Girls On Fire escrita por JessieVic


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Cena Quintanna! É minha primeira vez escrevendo cenas desse tipo, relevem qualquer discrepância! Recomendo ler ouvindo:

http://www.youtube.com/watch?v=VE1FILogdUE

Boa leitura!



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Santana estava deitada em sua cama, exausta e envolta em pensamentos. O dia, ou melhor – a noite- havia sido a mais cansativa que ela se lembrava de ter tido na vida. Respirou fundo e criou coragem para levantar-se e tomar um banho relaxante antes de dormir. Passava das 3:00 da manhã e mesmo ela adorando provocar seus companheiros de moradia, não queria acordá-los com barulhos no banheiro. Foi se arrastando até o banheiro, tirou suas roupas e entrou debaixo da água quente. Ela continuava envolta em pensamentos, pensando na coincidência que era Jessica morar no mesmo lugar que ela.

Não faz diferença você morar numa pequena aldeia ou em uma cidade imensa como New York, quando você tem que conhecer alguém, qualquer mundo se torna uma pequena casca de noz. Era o que Santana estava pensando quando soube que a garota que a ajudou no primeiro dia de emprego em um bar do outro lado da cidade, morava justamente no mesmo loft que ela. E mais incrível, nunca tinham se visto! Ou já... a latina sentia que conhecia aquele rosto de algum lugar. Talvez tenham se cruzado por aí e ela nem tinha colocado atenção naqueles lindos olhos verdes. Ultimamente só o que ela via eram olhos azuis. Olhos azuis e cabelos dourados, bem claros. O mundo dela era  Brittany. Até agora pelo menos, havia sido.

Ela havia ficado com algumas garotas na faculdade enquanto esteve por lá. Na maioria eram garotas hetero querendo saber como era beijar uma mulher. Dessas meninas, Santana se deitou apenas com uma. A única que se sentiu a vontade para permiti-la adentrar na sua intimidade, no seu mundo homoafetivo que até pouco tempo fora levantado ao redor de Brittany. Ela poderia ser promíscua no Ensino Médio enquanto estava no McKinley. Perdeu as contas de pra quantos garotos ela tinha “liberado”. O time de basquete inteiro, o de futebol americano... Não, melhor não lembrar essa época em que ela fugia de si mesma e tentava provar a si própria que ela gostava de garotos, afinal ela saía com tantos...Uma hora isso ia passar, ela iria gostar de algum deles. A latina não se arrependia disso. Ela aproveitou o momento, mas não houve amor nenhum enquanto ela ficava com todas essas pessoas.

E depois um acontecimento inesperado. No casamento ridículo de Mr. Shue que havia sido um grande fiasco, ela pelo menos se deu bem com a amiga Quinn Fabray, religiosa, presidente do clube do celibato e gestante adolescente, que começou a se insinuar pra ela durante a festa. De início ela achou que estava sendo maliciosa interpretando mal as palavras que a loira dizia. Quinn fazia parte da Trindade Profana, quando brigavam e disputavam como capitãs das Cheerios no colégio, Santana não podia imaginar que nesse dia  terminariam numa cama de hotel juntas. Santana começou a pensar naquele dia e as lembranças daquela noite fizeram com que um sorriso brotasse em seus lábios. Apesar de todo esse momento ter sido afetado e facilitado pelo álcool, a morena reconhecia que ter “dado um trato” naquela loirinha havia sido formidável. Ela nunca havia olhado para Quinn com olhos maliciosos, mas naquele dia ela pode reparar o quão seu corpo era torneado, mesmo depois da gravidez, coxas e bumbum de dar inveja e ela poderia afirmar sem falsa modéstia que para a loira, aquela noite seria inesquecível...

- Santana, eu já te disse que você está fatal nesse vestido vermelho? – Quinn perguntava enquanto sentava na cama do quarto que ia dividir com a latina naquela noite, e tirava seus sapatos e colocava sua taça de champanhe vazia no criado mudo ao lado.

- Sim, você já disse isso, e até agora eu não entendi qual é a sua Fabray... resolveu me elogiar para pagar seus pecados cometidos no colégio, ou quer brincar de beijar garotas hoje? – Santana terminou de virar sua taça de champanhe e também colocou-a sobre a peça de madeira do seu lado da cama. Ela estava um pouco zonza por causa da quantidade que havia bebido e podia perceber que o mesmo acontecia com Quinn. Parou em pé de frente para a loira que tinha um sorriso frouxo nos lábios e olhos marejados ao mesmo tempo. Abaixou-se um pouco ficando com os olhos na mesma direção em que olhos esverdeados assustados a fitavam. Segurou nos ombros da loira e não disse nada.

