Imprinting escrita por Nessie Black Halloway


Capítulo 9
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores!
O ponto de vista deste capítulo (POV), é de Bella Cullen, por motivos de afinidade com a personagem que entra agora na história.
O próximo capítulo será novamente com o POV de Renesmee Cullen.
Boa leitura e deixe seu comentário! ;)



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Bella Cullen's POV


Cheguei em casa após o crepúsculo, e procurei por Renesmee. Por mais que eu acreditasse e conhecesse os sentimentos de Jacob, eu a queria por perto. Eu não vacilaria com uma Volturi à solta prestes a atacar meu bem mais precioso.

Edward permanecia a centímetros de mim, ele sabia do pesar e da tensão em minhas ações. Mas ele parecia tranquilo, provavelmente tentando me deixar relaxada.

Tentei me concentrar no que ele dissera... Era verdade que tínhamos ficado frente a frente com os vampiros mais ameaçadores do mundo, e Jane era só uma deles.

Mas ouvir o seu nome em minha mente me fazia estremecer. Seus olhos vermelhos e torturantes vagavam em minhas lembranças, mas eu protegeria Edward e Renesmee sem me importar com as consequências sobre mim, e eu faria o impossível por eles.

Subi os primeiros degraus da escada rapidamente, mas vi Alice vindo da cozinha, e desci novamente.

– Onde está Nessie?

– Ela saiu com Jacob – observei sua expressão, que estava um tanto suspeita e temerosa.

– Alice? – me aproximei – Qual é o problema?

– Bella... – ela suspirou – desculpe não ter lhe contado antes. Eu tive uma visão há alguns dias e...

– Fale de uma vez – falei com aspereza.

– É melhor você mesma ver.

Ela girou e assentiu para alguém atrás dela, e deu um passo à esquerda.

Avistei uma jovem mulher. Ela andava devagar, se aproximando aos poucos, olhando-me curiosamente e percebi que ela temia por minha reação.

Dei um pequeno passo em sua direção, e de repente, o reconhecimento e as lembranças me vieram como um turbilhão.

Aquela era uma garota que eu não via há anos. Minha última memória dela era do dia do meu casamento. Ela era a minha confidente humana, o meu porto seguro fora da minha realidade incomum entre vampiros e lobos. Era minha amiga humana favorita. Angela.

Mas aquela não era a mesma Angela Weber que eu conhecera quando cheguei em Forks, ela estava diferente.

Seus cabelos castanhos contornavam seu rosto de linhas firmes, e seus olhos que, ao meu lembrar eram castanhos também, agora destacavam um dourado, que reluziam com ansiedade sobre mim.

Suspirei devagar para sentir seu cheiro, mas não havia indícios de sangue humano puro.

Minha cabeça deu voltas ao redor do que via, e eu juntei as peças de suas características. Afinal, agora ela era como eu.

Angela abriu a boca, como se fosse respirar, e enfim falou.

– Bella? – sua voz macia soou como sinos – É você mesmo?

Permaneci calada e quieta, no pé da escada. Senti os olhos de Alice me fuzilarem com preocupação, talvez arrependida de não ter me contado antes.

Percebi que Angela esperava uma resposta ansiosamente, mas eu ainda não conseguia acreditar no que estava vendo.

– Sim. Sou eu. – respondi.

Ela abriu um sorriso tímido que eu conhecia bem, e eu encontrei um lugar escondido dentro de mim que sentia saudades dela. Dei mais um passo e identifiquei a alegria de estar vendo-a outra vez, de outra forma, mas ainda era a mesma Angela. A minha melhor amiga humana.

– Minha nossa! Angela! – eu ri freneticamente, e corri para abraçá-la.

– Ah, Bella! Faz tanto tempo...

Soltei-a e encontrei seus novos olhos. Minha expressão mudou quando percebi realmente o que havia acontecido. Ela era agora uma vampira. Quem havia feito a insanidade de transformá-la? Ela era uma boa humana, tinha um futuro brilhante, eu sabia disso. E tudo foi abortado por alguém que eu queria saber o nome.

