As Long As You Love Me escrita por Madness


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

HELLO!
Capítulo postado, com um pouco de demora, ando sem tempo, como já expliquei. Enfim, boa leitura e espero que gostem! ;)



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Acordei com um pouco de dor de cabeça. Ressaca. Apesar de não ter bebido muito. Abri os olhos vagarosamente sendo incomodado pela pequena fresta de luz solar que penetrava pela janela que estava coberta por um... Edredom? Aquilo era um edredom?

Olhei para o chão e Dylan estava coberto apenas por um lençol todo encolhido. Louco. Ele pegou o edredom pra tampar o sol da janela e voltou a dormir. Já devia passar do meio-dia, porque o sol só entrava pela janela do meu quarto depois do meio-dia.

Olhei no relógio em cima da minha cama só pra confirmar e já era mais de três da tarde.

Me levantei me arrastando, assim que sai debaixo das cobertas senti um frio e estremeci. Fui até o banheiro tomar um banho. Me espreguicei entrando debaixo da água morna. Nem a pau que eu ia tomar banho gelado.

Entrei debaixo do chuveiro e deixei que a água caísse em meus ombros me dando uma sensação de relaxamento. Não durma. Não sei por quanto tempo eu fiquei debaixo do chuveiro, mas sei que foi tempo suficiente pra deixar o espelho todo embaçado.

Escovei os dentes e passei a mão no espelho para que eu pudesse me ver. Eu estava com barba, não muito grande, mas também nem tão rala, estava com cara de uns três ou quatro anos mais velho talvez.

Peguei o creme de barbear e fiz minha barba. Bem melhor confesso, apesar de gostar de ter barba.

Sai do banheiro com a toalha na cintura e senti o vento frio bater, me estremeci e fui correndo até o guarda-roupa. Foi quando eu escorreguei (Sim, eu fui burro o suficiente pra correr todo molhado por um piso de madeira extremamente escorregadio) e sai deslizando até bater e cabeça na cômoda onde caíram umas coisas fazendo um barulho acordando Dylan.

- Caiu feio em Jay – Dylan disse coçando os olhos e olhando pra mim com cara de sono. Eu estava deitado no chão com a parte detrás da minha cabeça, onde eu bati, latejando. Ele deu uma pausa, tanto que achei que tinha voltado a dormir – Você devia ter mais cuidado. – Ele disse finalmente.

- É, eu sou meio desastrado. – Eu disse me levantando e vendo tudo branco com pontos pretos. Acho que levantei rápido demais.

Fui até o guarda roupa e peguei uma cueca, um short, uma camiseta e meu moletom dos Beatles.

Me vesti e fui até o Dylan que estava deitado todo esparramado no chão, dormindo. O cutuquei uma, duas, três vezes e nada dele acordar. O deixei ali e fui pegar um gelo pra minha cabeça que ainda latejava. A casa estava uma bagunça.

Tinha copos de plástico em todo lugar, alguma bituca de cigarro, tinha comida no chão, eu tinha que limpar... Ou pagar alguém pra isso. Mas hoje era domingo, não acho que esteja algum lugar de limpeza aberto.

Não custa tentar.

-x-

Depois de mais de uma hora ligando pra qualquer agência de limpeza da lista telefônica, eu estava quase desistindo, estava na letra R. Rwar Clean, era o nome da agência. Liguei. Chamou uma, duas, três, quatro, cinco, estava prestes a desistir e ir pra próxima quando no oitavo toque alguém atendeu.

- Rwar Clean, aqui você fala e a gente limpa. – Disse uma voz masculina do outro lado da linha.

- Alô? Aleluia achei uma agência de limpeza aberta aos domingos.

- Pois é senhor, somos talvez a única que abra hoje, teve sorte em ligar estávamos quase fechando por causa da hora.

- Ah, que interessante. Mas então, ontem eu fiz uma festa e a casa está uma zona. – Olhei no relógio já era três da tarde. – Será que tem como eu contratar seus serviços?

