Between Heaven And Hell escrita por Ariany


Capítulo 6
Capítulo 5 - Inesperadamente Inesperado.




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POV Elena.

Bonnie e eu arrumávamos minhas coisas para podermos ir embora, quando uma cabeça loira aparecendo pela porta. Aqueles cabelos loiros só podiam pertencer a uma pessoa. Imediatamente um grande sorriso bobo apareceu em meu rosto e Bonnie arregalou os olhos para mim.

– Olá senhoritas, posso oferecer uma carona a vocês? – Stefan que já havia passado completamente pela porta, nos observava com um olhar travesso.

Meu Deus, era possível que ele estivesse mais lindo do que a última vez em que nos vimos?

– Claro Doutor Stefan! Eu e Elena só estávamos terminando de arrumar as coisas dela. Aliás, como vai?

Bonnie tinha tomado à frente da situação, já que eu encarava Stefan, e tinha perdido a capacidade de falar, não respondendo sua pergunta.

– Vou bem Bonnie, obrigado, e você? E, ah, por favor, me chame de Stefan. Querem que eu dê licença enquanto eu vocês terminam de arrumar as coisas?

– Não! - minha voz tinha saído alta e abafada. – Oh não Stefan, pode ficar, já estamos terminando. Olá!

Estendi a mão para cumprimenta-lo e ele correspondeu com educação.

– Olá Elena! Como vai?

– Muito bem, senhor, apesar de estranhar o fato de não ter vindo me visitar outra vez nesta semana.

Stefan me olhou com surpresa e quando ele abria a boca para falar, Bonnie, que observava a nossa conversa, o interrompeu.

– Stefan, você poderia ir à cantina trazer um copo de água para Elena? Ela precisa tomar um remédio antes de sair.

– Ah, sim. Sim, claro. – Ele virava em direção à porta, enquanto ainda falava. – Já venho.

– Remédio? Que remédio Bonnie? Você ficou louca?

– VOCÊ quem ficou louca! Como assim “estranhou o fato de não ter vindo te visitar outra vez nesta semana”? Ele só é seu psicólogo, Elena. Por que ele viria te ver de novo?

– O que? Eu só fiz uma pergunta e além do mais, ele ia me resp...

– Voltei. Desculpe, interrompo algo? – Stefan adentrava no quarto segurando um copo de água.

– Oh não, não. Só estava dizendo a Elena que ela deve se alimentar direito, pois está muito magra.

Bonnie e sua cara de pau. Meu Deus

– Concordo com sua amiga, senhorita Gilbert, apesar de você estar linda, está muito magra. – Stefam me repreendia docilmente.

Linda? Ele disse ‘linda’?

Abaixei a cabeça sentindo o meu rosto ficar vermelho de vergonha.

– Ora, ora. Vamos então? Ainda temos que arrumar minhas coisas na sua casa, Elena.

– Claro Bonnie. Vamos, Stefan?

Stefan segurava uma mala minha e abria a porta, esperando eu e Bonnie passarmos.

– Primeiro as damas!

Então sem olhar para trás, dei adeus aquele hospital com a promessa de que tudo agora seria diferente. A antiga Elena dava sinais de que estava de volta, e com toda certeza eu faria Stefan ser meu.

POV Stefan

Durante o caminho do hospital até a casa de Elena, conversamos bastante. Bonnie sempre fazia palhaçadas dentro do carro, mantendo o clima sempre agradável. Ela era uma pessoa fácil de lhe dar, e algo nela despertava um carinho em mim, como se ela fosse uma irmã mais nova. Elena estava quieta o percurso todo. Algumas vezes a pegava me olhando diretamente, com um sorriso leve no rosto e a aparência tranquila. Ela parecia estar bem, feliz, apesar de estar pensativa de mais. O que se passava dentro daquela mente?

– Você está se sentindo mal, Elena? Parece tão distraída. – Perguntei querendo saber o que ela estava pensando.

– Oh não, eu estou bem. Só estava pensando na loucura que vai retornar para minha vida agora. Quero voltar para a faculdade e buscar o tempo que eu perdi, ver se consigo recuperar esse período. Acho que vou até entrar nas atividades extracurriculares e fazer a felicidade do Alaric, nas aulas de pintura. O que acha Bonnie?

Elena olhou pelo retrovisor na direção de Bonnie e deu uma piscadinha de olho.

– O que? Ah sim, atividades extracurricular com o bonitão do senhor Saltzman. É uma boa, Elena! Eu vou fazer contigo também!

Bonitão? Como assim bonitão? Ela estava querendo me fazer ficar com ciúmes? Remexi-me desconfortável no banco do carro.

– Bem, eu acho que seria uma boa para vocês duas, principalmente para você, Elena. Retomar sua vida, começar novas experiências. É assim que eu quero te ver daqui em diante, morena!

– Morena? – Elena ria de mim descaradamente.

