Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 31
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Pensem numa autora pra lá de feliz... Eu!!!
Graças a uma das minhas mais lindas florzinhas, essa, a senhorita Taisalmeida, a fic Admito que te amo conquistou sua décima recomendação!!!~
Flores do meu jardim, não sei como agradecer a cada uma de vocês então, só posso mesmo dizer: Muito Obrigada ^^
Não sei se mereço todo esse amor que carinho que consigo sentir quando leio um comentário ou uma recomendação de vocês!!
Fico radiante (rindo à toa ^^) e me esforçando ao máximo para poder continuar agradando afinal, eu escrevo a fic para vocês, para cada uma das minhas flores *-*



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Ouviu a porta do quarto ser aberta e despertou. Viu o marido entrar no quarto. Ele passou direto, sem dirigir nenhuma palavra a ela. Foi direto até o armário e pegou algumas peças de roupas.

-Onde, você est... - sentou-se na cama. 

-Eu fiquei em um dos quartos de hóspedes. - disse seco enquanto trocava de camisa. - Achei melhor dormir por lá.

-E pra onde você está indo agora? - observava enquanto ele terminava de se trocar.

Respirou fundo e se levantou, estava sentado à beira da cama.

-Eu vou apenas sair. - aproximou-se dela dando lhe um beijo na testa e saindo em seguida.

-Não precisava disso, sabia?

-Emily...

-Dormir em outro quarto Vinícius, o que foi isso?

-Fiquei chateado com o que você disse poxa. Mas, entendi.

-E o que vamos fazer agora?

-O que quiser que eu faça. - sentou-se à beira da cama.

Emily encarou o marido por um instante.

-Quero que me desculpe. - disse ela.

-Emily?...

-É isso mesmo. - o interrompeu. - Eu devia ter sido mais paciente, eu acho.

-Eu não mereço você sabia? - abraçou a esposa, a trazendo para um beijo. - Sei que tenho culpa, e, não quero fazer nada para te desapontar.

-Então pode começar não ficando até tarde na gandaia com seus amigos. - esticou uma das sobrancelhas.

-Você não vai facilitar pra mim, né?!

-Não mesmo. - balançou a cabeça confirmando suas palavras.

-Tudo bem. - ele sorriu mesmo sentindo-se derrotado. - Eu aceito as suas condições minha linda. Todas elas.

-Pois são ordens, fique você sabendo. - selou brevemente os lábios do marido.

-Como é que é? - a deitou, jogando-se por cima dela.

-Isso mesmo que você ouviu.

-Por mim tudo bem então. Mas, eu também tenho uma exigência a fazer.

-Que seria? - soltou uma risada ao perguntar.

-Hoje você vai chegar mais tarde na loja. - sorriu malicioso.

-Mesmo?... E, pra que? - fez-se de desentendida.

-Você sabe pra que. - sussurrou no ouvido dela.

Aproveitou que estava por cima da esposa e tomou os lábios dela num beijo. A loira não se demorou em arrancar a camisa que o marido usava, e nem ele em fazer o mesmo com a camisola de cetim rosada que ela vestia.

...

Espreguiçou-se e sentou na cama levando os pés ao chão. Não mais se surpreendia com aquelas lambidas matinais. Mesmo que passasse maior parte do tempo com Kimberli, o cãozinho parecia saber quem era seu dono.

Olhou para aquela pequena bola de pêlos sentada e olhando para si. Já não era mais tão pequeno quanto no dia em que o ganhou, havia crescido bastante desde a época.

Acariciou o bichinho e levantou-se para se arrumar. Ouviu apenas um latido, olhou para trás e viu o pequeno abanando o rabinho peludo.

-Não, você não vai. - abriu o guarda roupa e tirou sua mochila. - Nem adiante me olhar com essa cara.

...

-Bom dia minha querida! - cumprimentou a sobrinha que passava apressada pela sala.

-Tia, já acordou? - parou olhando a tia na cozinha.

-Sim, levantei e vim preparar o café. Venha, já está tudo pronto.

Sentou-se e ficou a espera de Amanda que sentou-se logo em seguida.

-E por um outro motivo também.

-Qual tia?

-Consegui meu antigo emprego de volta na fábrica. - a senhora sorriu.

-Mas, tia...

