Between Heaven And Hell escrita por Ariany


Capítulo 5
Capítulo 4 - Um motivo para sorrir.


Notas iniciais do capítulo

heeey peeps! Eu sei, eu tinha prometido ao menos uns dois capítulos para essa semana, mas é que eu ando meio doente, então me desculpem :/
Simbora aos tópicos de hoje:
— O título ficou meio piegas, eu sei.
— O capítulo aparentemente ficou confuso, mas é porque eu precisava intercalar os dois fatos mais importantes da fic.
— Ficou meio grande o capítulo.
— spoiler no final.
Boa leitura, senhores&senhoras ;)



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POV Elena

Aquela experiência de quase morte realmente afetou meu cérebro. Eu estava imaginando coisas ou realmente aquilo acontecera?

Enquanto Dr. Stefan Salvatore me olhava angustiado, algo se “acendeu” na minha cabeça.

Sim, eu conhecia esse homem, ele estava no meu quarto aquele dia. Foi ele quem me envolveu em seus braços e sussurrou que eu ia ficar bem. Mas ele não tinha asas? Ele não era o meu anjo?

Eu deveria estar ficando louca...

- Desculpe Stefan, mas eu tenho uma sensação estranha com relação a você. A gente já se conhece de algum lugar, não é verdade?

As palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse detê-las, e enquanto falava me aproximei mais de Stefan para poder olhar diretamente em seus olhos.

Ele me olhava assustado.

Olhos castanhos curiosos em olhos verdes apavorados.

Por fim, sua boca se levantou em um meio sorriso enquanto ele falava:

- Oh não Elena, acho que isso é impossível. Eu me mudei para Mystic Falls a duas semanas somente, pois vim transferido de Nova York com um prima mais nova, de quem eu cuido e aliás, acho que ela vai estudar na mesma faculdade que você e...

Stefan falava, mas não havia convicção em sua voz. Podia até ser verdade que ele não era o meu anjo – e que eu estava ficando louca -, mas a gente já se conhecia e ele mentia quando dizia que não. Era notável o seu desconforto. Ah Dr. Salvatore, o que você está escondendo de mim?

-... você entendeu?

- Desculpe, acabei me distraindo. Você dizia?

- Nada de mais, era só sobre eu e minha prima vir morar aqui.

- Você não tem pais? Parece-me ser tão novo para já ser psicólogo graduado...

Stefan fez uma careta. Algo me dizia que ele não gostava de tocar nesse assunto, assim como eu quando tocavam no assunto da morte da minha família.

- Não, não. Sem pais. Eles morreram quando eu estava passando para a adolescência e então meu irmão que era um pouco mais velho que eu, cuidou de mim. E enquanto a ser novo e graduado, senhorita Gilbert, eu tenho 22 anos, mas sempre fui um bom estudante, do nível “nerd” como vocês dizem nos dias de hoje.

Stefan sorria como se fosse algo engraçado e como se guardasse um segredo.

Ele tinha ficado órfão como eu, mas ao menos teve o irmão que cuidou dele. Pobre Salvatore, nos assemelhávamos em muitas coisas, afinal.

- E seu irmão, por onde anda?

Um traço de dor cruzou seu belo rosto e imediatamente me arrependi de ter perguntado. Droga Elena, controle essa sua curiosidade!

- Bem, meu irmão depois de adulto, foi viajar pelo mundo e eu acabei perdendo o contato com ele agora. Sabe Deus onde ele possa estar... Mas ei mocinha, que eu saiba, eu sou o psicólogo e você a paciente!

Eu tive que rir dele.

- Cuidado doutor, eu posso querer pegar seu lugar de psicólogo aqui em Mystic Falls!

Stefan deu uma gargalhada alta e eu o acompanhei. Eu observava os traços de seu rosto: olhos verdes como folhas caídas no outono, cabelo arrepiado e bagunçado de um loiro suave e encantador, nariz fino e levemente arrebitado na ponta e a sua boca... Deus, aquela boca era bem desenhada e ali chamava meu nome em meio a um sorriso travesso...

- Elena? Salvatore chamando Gilbert, tem alguém ai?

- Des-desculpe doutor. Estava lembrando a quanto tempo eu não ria despreocupadamente como estou rindo nesses minutos.

Abaixei a cabeça envergonhada por meus pensamentos e também surpresa por minha confissão espontânea. Sim, era verdade, perto dele era mais fácil ver o mundo. Ele me fazia bem.

- Eu sei minha querida, eu sei.

Stefan sussurrou bem baixinho enquanto olhava pela janela, como se estivesse de lembrando de algo.

