostas, pois também tinha medo de como as coisas seriam dali por diante, quando voltassem a New York. Se não trabalhassem no Coyote Ugly, o que fariam? Preferiu dar lugar ao silêncio, enquanto afagava os cabelos da namorada e pensava no quanto estavam perdidas.

Desceram do metrô e com uma caminhada de três quarteirões, sem muita conversa, apenas troca de olhares cabisbaixos, chegaram à frente do orfanato e olhando pra porta Jessica esboçou um sorriso para a latina.

– Chegamos! – ela fazia cócegas na cintura da namorada e vendo o riso dela, ria também. A nuvem negra parecia ter sido levada com o vento.

– Jess, eu to com medo... – Santana parecia meio relutante.

– Medo de quê? Poupe-me... Medo das criancinhas? E sua vivência Lima Heights, onde fica? Você é durona! O terror da rua! – ela ria vendo a carinha de apreensão da morena.

– Tá, mas eu vou só ficar do seu lado, não vou falar nada. Sou uma planta. Vou ficar perto da janela fazendo fotossíntese! – ela seguia a ruiva que já ia entrando, assim que uma das freiras veio abrir o portão.

– Bom dia irmã Antônia! Tudo bem? Eu trouxe a minha nam... amiga de New York para me ajudar nas aulas! – ela quase deixara escapar da sua boca o que todas já desconfiavam. Imaginava que a Madre superiora já soubesse da história toda, talvez até soubesse que Bellatrix fosse sua mãe, mas temia que alguma das freiras criasse problema pra ela caso visse algo mais explícito. O que os olhos não veem o coração não sente. Era o que ela pensava, mas mesmo assim, sem perceber, estava segurando na mão de Santana enquanto rumavam em direção à sala de aula de Inglês.

– Ah sim... Irmã Esperança me falou dela ontem, quando você sumiu daqui e eu fiquei preocupada... Mas ela me garantiu que você estava em boas mãos – Sorriu para a latina enquanto a cumprimentava – Nice to meet you, miss Santana!

– Ahhh Antônia, quanta polidez... Senhorita Santana? Assim ela vai se sentir uma lady do século XIX! – olhou pra latina que mostrou a língua pra ela mesma não entendendo o que ela disse, conseguia assimilar o que era.

– I'm not on the XIX century, but still, I'm a lady!– fez uma reverência de comprimento, imitando as damas e a freira de riso frouxo entendendo o básico do inglês caiu na gargalhada.

– San, esqueci de lhe falar que essa aí ri de qualquer coisa, até de uma mosca fazendo acrobacias no ar! – apontava pra freira magricela que segurava a barriga enquanto ria.

– Tá querendo dizer que eu sou sem graça, Senhorita Jessica? – a latina fingiu estar ofendida enquanto Jessie dava de ombros.

– O importante é ter saúde! – puxou a latina mais pra perto e apertou seu bumbum – E isso você tem de sobra! – cochichou essa parte enquanto observava um batalhão de umas 20 crianças descendo as escadas e a irmã Antônia parar de rir rapidinho para dar bronca nos que estavam correndo.

Sa-fa-da – Santana falou devagar, sem fazer som algum e recebeu um olhar sugestivo da ruiva como dizendo “você sabe que eu sou e não tenho vergonha disso”.

– JEEEEEEEEEEESSICAAAAAAA! – Aninha vinha correndo desesperada em direção a ruiva que saiu do transe que a prendia aos olhos da latina – Onde você tava? Achei que você tinha ido embora pra sempre! – ela falava com uma expressão assustada enquanto pulava pra que Jessie a pegasse no colo.

– Oi minha linda! – ela pegou a menina e lhe deu um beijo na bochecha. Ela estava com o cabelo solto, cheio de cachinhos e um vestido florido. – Que exagero...só não dei as caras ontem! Aposto que ninguém sentiu saudade! – a ruiva fingiu uma cara triste.

– Eu tive! Eu tive! – Ana falava desesperada, pra convencer de verdade que realmente teve saudades.

Santana observava aquela cena, achava uma fofura ver a namorada com a garotinha no colo, tão parecida com ela! Indo um pouco mais longe, imaginava que Ana era filha delas! Tanta semelhança, um mundo distante, em que todas as dúvidas tinham ido embora, estavam felizes, realizadas, ganhando muito dinheiro e todo o medo tinha acabado.