- Mas é claro! Mas como hoje é domingo nós cobramos cinco libras mais caro por cômodo.

- Ah tudo bem. Mas eu gostaria de pedir que vocês terminassem antes das seis, porque as sete meus pais vão chegar.

- Safadinho, fez a festa sem os pais saberem? – Eu ri.

- Pior que não, é que eles disseram que eu tinha que limpar, mas a preguiça não deixa. – Eu disse me deitando no sofá.

- Ta certo, me passa seu endereço, em meio-hora ou menos nós chegamos. – Dei meu endereço a eles e os agradeci.

Fechei os olhos e depois do que pareceu segundos a campainha tocou. Não se passaram segundos, eu acabei cochilando, cai do sofá com o susto.

Abri a porta e lá tinha umas seis pessoas. Quatro homens e duas mulheres.

- Oi, prazer eu sou o Ygor – Disse um deles estendendo a mão. – Sou o cara com quem você falou ao telefone. – Ele disse sorrindo, ele parecia ter uns dois anos a mais que eu.

- Ah sim claro, entrem. Eu disse abrindo espaço e os deixando entrar.

- Nossa Senhora da Limpeza. – Exclamou uma das mulheres com um leve sotaque escocês. – O que teve aqui? Um furacão?

- Foi uma festa. – Eu disse coçando a nuca tímido. Ela murmurou algo em outra língua, não queria saber o que, porque sua cara carrancuda denunciava que era algum tipo de xingamento.

- A gente vai limpar que parte da casa? – Perguntou Ygor.

- A parte de baixo inteira e a escada.

- Ok. Então vamos ao trabalho Família Rwar. – Ele juntaram as mãos e fizeram uma espécie de grito de guerra e começaram a limpar. – James, seria muito incômodo pedir para você ficar lá em cima? A Nina – Ele disse apontando para uma mulher de uns quarenta ou talvez cinquenta anos. – Não gosta de que a fiquem olhando.

- Hãn? Ah sim, tudo bem, qualquer coisa me grita ou fica pressionando o número 3 no telefone que toca lá no meu quarto.

- Ok.

Eu subi as escadas e fui para meu quarto. Dylan estava dormindo na minha cama agora, ele deve ter acordado e ido pra lá.

Eu queria acordá-lo, mas não o fiz, ele devia estar com uma puta ressaca, pois esse cara sim bebeu quase o triplo do que eu ontem.

Olhei pra fora da janela esperando que a Anna estivesse por ali, mas nada. Eu queria ligar pra ela, mas eu estava com medo de parecer grudento demais ou algo do tipo. Sei que é chato esse tipo de coisa então desisti.

Liguei a TV e nada de bom estava passando. Bufei. Estava um tédio. Então eu olhei pra cima da mesinha do computador e vi o livro que tinha ganhado da Anna. Soltei meio sorriso, eu até gostava de ler livros, mas eram poucos tipos que me agradavam.

A capa era bem legal e o nome bem chamativo. Abri e comecei a ler o Prólogo.

-x-

Depois de uma hora e meia mais ou menos o telefone tocou. Atendi e era o Ygor me ligou avisando que eles haviam terminado.

Desci as escadas rapidamente e o cheiro de limão e lavanda impregnou meu nariz. Estava tudo limpo, podia até dizer que estava brilhando.

- Wow! – Não pude deixar de exclamar.

- Foi meio difícil limpar mais aí está cara. – Eu peguei minha carteira no bolso, agora vejo que as cento e vinte libras que eles cobraram valiam a pena. Entreguei o dinheiro a ele que murmurou um obrigado e eu apenas sorri.

Eles se despediram e foram embora apressados até a van que estava na frente de casa.

- QUANDO EU PRECISAR CHAMO VOCÊ DE NOVO. – Eu gritei assim que Ygor entrava no carro, ele olhou pra trás e afirmou com a cabeça. Deram a partida e se foram.

Fiquei ali fora por alguns minutos e depois entrei em casa, porque o vento frio cortava a pele exposta da minha perna.

