Filha De Todos escrita por Anne Kath


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá meio grande, bem pelo menos na minha opinião. Levei três horas escrevendo ele... Espero que gostam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350549/chapter/13

Nico

Por mais que eu quisesse manter esse apartamento em segredo, não consegui me conter e corri para o apartamento de Sally.

–Ei , garoto! Aonde pensa que vai?- perguntou o porteiro do prédio de Sally.

–Para o apartamento de Sally Jackson. Diga que é Nico di Angelo.- o porteiro pegou o telefone para ligar, mas eu simplesmente não podia esperar.

–Ei, garoto!- Peguei o elevador e subi, corri pelo corredor e toquei a campainha. Percy abriu a porta com um telefone na mão.

–Não, não tá tudo bem, ele é meu amigo. –em outras circunstâncias eu teria me surpreendido com o fato de Percy voltar a me chamar de amigo, mas naquele momento nada me vinha a cabeça a não ser a cena de Melany sangrando e caindo aos meus pés.

–Aonde ela...

–No quarto, segunda porta a esquerda. –disse ele rápido.

Corri, Melany estava deitada na cama inconsciente.

–Melany!- falei aliviado quando reparei que não havia sangue algum em sua blusa, mas ela realmente havia desmaiado.

–Nico? O que faz aqui?- Poseidon me olhava desconfiado, e eu estava tão desesperado que acabei contando a eles toda a história, sem me importar. Poseidon e Sally ficaram um tanto abalados com a notícia de eu estar apaixonado pela filha deles, Percy ,no entanto não parecia se surpreender, o que para mim foi uma grande surpresa. Fui para o lado de Melany e fiquei lá. E por mais que tivesse vontade, não peguei sua mão, já havia provocado muito choque na família, não queria despertar desavenças.

–É uma mensagem!- disse Poseidon- O seu coração pode ser sua grande ruína, você não hesitaria em fazer qualquer coisa por Melany. É isso! Você pode destruir tudo, até a se mesmo se isso ameaçar a vida de Melany. Um exemplo disso foi você ter vindo para cá. Ameaçou seu segredo com o apartamento por Melany. Claro isso é um tanto insignificante, mas só o seu desespero já foi o suficiente para compreender a mensagem de Afrodite.- disse Poseidon, ele balançou a cabeça e suspirou- Tenho que concordar com Afrodite, isso pode ser perigoso.- Olhei para Poseidon assustado.

– Quer que eu deixe Melany?- a frase deixou um gosto amargo em minha boca.

– Você não conseguiria. - disse ele –Pedir isso a você, seria o mesmo que pedir ao nada.- falou Poseidon com uma careta. Definitivamente ele não estava nada feliz com isso. Também não o culpava ele é o pai, afinal. Acho que se tivesse uma filha teria a mesma reação. Sem contar que ele tem o dobro dos motivos para ter essa reação. Quando finalmente pude assumir minha filha vem um idiota e tenta roubar ela de mim? É eu também ficaria com ódio, na verdade, estava com ódio de mim por ele.

– Então o que você quis dizer?- perguntei sério.

–Quero que você pense antes de agir, senão, você pode atingir não somente você, mas como Melany também. –Tenho certeza que se isso acontecesse ele mandaria o meu espírito direto para o meu pai, ou pior. Olhei para Melany, ela estava certa. Ela sempre esteve certa. Eu como sempre fui um grande idiota em não ouvir.

–Eu deveria ter ido embora. –disse. Suspirei e me levantei, estava prestes a desfazer as minhas coisas do apartamento.

–Nico?- Melany murmurou meu nome com os olhos fechados. De repente toda a minha determinação de ir embora se esvaeceu, meu coração se acelerava e minhas pernas simplesmente não se moviam, fiquei lá paralisado, como um escravo a espera das ordens de sua mestra.- Nico!- Encarei Sally e Poseidon sem conseguir segurar o sorriso.

–É! Estamos ferrados!- disse Poseidon.

