As Long As You Love Me escrita por Madness


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Galera, desculpem a demora pra postar, é que estava meio corrido pra mim semana passada e essa semana, vou ver se consigo postar de novo até domingo, mas não é certeza. Me desculpe e espero que gostem do capítulo. ;)



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Hoje não é definitivamente meu dia. No primeiro tempo (justamente o que eu faltei, por chegar atrasado), a professora deu uma prova oral. Me ferrei. Na hora do intervalo eu fui tomar água e acabei me molhando todo quando uma pessoa esbarrou em mim.

Eu estava indignado com tanto azar.

Estava voltando pra casa dessa vez sem a companhia de Dylan, que deu a desculpa de que ia sair mais tarde e blah, blah, blah. As ruas não estavam tão movimentadas, vez ou outra passava uma pessoa ou um carro.

Passei a acreditar que minha sorte havia mudado quando eu achei duas libras jogadas no chão. Sorri vitorioso e me agachei pra pegar. Foi quando um cachorro que em minha opinião caiu do céu e veio correndo até mim me fazendo perder o equilíbrio e cair no chão, eu fui de cara ao chão. E digamos que minha ficou, hãn, meio empinada. Foi bem estranho. Levantei rapidamente vendo se alguém tinha visto. Não havia ninguém.

Levantei praguejando, mas pelo menos eu era agora duas libras mais rico. Estava atravessando a rua e sem ver eu pisei num chiclete.

- O que eu fiz pra merecer isso? – Praguejei. Fiz força para meu pé sair dali. Bando de porcos esses londrinos.

Eu andava e meu pé direito grudava no chão, que ótimo, melhor impossível. Meus cabelos estavam mais bagunçados do que o normal, minha calça estava suja nos joelhos e minha camiseta estava torta e eu carregava a mochila pendida apenas pelo ombro esquerdo. EU PARECIA UM MENDIGO! Acho que se eu saísse pedindo moeda por aí eles me davam. Virei à esquina de casa. Eu estava aliviado, mais nada poderia acontecer de ruim.  Eu estava quase em minha casa já, o carteiro passou correndo por mim quase me derrubando e eu desviei pra rua.

- Hey! Cuidado pra onde anda. – Eu resmunguei irritado.

Eu fui voltar para a calçada e foi quando eu pisei no meu cadarço, que eu só reparei agora que estava desamarrado. E lá foi James Matthew Scott ao chão... de novo. Eu ouvi risadas. Olhei em volta ainda no chão e não vi nada. Então eu olhei pra frente. DROGA!

Anna e uma menina, que deveria ser sua prima, estavam sentadas na escada que ia para a varanda de sua casa. A menina ao seu lado se contorcia de tanto rir. Haha muito engraçado, não ria. NÃO RIA. Aff. Com que cara que eu ia olhar pra Anna agora? Me odiei por isso, só por que eu ia chegar nela amanhã e... Ela devia achar que eu era um tonto.

Me levantei rápido, ajeitei a camisa e bati a mão na roupa pra tirar a poeira. A prima da Anna ainda ria, já ela me olhava com um olhar preocupado enquanto segurava o riso. Solto um suspiro, me ajeito e vou em direção a minha casa.

Eu praticamente me arrasto, estou no meio do caminho quando eu ouço ela me chamar. Ela pronuncia meu nome tão... Balanço a cabeça pra afastar esses pensamentos e me aproximo sem podendo evitar de sorrir.

- Hum, ér. Oi – Eu digo assim que chego na cerca.

- Oi – Ela diz sorrindo. – Você está bem? – Ela faz uma cara de preocupada, eu afirmo com a cabeça.

- Eu só não estou tendo muita sorte hoje, como pôde perceber. – Eu digo sorrindo e ela ri. Eu a encaro por um momento e acho que ela percebe, então eu viro o rosto pro lado coçando a nuca. – E você esta bem? – Ela me olha com a sobrancelha franzida. – É que você não foi a aula e tal, pensei que tivesse acontecido algo...

- Hum, ér não. Eu não fui porque fui buscar minha prima – Ela aponta pra menina que está sentada na escada, ela acena e eu aceno de volta.

- Ah sim, entendo.

- Hãn, ér, te chamei aqui pra te dizer que eu vou à sua festa amanhã. – Assim que ela me diz isso, eu quase explodo. Minha barriga cria borboletas involuntárias e eu não evito sorrir, a posto que estou parecendo mais idiota do que já sou. Isso é possível? Hm, talvez quando se trata de James Scott.

- Então eu vou estar te esperando. – Incrível esse é um dia de sorte, sinceramente. Eu esqueço totalmente dos acontecimentos anteriores, sua prima a chama ela se despede e vai até lá, eu ainda estou meio tonto. Devo ter batido a cabeça no meio fio quando cai, só pode. Estava quase chegando na porta quando o imprevisível acontece.

O sistema de irrigação do jardim é ligado! Estou todo molhado. Eu fico parado atônito, não sei se é pelo fato de ter me molhado ou pelo fato de agora ter caído minha ficha de que amanhã eu vou tentar beijar a Anna de novo e isso me deixa nervoso.