Fui até meu quarto e a preguiça do Dylan ainda dormia. Olha, se vocês acham que eu durmo muito, vocês deviam ver o Dylan.

Fui sorrateiramente até ele e o cutuquei, nada dele responder. Será que ele estava vivo? Peguei um travesseiro e bati em sua cabeça e puxei sua coberta, ele resmungou algo então eu bati de novo só que com mais força e ele se assustou e rolou na cama caindo da cama. Comecei a rir e ele me olhou emburrado.

- Idiota, eu devia te matar.

- Você não teria coragem – Eu disse desafiador, ele apenas me olhou e levantou.

- Eu estava num sonho tão bom. – Ele disse fazendo um bico enorme. Tenho que confessar que isso era muito fofo. Quase tive pena dele, quase. – Sonhava com... – Ele disse todo sonhador e então se tocou o que ia dizer e parou.

- Com quem? – Eu o perguntei curioso.

- Nada demais, além disso, se você não tivesse me acordado eu até te contaria. – Ele disse com um falso sorriso. Maldito. Me deixou curioso. Eu entortei os lábios fazendo uma careta. – Vou ir tomar banho, tem roupa minha aqui, né? – Eu afirmei e então ele pegou uma toalha na parte de cima do guarda-roupa e foi tomar banho.

Depois de trinta minutos ele saiu de lá já vestido.

- Eaí, ligou pra Anna já? – Ele disse com um sorriso safado no rosto, eu corei.

- Não. Você acha que eu deveria?

- Claro que sim sua besta! – Ele disse me dando um tapa na cabeça. – Você sabe como ela é tímida e se não fosse por você talvez vocês ainda tivessem no zero.

- É pode ser. – Eu disse pensativo.

- Aleluia vocês se acertaram hein, já estava na hora. – Eu revirei os olhos. – Faz assim liga pra ela ou vai lá na casa dela chamar ela pra vim pra cá, chama aquela prima dela também e a gente pedi pizza e faz algo juntos, o que acha?

- Hum, ok. – Eu disse indo até meu guarda roupa e pegando uma calça. – Então eu vou lá, você vai comigo? – Eu perguntei assim que sai do banheiro já vestindo a calça. Ele apenas assentiu e veio atrás de mim quando abri a posta do quarto.

- Você acha que ela está aí? – Eu perguntei assim que pisei no jardim da casa dos Palmer

- Só há um jeito de saber – Ele diz e logo depois toca a campainha.

Depois de uns cinco minutos alguém atende a porta. Ela é aberta e ninguém está na frente. Como assim? Então olho pra baixo, lá estava Henry com uma espécie de fantasia de panda, mas na verdade era um pijama. Ele tirou a touca que era na forma de panda, seus cabelos estavam bagunçados e ele exibia um sorriso travesso no rosto.

- Oi Henry – Eu o cumprimentei esticando a mão para que a gente fizesse nosso toque.

- Hey Jay! – Ele disse meu nome alto e começou a rir. Eu franzi o cenho confuso e então uma figura feminina apareceu atrás de Henry. Eu sorri. Uma Anna que estava com o cabelo preso num coque, os óculos no rosto, um moletom branco, meias e... WOW, ela estava de short, um short estilo aqueles de ginástica que pegava no meio de sua coxa. Acho que eu estou olhando demais pra essas coxas, foco Jay, suba seu olhar e mire os lindos olhos azuis dela. Olhei pra cima e ela estava corada e mordia o lábio, não faz isso. Você não sabe o quão sexy é fazendo isso.

O sorriso travesso do Henry só aumentou assim que ele viu que eu olhava sua irmã.

- Hum ér, oi. – Eu digo, me dirigindo a ela, eu queria beijá-la, mas acho que não seria o certo, afinal, o irmãozinho dela estava bem aqui. Então eu apenas me inclinei e dei um beijo demorado em sua bochecha – Eu vim aqui saber se você queria ir lá em casa fazer alguma coisa – Eu digo coçando a nuca.

Ela franzi os lábios, fazendo uma careta.