–Talvez nem tanto. - disse Sally.

–Não, não estamos, nem um pouco!- disse Percy sorrindo de uma forma misteriosa. O que ele estava planejando?


Melany





–Eu deveria ter ido embora!- ouvi Nico dizer.







–Nico?- murmurei. Por algum motivo sentia que eu precisava dele, talvez, não tenha sido uma boa ideia mandá-lo embora. Sentia, também não sabia por que, que Nico era tão importante quanto eu nessa missão. Acho que tem haver com a visão que eu tive dele ainda pouco. –Nico!- ouvi algumas pessoas murmurando alguma coisa que não consegui ouvir. Depois senti uma mão na minha.





–Estou aqui!- meus olhos foram se abrindo aos poucos, minha vista estava um tanto embaçada.


–Minha cabeça dói!- disse enquanto minha visão se endireitava.

–Vai passar!- disse Nico com uma voz suave. Senti sua outra mão em meus cabelos, ele mexia neles com delicadeza e suavidade. Era bom, muito bom. Um sorriso brincou em meus lábios. Agora minha visão voltou ao normal, pisquei algumas vezes e olhei em volta sem me mexer. Meus olhos se fixaram em Nico ao meu lado. Ele me deu um meio sorriso.

–O que está fazendo aqui?- perguntei. Sua mão paralisou em meus cabelos, e a sua outra mão apertou a minha levemente. Ele ficou tenso e extremamente sério.

–Eu...-ele começou a falar já com raiva na voz.

–Nico se mudou para o apartamento aqui em frente. Não é legal?- interrompeu Percy. Olhei Nico que ainda me encarava com uma expressão gélida.

–Você se conectou comigo não foi?- o silêncio foi mortal. Dava para ouvir a respiração de todos, ou pelo menos duas respirações. A de Percy e a de Nico. Pois é! Somente eles pareciam respirar naquele momento. No entanto enquanto a de Percy era tranquila, a de Nico era como se estivesse tendo um ataque de asma. E ainda com a respiração acelerada, manteve a expressão fria.

–Sim!- confessou Nico sem sentimento algum na voz.

–Por que?- perguntei. Nico piscou duas vezes, respirou fundo, umedeceu os lábios e encarou a parede. –Não sei, eu só... sonhei .- suspirei, e Poseidon e Sally, que eram os únicos que prendiam a respiração, fizeram o mesmo. Para a minha surpresa.

Fiquei olhando Nico. Ele parecia tão... triste. Então me lembrei do que ele disse quando eu estava acordando.

–Você não precisa ir embora!- disse. Nico me olhou surpreso.- Acho que nos conectamos por um motivo. - Nico sorriu –Você deve ser essencial para a missão- Falei. E Nico ficou sério no exato momento em que falei isso.

–Essencial para a missão?!- perguntou ele parecendo irônico.

–Sim!- confirmei. Ele revirou os olhos e riu sem humor- O que foi? –perguntei.

–Nada!- disse ele- Eu só... só acho que... sei lá!- falou desistindo de dizer alguma coisa com raiva.

–O que?- perguntei curiosa.

–Nada não!- disse ele. Vi Sally e Poseidon se encararem, os dois estavam com os lábios franzidos, se segurando para não rir.

–O que foi gente?- olhei para Percy, que também se segurava para não rir. Mas quando viu a minha expressão de desespero e confusão, não se aguentou. Percy se jogou no chão de tanto rir. Logo em seguida Sally e Poseidon o acompanharam.

– Essencial... para... para...- ele ria tanto que até tinha falta de ar.- Ha, não... Essencial...

–O que está acontecendo?- gritei. Ninguém me respondeu, isso só fez com que eles rissem ainda mais. Olhei para Nico. O único que continuava sério e que me olhava triste. –Nico, o que houve?- perguntei com a voz mansa e me aproximando o meu rosto do dele para olhar bem para aqueles olhos escuros e profundos. A respiração de Nico pareceu falhar por um instante, como se estivesse fazendo uma luta interna. Ele não respondeu a minha pergunta, só se levantou e disse:

–Se precisar de mim, é o prédio exatamente a frente do seu, cobertura. – depois foi embora. Nesse momento todos pararam de rir.

