Dama Da Noite escrita por HanyouNee


Capítulo 30
Dante vai á Luta


Notas iniciais do capítulo

Agora mesmo estou me perguntando de onde tirei esse título, mas okay... Hoje o capítulo não ficou tão grande porque tenho de atualizar meu acompanhamento em algumas histórias e ver anime (respectivamente Free! e Brothers Conflict, que estou baixando como se minha vida dependesse disso)



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A possibilidade de perder me atormentava constantemente. O que fariam comigo? Se eu perdesse, jamais me perdoaria. Se Andy estivesse comigo, ela nunca teria me deixado fazer tamanha besteira como essa. Me apostar? Onde diabo estou com a cabeça?!

James jogava muito bem. Seus irmãos olhavam nosso longo jogo com total falta de interesse. Para Drake, era a maior das torturas. “É, eu me apostei... Porque não aproveito e vendo minha alma depois?”. Dante me observava, analítico. Arthur e Christoph discutiam sobre qualquer coisa, que eu mal ouvia. Joseph simplesmente tinha uma expressão de tédio.

-Perdeu. –James falou, pondo as cartas na mesa com um sorriso.

-Você roubou! –Digo, meio surpresa. Então mostro minhas cartas.

-Você roubou mais. Foi um bom jogo. Foi divertido. –Ele se levanta para anunciar. –Perdi. Ela ganhou o Sopro.

-Apenas você deve-o á ela. Eu não. Pretendo fazer outra coisa. –Dante diz. “Ótimo, foi muito fácil me apostar. O que vai ser agora?” –Pegue sua espada. Vou testar você, humana.

Lá se foi a parte menos arriscada, em um “simples” jogo de pôquer. Lutar contra um dos Cinco, ainda por cima o que parece ser o mais forte. Seria tão divertido. Tanto que só me dá vontade de sair correndo daqui e nunca mais voltar.

Acho que essa é a parte em que eu morro.

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A espada de Dante é tão completamente negra que parecia sugar toda a luz ao redor. Ao contrário da minha, que é branca. Ela surgiu em um lampejo tão breve que se eu tivesse piscado, teria perdido, sendo manejada com uma elegância surpreendente por seu dono.

“Espada negra, humor negro.” Pensei sombriamente. Eles poderiam se confundir com facilidade entre as sombras, que estavam por quase todo o salão. “Se essa coisa por acaso me ferir, será que ela rouba minha alma?” devaneio, intrigada.

Com um barulho estrondoso, faíscas voam. Para ganhar daquele cara, eu ia precisar de uma ótima estratégia. E sim, eu quero vencer. Não vim até aqui para perder e sair de mãos vazias. Por enquanto, ele parecia estar apenas brincando comigo, indo de um lado para o outro com tamanha rapidez que eu mal tinha tempo de parar suas investidas. Mas eu talvez pudesse tirar proveito da brincadeira de Dante. Ele me dava tempo para que eu o analisasse.

O primeiro golpe que ele me acertou foi na mão direita, com a parte plana da espada, caso contrário a teria cortado fora. Um golpe furioso e minha espada caiu. Ele me olhou com olhos tão negros quanto sua própria espada, com absoluta seriedade, sem exibir emoção alguma.

-De novo. –Disse apenas, indicando para que eu pegasse minha espada outra vez.

Porque ele fizera aquilo eu não entendia. Podia ter me matado bem rápido e eu nem teria visto. Ou talvez quisesse fazê-lo com toda paciência, me torturando aos bocadinhos, fazendo com que eu sinta dor. “Quem entende o que se passa na cabeça desses caras afinal?”

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Aquele fora apenas o simplório início da luta entre eu e Dante. Ou talvez nem se deva chamar isso de luta. Ele está mais me analisando. Achei que tivesse acertado supondo a morte lenta e torturante que me aguardava. Me acerta violentamente nas costelas, arrancando meu sangue. Outra vez que ele poderia ter me matado, atravessando meu corpo com sua espada feita de trevas e me fatiado em pedaços pequenos. Mas não o fez.

Uma boa notícia que eu tirara daquele golpe doloroso: a espada dela não roubara minha alma. Ao menos, acho que não, porque não senti nenhum tipo de coisa. Ou talvez eu não devesse sentir, quem sabe.

Levou tempo até que eu conseguisse me acostumar á velocidade dele. Até lá eu já havia levado incontáveis golpes e perdido a espada mais algumas vezes. Elas surgiam e desapareciam em um lampejo de golpe. Quando uma fugia de minhas mãos, logo eu fazia aparecer outra.

Os minutos correram soltos. Ou talvez as horas. Perdi totalmente a noção do tempo ali. Pude notar com satisfação que consegui feri-lo. Sangue escuro escorria para o chão, misturando-se ao meu.

-Está melhor. –Ele murmura, de um jeito todo enigmático após derrubar uma das minhas espadas pela milionésima sexagésima nona vez. –Arthur, cuide dos cortes dela. Christoph, tire o sangue do chão.

Dois estalos de dedos, um seguido do outro e... pronto. Comecei a me sentir bem mais disposta e parei de escorregar no meu próprio sangue. Sem avisa, Dante volta a me atacar, então prosseguimos.

Outra vez, volto ás suposições. O plano era me fatiar, curar e fatiar de novo por muitas vezes até eu desistir e acabar me matando ou implorando por misericórdia?

Conseguir ao menos pensar nisso durante a luta me fez considerar meu provável progresso. No início eu tinha de concentrar todas as atenções nele. Agora, ia me distraindo com outra coisa.

Passo os olhos pelo saguão para procurar por Drake, que não dissera nada muito significativo desde que chegamos. Encontrei ele encostado em uma pilastra, parecendo se esforçar para permanecer ali e aguardar o fim, temendo por um possível desfecho trágico.

Realmente, ganhar de James não fora muito fácil. Se bem que é de se desconfiar que ele tenha me deixado vencer. Agora Dante... Este parecia não ter sequer um ponto fraco, lutando com disciplina e seriedade, sem tirar os olhos de mim por um segundo sequer.

Aqui era muito ruim. Não cansativo, graças a uma pequena ajuda da parte de Arthur. Mas era chato ficar fazendo a mesma coisa por tanto tempo. Será que não poderíamos terminar essa luta logo, para que eu possa ir embora?


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Notas finais do capítulo

Sei que lutas são chatas, mas é necessário. E isso não acabou, então teremos mais no próximo capítulo. Caraca, eu devo ser muito foda para conseguir manter três histórias ao mesmo tempo ~me achando~. Esse não é meu normal. Geralmente, eu desistiria de uma ou duas, mas acho que estou me saindo bem, então isso não é preciso.



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