Predestinados escrita por Luna cullen, Camí Sander


Capítulo 8
Capítulo 8 - Meses depois


Notas iniciais do capítulo

Luna : e a Tristeza continua .... ou não



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Meses se passaram. Agora estamos em abril e desde novembro, não recebi notícia alguma de Alec e Luna, assim como Jake e Leah. Paramos de procurar pelo casal vampiro há um tempo – depois de parar de tentar encontrar Jacob e seu focinho fedorento –. Acho que eles nos abandonaram também e isso me deixa bastante triste, já que eu os sentia como irmãos que nunca tive.

Tudo isso fez com que meu relacionamento com Joe se estreitasse. Ele quem me tirou do buraco que cavei quando Jake me trocou pela Leah. Joe era legal, divertido e um ótimo amigo. Eu não conseguia culpá-lo pelo desaparecimento de Jacob, afinal, foi o lobo que não me deixou explicar. Em nossas muitas conversas, Joe me consolou e tentou me fazer ver o lado de Jake. Aparentemente, consegue-se mentir em pensamento. Nunca entendi como, afinal, sempre há uma parte do nosso cérebro que pensa exatamente naquilo que queremos ocultar. Quantas e quantas vezes eu quis poder gostar de Joe de um modo diferente, mas quando me imaginava com alguém, era Jacob quem aparecia ao meu lado? Frustrante, eu sei.

Uma coisa boa aconteceu em La Push, pelo menos: Emily, a esposa de Sam e uma grande amiga, tinha acabo de dar a luz, não que eu tenha ido vê-los. Era um menino e se chamava Tomas. Isso me lembrava o quanto eu sonhei em ter um filho do Jake, uma mera possibilidade, já que éramos híbridos. Tal pensamento sempre reabria o buraco sem fundo no meu peito. Mas isso também acontecia quando Joe ou alguém da minha família não estava por perto, então parecia ser natural.

Geralmente, acabo me comportando como uma zumbi, fazendo tudo monotonamente. Meu pai tentou me animar, toda minha família tentou, menos mamãe. Ela só me abraçava e deixava eu ficar aninhada pelo tempo que quisesse. Quando perguntei por que ela não estava tentando me animar, ela sorriu e disse:

—Eu já senti essa dor, meu amor. Nada vai fazer passar se você não quiser que passe. Se você quiser que eu tente aumentar teu astral, então comece penteando seus cabelos e colocando uma roupa bonita.

—Para quê? Vamos sair? Estou sem vontade, mamãe.

—Você precisa se arrumar para você mesma, meu amor. Precisa enxergar que Jacob, ou qualquer um, não merece sua destruição. Você deve ficar bonita para você, não para os outros.

E o papo foi esse. Aninhei-me de volta em seu peito, agradeci e voltei a chorar.

Hoje eu sairia com Joe. De novo. Pelo menos ele conseguira me convencer a não me comportar como uma morta-viva.

Quer dizer, pelo menos ele conseguiu fazer com que eu tentasse não me comportar assim porque, claro, isso era impossível de ser controlado por mim. Jacob, apesar dos pesares, era o cara que nasci para amar. Eu era feita para ele. Eu sentia isso. Ninguém mais aprovava esse meu amor por Jake, mas eu não conseguia controlar. Mamãe tentou convencer meu pai de que era normal essa paixão destruidora nas mulheres abandonadas da família e Edward pediu perdão para ela por tê-la abandonado alguns anos atrás, embora logo tivesse chegado à máxima: “se o pulguento aparecer com o rabinho entre as pernas, eu castro ele e o quebro inteiro”. Papai sabia que Jake se reconstruiria, e acredito que só por isso falou aquilo. Porque eu nunca viveria sem o Jacob. Isso era fato. Eu estava viva, mas era porque sentia que Jake também estava. Mesmo que não estivesse comigo.