–Eu tenho que ir.- disse Poseidon- Tchau, Sally.- disse meu pai, tímido.

–Tchau!-minha mãe respondeu da mesma forma.

–Tchau, minha filha!- Poseidon se aproximou de mim, deu um beijo em minha testa e sorriu satisfeito. Olhei para ele e sorri.- Até mais ver, filho.-Poseidon se despediu dando o maior tapa nas costas de Percy.

–Agora é assim que você se despede? Não tem mais nenhuma daquelas suas formalidades?- perguntou Percy o olhando um tanto surpreso e intrigado.

–Estou tentando me adaptar aos novos hábitos. –Ele riu, mas logo encarou Percy sorrindo.- Tchau, filho!- disse dando um abraço em Percy.

–Até, pai!- disse Percy respondendo no mesmo tom de voz de antes de Poseidon, que sorriu antes de ir embora.

Encarei minha mãe, ela balançava a cabeça lentamente rindo, olhei para Percy aguardando uma resposta.

–Se eu fosse você, abria os olhos. - disse Percy.

–Se eu fosse você –começou minha mãe- Iria atrás de Nico.- Ergui as sobrancelhas. Tá legal, por essa eu não esperava!

– Agora?- perguntei. E por algum motivo estava muito animada com isso. Ela sorriu e assentiu

–Agora, Melany!- corri a procura de minhas coisas. Elas já estavam devidamente arrumadas no armário. Peguei minha jaqueta marrom e desci.

Nico

Havia acabado de tomar banho e sentado no sofá para ver tevê quando o interfone tocou.

–Alô!

–Senhor, di Angelo- Não gostei de ser chamado de senhor, me fazia parecer velho- tem uma garota chamada Melany Jackson querendo falar com o senhor.- meu coração acelerou. Pare com isso seu idiota, isso não é motivo para você dar ataque. Pensei na esperança de meu coração compreender... Ele não compreendeu. –Senhor?- suspirei triste. O que ela queria agora? Ela devia estar precisando de mim para alguma coisa que tem haver com a missão.

–A mande subir.

–Por gentileza, senhorita!

–Com licença!- ouvi a voz dela ao fundo. Depois disso desliguei o interfone, bati minha cabeça na parede .Olhei para a janela, o sol havia começado a se por.

–Lindo não?- olhei para Afrodite sentada em meu sofá atrás de mim.

–Vocês deuses não se cansam de invadir a casa dos outros não?- perguntei. Afrodite ergueu uma sobrancelha.

–Primeiro, ontem você estava em nossa casa, e segundo...- ela sorriu- Você se cansaria?- suspirei exausto.

–O que quer, Afrodite?

–Te ajudar!- disse ela olhando as unhas pintadas de vermelho.

–Me ajudar?

–Sim!

–Como?- perguntei.

–Beba isto...- ela girou a mão, e um frasco roxo apareceu nela.- e seus problemas com Melany estarão resolvidos.

–Por que deveria acreditar em você?

–Estou torcendo por vocês dois. –disse ela- O amor de vocês...- ela sorriu- O futuro que vi para vocês dois... é muito grande para ser desperdiçado.- o sorriso dela se alargou- e além do mais... isso me revigora. Esse amor de vocês me manterá extremamente forte por séculos. –ergui as sobrancelhas sem conseguir acreditar. Olhei para o frasco.

Beba isto, e seus problemas com Melany estarão resovidos”

“... e seus problemas com Melany estarão resolvidos”

Suspirei e peguei o frasco.

–Seja rápido, beba logo isso... ela já está chegando.- e ela desapareceu. Olhei novamente para o frasco e dei de ombros.

