Dama Da Noite escrita por HanyouNee


Capítulo 31
Consiga Logo o Sopro


Notas iniciais do capítulo

Yeah, esse é o penúltimo capítulo antes do fim... da parte 02, huehuehue. Finalmente a parte 03! Caraca, passei 32 capítulos esperando por isso. Acreditem, não foi fácil. Embora eu diga que na parte 04 é que as coisas acontecem de verdade, quem liga? Afinal ninguém sabe o que rola na parte 04, só eu.



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Reprimi um grito de dor, o que não foi muito fácil. Troquei a espada de mãos e de repente me vi cheia de fúria.

–Desgraçado... Você quebrou... meu braço. –Pontuei cada palavra com golpes violentos. –Já passou da hora de acabar com isso... Dante!

Sangue jorrou do peito dele e aproveitei para derrubá-lo com um chute. Cortar fora a cabeça e pronto, eu queria fazer aquilo, mas por algum motivo não consegui.

Achei ter visto os olhos dele brilharem e um pequeno sorriso se espalhar por seu rosto mas... Não poderia ser verdade, era só minha imaginação. Esse cara não sorri, claro que é mentira.

–Bom. –Ele estendeu a mão. A contragosto, o ajudei a se levantar. –Você merece o Sopro Divino. Vou dá-lo a você.

Esperei talvez por alguma ajuda quanto ao meu braço direito quebrado, mas foi uma espera idiota. Drake, quando viu que tudo tinha acabado, me perguntou se eu estava bem.

–Mas você é idiota mesmo ou o que?! Claro que não estou bem, meu braço está quebrado, droga. –Digo irritada e com uma dor latente.

–Dê-me sua espada. –Dante ordena.

Percebi que tinha a minha espada branca nas mãos, tingida pelo negro do sangue dele. Relutante, a entreguei. Minha espada foi cravada no vidro que guardava o Sopro e pouco depois a recebi de volta. “Sacanagem, quer dizer que era só fazer isso?!”. Não senti nenhuma diferença, nem no peso, brilho, nadinha. Como se o Sopro nem estivesse na espada. Ela estava completamente igual ao que sempre fora.

–James, mostre a saída ao outro e diga a ele para esperar. –Como se o “outro” não estivesse ali para que dissesse pessoalmente á ele. Drake ficou sério. As coisas ficaram tensas de novo em um segundo. –Humana, venha comigo.

Segui Dante até uma parte mais escura e distante do salão, onde não poderiam o ouvir. Rapidamente o perdi em meio ás sombras.

–Ouça, não sei o que você quer com o Sopro, já que ele não te serve de nada. Se ferir alguém com essa sua espada, vai perdê-lo, aviso-lhe isso.

Eu não o via, mas senti o sussurro frio da voz dele bem no meu ouvido. Algo me deixou desconfiada. Além do fato de que nenhum dos Cinco haviam se dirigido á Drake em nenhum momento que estávamos ali, tento confirmar minhas suspeitas:

–Você me deixou ganhar.

–Pode não saber de seu futuro, mas eu sei. Você pode ser forte. Se tudo der errado, volte aqui. Não vou interferir, não vou e nem posso, mas se der errado, encontrá-la-ei. Então a tomarei para mim.

Minha expressão se encrespou e senti uma veia latejando. “Homens, sombras, vampiros... São todos iguais.” Pensei com indignação. O que diabo tenho de tão especial para ouvir isso? Maldição. Não faço ideia do meu futuro, mas se não der certo, eu o mato antes de qualquer coisa.

O sorriso de Dante surgiu para mim na escuridão e ele pareceu normal, e não o ser super poderoso que era e estava fadado a ser para todo o sempre. Durante aquele breve momento hesitei. As sombras tem um chamado forte e atrativo, mergulhar nelas era uma tentação. “Fica bem mais bonito quando sorri.” Virei as costas e fui em direção ao Drake.

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–O que ele queria?

–Me falar sobre o Sopro. –Dei de ombros. Não é agora e nem com algum desses dois caras que vou me deixar ser levada pelas sombras.

–E como está seu braço?

–Continua quebrado.

–Tem certeza de que você está bem? Parece nervosa.

“Mas algum comentário discreto e inteligente, Senhor Óbvio?!” Dei um tapa do melhor jeito que pude com a mão esquerda.

–Ainda tem bastante força não é? –Ele riu. –Para onde vamos agora que você cumpriu seu objetivo? Para casa?

Você vai abrir um portal e me deixar perto do reino de Mitchell. Depois disso é adeus.

–Que mulher mandona... Certo, Vossa Alteza, cumprirei seu estúpido capricho, já que me pede tão gentilmente. –Drake fez uma mesura.

Ele cria o portal no topo de um prédio em que saímos e estende suas asas brancas. Maldito castelo dos Cinco, cheio de atalhos e caminhos melindrosos, aquilo não é coisa de Deus. Drake me olha todo divertido.

–Vou leva-la no colo, pois seu braço está quebrado, não é?

–Tudo bem, vamos logo.

–Não se incomode, é rápido. –Ele me acomoda em seus braços e nos conduz suavemente. –Viu? Chegamos. Ali está o castelinho do filho de Ben.

Comecei a andar em direção ao “castelinho”. Se bem que, depois de estar dentro daquele gigantesco dos Cinco, tudo parecia pequeno, insignificante, frágil e inofensivo.

