Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 41
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá!!
O capútulo ficou pronto e aqui está :D
Antes de começarem a ler, um recado: Belle, Cinthya, e demais leitoras, peço que não se preocupem por que eu não irei tirar o foco da história da Amanda e do Vitor, ok?! Fiquem calmas flores :) Por que as coisas entre eles vão piorar... e muito ^^ Não se esqueçam que tem gente chegando nesse fim de semana... ai ai, fazer o que?...
E quanto ao anterior, bem, confesso que fui meio influenciada pelos filmes de ação que assisto!! Confesso que gosto muito!!
Boa leituras meus amores *-*



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Estacionou o carro na garagem e ficou por lá durante alguns minutos. Não queria que tivesse terminado assim, ou que nada daquilo tivesse acontecido. Desistiu, iria entrar logo, estava todo dolorido e não conseguia pensar em nada que pudesse dizer para encobrir a burrada que havia feito.
Abriu a porta e saiu do carro. Olhou para traz e viu o carro de Vitor adentrar pelo portão. O rapaz estacionou o carro e foi até o irmão mais velho.
–Será que você pode me explicar o que foi aquilo tudo?
–Vitor, eu te agradeço por ter ido mas, não tô afim de falar. Depois talvez, tá?!
Deu às costas e entrou em casa. Vitor ficou onde estava, confuso, pensando no que poderia estar acontecendo com seu irmão. Sabia que Vinícius não era lá muito responsável e com certeza tinha pouco juízo mas, talvez estivesse passando dos limites.
Decidiu entrar também, porém, foi interrompido pelo toque insistente do celular. Retirou o telefone do bolso para ver quem era e logo atendeu. E antes que pudesse ao menos dizer um alô, a voz doce e aflita de Amanda lhe abordou do outro lado da linha.
–Você está bem? Quer dizer, vocês. Já chegaram em casa? - perguntou ela sem pausa alguma.
–Sim, estamos. Acabamos de chegar.
–E o que foi que aconteceu pra...
–Amanda, depois a gente conversa, tá?! Fica tranquila, dorme que amanhã a gente se fala.
–Tá bem. Boa noite então!
Esperou até que ela desligasse o telefone. Depois entrou em casa.
...
Entrou um tanto desastrado pelo quarto a dentro, esbarrando em tudo o que estava pela frente, já que as luzes estavam apagadas.
Emily não demorou a acordar com todo aquele barulho.
–Vinícius? - chamou ainda deitada, virando-se para olhá-lo. - Onde você estava?
A loira alcançou o abajur sobre o criado mudo ao lado. As luzes foram então acesas.
–Eu... - respirou fundo antes de começar.
–Minha nossa, meu amor, o que aconteceu com você?
Ela sentou-se na cama assustada com a maneira como encontrou o marido.
–Emily, eu preciso falar com você.
Ele respirou fundo, seria agora.
Uma conversa depois...
–Como é que é? Eu não acredito. Vinícius não, eu não estou acreditando.
–Emily...
–E eu me sentindo mal, culpada por ter chamado a sua atenção antes.
–Emily.
–Enquanto você estava mentindo pra mim? Agora faz sentido. - estava começando a ficar alterada. Olha só na confusão que você se meteu.
–Espera, por favor me deixa falar.
–Falar o que? Espera, você tem noção que podia ter morrido lá?... - a loira o encarou o marido sentado ao seu lado, à beira da cama. - Até quando Vinícius? Até quando e aonde você acha que vai chegar com essa sua irresponsabilidade?
–Hãn?...
–É isso mesmo Vinícius, você não se dedica a absolutamente nada e age feito criança...
–Ah, para né?! Agora você tá parecendo a minha mãe falando com o Vitor... - levantou-se dando as costas.
–Mas acontece que nisso ela tem razão. Você e o Vitor sempre pensaram que dinheiro é única coisa que importa.
–Isso é um absurdo sabia?!
–Vinícius para de fingir que não sabe do que eu estou falando.
–Tá, já que você não parar, fala de uma vez. - voltou.
–Eu sei que você não não quer ouvir, mas é verdade.
–Minha nossa... - balançou a cabeça negativamente. - Do que você está falando?
–De tudo, de tudo que você largou desde que a gente se casou. Deixou a faculdade, não entrou na empresa com o seu pai como disse que faria, também não fez nada no lugar...
–Eu já disse que aquilo não é pra mim, disse mil vezes. Que droga!
–Tá, mais só que aí você se acomodou.
–E você quer que eu trabalhe pra que Emily?
–Eu sei que você é rico Vinícius, que nunca precisou "ralar" para ter dinheiro pra nada, mas você acabou se acomodando de mais por isso.