Sabe? Como assim ele sabia? Quantos mistérios cercavam esse homem e quantas coisas eu queria descobrir sobre ele...

De repente, quebrando o silêncio que se aprofundava no quarto, o celular dele tocou. Stefan olhou seu celular e franziu o cenho.

- Desculpe querida, eu tenho que ir agora, há outro paciente me aguardando. Vou te esperar essa semana no meu consultório, que provisoriamente está sendo na minha casa, assim poderemos começar nossas sessões.

Ele me entregou cartão, e no momento em que nossas mãos se tocaram, senti uma familiar sensação tranquilizadora e um calor que aqueceu ainda mais o meu coração.

- Tudo bem Stefan. Obrigado por vir me ver. At- até mais – consegui sussurrar.

- Até mais senhorita Gilbert.

Stefan deu uma piscadinha e me deixou sorrindo timidamente, enquanto o observava sair do meu quarto. A ideia de vê-lo novamente me enchia de alegria.

Ora, talvez eu tenha encontrado um novo e bom motivo para querer viver novamente, afinal.

****

Já tinha se passado 4 dias em que Doutor Stefan tinha ido me visitar no hospital. A rotina era entediante, haja vista que passava a maioria do tempo sozinha, pois Bonnie só podia ir me ver no horário de visitas. Mais alguns amigos tinham me visitado, como Tyler, Vickie, Meredith, Jeremy e até o professor Saltzman e o Matt, porém, Stefan não havia vindo de novo. Isso me entristecia...

Eu já me sentia ótima fisicamente, perfeitamente bem e não entendia o motivo de ainda estar ali, pois nem remédios estavam me dando mais. Foi quando Bonnie veio sorridente e pulante, com a boa noticia:

- Sua alta foi liberada e eu vim te buscar! Vou ficar na sua casa te ajudando nesse período de recuperação e acho que vai ser ótimo, porque você sozinha naquele lugar enorme e sem ninguém pra te auxiliar ia ser meio complicado. Ah, o médico disse que você já pode voltar para a faculdade, claro, se você tomar os devidos cuidados, não é uma boa notícia? Quer dizer, você vai voltar para a faculdade, né?

Bonnie tagarelava como sempre e me olhava desconfiada.

Voltar para faculdade. Hmmmm. Eu sei que o correto era voltar a minha rotina normal de antes daquele acidente, mas eu estava pronta? Eu poderia enfrentar Rebekah e seus desaforos e humilhações?

 Talvez sim. Talvez eu tivesse que deixar o luto e me reerguer, superar esses problemas e agora, eu tinha um motivo a mais para sorrir, então sim, eu estava pronta.

- Claro que vou voltar para a faculdade, Bonnie. Deixei alguns assuntos pendentes, com certa anãzinha loira, e eu quero resolvê-los.

Ela me encarava com olhos arregalados e depois caímos juntas na risada. Ah, era bom rir de novo...

- Escute Bonnie, eu pretendo tocar minha vida de agora em diante. Isso que eu fiz contra mim mesma foi meu “toque de despertar”, pois eu não posso passar o resto da minha vida infeliz. Meus pais não iriam querer isso, muito menos a Katerina. Vai ser difícil? Até demais. Mas eu vou tentar superar e com o apoio de vocês eu vou conseguir. Além do mais, ele prometeu que tudo ia ficar bem. - Terminei a o que falava em um sussurro. Droga, será que ela tinha escutado a última frase?

- Nossa Elena, você não sabe como eu fico feliz em ouvir você dizendo isso. – Bonnie tinha os olhos marejados de lágrimas enquanto falava- É claro que eu vou te apoiar! Eu te amo e você é minha melhor amiga, tudo o que eu quero é o seu bem... Espera. Quem te prometeu que tudo ia ficar bem?

Oh não, ela tinha ouvido.

Apesar de ser minha melhor amiga, eu ainda não estava preparada para tocar nesse assunto com Bonnie, pois ainda era muito recente e eu queria desvendar os mistérios do Doutor Salvatore e desvendar o que eu estava sentindo por ele. Definitivamente, não; ela não saberia disso agora.

- Ninguém, mulher, foi só um modo de falar... Escute Bonnie, você sabe se aquele psicólogo que veio aqui conversar comigo, trabalha neste hospital?

- Quem? Aquele deus dos olhos verdes e boca perfeitamente maravilhosa? Não, eu não sei, mas eu acho que não, porém logo você o verá novamente. Disso eu sei.