–Então tá!- bebi todo o líquido que tinha naquele pequeno frasco roxo. Três segundos se passaram e minha visão ficou turva.

Melany entrou, a porta estava destrancada, olhei para Melany e então,... simplesmente não conseguia me controlar.


Melany





Entrei no apartamento.







–Melany!- Nico correu até mim, fechou a porta com um estrondo e me impressou nela.





–Nico, você está bem?- perguntei.


–Afrodite... me deu... uma... poção.- Arregalei os olhos.

–Poção? Que poção?- ele parecia fazer uma luta interna, então com dificuldade apontou para o pequeno frasco roxo no chão.

–Deixe-me ver!- me desvencilhei dele e fui até o frasco, mas não consegui chegar até ele. Nico me puxou pela cintura e me impressou na porta novamente. Ele estava de olhos fechados e respirava rapidamente.

–Nico?- ele abriu os olhos, me encarou e começou a falar rapidamente e como um bêbado.

–Melany, eu te amo, eu daria a minha vida por você. Mataria qualquer um que te magoasse ou que te machucassem fossem eles deuses ou semideuses, ou até mesmo humanos, porque eu te amo Melany, te amo mais que tudo, mais até do que a mim mesmo e se você quiser eu digo e repito, te amo, te amo te amo, te amo, te amo. –arregalei os olhos. Estava tão chocada que nem reparei que Nico segurava o meu rosto com a duas mãos, foi aí que ele me beijou, me beijou com tanta necessidade que até fiquei preocupada. Quando parou de me beijar ele me abraçou, me abraçou tão forte que até me machucava.

–Nico... me solta!- pedi sufocada.

–Não!- ele gritou, fazendo meu ouvido reclamar.- Nunca!- gritou de novo.

–Nico, eu vou contar até três.- falei ainda sufocada- Um... dois... três!- o derrubei no chão peguei o frasco e corri para a primeira porta no final do corredor. Era o banheiro, tranquei a porta e lá fiquei.

–Há pelos deuses o que eu faço?- para minha sorte, o reflexo da janela em contraste com a luz do por sol, fez um arco-íris na porta fechada. Uma mensagem a cobrar de íris, é isso!

–Venha cá, meu amor!- ele gritava e batia na porta com força- Não me deixe aqui sozinho.- Ha Afrodite você me paga.

Falei com Percy pelo arco-íris e pedi socorro a ele. Eu havia contado toda a história e ele já estava a caminho. Não demorou muito e eu ouvi o interfone.

–Ha quem é agora? – Falava Nico ainda como um bêbado.

–Percy?- me arrepiei- isso mande, mande meu cunhadinho subir.

–Ha pelos deuses! Cunhadinho? Fala sério!- falei para mim mesma. Percy bateu na porta.

–Melany saia!- ouvi Percy dizer. Abri a porta e saí, mal havia saído e Nico já havia me esmagado na parede de novo. Ele começou a beijar meu pescoço, fiquei arrepiada. Percy apareceu com um jarro de vidro preto na mão atrás de Nico.

–Não!- gritei. Mas foi tarde, Percy já havia quebrado o Jarro na cabeça de Nico. Ele caiu aos meus pés.

–Ainda bem que ele é cabeça dura!- disse Percy.

–Hmm... ai! Aí vai ficar um galo bem grande!- falei. Suspirei.

–Vou entrar em contato com Atena e pedir o antídoto.- olhei para o frasco sem ler- Na verdade,...- voltei meu olhar a Percy- Vou pedir um kit a ela, sabe- se lá quando iremos precisar de algo assim de novo!

–É melhor- concordou meu irmão.

O porteiro havia vindo nos ajudar a levar Nico para minha casa. Demos a desculpa de que ele estava bêbado, o que foi muito bem aceito pelo porteiro. O máximo que ele fez foi balançar a cabeça e dizer.

–Esses jovens, será que não tem noção?