- Filho? – Minha mãe abre a porta da frente e me olha confusa. – O que está fazendo aí, se molhando todo?

- Hum, ér, hãn... – Eu digo e ela ri.

- Não enrole, vamos almoçar fora hoje. – Ela diz e  entra em casa, vou logo depois

-x-

Eu estava entediado sentado num sofá em uma loja enquanto minha mãe fazia a festa. Eu sofro viu. As horas estavam passando tão de vagar que eu quase peguei no sono de tanto tédio, eu precisava dar uma volta.

- Mãe, vou aquela loja de jogos, bem aqui na frente, ok? – Eu disse assim que ela saiu a procura de mais roupas.

- Hãn, claro, te encontro lá daqui a pouco. – Se eu conhecia muito bem minha mãe, era capaz deu ver a loja inteira e ela ainda estaria na loja vendo roupas.

Eu sai da loja em que estava respirando fundo e indo até Gamer Maniacs, eu sorri. Eu adorava essa loja, quando eu era mais novo, vivia aqui jogando fliperama ou outros jogos. Era um lugar bacana, mesmo eu tendo um videogame em casa, eu adorava ir lá.

- Hey Marco! – Eu cumprimento o moço atrás do balcão.

- Hey Jay, quanto tempo, não? – Ele disse gentil e vindo até mim me dar um abraço. Marco era bem grande, digamos assim, não só para a cima. Ele usava camisetas de filmes, jogos, séries e animes sempre, e usava um short que ia até os joelhos e sempre estava de all star tradicional, ele usava uns óculos enormes eu deixavam seus olhos castanhos escuros, quase pretos, saltados. Apesar de ser meio gordinho, seu rosto era um pouco fino para seu tamanho, o que dava a impressão que tinham arrancado a cabeça dele e colado em outro corpo.

- Como vai Marco? Ainda tendo problemas com aqueles caras? – Eu perguntei e Marco fez uma careta, ano passado tinha um grupo de seis ou oito pessoas que, como posso dizer, não era nada amigáveis e sempre iam a loja dele, espantavam clientes, “compravam” fiado (entre aspas, porque eles nem davam a mínima em pagar os jogos).

- Ah graças ao senhor dos games, sim! – Ele disse feliz e eu ri. – Mas então, veio fazer o que aqui? – Ele ajeitou os óculos e deu uma olhada superficial na loja pra ver se tudo ocorria bem.

- Hãn, minha mãe ela está na loja aqui da frente, pensei em dar uma passada aqui, ver se eu gosto de alguma coisa. – Eu digo coçando a nuca.

- Mas é claro! Amanhã é seu aniversário, não? – Ele me perguntou batendo em meu ombro, eu sorri tímido. – Pois bem, estava esperando te dar isso no Natal... – Ele diz se voltando para trás do balcão de novo. – Mas acho que está muito longe - Ele diz risonho e me entrega uma caixa não muito grande. – Hãn, só espero que você goste, cara! – Ele diz me dando um abraço e murmurando um feliz aniversário adiantado.

- Valeu mesmo, Marco.

Eu abri, e eu acho que meus olhos brilharam, eu olhei para o Marco com cara de poker face.

- O que... Como? – Eu digo e ele solta uma gargalhado.

- Acho que você gostou. – Ele diz cruzando os braços e erguendo uma das sobrancelhas.

- Se eu gostei? Ah puxa, cara... eu... eu nem sei o que dizer. – Eu digo pulando em cima dele que leva um susto, mas me segura. Algumas pessoas me olhavam como se eu fosse um estranho e outras riam.

Mas realmente era estranho, uma pessoa de quase dezoito anos igual a um bebê num colo de outro de quase quarenta.

- Ta bom, agora desce. Não sou mais aquele cara novinho que aguenta isso não – Ele diz rindo e eu desço sorrindo.

Eu olhei para meu presente de novo, e puxa! Mas podia acreditar que era uma baqueta personalizada e autografada, por nada mais, nada menos do que JOHN BONHAM, BATERISTA DO LED ZEPPELIN, não podia ser verdade, o cara já estava morto havia muito tempo.

- Como... como você conseguiu isso?

- Ah, simples. Meu pai que tinha, ela me deu, mas você sabe não curto muito essas coisas e tal, achei legal te dar. – Ele diz dando de ombros. – Mas se você não quiser eu posso entender...

- Não, não cara. É só que é incrível! Uau! Como será que ele conseguiu autografar isso? O cara além de foda na batera, era ninja é isso? – E u pergunto e Marco ri.

- Não sei cara, disserto. – Ele diz negando com a cabeça.

Eu devia estar parecendo um bobo, eu sorria feito idiota de orelha a orelha e eu tinha quase certeza que meus olhos brilhavam.

- Vai ficar namorando isso mesmo, ou vai dar uma olhada nos jogos novos? – Marco me perguntou tirando do transe.