– Acho que devo explicações – ela falou.

– Por favor - concordei.

Ela respirou fundo, sem necessidade, e começou a contar.

– Depois da formatura da escola, eu ingressei na Universidade, que concluí há um ano. Foi quando Ben e eu resolvemos fazer uma viagem.

“Passamos um mês em Denali, no Alasca. Estávamos plenamente felizes em nossa lua de mel, e em uma noite gelada, voltávamos a pé de um restaurante por uma rua escura e deserta porque o carro de Ben havia quebrado, quando dois vampiros que não lembro os rostos nos atacaram.

Fiquei imóvel como uma pedra, emergindo na história que ouvia.

“Eu não sabia o que estava acontecendo, mas uma vampira chamada Tanya nos encontrou e nos explicou tudo, abrigando-nos em sua casa. Lá eu conheci Kate, Carmem e Eleazar, e ela nos falou de vocês, sobre como viviam sem matar ninguém e o quanto eram amigos.

“Ben e eu nunca matamos ninguém, por mais que a sede fosse e ainda é insuportável. Nos isolamos em uma caverna distante, longe do cheiro dos humanos. E quando nos alimentamos de animais selvagens e nos sentimos preparados e fortes, voltamos à casa de Tanya, que nos acolheu amigavelmente. Desde então mantenho minha dieta sem provar uma gota sequer de sangue humano.”

Ela acabou seu discurso e eu absorvi a história, tentando montá-las em meu cérebro.

– E o Ben? Não veio com você? – perguntei.

– Ele preferiu ficar porque não se sente totalmente seguro. Ele quer evitar vítimas em Forks.

– E você? O que trouxe você aqui?

– Alice previu minha transformação, e me enviou um e-mail.

Fitei Alice, que me olhava inocentemente. Eu queria começar uma discussão com ela, alertá-la que ela tinha colocado Angela em um grande problema. Onde ela estava com a cabeça?

– Alice – tentei manter minha voz estável – Por que você fez isso? Não sabe que ela pode estar em perigo também, por causa de Jane?

– Bella, eu me certifiquei disto. Em minha visão, vi que Angela é forte, corajosa e muito talentosa. Ela se ofereceu para vir até aqui.

– Jane quer matar minha filha – disse a Angela.

– Eu sei – ela confirmou com a cabeça. – E é por isso que estou aqui. Vim ajudar você.

Me rendi às últimas palavras que ela dissera, como se ela fosse um anjo enviado especialmente para nós.

– Ela tem o dom da verdade – falou Alice.

– Dom da verdade?

– Fale uma mentira – ela parecia entusiasmada.

Sem entender o tal dom, resolvi testá-lo. Angela mantia seus olhos fixos nos meus, concentrando-se.

Pensei em algo óbvio, sobre Edward, mas decidi mentir sobre o que estava sentindo naquele momento.

– Sinto sua falta. – parei subitamente ao terminar a frase. Não era o que eu havia pensado em dizer.

– Viu? – Alice sorriu.

Suspirei lentamente. Angela tinha certamente um dom raro, que eu não conhecia. Ela tirou a verdade de mim facilmente, sem que eu percebesse.

Seu rosto concentrado reluziu seu sorriso tímido, que me induziu a sorrir também.

– Também sinto sua falta – ela me abraçou novamente

– Você é... incrível! – exclamei.

– Não sou... – ela deu uma risadinha fraca – Mas acho que posso ajudar você com Jane.

– Angela... você não conhece os Volturi. É perigoso demais, não quero que se arrisque...

– Por favor, Bella... Nossa amizade resistiu a seis anos de distância. Me deixe fazer parte da sua vida outra vez.

– Você nunca deixou de fazer parte.

Fui empurrada para frente, e choquei-me com ela quando Alice nos abraçava em conjunto animadamente.


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