Silent Town escrita por Jhay


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

É, eu estou desanimando em escrever capítulos. Motivo? Sem motivação '-'
Espero que gostem desse capítulo. Obrigada por acompanharem



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10 de julho de 2012. 09h34min

Estava com medo. Deveria mesmo fazer aquilo? Abrir a caixa... Resolveria?

– Socorro! Me solta! - alguém gritava ofegante.

Alyce olhou em direção a voz. Era Anne. Estava sendo segurada de forma que seus pés não conseguissem tocar o chão. Tinha cortes pelo corpo e sangrava. Seus olhos encontraram os de Alyce. Ela estava desesperada. Carregada por um ser de dois metros, lutava incessantemente por uma chance de se libertar. O ser tinha um olho arrancado e o outro branco, sua pele já não existia, dando lugar aos músculos vermelhos e latejantes. Uma mão era um gancho, a outra normal. Não usava roupas, não tinha órgãos genitais. Sua boca era lacrada com uma espécie de película ou membrana. Seu nariz era duas crateras nojentas e pegajosas.

– Pelo amor de Deus, me solte!

Parece que se pressentirem nossa presença, deixamos de ser invisíveis!, pensou. Não podia fazer nada por Anne, podia? Talvez poderia...

– Não! - Anne gritou roucamente.

Enquanto tentava pensar em algo, Alyce viu aquela criatura horrenda levantar o corpo de Anne até ficar na horizontal um pouco acima de sua cabeça. Ele se esforçou minimamente, e em um simples movimento dobrou e puxou a garota até que ela se partisse ao meio. Alyce viu, com puro desgosto e terror, a barriga do monstro se abrir, revelando dentes afiadíssimos, como se fosse uma boca. Colocou a parte de baixo de Anne no buraco de dentes, imediatamente aquilo que deveria ser a boca começou a triturar ossos e carne sem dificuldade fazendo barulhos estranhos e nojentos parecidos com alguém se afogando. Depois foi a vez da parte de cima. Cada centímetro do que era Anne foi triturado e comido. Alyce não conseguia ver mais nada. Queria ir embora. Queria acordar de repente em seu quarto e perceber que era tudo parte de um pesadelo longo e sofrido. Mais lágrimas foram derramadas. O que fora feito de James? Ele ainda estava vivo?


xXXx

Minutos antes...


– Ei! Espera! - sussurrou Anne - James, nós não deveríamos estar aqui!

– Relaxa! Não vai acontecer nada demais. Só vamos procurar alguma coisa. Tornar as coisas mais interessantes.

– Mais interessantes do que eu me borrando de medo?

– Isso - ele sorriu - O que será que tem aqui?...

James entrou no prédio. Era mofado e velho como todos os outros. Abandonado pelos habitantes da cidade que talvez estivessem todos mortos. Sua lanterna iluminava o lugar. O hall de entrada não tinha surpresas. Anne segurou no braço de James por estar com muito medo. Ele sorria discreta e maliciosamente. Ele bateu de leve na mão em seu braço e pediu que Anne ficasse ali, seguiu por uma porta. Anne tremia de medo e olhava de um lado para o outro, prestes a correr desesperadamente se ouvisse qualquer barulho suspeito. Lá fora o vento soprava e batia nas janelas formando sons estranhos. Ela olhou curiosa para dentro do cômodo de onde o garoto sumira. Ouviu um baque surdo em algum lugar. Os pelos de sua nuca eriçaram e suas pernas ficaram moles.

– James? - sussurrou - James?!

Não teve resposta. Do outro lado, onde uma porta havia sido derrubada descaradamente, outro barulho se formou. Ela continuou para no mesmo lugar. Não tinha coragem de se mover. Achava que qualquer movimento que executasse seria um motivo para morrer. Apertava forte seu pingente de guitarra no colar de bronze. Ali estava frio. Porque vestira aquelas roupas curtíssimas? Revirou os olhos. Outro barulho, dessa vez um pouco mais alto, fez ela dar um pulinho e sentir o coração quase saindo pela boca. Se aproximou da porta.

– James, por favor, para de gracinhas. Eu já to com muito medo, não precisa fazer isso - disse em alto e bom som para que ele ouvisse.

Viu um vulto saindo da porta. Era difícil distinguir quem era. Mas algo dizia que não era James.

– Quem é?... James? - o vulto se aproximou e Anne viu que realmente não era o garoto - Ah droga! Socorro - gritou com todas as forças.

A coisa horrível foi para cima dela. Por mais que fosse enorme era rápido. Anne tentou desviar e escorregou no tapete gasto. Bateu o braço em algo e logo sentiu o sangue escorrendo. O ser pegou se pé e a ergueu. Ela se debatia tentando escapar, mas a criatura era forte. Gritou e gritou enquanto o monstro a levava para algum lugar. Ele corria e ela gritava. Sua cordas vocais já não aguentavam mais. Logo ele parou. Ela olhou para os lados. Viu Alyce. Pediu socorro, mas a garota não se movia e nem tentava fazer algo. Era o seu fim, não era? O monstro suspendeu-a no ar, puxou-a e a dobrou. Sentiu seus ossos estralando e logo sentiu a dor das cartilagens se partindo. Foi tudo tão rápido. Sentiu uma forte dor pontiaguda por todo o corpo, e depois nada mais sentiu.


xXXx

Alyce ouviu um baque surdo e molhado ao seu lado. Virou a cabeça lentamente até ver o que tinha caído. Não pode evitar. Gritou. O monte de massa vermelha e líquido escarlate tinha o rosto de Kaio. Era os mesmos cabelos ruivos e os mesmos olhos negros, agora sem vida. Era metade de um corpo sem pele e quase todo comido. O rosto estava distorcido com uma expressão de horror e medo. A boca e os olhos estavam bem abertos, como se tivesse morrido de supetão. Ela não podia acreditar. Era aquilo mesmo? A paixão de sua vida estava morto? Se ajoelhou e chorou berrando. Não se importava em ser vista e ouvida. Nada importava. Tampou o rosto com mãos. As lágrimas tinha um gosto salgado. Podia sentir os outros olhando e vindo atrás...

Três tiros, foi o que ouviu. O susto fez o choro parar, levantou o rosto para olhar quem havia atirado nas criaturas para salvar sua vida.


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Notas finais do capítulo

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