- San, eu só estou decepcionada e enraivecida com os homens, eu não queria que fosse assim, mas eu não sei mais o que pensar sobre mim, sobre meus sentimentos... – Quinn começou a se explicar com uma voz rouca, quase chorosa. Santana a interrompeu colocando o dedo indicador em seus lábios em sinal para que ela se calasse. Quinn obedeceu enquanto sentia a amiga deslizar as pontas dos dedos na lateral do seu rosto.

- Tudo bem, não precisa se explicar. Eu me sentia assim às vezes e agora que sei o que quero, o que gosto, eu vivo muito mais feliz. Você vai se encontrar Fabray! Já passou por tantos perrengues na vida e sequer tem 20 anos! Mas agora vamos esquecer tudo que há de ruim naquele mundo podre que está além dessa porta. Essa noite, eu vou te fazer esquecer que existem homens nesse mundo.  E vou te fazer se sentir nas nuvens! Encare isso como um favor de amiga – Santana deu uma piscadela e se levantou com um sorriso, indo até o interruptor de energia apagando as luzes, deixando apenas os abajures do quarto acesos. Eram dois e eles davam ao quarto um ar mais intimista e convidativo. A latina colocou seu Ipod para tocar na música mais lenta que pode achar naquele momento. You and Me, do LifeHouse. Se aproximou da loira que a observava com olhos curiosos e lhe estendeu a mão. – Vem, você disse que gostou de dançar com garotas mais cedo.

What day is it

And in what month

This clock never seemed so alive

I can't keep up and I can't back down

I've been losing so much time

Quinn se levantou e juntou seu corpo bem próximo ao de Santana. Seus olhares se encontraram antes de se fecharem para apreciar o momento. Suas testas estavam unidas e elas se moviam ao ritmo da música, bem lentamente. A bebida que corria das veias de ambas fazia com que tudo ficasse leve, como se elas estivessem flutuando numa bolha de ar sem tocar o chão.

Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to lose

And it's you and me and all of the people and

I don't know why I can't keep my eyes off of you

Tudo ao redor ia sendo esquecido. Dores de amores mal resolvidos. Eram só elas e uma música para guiá-las. Santana matinha os braços ao redor da cintura da loira enquanto Quinn apoiava os seus nos ombros da latina enquanto seus dedos roçavam de leve a nuca já com arrepios de Santana. Quinn lutava contra isso, mas se deixou levar pelo desejo. Sem abrir os olhos inclinou sua cabeça e encostou os lábios no pescoço da latina, dando leves beijos. Santana não conseguiu evitar soltar um suspiro e aproveitando a deixa, deslizou suas mãos abaixo do quadril e apertou de leve os dois lados do bumbum da loira, aproximando ainda mais seus corpos. Quinn abriu os olhos e sem que tivesse tempo para reagir, os lábios de Santana vinham ao encontro dos seus e se uniram. Quinn sentiu uma corrente de calor percorrer seu corpo, quando Santana começou a mover os lábios vagarosamente nos seus.

All of the things that I want to say

Just aren't coming out right

I'm tripping on words, you got my head spinning

I don't know where to go from here

O beijo se intensificou quando a loira num ímpeto de desejo tentou passagem com sua língua na boca de Santana e a mesma permitiu enquanto não podia evitar um pequeno sorriso pela loira ter tomado a iniciativa, o beijo ficava cada vez mais urgente, as línguas se encontravam em movimentos ritmados e exploravam a boca uma da outra. Santana já  deslizava suas mãos pelas costas da outra parando no ponto em que o zíper do vestido dela se encontrava e o baixou devagar enquanto continuavam com o beijo, agora mais devagar. Aproveitavam cada movimento.

Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to prove

And it's you and me and all of the people and

I don't why I can't keep my eyes off of you

Quinn não se incomodou quando Santana começou a abaixar seu vestido. Elas haviam parado de se beijar e agora ela observava a latina a despir de forma desesperadamente lenta, enquanto mantinha o contato visual com a loira distribuindo beijos pelo pescoço e ombros agora nus da loira.

A latina deixou o vestido deslizar com um baque mudo no carpete macio enquanto escorregava as mãos pelas costas alvas da loira que dava suspiros profundos a cada toque que recebia.