-Nem pense em me contrariar mocinha, eu sempre trabalhei na vida Amanda. Já fui liberada pelo médico e não vou deixar vocês arcar com todas as despesas sozinhas. Ainda mais sabendo que você tem um empréstimo para pagar.

-Empréstimo?

-Sim. O empréstimo que você pegou para pagar a minha cirurgia. Você está pagando direitinho, não está?

-Sim tia, claro que sim. - respondeu apressada e nervosa.

-Pois bem, recomeço hoje mesmo. - sorriu para a sobrinha.

-Que bom, fico feliz. - sorriu de volta. - Ah Tia, a senhora não sabe quem voltou? - disse animada.

-Sei sim, o Gustavo. - sorriu docemente.

-Como assim? A senhora já sabia?

-Isso porque ele ele passou aqui em casa ontem à tarde. Você estava trabalhando na hora.

-Mesmo? Ele não me disse nada.

-Ele ficou aqui por alguns minutos, conversamos um pouco, ele me contou sobre a viagem, mas é claro que ele veio só pra te ver e não por minha causa.

-Sei, nos vimos na faculdade, mas nem tivemos tempo pra conversar direito.

-Bom, ele disse que agora que voltou, vai continuar ajudando o avô no restaurante.

-Mesmo? - questionou ao mesmo tempo que afirmando e encarando o relógio.

Se continuasse com a conversa iria se atrasar.

-Tia, eu tenho que ir agora. Nos vemos mais tarde.Tchau!

...

Tinha dito que não mas, ele o levou. Parecia que pelo fato do cachorro ter sido um presente da irmã caçula, seu poder de convencê-lo era praticamente o mesmo que o da menina.

Lembrou-se de que no início não foi lá muito com a ideia de ter um outro cachorro, mas estava mudando de ideia. Pelo menos seu novo mascote não latia tanto quanto o primeiro.

Seguiram para o ginásio onde o rapaz treinaria.

...

Na volta para do trabalho, Amanda decidiu passar na casa do amigo para conversarem um pouco.

O rapaz estava sentado, assistindo a um programa qualquer que passava na televisão. Ouviu tocarem a campainha. Levantou-se e foi até à porta.

-Oi! - o cumprimentou sorridente.

-Amanda? O que você está fazendo aqui?

-Nossa... Como vai você? Eu vou vou bem, obrigada por perguntar Gustavo.

-Desculpa! - levou a mão atrás da cabeça sem jeito. - Entra aí.

-Tentei te ligar pra saber se você estava em casa ou não, mas não consegui. O que tem de errado com o seu celular, hein?!

-Sei lá. - deu de ombros.

-Bem, então eu resolvi passar aqui e arriscar. A tia Laura disse que você foi lá em casa ontem.

-Fui sim.

A moça passou para dentro e ele fechou a porta.

-Eu pensei que você estivesse no restaurante com o seu avô, mas pelo visto você está mais afim de descansar, não é?! - comentou reparando na roupa que o amigo usava.

O loiro estava com uma bermuda de tactel listrada em azul e branco e uma camisa regata estilo machão com capuz, que deixava à mostra a tatuagem tribal que tinha ao redor do bícepis direito.

-Mereço, não? - arregalou os olhos. - Mas, por enquanto eu estou indo só em meio expediente, por que alguém tem manter essa casa organizada.

-E está. - a moça correu os olhos pela sala notando a organização e limpeza de tudo ali. - Parabéns!

Gustavo sempre fora organizado, diferente do avô. Não levava menos de duas semanas com o neto fora, para que a residência se encontrasse em verdadeira desordem. Coisa que o loiro detestava.

-E você, está tralhando, né?!

Sentou-se no sofá e sendo seguido por ela, que como de costume sempre levava os pés sobre o móvel. Um mal habito que Gustavo odiava. E ao ver o olhar de reprovação do amigo, tratou de desfazer o movimento a contragosto mas, achando graça.

-Sim, numa gráfica. Os pais do Paulo são os donos.

-Faz tempo? - perguntou indiferente.

Ouvir o nome de Paulo o fez lembrar do namorado da amiga, o que o desanimou em continuar a conversa.

-Já faz algum tempo. Mais ou menos um mês.

Amanda distraiu-se lembrando que era o mesmo tempo em que tudo entre ela e Vitor havia começado.

-Não, faz mais de um mês. - se corrigiu. - No começo foi um pouco difícil, mas agora eu já dou conta. - sorriu.