– Ora, claro que sim! Uma bela morena de olhos castanhos pequenos e expressivos de cor de avelã escura! – Respondi a ela com um sorriso no rosto.

– Sim, uma bela morena que tem que voltar a viver, aproveitar a vida e arranjar logo um namorado, não acha Stefan? – Bonnie olhava de mim para Elena enquanto falava.

Aquilo tinha sido um a indireta muito direta para mim.

Oh não, isso não poderia acontecer comigo. Não era permitido.

Abaixei a cabeça concordando, com um sorriso triste, enquanto Elena enrubescia e olhava pela janela do carro.

Em menos de 25 minutos chegamos à casa de Elena. Ajudei-as a descarregarem as coisas e já ia saindo, quando Elena me chamou para conversar a sós na varanda de sua casa.

– Pois não, Elena?

– Stefan, eu sei que supostamente a gente só se viu duas vezes, - apesar de acreditar que você esteja mentindo para mim, pois eu sei que já nos conhecemos de antes, só não tenho certeza de onde -, mas eu sei que tem algo rolando entre a gente. Algo forte, bonito e que me faz me sentir bem.

Ela falava, e ia se aproximando de mim, enquanto eu a observava assustado. Eu não sabia onde ela iria parar com isso. Elena tomou minha mão na sua, deu um pequeno suspiro e continuou.

– Olhe, eu sei pouco sobre você e você sobre mim, mas eu me sinto tão segura contigo. Depois que eu te vi no hospital, tudo se encaixou e voltou a fazer sentido novamente, como se você fosse meu porto seguro, e é o mesmo sentimento que eu tenho toda vez que penso que a gente já se conhece. – Abri a boca para interrompê-la, mas Elena pôs o indicador suavemente sobre ela. - Shh. Não, não. Deixe-me continuar. Apenas esses dois supostos dias em que nos vemos, foram os melhores da minha vida nesses meus dois últimos meses. Você me faz feliz.

Ela tinha chegado mais perto e nossas bocas estavam a centímetros de distância. Eu deveria me afastar, mas eu não conseguia. Elena havia me prendido em seu feitiço e eu não conseguia me libertar. Aquela proximidade era intensa e eu já não conseguia raciocinar direito, pois tudo que eu queria era poder tocá-la e sentir o doce gosto de sua boca, segura-la em meus braços e protege-la de qualquer mal.

Pequenos olhos castanhos me olhavam com expectativa, desejo e ansiedade.

Olhos castanhos desejosos em olhos verdes enfeitiçados.

Levei minha mão ao seu rosto e toquei levemente sua bochecha. Sua pele era macia como veludo, me fazendo quere-la ainda mais.

De longe eu escutava um ruído que insistia em tocar: era o meu celular. Aquilo foi o meu toque de despertar e quebrando todo o feitiço, me afastei de Elena.

– Me desculpe, eu tenho que atender.

Elena me olhou confusa e depois enrubescendo, abaixou a cabeça.

– Cl-claro.

Virei de costas para ela e atendi.

– Salvatore falando.

– Stefan? Stefan! Graças a Deus te encontrei! Escute, você precisa vir para casa rápido.

Caroline, só podia ser. Ela falava rapidamente, parecia empolgada e ao mesmo tempo, urgente.

– Calma Caroline, fale devagar. O que está acontecendo?

– É sobre Damon, Stefan! Eu tenho novidades sobre ele. Venha logo para casa.

Damon? Não era necessário falar mais nada.

– Estou indo, Car.

Virei de volta para Elena que me olhava um pouco entristecida, mas preocupada.

– Algum problema? – Perguntou-me.

– Sim, uma coisa que preciso resolver urgente, sobre uma pessoa importante para mim. Olhe Elena, me desculpe, mas eu preciso ir.

– Tudo bem, Stefan, não se preocupe. Ficarei bem.

Avaliei sua expressão e apesar de estar um pouco triste, vi que ela dizia a verdade.

– Obrigado, querida. Eu volto amanhã para ver como vocês estão. Dê um abraço em Bonnie e qualquer coisa, me ligue, eu virei correndo.

Como estava acostumado a fazer em minha forma de anjo, beijei a testa de Elena rapidamente e sai em disparada para o meu carro, que estava estacionado na rua debaixo da casa dela.

Quando estava virando a esquina, acabei esbarrando em uma pessoa, devido minha pressa.

– Cuidado jovem! Aonde é o incêndio? – Uma voz sarcástica conhecida me repreendia com educação.

– Me desculpe. – Murmurei levantando a cabeça para ver em quem tinha esbarrado.

Grandes olhos azuis irônicos, em um rosto branco de formato parecido com o meu, envoltos por cabelos negros e lisos, me observavam cautelosos e curiosos.

Não podia ser. Eu não acreditava nisso.

– Damon?

Finalmente eu tinha encontrado meu irmão.


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