Something about you now

I can't quite figure out

Everything she does is beautiful

Everything she does is right

Quinn queria retribuir os carinhos de Santana, mas não sabia como agir. A latina percebendo a hesitação em seus olhos segurou suas mãos e as levou ao fecho do seu vestido. Quinn o abaixou observando cada pedaço de pele que se expunha aos poucos e beijava de leve cada parte da lateral do corpo moreno, voltou a encarar aqueles olhos negros enquanto baixava a única alça do vestido vermelho que tanto havia a atraído naquela noite e sentiu seu corpo arrepiar quando viu os seios nus de Santana expostos logo a sua frente. A latina estava sem sutiã e seus mamilos estavam enrijecidos antecipando o prazer que estava por vir. A loira olhou aqueles seios perfeitos e redondos e imediatamente sentiu vontade de tocá-los. Santana observava com um sorriso maroto nos lábios e observava as feições da loira enquanto a puxava pelas mãos e deitavam juntas na cama.

Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to lose

And it's you and me and all of the people and

I don't know why I can't keep my eyes off of you

Santana voltou a beijar os lábios da loira. Ela agora estava com parte do corpo sobre Quinn e sentia sua respiração agitada e o sobre desce dos seus pulmões.

You and me and all of the people

With nothing to do, nothing to prove and

It's you and me and all of the people and

I don't why I can't keep my eyes off of you.

What day is it

And in what month

This clock never seemed so alive

A música terminou, mas elas sequer perceberam. Santana deslizava as mãos pelos quadris e pernas da loira enquanto se beijavam e então ela resolveu partir para o ataque de fato. Levantou as costas de Quinn delicadamente da cama, soltou o fecho do seu sutiã e libertou os seios da loira. Os corpos se roçavam e a latina sentiu o corpo da outra garota estremecer quando os seus seios se encostaram.

- Fabray, agora você fica bem quietinha e deixa que eu te mostro como fazer – Santana sussurrou ao ouvido da loira, enquanto mordiscava o lóbulo da sua orelha provocando um duplo arrepio na nuca da garota. E lá os lábios da latina iniciaram um caminho de beijos que passou pelo maxilar, boca, pescoço, descendo na clavícula,  finalmente chegando entre os seios.

A latina olhou para Quinn e seu olhar implorava para que ela não parasse. Enquanto suas mãos deslizavam pelas costas e paravam num aperto no bumbum de Santana, que rapidamente voltou sua atenção a um dos seios onde começou a alternar entre leves beijos, por vezes leves chupadas  enquanto massageava o outro com umas das mãos e deslizava o polegar ao redor do mamilo já endurecido. Enquanto a outra mão passeava pelo restante do corpo. Ela ficou assim por algum tempo, trocando os seios em determinados momentos e ela não sentia vontade de parar pois se excitava somente ao ouvir os suspiros e leves gemidos que Quinn deixava escapar a cada vez que os lábios e língua da morena tocavam seu corpo.

Santana resolveu ir mais longe e ainda acariciando os seios da loira com uma das mãos, voltou a beijá-la na boca com um beijo longo e calmo enquanto a outra mão deslizava pela barriga chegando até dentro da calcinha de Quinn e pela primeira vez ela pode sentir a excitação da loira que estremeceu ao seu toque  e logo mexeu os quadris para se aproximar mais dos dedos que a sentiam e começaram a se mexer cada vez mais rápido em movimentos ritmados que pareciam acompanhar sua respiração descompassada. A latina massageava o clitóris da loira e se deliciava ao sentir que Quinn gemia e ficava mais molhada a cada movimento que ela fazia.

- Vai Santie, tira logo minha calcinha e me fode...AGORA ! – Quinn sequer abrir os olhos e mantinha os lábios entre abertos aproveitando as sensações. Enquanto suas mãos percorriam o corpo da morena.

 A latina se surpreendeu  e ao mesmo tempo se excitou com as palavras que acabara de ouvir. O prazer realmente transformava as pessoas. Só nesses momentos de sexo é que se via a verdadeira personalidade dos outros.

Tirou a mão de dentro da calcinha da loira bem lentamente e ouviu um gemido de lamento. Mais que depressa com as duas mãos abaixou a peça que estava notavelmente molhada. Involuntariamente a latina passou a língua pelos lábios carnudos quando separou as pernas da loira e viu seu centro inchado e  molhado. Olhou para  uma Quinn Fabray que exibia um olhar de piedade misturado a luxuria e desespero, aguardando que ela continuasse seu trabalho com os dedos. Santana negou com a cabeça e apenas dava um sorriso safado.