- Não vai dar. – Ela diz e algo estranho em mim fica sentido. – Meus pais não estão em casa e eu tenho que cuidar do Henry – Ela diz acrescentando rápido, para que eu compreendesse.

- Ah sim.

- Chama seu namorado pra assistir filme com a gente Anna. – Henry diz, a parte de ouvir “namorado” me fez feliz e ao mesmo tempo me deixou com vergonha. Anna corou e olhou pra baixo, tão linda.

- Vocês querem entrar e ver filme? – Anna pergunta subindo o olhar e fazendo o convite formalmente.

- Isso vai ser divertido. – Dylan diz sorridente e puxa Anna para um abraço.

- Hum, então está bem, eu vou lá trancar a casa e já volto. – Eu digo dando meia volta.

Ouço uns cochichos enquanto estou saindo e de repente um grito, paro no meio do gramado e vejo Anna vindo atrás de mim.

- Hum, ér, eu te acompanho. – Ela disse se aproximando de mim.

Anna era mais baixa que eu então não tinha como eu passar meu braço por seus ombros, então assim que ela começou a caminhar ao meu lado eu segurei sua mão, ela me olhou sorrindo e eu sorri de volta.

Sorrir era uma coisa que eu vinha fazendo cada vez mais ao seu lado.

- Acordou de ressaca? – Ela perguntou enquanto caminhávamos até minha casa.

- Hum, mais ou menos. – Eu digo. – Eu não bebi muito, mas o Dylan acordou cedo pra tomar uma aspirina.

- Era de se esperar – Ela diz rindo. Eu apenas afirmo com a cabeça.

Entramos em casa, Anna sentou no sofá da sala enquanto eu trancava a porta do fundo.

- Pronto, vamos? – Eu digo me escorando na parede e balançando as chaves. Ela levanta do sofá e caminha até mim.

- Você acha que se a gente demorar um pouquinho... – Ela diz mordendo o lábio, então eu entendi o que ela quis dizer. A puxei pela cintura a erguendo um pouco do chão, ela passou o braço pelo meu pescoço e começou a mexer no meu cabelo.

Algo estranho - mas muito bom - me invade, juntamente com o gosto de morango. Eu adoro morango. Era esse o gosto do seu beijo. Isso era viciante, eu não queria me soltar dela. Tivemos que nos separar por falta de ar. Um inimigo que todos têm em comum.

Eu a soltei e sem ela esperar lhe roubei um selinho a fazendo sorrir.

- Acho melhor a gente ir antes que o Dylan venha atrás da gente. – Ela disse e eu assenti pegando em sua mão.

Andamos até a porta e no que eu abri dou de cara com meus pais. Legal, péssima hora para eles chegarem. Meu pai me olha com um olhar sério, como sempre, minha mãe que estava de costas pra gente virou.

Seu primeiro olhar foi de curiosidade, ela alternava seu olhar entre eu e Anna que nesse momento já estava corada e olhava para baixo. Minha mãe então olhou para nossas mãos entrelaçadas, então ela esboçou um dos sorrisos mais sinceros que eu já tinha visto. Ela disse baixinho só para que eu ouvisse “Já estava na hora”. Ela também?

Eu apenas a olhei suplicando para que ela parasse com esse assunto.

- Oi Anna – Minha mãe disse casualmente como se nada tivesse ocorrido.

- Oi Senhora Scott – Anna disse levantando a cabeça e percebi que suas bochechas estavam um tanto quanto rosadas. – Oi Senhor Scott – Ela se referiu ao meu pai que apenas a olhou, disse boa noite e foi pra dentro de casa.

- Mãe, eu vou na casa da Anna assistir filme, mais tarde eu volto. – Eu digo dando um beijo em sua bochecha e puxando Anna para o jardim.

- Tudo bem filho, só tenha... – Ela deu uma pausa. – Juízo. – Eu olhei para trás a tempo de a ver entrando em casa rindo. 


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Notas finais do capítulo

Hehe e o que estão achando?
Deixem seus comentários dizendo o que devo melhorar, etc.