Minha tia Rose disse que eu estava sendo um pouco teatral. Aconselhou-me seguir em frente uma porção de vezes. Disse que se Jacob não me queria, homem era o que não faltava no planeta. Além do mais, as mulheres conquistaram tanto nesse último século, que nem de homem precisávamos mais. Eu poderia fazer quantas viagens quisesse, exploraria os continentes e os lugares mais belos do mundo todo. Se eu quisesse, ela mesma me levaria para qualquer lugar do mundo, “me esqueceria lá” e me deixaria curtir tudo o que o lugar pode oferecer.

—Você precisa conhecer a ilha de sua avó – ela deu um sorrisinho de canto. - É mágica.

—Não é a ilha que fui concebida, é?

—Essa mesma.

—Nem em seus sonhos, tia. O que eu faria lá sozinha? - retruquei e ela concordou comigo.

Mas, voltando ao dia de hoje, melhor, noite. Estava linda, podíamos ouvir os pequenos sons dos animais se afastando, como era costume quando um vampiro entrava na floresta, e a chuva estava dando uma trégua. Ele era um grande amigo, nunca pressionando minha total atenção, mas a cativando. O papo de Joe era bom, as atitudes dele vindas de um século longínquo também ajudavam um pouco. Claro que cortei várias manias de tentar mandar em mim nos esportes e tal, mas ele era uma boa pessoa.

—Nessie? - chamou-me Joe depois de um tempo em que estávamos deitados no capô do carro, olhando as estrelas.

—Fala, Joe - respondi sem me importar muito com o assunto, como era praxe.

Ele levantou-se e me puxou para o chão também, ficou cara a cara comigo, olhando meus olhos com uma intensidade incomum, segurou minha nuca e beijou meus lábios calidamente.

E eu parei.

Fiquei sem reação. Quer dizer, Joe era meu amigo. Eu estava sofrendo por Jake. Como ele achara que eu iria beijá-lo? Ele chegou a pensar nisso? Eu até cheguei, mas a ideia era inconcebível em minha mente. Era traição, não era?! Se bem que a sensação dos seus lábios frios nos meus era boa, se não comparar com os de Jake, claro. Jacob tinha a infeliz capacidade de encaixar perfeitamente sua boca na minha. Era como se tivéssemos sidos feitos um para o outro.

Joe olhou para mim, ainda mais intensamente. Seu rosto era de uma emoção indecifrável. Ele parecia esperar alguma reação negativa de mim, embora eu nem reação conseguia ter. Com minha falta de argumentação, seu rosto se iluminou um pouco mais. Temi um pouco pelo que viria. Será que ele me daria um beijo desentupidor de pia? E eu gostaria disso? Porque, nesse momento, parecia nojento!

—Renesmee Cullen - chamou-me novamente, mesmo que eu já estivesse olhando-o. - Aceita ser minha namorada?

Eu não sabia o que dizer. Quer dizer, não tinha nada a perder. Jake era uma constante dor em meu peito, mas Joe poderia apagar as tristezas que eu sentia, não podia?! Ele era legal e fazia com que eu me sentisse bem ao seu lado. Mesmo que fosse difícil apagar Jacob do meu coração. Mesmo que isso parecia ser impossível, quase inconcebível, eu até poderia tentar, não é? Não foi isso que Jacob fez? Então estava decidido. Eu seria, sim, namorada de Joe Clinton. Eu precisava dar uma chance para a felicidade.

—Sim, Joe. Eu, Renesmee Cullen, aceito ser sua namorada! - sorri para ele, tentando não demonstrar como o pedido dele me lembrava o de Jacob. Joe não merecia a comparação.

 


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Notas finais do capítulo

Luna : é agora que vcs me matam. Calma gente tem muita coisa pra acontecer mais deixando uma pergunta no ar: será esse o fim de Jake e Nessie?
Camí: vocês estão com os lencinhos aí? Eu estou me aguentando aqui! Beeijos, comentem!



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