- Eu vou te foder Fabray, seu desejo é uma ordem! Mas vai ser de um jeito bem melhor do que você imagina. – Enquanto dizia isso ela se colocou de frente para as pernas abertas da loira e começou dando leves beijos que começavam dos joelhos e subiam cada vez mais em direção a virilha.

Quinn gemia cada vez mais e sentia que seu centro poderia explodir de tanto calor que ela sentia lá. Sentia seu órgão pulsar a cada vez que Santana chegava mais perto dele. Então ela sentiu. E um gemido mais alto que todos os outros escapou da sua garganta sem o mínimo de cerimônia. Ela gritou. Gritou pois sentiu algo que ela nunca havia tido a oportunidade de sentir antes. Sentia-se nas nuvens! A língua quente e macia de Santana agora percorria seu centro de baixo para cima vagarosamente. Por vezes  circulava seu clitóris com uma certa pressão e alternava entre  leves sugadas e beijos no centro. Quinn movimentava seus quadris contra o rosto da latina pois queria sentir tudo, queria que Santana a penetrasse, não importava como. Santana demorou-se com os beijos e sugadas em seu centro e quando percebeu que a amiga estava prestes a vir, parou e substituiu sua língua por dois dedos enquanto fazia o caminho até a boca de  Quinn lentamente , distribuindo  beijos por onde passava.

O beijo era quente, e ela podia sentir seu próprio gosto na boca carnuda da morena enquanto sugava o lábio inferior dela. A loira sentiu que viria a qualquer momento e os dedos de Santana eram ágeis e ela parecia adivinhar o que a loira queria naquele momento. Separaram-se do beijo e ela agora observava o rosto da latina. Olhos com pupilas dilatadas que refletiam o quanto estavam repletos de prazer e a boca entreaberta. Ela  estava quase lá também e Quinn movida pelo prazer, livre de pudores, deslizou a mão por dentro da calcinha fio dental que a latina usava,  a garota ofegou e prendeu a respiração por um momento, então acelerou ainda mais os movimentos dentro da loira.

Quinn sentiu a excitação enquanto massageava o clitóris que parecia queimar enquanto a ouvia gemer. Nesse momento ela perdeu qualquer bloqueio que a impedia de fazer aquilo até aquele momento e penetrou dois dedos na latina sem maiores avisos, enquanto a puxava para perto de si já encaixando seus lábios em um dos seios da latina e sugando com força e depois dando leves beijos por onde passava.

Santana urrou de prazer com a atitude inesperada da parceira e rebolava cada vez mais sobre os dedos que a penetravam cada vez mais rápido. Sentiu que ia vir, então intensificou os dedos dentro da loira.

- Saaannt... – a loira gemeu com a voz rouca enquanto vinha a tona, dando o estímulo que faltava para a latina fazer o mesmo e praticamente ao mesmo tempo o corpo de ambas foi tomado por espasmos de prazer enquanto elas continuavam se movimentando, uma dentro da outra.

Só depois de sentirem-se completamente satisfeitas, Santana deitou ao lado da loira. Elas não se moviam, sequer trocavam uma palavra.  Mantiveram-se nessa posição, apenas olhos nos olhos enquanto aproveitavam aquela sensação e a  respiração delas voltavam ao normal, seguindo o mesmo ritmo e um sorriso bobo estampava o rosto das duas.

- Então é isso que as garotas fazem na faculdade?

Santana sorriu e sem esconder seu orgulho, confirmou com a cabeça.

Santana custou a dormir, mesmo estando exausta do trabalho. Sua cabeça estava a mil, e agora seu corpo seguia o mesmo ritmo depois que ela começou a recordar da noite com Quinn. O clima entre elas depois desse dia estava um pouco tenso. Santana sabia que a loira havia curtido muito aquela experiência, pois aceitou um segundo round de pegação no mesmo dia, mas depois do ocorrido elas haviam se falado pouquíssimas vezes. E nunca comentado sobre esse evento. A latina sabia que era questão de tempo para que Quinn descobrisse que ela nunca daria certo com os homens. Não quando ela pode constatar pessoalmente que a garota se dava tão bem com “brinquedos de meninas”, mais do que ela poderia imaginar.

  O sono finalmente chegou e dessa vez, sem nenhum sonho para perturbá-la.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? Essa fic será repleta de flashbacks, principalmente envolvendo a Brittany.



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