Apenas observou enquanto a moça falava. Parecia animada, parecia feliz. Isso o fez se sentir deixado de lado.

Só que agora ela estava namorando e parecia ser sério. Tinha que admitir que estava difícil suportar.

-Ei! - chamou a atenção do amigo. - Acorda. - estalou os dedos.

-Eu não tenho culpa Nanda, você fala de mais. -tocou a testa dele com o indicador.

-Ai Gustavo. - queixou-se repelindo a mão dele.

-Vem, eu vou pegar alguma coisa pra gente beber.

-Não, eu só passei aqui um minutinho pra conversar com você. - levantou-se pendurando a bolsa ao ombro. - Eu tenho que ir. - abraçou o amigo e saiu.

O deixou pensativo.

Seguiu para seu quarto.

O fato de ter que voltar da viajem mais uma vez de mãos vazias era amenizado, quase que completamente, só pelo fato de poder revê-la de novo.

O problema era que desta vez ela estava namorado. Alguém havia tido a coragem que tantas vezes lhe faltou. Estava se sentindo péssimo por isso. Agora sua amada estava com outro.

flashback on

Estava com alguns amigos no campo de futebol que havia no bairro, perto da escola em que estudava. Jogando com eles.

Desta vez fora colocado no gol, coisa que odiava. Gostava de jogar como centro a vante, mas como haviam vários querendo a mesma posição, concordaram em revezar. O garoto franzino à sua frente se preparava para bater um pênalti. Ele chutou e errou inacreditavelmente. A bola fora parar fora dos limites do campo improvisado, e sobrou para que Gustavo a pegasse.

Correu seguindo a bola que desceu pela ladeira depois do campo, e parando na esquina, junto ao muro da escola. A pegou xingando o garoto que a chutou. E antes de voltar.

Ouviu um choro abafado e risadas vindas do outro lado. Fez a curva na esquina e viu dois garotos caçoando de uma menina que chorava sentada na calçada.

-Você é uma chorona, sabia?! Menina tonta, eu só disse que você não tem pais por que você é muito feia, mas eu acho que eles te abandonaram porque você é muito chorona mesmo. - riu o menino de cabelo desarrumado.

-Eu não concordo com você. - o outro garoto começou. - Achei ela muito bonita. - agachou-se  à frente da pequena que estava com os olhos fechados e chorando muito. - Você é muito bonita! - exclamou levando a mão ao queixo dela.

Ao senti-la resistir, ele puxou o rosta da menina com força.

-Ei! - gritou Gustavo onde estava. - Solta ela.

-Por que? Por que você mandou? - soltou o queixa da menina e levantou-se.

-Isso aí. - Gustavo se aproximou um pouco mas manteve distância. - Se não deixarem ela em paz, eu vou quebrar a cara de vocês. - enfrentou confiante e destemido.

O garoto sardento desdenhou a ameaça.

-Espera, acho melhor deixar isso pra lá. - o menino descabelado interviu. - Esse aí é o Gustavo Brandão. Ele é um dos valentões da escola. - alertou.

-Não tô nem aí. Quero ver se você é mesmo assim tão durão quanto falam por aí. - disse e partiu para cima do loiro.

-Não primeiro o seu amigo. - corrigiu ele.

Gustavo de onde estava e, aproveitando a distância e a bola que trazia nas mãos, tomou impulso e meteu o pé esquerdo na bola. Mesmo sendo canhoto, sempre fora muito habilidoso. Chutou com toda a força que tinha em seu corpo de quatorze anos, acertando a cara do menino mais atrás do sardento.

O garoto caiu no chão. Mesmo zonzo, conseguiu se levantar e correr, largando o amigo para trás.

-Agora você.

Nem bem terminou as palavras e pode ver o garoto sardento bater em retirada também.

Queria muito ter acertado uns bons socos nele, mas no momento tinha outra prioridade.

-Ei. -chamou pela menina que ainda chorava sentada na calçada.

A menina ficou onde estava, não conseguia se mover, estava assustada. Não teve coragem de olhá-lo.

-Ei menina, se você não parar de chorar eles não vão parar de implicar com você.

-Eu... eu... - soluçava descontroladamente.

-Nossa, - se mostrou irritado. - por que você tá chorando tanto mesmo? - agachou-se de frente para ela.