–Eu não estou entendendo.
–Até quando você acha que vamos ficar morando na casa dos seus pais?
–Emily isso não é motivo pr...
–Você sempre soube que eu não queria morar aqui, eu já cansei de te pedir.
–Tá, se você quiser nos mudamos amanhã mesmo. Pronto, satisfeita? Podemos acabar com essa discussão?
–Odeio quando quando você age assim, sabia?! É mais uma demonstração de toda sua irresponsabilidade.
–Chega Emily.
–É, tem razão, chega.
A loira deu lhe as costas e foi até o banheiro do quarto. Lavou o rosto, jogando água fria, na esperança de que isso a fizesse se acalmar.
Voltou para o quarto e ouviu Vinícius ao telefone. Enquanto entrou em silêncio na tentativa de descobrir com quem ele estaria falando a essa hora.
–Sim eu estou bem, você não precisava ter me ligado.
Emily o ouviu responder.
–Pode deixar, vou me cuidar. Tchau. - sorriu no final.
O rapaz desligou o celular.
–Quem era Vinícius?
Ele virou-se rapidamente.
–Emily?... Ninguém.
–Ah, essa pessoa não tem nome? - perguntou irônica. - Uma pessoa liga para o meu marido a essa hora da noite querendo saber como ele está e por incrível que pareça esse ser não possui nome algum. Curioso, não?!
–Emily...
A loira esticou uma das sobrancelhas enquanto esperava por qualquer reação do marido.
–Só me diz o nome.
–Pra que isso agora, hein?!
–Então esquece Vinícius, me dá o telefone.
–O que?
–Agora. Cansei de relevar as coisa e receber mentiras em troca.
–O que?...
–Vinícius eu não vou pedir de novo, me dá o telefone. - estendeu uma das mãos.
–Para com isso Emily, eu já disse que não é ninguém importante.
–Se não é ninguém você não vai se importar em me deixar falar com essa pessoa um minuto.
Vendo-se sem saída, Vinícius entregou o celular a esposa. Ela localizou a última chamada recebida e retornou a ligação. Dois toques depois, atenderam a ligação.
–Oi, pode falar Vinícius.
Ao ouvir a voz feminina do outro lado da linha, Emily emudeceu. Raiva, decepção. Era o que sentia enquanto ouvia aquela voz aguda chamar o nome de seu marido.
–Vinícius? Você está aí? Está me ouvindo?
Emily sorriu de nervoso e finalmente respondeu a pessoa que esperava do outro lado.
–Sabia que você não é tão "importante" assim pra ele? Sua vadia!
A loira desligou o telefone e lançou o mesmo contra seu marido.
–Emily! - exclamou espantado, quase não conseguiu agarrar o aparelho.
–Quem é essa mulher e por que ela estava te ligando a essa hora pra saber como você está?
–Já disse, ninguém.
–Eu não acredito Vinícius. Como você pode?...
–Ei, espera aí, não é nada disso que você está pensando...
–Eu não acredito que você teve a coragem...
–Me deixa explicar...
–Explicar o que? O quão canalha você é ou o quanto eu fui burra por ter demorado tanto pra perceber?
–Emily me deixa falar.
–Não. Eu não quero mais ouvir a sua voz, olhar pra você. - virou-se saindo pela porta que havia ficado aberta.
–Espera. - a segurou pelo braço.
–Não toque em mim. - livrou-se bruscamente das mãos dele.
–Que isso Emily? - se assustou com a reação dela.
–É sério, eu não quero olhar pra você agora, me deixa.
Saiu indo em direção ao guarda roupas. Abriu as portas e retirou da gaveta a primeira peça de roupa que viu pela frente, um vestido.
–O que você está fazendo? A gente tem que conversar.
–Não. Não. - trocou a camisola que usava rapidamente. - A gente não tem conversar, a gente não vai conversar, por que eu estou indo embora daqui. - disse já passando por ele e saindo.
–Não você não vai. - disse decidido, indo atras dela.
Logo o casal estava no corredor, os dois exaustados. Emily insistindo em ir e Vinícius tentando impedi-la. Para piorar, Marta veio pelo corredor, voltando da cozinha.
–Mas o que está acontecendo aqui? - perguntou enquanto se aproximava do casal. - Meu filho, o que foi que aconteceu com você? - então notou o estado do filho.
–Não adianta Vinícius, aqui eu não fico mais.
–Emily...
–Vocês dois... Como assim? Alguém pode me explicar o que está acontecendo?
A senhora insistiu mas, nenhum nem o filho ou a nora lhe de atenção.
–Emily você não vai sair daqui assim. - a segurou pelos pulsos.
–Não Vinícius. - ela se alterou.