–Volte, Drake. Não podem te ver.

–Espere. Tem um preço a pagar pela viagem.

O preço dele, sempre o mesmo, só um beijo. O último, apenas um, o fim para ele.

–Não fique se culpando por achar que traia meu filho comigo. Afinal vocês dois ainda não tem nenhum relacionamento, certo? Mas nunca lhe diga nada. –Então, ele piscou. –Acredite, sombras são ciumentas e possessivas.

–Quero lhe cobrar meu segundo pedido.

–Diga. –Me curvo para sussurrar-lhe e a expressão dele muda, estando meio séria agora. –Certo, isso... Farei o possível. Nunca deixo de cumprir uma promessa.

–Até mais, Drake.

–Até, Avery.

Um adeus era muito desnecessário, nós sabíamos, nos veríamos de novo. Agora, o próximo passo.

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–Avery! –Minha Guardiã corria, com um sorriso idiota no rosto.

Depois de uma longa caminhada repleta de dor, era bom ver que ela me aguardava no portão. Isto é, até me ver e correr até mim. Desvio do abraço dela e a olho com certa curiosidade.

–Porque fez isso? –Se levantou, esfregando o nariz. –Ah, o que houve com seu...

–Quebrado.

–E por qual motivo você está me olhando assim? –Me pergunta, pensativa.

–O que... Seu cabelo, Andy. Que aconteceu com ele?

–Isso? –Ela pega uma mecha dourada entre os dedos, examinando-a. - Aconteceu um tempo depois de você ter ido.

–Como? –Fiquei confusa com aquilo. Ela não era assim quando eu me fui. Seus cabelos eram negros, como os meus.

–Eu sou o que você quiser que eu seja. Eu sou o que você mais gosta. –Explicou dando de ombros. –Mitchell disse que se fique diferente é porque você mudou.

–Eu?

–Sim! –Responde, com um aceno animado e vigoroso da cabeça, começando a andar. –Mas deu umas horas para cá tem aparecido umas mechas negras, viu? Devo estar voltando ao normal.

–Que bom. Você fica tão estranha loira. –Tento distrai-la, enquanto penso. Andy loira por causa do que eu gosto só pode significar uma coisa. –Não ficou burra também não é?

–Olha o preconceito, Avery. Só fico burra se você gostar de burrice.

–Nunca. Fique calada Andy. Você pode não ser loira ou burra, mas já faz muita bobagem.

–Falou a garota que sempre chega atrasada no trabalho. Quem é que tem que te levar lá todo dia? Euzinha. Pode me dizer como foi que fiquei loira agora. Afinal a culpa disso estar acontecendo é toda sua.

–Uma pessoa que conheci. –Digo, me lembrando de Marguery e do pequeno Rick. Na verdade não deve ter sido por causa de nenhum deles, mas sim por causa de Drake. E as mechas negras aparecendo recentemente deviam ser trabalho de meu tempo com Dante. Mas ela realmente não precisa saber de nenhum desses caras.

–O que tem do outro lado?

–Monstros terríveis. –Inventei. –E armadilhas. Fui capturada por eles, me levaram para o chefe deles e tive de lutar pelo Sopro.

–Você conseguiu?

–Claro que sim, sua idiota. Que diabos acha que estou fazendo aqui, afinal de contas? Um passeio turístico?

–Bem, seu braço da espada está quebrado, pensei que você pudesse, sabe, tipo, ter desistido e fugido do mundo dos Cônsules.

–Duvida muito das minhas capacidades.

–Ah, não vá se gabando! Você é só uma humana. Eu é quem devia lutar, não você.

–É mesmo? –Invoquei minha espada negra, ganhada de Drake, e a apontei para ela.

–Onde conseguiu isso?

–Não sei, sou só uma humana.

–E como invocou ela?

–Reunindo todas as minhas energias malignas na espada, é por esse motivo que ela é negra.

–Sério? –Andy por acaso estava dando uma de inocente ou qualquer coisa desse tipo? Por Deus...

–Não! Sinceramente, tem certeza de que não ficou mais burra?

–Mitchell não me disse nada sobre mudanças assim.

–Esqueça o que ele sabe. Está tudo errado. Mostrarei a verdade á vocês.

–A verdade?

–Posso dizer uma coisa ou outra, mas não tudo, não a verdade completa.

–Por quê?

–Não podem saber tudo, vocês têm de ficar um pouco na ignorância. Se souberem, vão querer mudar tudo e isso pode causar estragos e interferência na dimensão dos Cônsules, nessa e no mundo real também.

–O quanto você sabe?

–Bastante para poder tentar fazer isso.

Fazer surgir uma chama na minha mão esquerda. Aquilo fora meio que um teste, já que eu não sabia se podia ou não fazer coisas assim. Depois de se acostumar a fazer coisas surgirem e desaparecerem rapidamente, nem foi tão difícil. O que significa que minhas habilidades de materialização estão aprimoradas.

–Incrível! Me ensine isso!

–Não.

–Droga. Você voltou bem má hein?

–Jura? –Eu ri. –Nem percebi.


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Notas finais do capítulo

Sexta-feira 13, ainda continua sendo o melhor dia da semana e definitivamente o melhor dia do mês. Hoje é aniversário da Maid :3 Maid-chan, minha baka imouto, faz uns 200 dias que não a vejo TT-TT Para me consolar vou ver Free! dessa semana.



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