Dama Da Noite escrita por HanyouNee


Capítulo 28
Névoa no Castelo


Notas iniciais do capítulo

Olá, minna. Como sempre eu demorei digitar esse capítulo. Hoje foi um dia problemático e tenso. Minha família está em expansão e isso me deixa muito preocupada. Se decepcionem com esse capítulo porque ninguém morreu.



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–Segure minha mão.

O rosto dele, antes com uma expressão de choque, muda para um alívio imediato. Com alguma dificuldade, o puxo para cima, para a segurança. Eu ainda preciso do Drake para chegar aos Cinco, ele não pode morrer.

–Acha que eu te deixaria morrer assim tão fácil?

–Não sei. –Respondeu. Notei que suas mãos tremiam um pouco.

–Ora, se for para morrer, que eu o mate.

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Nossos únicos inimigos pareciam ser o tempo e o próprio castelo. Haviam armadilhas espalhadas, das mais engenhosas até as mais fúteis, por quase todo o lugar.

Caímos em cada uma, só conseguindo evitar outras poucas. Se alguém estivesse monitorando as armadilhas, sem dúvida já deveria saber onde estávamos e por onde passamos.

Em um momento, as paredes se estreitavam ao nosso redor, no outro, o corredor se enchia de água. Guerreiros de pedra nos perseguiram com seus machados de guerra, flechas zumbiram por nossos ouvidos e a cada corredor virado, um desafio novo surgia.

Houve um momento em que caí em mais um buraco. Eles existiam em grande quantidade. Acabei por torcer o tornozelo. Me surpreendi ao vê-lo estender as asas brancas para me pegar. Então, fiquei curiosa.

–Como você faz para... tipo... suas asas...

–Fazem parte de mim.

Estremeci com a ideia daquilo dentro do meu corpo. Impossível elas caberem. Deviam ter uma espécie de magia ou coisa do tipo, só podia ser. Seria interessante descobrir mais sobre como funciona depois.

–Porque não as usou naquele buraco em que caiu?

–Era muito pequeno. –Ele apenas dá de ombros ao recolhê-las. Sua camisa fica com dois rasgos nas costas. –Mas... e agora, não vai deixar que eu te carregue?

–Nem pensar. Posso muito bem caminhar sozinha. –Dei um passo, reprimindo uma careta de dor. “O preço por não deixa-lo me assediar. Que seja.”

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–Não consigo entender como você sabe para onde estamos indo.

–Já disse, pelos archotes.

–Só isso? São todos iguais para mim, pelo amor de Deus! E se sairmos em um lugar cheio de névoa?

–Voltamos e pegamos outro caminho.

–Isso vai levar uma vida! É melhor não demorar tanto. Opa, tropecei em um fio.

–Um o que?!

–Ah, droga. O que vai ser agora?

–Névoa. -Em um tom estranho de branco, cobrindo toda a extensão do corredor, de cima a baixo. Murmurei algumas palavras e a espada de Devon surge em minha mão com um movimento, emitindo seu brilho esverdeado.

–Pode estar escondendo inimigos.

Chegou até nós e por algum tempo nada aconteceu, tudo parecia quieto e mal nos mexíamos, tensos, esperando. Então começo a sentir algo me sufocando, me deixando sem ar. Caí de joelhos no chão apertando a garganta.

–Drake... –A névoa devia ser tóxica, claro. Eu só tinha a impressão de não poder respirar, mas na verdade inalava a névoa. Ela estava afetando nossos sentidos também, além da respiração.

Ele já estava desacordado ao meu lado. Talvez por causa do seu olfato superior, ele fora afetado mais rapidamente. Não importava muito o porquê ou como, eu tenho de nos tirar daqui.

A espada de Devon desaparece em um breve lampejo verde. Eu não precisava dela mais, queria a de Bem, a branca, mas não conseguia dizer as palavras, elas demoram sair. Um golpe, apenas um, é tudo o que preciso.

Quando eu treinava com as seis espadas, pude descobrir por que a primeira é sempre a melhor. Eram ligadas á força de elementos, que são sempre os mesmos de pai para filho. Mas por alguma razão qualquer, uma força que só se transmite para a primeira espada.

Eu não queria um monte de grama no meio do corredor, por isso pegar a de Devon de volta. Eu precisava de um vento forte, uma única lufada poderosa para dispersar a névoa. A espada de Ben podia fazer isso. Seguro-a com firmeza, prendo a respiração e me levanto. Um golpe; giro-a em um arco. Meus pulmões queimam e passo a respirar rápido.

–Estamos... salvos. –Ao menos, eu estava. Drake continuava caído, intoxicado pela névoa.

Felizmente a próxima coisa que eu precisava fazer não era tão difícil como nos impedir de sermos mortos por uma névoa estranha. Prestar socorro era algo que eu sabia. Fazia isso algumas vezes no trabalho.

–Avery... O que aconteceu?

–Nada de mais. Descanse um pouco. Logo voltaremos a caminhar outra vez.

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–Vai me dizer ou não?

–Claro que não. –Cruzei os braços.

–O que há na sua infância que não posso saber? Duvido que seja algo assim tão ruim. Você só está me enrolando, eu sei.

–Sabe nada. –Digo para ele. –Cala a boca, Drake.

–Quando me disser, calo de bom grado.

–Que tal desse jeito: se eu ganhar de você no pôquer, fica calado, e se eu perder, pode perguntar o que quiser.

–Não caio no mesmo truque duas vezes, Avery. Me acha tão estúpido assim?

–Sinceramente? Acho. Então que tal uma luta com espadas?

–Pode ser.

Fora uma péssima escolha. E uma má ideia perguntar á respeito da minha infância, ela dizia respeito somente a mim e mais ninguém. Eu o faria se calar e provar um pouco de aço. Agora estávamos no mesmo nível.

–Em guarda! –Eu ri quando meu aço negro se chocou com a nova espada dele, enquanto eu brandia a antiga.

–Devagar! Quase cortou minha mão.

Ter paciência parecia desnecessário agora. Eu mostraria que podia vencer de novo. Além do mais, nenhum de nós determinou as regras e eu já tinha um plano traçado.

Ele estreita os olhos escuros e demostra para mim que estava tendo de se esforçar. Passo a espada para a mão esquerda e desfiro um golpe na direção das pernas dele. Drake salta para evitar o corte e é neste momento que é acertado pelo meu soco.

–Perdeu. –Sorri, com a espada em sua garganta e ele me olhou carrancudo.

–Você rouba. Tanto com a espada quanto no pôquer.

–Está bem, eu admito. Roubo na luta com espada. –Estendo a mão para ajuda-lo a se levantar.

–Quando chegarmos, vai apostar seu Sopro em um jogo de pôquer?

–Ah, ótima ideia.

–Inacreditável. –Ele disse, mas parecia estar prestes a rir. –Vai jogar pôquer?! Com os Cinco? Uma humana jogando com os seres mais poderosos que se conhece. E pretende ganhar?!

–Afinal de contas, para o que você acha que vim aqui? Claro que quero ganhar, seu estúpido.

–Você é incrível! –Ele gargalhava. –Nossa, não consigo acreditar. –E mais outra gargalhada o sacode.

–Idiota imprestável. –Murmurei zangada, começando a arrastá-lo pela camisa. Agora eu teria de esperar até que ele se cansasse de rir. Melhor aguentar.


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Notas finais do capítulo

Nada a declarar, a não ser o fato de que estamos próximos dos Cinco. Os capítulos vão ser todos no castelo até lá.



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