–Quer parar e me escutar?
–Não. Eu jamais imaginei que você tivesse a coragem de fazer isso comigo. - a loira gritou e tentou se soltar dele.
–Vocês dois. - Afonso também apareceu. - O que está acontecendo? Dá para ouvir vocês lá do quarto. - esperou às costas de seu filho mais velho.
–Me solta Vinícius. Eu já disse, vou embora.
–Como assim Emily? - Marta perguntou em vão. - Por que isso?
–Vocês tem que acalmar ou não vão conseguir resolver nada. - disse Afonso sem saber o que fazer. - Não desse jeito.
–Eu já resolvi Dr. Afonso, vou me separar do seu filho.
–O que? - Vinícius questionou chocado.
–E o que foi que aconteceu pra vocês chegarem a esse ponto? - foi a vez de Marta questionar.
–Você tá de brincadeira?... Você só pode estar brincando. - Vinícius disse apavorado com as palavras da esposa.
–Emily, você ficou maluca?
–Eu estaria Dona Marta, se eu continuasse casada com o seu filho mesmo depois de saber que ele tem uma amante.
–O que? - Marta questionou chocada.
–Para Emily, não é nada disso...
–Emily, por que vocês não se acalmam e conversam, talvez assim...
–Não Dr. Afonso, eu não tenho mais nada pra falar com o seu filho.
–Mas eu tenho. - Vinícius insistiu mais uma vez. - Me escuta por favor, não é nada disso que você está pensando. - a puxou pelos ombros. - Por favor, Emily. - encarou a esposa aflito.
–Eu é quem peço Vinícius. - desviou o olhar do dele.
A voz dela saiu fraca, estava cansada de tanto se debater, discutir. Quase chorou.
–Filho, - Afonso o chamou. - deixa ela ir.
–Mas, pai, não...
–Vocês precisam de um tempo pra conseguir pensar em tudo o que houve. Esfriar a cabeça.
Vinícius então a soltou e Emily baixou a cabeça, ficando onde estava. Os quatro permaneceram em silêncio por um breve instante, até ouvirem a loira fungar.
–Emily...
–Deixa ela filho. - Marta levou as mãos aos ombros da nora, a afastando do filho.
As duas saíram a passos lentos e silenciosos.
Vinícius ficou onde estava enquanto via, desacreditado, a esposa se afastar e ir. Sentiu que se a deixasse ir, ela jamais voltaria e a perderia para sempre. Não podia deixar isso acontecer.
Seus pensamentos foram interrompidos pela voz de seu pai. Afonso chamou o filho para irem até a sala do escritório para conversarem.
...
Marta tinha intenção de levar a nora até a cozinha mas, ao terminar de descer às escadas, a loira partiu na frente adiantando-se para alcançar a porta.
–Emily. - chamou pela moça que parecia atordoada. - Você sabe o que vai fazer agora?
–Não. - parou para responder a sogra. - Mas eu não vou ficar aqui.
–E pra você vai?
–Eu não sei Dona Marta. - levou uma das mãos a cabeça. - Mas já me decidi.
–Não se precipite Emily, é melhor você ficar. Amanhã vocês conversam.
–Dona Marta, eu não vou conseguir ficar aqui... - respondeu apenas, isso já com os olhos rasos em lágrimas.
–Entendo, sendo assim, eu vou pedir ao motorista que te leve.
...
Pai e filho entraram no escritório. Vinícius entrou primeiro sendo seguido pelo pai. O rapaz estava atordoado com as últimas palavras da esposa e também por não conseguir pensar em nada que o ajudasse a desfazer aquele mal entendido.
–Filho. - chamou pelo filho que parecia estar perdido em seus pensamentos. - Senta e me conta o que foi que aconteceu.
–Pai eu não tô com cabeça pra conversar agora. Eu tenho que falar com a Emily.
–Vinícius, ela não vai te ouvir agora, se o que você fez é verdade, o melhor que tem a fazer...
–Espera aí, também está achando que eu trai ela?
–Não posso concluir nada se ainda não sei da história. O que eu quero é só te ajudar. - reparou melhor no estado do filho, imaginando o que teria acontecido para ele estar como estava.
–Não tem história nenhuma, foi um engano, já estava tudo certo entre ela e eu... - parou ao ouvir barulho de motor.
Se levantou e esquivou-se até a janela onde viu o carro dos pais saindo da garagem.
–Emily! - exclamou virando-se e correndo.
Mas antes que pudesse alcançar a porta, sua mãe adentrou a sala.
–Filho. - ela tentou começar.
–A Emily? Cadê a Emily?
–Ela disse que ia e foi meu filho...
–O que? Mas, pra onde?
–Ela não disse.