Sentei ao lado dele na cama aonde eu estava deitada uma meia hora antes. Irônico pensar que ele estava no mesmo lugar que eu estava agora, fazendo mais ou menos a mesma coisa que eu estava fazendo agora. Olhei para o frasco em minha mão e o estudei. É... esse era o frasco que eu estava pensando. Sorri. Eu deveria estar em choque... na verdade estava... mas também, feliz, muito feliz. O que para mim, foi uma grande surpresa. Dei o antídoto e o esperei acordar. É Nico di Angelo, temos muito o que conversar.


Nico





Quando acordei, sentia uma dor na nuca muito forte, coloquei a mão no local e tinha um galo enorme que latejava.







–Se sente melhor?- olhei para Melany surpreso, mas não tão surpreso quanto eu fiquei ao reparar aonde eu estava. A memória do que havia acontecido me veio a cabeça.





–Ha, deuses! Melany... foi Afrodite, eu, eu juro que...


–Em parte!

–Hã? Em parte? O que?

–Em parte...- ela se levantou da cadeira ao lado da cama, e se sentou ao meu lado na cama- isso foi culpa de Afrodite.

–Como assim em parte isso foi culpa dela?- falei irritado- Melany ela...

–Esta poção...- ela ergueu o frasco a minha frente me interrompendo- tem como função fazer transparecer os seus sentimentos mais intensos- disse Melany, comecei a respirar rápido tendo uma pequena noção do que estava prestes por vir- no entanto, ela também os exagera fazendo eles parecerem também enlouquecedores- engoli em seco- Então, Nico.- Ela colocou o frasco na mesinha ao lado- Você não tem nada a me dizer?- perguntou cruzando os braços. Encarei ela boquiaberto e de olhos arregalados.

–Você é bem direta!- falei. Ela deu de ombros e continuou me encarando esperando que eu dissesse alguma coisa- Afinal o que quer que eu faça?- falei com raiva de novo. Como ela conseguia me tirar do sério tão rápido?- Quer que eu me humilhe a sua frente de novo, repetindo tudo o que eu já disse naquela merda de apartamento, para que você me mande embora depois como fez no Olimpo?- falei com raiva. Ela descruzou os braços me olhando indignada.

–Eu quero que você repita sim, mas...- ela respirou fundo- para que eu possa te dar uma resposta coerente.- Olhei para ela curioso e desconfiado, mas tudo isso se desfez quando reparei em seu olhar.Um olhar... esperançoso. Aquilo fez com que eu me aproximasse dela segurasse suas mãos, olhasse bem naqueles mares azuis e calmamente repetisse tudo o que eu havia dito no apartamento.

–Melany, eu te amo de todo o meu coração, eu daria a minha vida por você sem hesitar, e mataria qualquer um que sequer encostasse em um fio de seus cabelos... Se... eles te magoassem, ou te machucassem eu os mataria, faria eles voltarem dos mortos e os mataria novamente, sejam eles deuses, semideuses, ou humanos terão, de se ver comigo. Porque eu te amo Melany, sei que é estranho falar isso com tanta certeza apesar de não te conhecer a tanto tempo, mas,... eu te amo. –falei devagar como um juramento, e falei com toda a sinceridade que eu podia transmitir a ela, bem diferente daquele modo bêbado e louco de antes.

–Bem melhor!- ela disse e sorriu. Fiquei estático olhando seu sorriso.- E agora... a melhor parte!- Melany envolveu o meu pescoço e me beijou. Foi como estar no paraíso, como estar no deserto durante muito tempo e finalmente encontrar água para saciar minha sede, os lábios dela macios contra os meus os seus dedos ágeis fazendo massagem em meus cabelos. Envolvi a cintura de Melany a puxando para mim. Naquele momento era fato. Melany agora era minha. Sorri e me separei milímetros dela.

–Quer namorar comigo?- perguntei.

–Contando que você não chame Percy de cunhadinho, com toda certeza!- ri

De agora em diante meu mundo nunca mais seria o mesmo, pois ele giraria em torno de Melany.