- Hãn, claro.

-x-

Depois de quase uma hora dentro da loja do Marco, minha mãe apareceu, ela acabou comprando de presente pra mim um jogo de PS3 e umas revistas em quadrinhos novas da Marvel.

- Mãe, a gente pode ir tomar um sorvete? – Eu sorri feito criança e juntei as duas mãos. – Por favor.

- Hum – Minha mãe disse pensando, então olhou para mim e riu. – Nem parece que vai fazer dezoito amanhã. – Ela disse negando com a cabeça. – Ok, vamos tomar um sorvete.

Fomos até o Bob’s e pedimos duas casquinhas. Me virei tão rapidamente que nem vi que tinha alguém passando apressadamente por mim.

Minha casquinha foi parar na minha camiseta. Droga! Só porque minha camiseta era branca, eu choraminguei e xinguei baixinho.

- Ah meu Deus! Me desculpe, eu não... – As pessoas me olhavam e eu odiava ser o centro das atenções. Eu suspirei frustrado, por sorte não pegou na minha jaqueta.

- Hãn, não precisa se desculpar, a culpa é minha. Eu devia ter olhado e tal. – Eu digo limpando minha camiseta com um guardanapo que minha mãe me dera.

Eu levantei a cabeça pela primeira vez e meu coração de um pulo.

- James? – Perguntou a menina. Eu olhei pro lado nervoso, não podia ser ela.

- Oi Sam. – Eu dou um sorriso torto e coço a nuca nervoso.

- Nossa quanto tempo! – Ela veio me abraçar e fazer o que, eu deixei.

- É né, pois é.

Antes que vocês me perguntem da Sam, ela é minha paixonite de ensino fundamental, gostei dela na quinta ou quarta série, até ela se mudar para a Alemanha. A gente ficou antes dela ir embora, mas não foi nada demais, só alguns beijos e tal.

Samantha, ou Sam como preferir, desde pequena era linda, e era um ano mais velha que eu, então ela estava na faculdade. Ela era quase do meu tamanho, talvez uns três ou quatro centímetros mais baixa. Tinha cabelos loiros e cacheados e seus olhos eram castanhos escuro. Ela tinha, hãn, um corpo bem dotado, acho. Enfim.

O estranho, é que eu não senti nada quando a vi, tá não vou mentir, eu só achei ela bonita, só isso. Não conseguia pensar em outra garota a não ser a... GAY! Pare de ser gay, James.

- Vejo que voltou pra Londres. – Eu digo colocando as mãos no bolso e me balançando pra frente e pra trás.

- Bom, na verdade eu estou de férias da faculdade.

- Hum sim.

Ficamos alguns segundos ou talvez minutos sem dizer nada.

- Amanhã é seu aniversário né? – NÃO. Todo mundo sabia que era meu aniversário? Isso não é possível. Mas aí eu lembrei que tinha ela no Facebook e que lá falava dos aniversários e tal. Eu apenas confirmei com a cabeça. POR FAVOR, MUDE DE ASSUNTO. POR FAVOR, MUDE DE ASSUNTO. – Então, o que você acha da gente sair amanhã? – Ela ta flertando comigo, é isso?

- Hum, é que não vai dar.

- Você está namorando? – Eu a olho confuso e espantado.

- Hãn? Não. Não, mas... – Ela me encarou. – É que amanhã vou fazer uma festa na minha casa e bom, eu não posso faltar né?

- Ah sim, entendo. – Ela ficou parada me olhando. Agora que eu mencionei a porcaria da festa ficaria chato eu não chama-la.

- Se você quiser ir... Bom, você sabe onde eu moro. – Minha mãe apenas nos observava de longe, eu olhei pra ela que bateu o dedo no relógio me apressando. – Tchau Sam, tenho que ir. – Ela veio até mim e me deu um beijo na bochecha.

- Te encontro amanhã. – Ela disse sorrindo e eu apenas forcei um sorriso.

- Claro. – Eu disse e sai andando apressado.

- Aquela não era a... – Perguntou minha mãe me olhando curiosa.

- Sim.

- O que ela...

- Não sei, na verdade eu sei. Ela está de férias.

- Ah sim, vai querer outro sorvete? – Eu olhei pra baixo, minha camiseta estava horrível, eu queria tirá-la, mas não ia fazer isso aqui. Olhei para trás e vi Sam na fila do Bob’s.

- Ah não, deixa pra lá. Só vamos pra casa.

Minha mãe apenas foi seguindo para a saída e eu estava logo atrás dela. Meus pensamentos estavam perdidos. De repente, eu me arrependi de ter falado demais pra Sam. Ela era legal e tal, mas hoje ficou claro que ela flertou comigo e, eu não gostei nada disso.

Eu sacudi a cabeça. A festa iria ser legal, eu ia me divertir, falar com a Anna e quem sabe até beijá-la. Sorri com isso. A única coisa que eu temia era que a Sam estragasse tudo.


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Notas finais do capítulo

Hehe essa festa promete, comentários?