–Eu vou atras dela. - passou pela mãe apressado.
–Vinícius espera...
...
Demorou pouco mais de quarenta e cinco minutos para o motorista levar Emily até o seu destino.
A loira desceu do carro e o motorista voltou para a mansão. Ela tocou a campainha da pequena casa duas vezes e aguardou, sendo atendida segundos depois.
–Gabi...
–Emily? O que você est...
Não pode termina a pergunta pois a amiga se jogou em seus braços aos prantos. Tentou mais uma vez saber o que tinha acontecido, mas a loira não conseguiu dizer. Gabriela trouxe Emily para dentro e esperou que a loira se acalmasse para poderem conversar.
–Fala, o que foi que aconteceu? - entregou mais um copo de água a loira. - Foi o Vinícius não foi?
–É... - engasgou e não conseguiu continuar.
–Vocês brigaram?
–Eu, descobri que ele estava me traindo... Eu não suportei e, sai de casa, larguei tudo pra traz... - levou as mãos aos cabelos incrédula e nervosa.
–Como?... Emily, te traindo mesmo? Tem certeza?
–A safada ligou querendo saber como ele estava. Pode?
–O que? Minha nossa... Como assim?
–A história é longa Gabriela, você nem imagina.
Uma conversa depois...
–Eu não estou acreditando nisso. - levantou-se dando alguns passos pela sala. - Emily, como o Vinícius pode fazer isso com você? - fitou a amiga sentada no sofá.
–Imagina como eu estou. - passou a mão nos cabelos levando-os para traz e respirando fundo. - Eu...
–Você está péssima. Vem, eu vou pegar uma toalha pra você poder tomar um longo banho e, quem sabe, dormir.
–Obrigada Gabi! Eu sai de qualquer jeito, eu... - parou ao ouvir o celular tocar.
Emily pegou o aparelho já suspeitando quem a ligava.
–É ele, não é?
–Sim. - confirmou enquanto retirava a bateria do celular. - Ele está me ligando desde que eu sai da casa dele. - levantou-se do sofá.
–Esquece isso agora... - Gabriela parou ao reparar em suas palavras. - Fácil é falar, né?! - sorriu torto. - Mas, pelo menos tenta esquecer.
A loira começou a chorar. Descobrir ser traída por ele era seu maior pesadelo se tornando realidade.
–Emily. - sentou-se ao lado da amiga, tocando-lhe a mão com carinho.
–Eu, não... não quero chorar... - secou as lágrimas que insistiam em cair. - Sei que ele não merece... mas...
Gabriela abraçou. E Emily deixou que todas as lágrimas, que até então ela estava tentando sufocar, finalmente caíssem.
...
Na mansão...
Vinícius estava inquieto e o fato de não saber para onde Emily poderia ter ido estava piorando as coisas.
Não iria conseguir ficar ali parando. Iria atras dela, procurar até encontrá-la.
Pegou as chaves, que tinha ficado em seu quarto e saiu apressado. estava cego de raiva, tanto que nem viu Vitor vindo pelo corredor.
–Aonde você vai Vinícius?
–Onde mais? Atras da Emily.
–E você sabe aonde ela está?
–Vitor, você não está entendendo, eu preciso falar com ela, antes qu...
–Não adianta correr agora. Você já fez a merda Vinícius.
–Cala a boca! Você não sabe o que aconteceu.
–O que eu sei é que a Emily não merecia isso.
–Espera aí?!... Você também está achando... que eu trai ela?
–Não foi isso que eu disse. Eu acredito em você. - tentou ser o mais compreenssivo possível no momento, sabia que o irmão precisava ouvir isso. - Só que eu realmente acho que você devia esperar pra falar com ela.
–Mas Vitor...
–Vai por mim Vinícius, eu sei bem como a Emily está se sentindo. - deu alguns segundos para que ele entendesse. - Ela não foi traída mas, acha que foi, então...
–É mais um motivo para eu não perder tempo irmão.
Eles apenas se olharam. Um tentando compreender o outro.
–Eu entendo Vinícius, m...
–Não, não entende. Eu não posso ficar aqui, nessa agonia, sem saber aonde ela está, o que vai fazer. - respirou cansado, seu corpo ainda doía, e agora que toda aquela adrenalina havia passado parecia doer mais ainda. - Você tem razão, eu fiz uma grande burrada e agora eu tenho que concertar.
–Mas deixa tudo se acalmar. Vai ser melhor pra vocês conversarem.
–Eu, não sei... Eu nunca a vi daquele jeito, ela estava decepcionada comigo.
–Vai, toma uma banho, descansa. É o que vocês dois precisam agora.
...


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Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo então :)
Beijos e maais beijoss meuss!!!