Melany





Eu fiquei deitada ao lado de Nico, com a cabeça em seu peitoral enquanto ele me fazia perguntas que eu fazia a ele.







– Seu primeiro beijo?- perguntou ele.





–Essa pergunta eu não te fiz!- falei.


–Não! Mas eu quero saber quem é a pessoa que estará na minha mira de agora em diante.- falou ele rindo e eu ri junto com ele.

– Bem o meu primeiro beijo foi muito louco sabe?!- falei rindo.

–Ha é? Por que?- perguntou.

–Porque uma deusa deu uma poção para ele, e essa poção o deixou enlouquecido e então ele me esmagou em uma porta, me fez uma declaração...muito... rápida... e depois me beijou.- Nico se sentou em um pulo.

Eu fui o primeiro? Impossível. - falou incrédulo. Nico provavelmente não se lembrava de como eu não o beijava bem lá no apartamento, deveria estar tão sob o efeito da poção que nem reparou.

–Nico eu passei a vida inteira trancada no Olimpo. Não creio que seja impossível.– falei tentando imitar o tom de voz dele em “impossível”.- E também, não acho que alguém iria se interessar por mim assim tão facilmente- disse- tenho uma personalidade muito... fora do comum.- falei.

–Realmente!- disse ele- Não estou nem um pouco afim de ser o motivo de um furacão em Nova York!- ri, mas logo fiquei séria.

–Sabe que isso pode acontecer, né?- ele sorriu e assentiu.

–Sei, sim.

Ele ficou parado me olhando e eu sorri para ele.

–Eu te amo sabia?- falou ele.

–Não, não sabia!- falei rindo.

–Ha não?- falou ele se aproximando.

–Não!- ele começou a me beijar, quando ouvi o barulho de uma porta se abrindo. Nico se afastou de mim em um pulo. Olhando parado da porta, Percy nos olhava com as sobrancelhas franzidas.

–É para eu pegar o jarro?- perguntou, mas logo sorriu- Ou vocês finalmente se resolveram?

–Finalmente?- perguntei com as sobrancelhas erguidas. Percy revirou os olhos.

–Há qual é.- disse- Estava escrito na testa de vocês, diria até que demoraram.

–Rá! Se demoramos você e Annabeth levaram uma eternidade!- falei, ergui três dedos.- Três anos, Percy. Foi o tempo para que você e Annabeth se resolvessem.

–Não envolva Annabeth nisso.- disse Percy sério. Eu e Nico começamos a rir. Minha mãe apareceu na porta atrás de Percy.

–Então? Meu genro está com fome?

–Mãe! Até você já sabia?- ela riu.

–Quê que tem?- ela riu novamente- Depois de toda essa confusão finalmente consegui preparar o jantar.- Está na mesa!- disse ela, nos levantamos e fomos para a sala que tinha a mesa.

Nós conversávamos e riamos a mesa, enquanto Sally contava histórias constrangedoras de quando Percy era um bebê, e ele batia a cabeça na mesa constrangido.

–Eu queria ter estado presente nesses seus momentos também, Melany.- disse ela agora triste.

–Ha, mãe!- falei comovida.

–Que sorte!- murmurou Percy.

–É o que Percy?- perguntou Sally.

–Nada não, mãe!- disse Percy, cínico, olhei para Nico e começamos a rir.

A campainha tocou. Mamãe olhou pelo olho mágico, mas de repente começou a abrir a porta rápido. Quando abriu, Annabeth caiu de joelhos com o chapéu dos Yankees na mão.

–Annabeth!- Percy correu até ela e segurou seus ombros. Eu e Nico nos levantamos em um pulo.

–O... acampamento... Gaia... foi atacado!-Olhei para Nico que me olhava com raiva e tristeza.

O sonho acabou, estava na hora de voltar a realidade.



































































Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Comentem para eu saber a opinião de vocês! ;)