–...San...a Aninha tá te dizendo “Oi”! Alô, tem alguém aí?! – Jessie cutucou a namorada nos ombros. Santana deu um sobressalto. Será que sua viagem na maionese tinha sido tão visível assim? Olhou para aqueles olhinhos castanhos que a observavam com um pouco de receio.

– Oi Ana! Desculpa... eu me distraí aqui, estava pensando em outra coisa... – a latina deu um beijo na menina e notou Jessie a observando curiosa, mas traduziu o que ela havia dito para a menina.

– É verdade que você que levou a Jeh embora ontem? – ela falava devagar, querendo que a morena entendesse o português, mas Santana não entendia patavinas e a ruiva traduziu.

– É sim... nós fomos passear um pouco... eu também estava com saudades da minha amiga! – ela cruzou os braços fingindo que estava emburrada e depois fez uma cara de quem tinha uma ideia brilhante – Já sei! Nós podemos dividi-la ao meio... assim fica um pouco pra cada uma!

– Nãoo! – a menina arregalou os olhos assustada entendendo a mímica que a latina fez, mostrando que ia dividir Jess – Cortar ela em 2 pedaços? Coitadinha!– ela fazia carinho no cabelo da ruiva que só observava onde a conversa ia dar.

– Mas então como a gente faz pra ficar com ela quando estiver com saudades? - a latina estava gostando da brincadeira;

– Huuuum... – ela colocou o dedo na cabeça de forma pensativa, olhando pra cima – Faz assim... você fica com ela um pouco e eu outro pouco... a gente divide... mas sem cortar! – ela fez questão de frisar o final da frase – E quando você tiver longe dela, eu deixo ela brincar com a Santana, minha boneca que tem o mesmo nome que o seu... que eu sei que ela gosta!

Jessie ficou vermelha, lembrando que a situação estava tão louca que ela chegou a depositar seu afeto acumulado numa boneca, atingindo o cúmulo de roubá-la de uma criança durante a noite para poder dormir abraçada a ela.

– Ahhh mas eu adorei essa ideia! – a ruiva olhava pras duas, maravilhada com a conversa, mais impressionada ainda que uma falava português, a outra inglês, mas também falavam com o olhar, com gestos e no final, se entenderam perfeitamente.

Aninha desceu do colo da ruiva em direção a irmã Antônia que chamava os alunos para a sala de aula.

– Ela disse que vai ter dar a boneca dela? – Santana confirmou com a namorada, feliz de estar bem no embromation em Português. A ruiva confirmou envergonhada – Ahh que linda! Assim vou ficar com ciúme! Como se chama gente que tem tara por bonecos? Podemos colocar junto com o grupo que gosta de bonecas infláveis?

– Aff Santana, nem brinca com isso! Eu tava sofrendo! Era coisa inocente! A Santana, - ela fez uma careta - quer dizer, a boneca da Aninha, era tipo meu ursinho de pelúcia que eu dormia abraçada... Mas que se parecia com você... e... aff! – ela colocou a mão no rosto com vergonha, tentava explicar e estava piorando as coisas e Santana a olhava encantada.

– Tô brincando, amooor meeu! Eu sei que você prefere eu a boneca! – ela fez um afago no rosto da ruiva que sorriu tímida pra ela.

– Não quero nunca mais ficar longe de você... – falou baixo, enquanto abraçava apertado a namorada.

– Jessica, você vem ou não? Esses anjinhos estão impacientes! – a freira deu um sorriso amarelo, constrangida em atrapalhar o abraço das duas.

– Ah, estamos indo, estamos indo! Hoje o dia vai ser longo! – olhou para a latina e deu uma piscadela, indicando pra que ela a seguisse.

– Sou uma planta, farei fotossíntese! – ela fez questão de esclarecer mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Gente, foca nessa criança! É a Naya, é a Aninha! Quero pra mim! hauahua
http://www.seventeen.com/cm/seventeen/images/Al/sev-naya-rivera-tbt-de.jpg

O capítulo foi pequeninin... mas logo vem mais! Tentarei postar duas vezes na semana! ;)
Por favor, comentem pra eu saber quem tá por aí!



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