Bonnie e seu suposto 6º sentido, tive que revirar os olhos para ela. Era impossível se manter séria com ela por perto.

POV Stefan

No inicio da semana, tinha ido visitar Elena. Ela estava bem melhor; já sorria e fazia gracinhas, além de sua curiosidade nata ter voltado. Deveria ter escolhido jornalismo, ao invés de publicidade, aquela morena.

Enquanto conversávamos, meu celular tocou; era uma mensagem de Caroline me pedindo para encontra-la, pois tinha um assunto urgente para tratar comigo. Eu não queria ir, queria ficar ali conversando com Elena, mas Caroline sabia ser insistente, então era melhor ver logo o que ela queria. Despedi-me de Elena com a promessa de que logo a veria, então fui para minha nova casa encontrar Car.

Chegando lá, encontrei Caroline, que me olhava seriamente. Ela estava acompanhada de Nathaniel, um dos anjos que eram da guarda celestial.

-Stefan, consegui uma pista de onde Damon possa estar.

Meu mundo parou naquele momento.

- Como assim? Onde meu irmão está?

- Nathaniel disse que dentro da guarda está correndo boatos de que após ter caído, Damon foi mandado ao inferno e...

-Não. Não, não! Não pode ser! Meu irmão no inferno não!

-Se acalme Stefan, me deixe terminar!

Eu sentei no sofá e abaixei minha cabeça, tentando me acalmar e prestar atenção no que Caroline dizia.

-As noticias dizem que após ir para o inferno, Arcanjo Miguel intercedeu por Damon e o trouxe de volta, não antes sem ter tido uma grande batalha com os soldados infernais, mas ele conseguiu. Parece que a pena de Damon foi abrandada, mas mesmo assim, ele não poderia ser mais anjo e estava condenado a vagar pelo Plano Terreno, sem memória.

- O QUE? VAGAR PELA TERRA? CAROLINE, PRECISAMOS FAZER ALGUMA COISA, VOCÊ SABE QUE A CULPA NÃO FOI DELE, NÓS PRECISAMOS...

- STEFAN! STEFAN SE ACALME, PRESTE ATENÇÃO EM MIM!

Caroline estava na minha frente, gritando comigo, tentando me acalmar. Cai de joelhos e comecei a chorar. Não era justo isso ter ocorrido com Damon, à culpa não era dele e todos suspeitavam, mas ninguém tinha coragem de enfrentar a verdade. Não era possível que aquilo ia seguir adiante. Eu precisava ajudar meu irmão.

- Stefan, - Car falava mais calma – Nathaniel disse que tem uma suspeita de onde Damon pode estar.

Olhei para Caroline que tinha um pequeno sorriso surgindo em seu rosto. Eu conhecia aquela expressão, era quando ela estava tendo algum plano.

- Escute, você não pode sair daqui por agora, por causa de Elena, então eu vou atrás dessa pista para você. Talvez eu demore alguns dias, então eu te recomendo a não ir visita-la visivelmente, pois vou precisar de seu suporte daqui para algumas coisas.

Vai dar certo Stefan! Eu vou achar o Damon.

Depois de termos armado um plano, Car partiu.

Infelizmente ela não conseguiu achar nada além de pistas falsas sobre Damon e então depois de 4 dias, Caroline voltou para casa. Mas eu não ia deixar de procurar meu irmão, não mesmo.

Durante esses mesmos quatro dias, havia visitado Elena no hospital sem que ela me visse. Ela definitivamente estava melhor, porém trazia certa exasperação e impaciência no olhar.

Com Car já em casa e toda aquela história de Damon, havia me esquecido de que era o dia de alta de Elena. Olhei para o relógio e decidi que talvez fosse a hora de “Dr.Stefan” fazer uma visitinha a sua paciente.

Cheguei ao quarto de Elena e ela e Bonnie arrumavam as coisas já para ir embora. Assim que me viu, Elena abriu um grande sorriso que poderia iluminar Mystic Falls inteira, e Bonnie a olhava com incredulidade latente.

- Olá senhoritas, posso oferecer uma carona a vocês?


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Notas finais do capítulo

spoiler 1:
— Elena indo embora do hospital e retomando sua vida = Elena feliz e um pouco mais 'ôzada' ksajlskdjf' tadinho do Stefan...
— Provavelmente o próximo capitulo terá pouca Elena e mais Damon, Klaus e Caroline. Ainda estou decidindo isso.
***
Não vou prometer quando sai o próximo capitulo, por causa da minha saúde, mas se Deus quiser, logo sairá.
Bom fim de semana, peeps!
xoxo



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