-Me deixa, eu não vou falar com você. - encolheu-se.

-Mal agradecida. - esbravejou indignado. - Se não fosse por mim... Você é mesmo...

-O-obrigada. - parou de chorar, tomou fôlego e o agradeceu.

Gustavo engasgou nas palavras ao vê-la finalmente erguer o rosto e revelar seus olhos.

A primeira coisa que passou em sua cabeça foi que aquele sardento tinha razão, ela era mesmo muito bonita, mesmo que com o rosto abatido e os olhos irritados pelo choro.

-Qual seu nome?

-É, Amanda. - fungou depois de respondê-lo.

O menino sentou-se ao lado dela.

-Eu ouvi eles dizendo que você não tem pais.

-Sim... - respondeu com voz chorosa.

Foi a partir de então que os dois se tonaram amigos. Ela lhe contou a história dela e ele a sua.

flashback off

Quando viajou, decidiu que não ligaria para ela e nem mandaria nenhuma notícia. Já que tinha sido tão covarde e não tido coragem de dizer a ela tudo o que sentia e sempre sentiu pela amiga. Iria tentar se acostumar a não tê-la mais por perto, já que depois de tantos anos não havia ainda se declarado a ela.

Até então, Amanda nunca havia tido nenhum namorado. Para o alívio dele, a moça sempre foi tímida de mais para isso. Mas quando a moça passou a receber elogios entre o grupo de amigos que ele frequentava, foi então que começou a reconhecer que o que sentia por ela era maior do que amizade.

...

À noite na faculdade...

-Eles parecem ser muito amigos... - reparou Paulo.

Paulo e Vitor estavam no gramado conversando. E, de onde estavam era possível ver Amanda e Gustavo sentados em um dos bancos também conversando.

-É, parecem. - Vitor falou calmo, não demostrando interesse pelo assunto.

-Aqueles dois parecem ter muita coisa pra colocar em dia. - Paulo reparou os amigos que não se desgrudavam.

Passavam a maior parte do tempo juntos.

-Você chegou a saber desde quando eles são amigos? - Paulo questionou.

-A Amanda chegou a comentar. Parece que foi quando ela e a tia vieram pra cá.

-Nossa, faz bastante tempo. - pausou por alguns segundos. - Ela parece gostar muito dele, quer dizer, vai ver que é daí que vem essa ligação dela com ele.

Minutos depois, os dois se juntaram a Paulo e Vitor.

Gustavo apenas acenou com a cabeça cumprimentando os rapazes ali.

-E aí?! - Paulo acenou de volta.

Não houve muito entrosamento entre eles. O clima ali não estava lá muito agradável. Todos pareciam ter percebido menos Amanda. A morena continuava a falar sobre um assunto que julgava importante.

-Licença Amanda. - pediu Paulo. - E que, antes que eu me esqueça, a Carla mandou um recado. Ela vai vir pra cá nesse final de semana, vai estar de folga, e disse que quer que a gente marque algum programa pra fazer. E já se adiantou em escolher um, cinema.

-Cinema? - questionou Vitor.

-Isso. - Paulo confirmou.

-Gostei. O Gustavo pode ir com a gente também? - a moça perguntou.

-Claro, por que não?! Ele já faz parte do grupo agora. - sorriu Paulo.

-Valeu! - o loiro agradeceu.

-Agora só falta achar um filme bom pra assistir. - terminou Paulo.

-Olha só eu, vou até ali falar com os caras e vejo vocês depois. - Gustavo disse já enquanto saía.

-Posso ir com você? - perguntou Amanda.

-Vem.

Os amigos saíram.

Vitor olhou de relance enquanto os amigos saíam e pode ver a jovem animada e sorridente. Notou que Amanda estava diferente desde a volta de Gustavo, mais solta, mais alegre, mais comunicativa. Era notável.

Desde que conheceu a morena nunca a viu com esse comportamento ou entrosamento com qualquer outro que fosse. Ela até tinha algumas poucas amizades com algumas colegas de sala mas, nada que lhe parecesse importante, não assim, como Gustavo demonstrava ser para ela.  


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Notas finais do capítulo

...
Então flores, estive pensando o que esperar dessa segunda temporada??
Bem, eu quero, aqui, explicar alguns assuntos que somente comentei na primeira parte da fic. Quero conclui-los também.!
Já está tudo na cabeça :) me falta agora "passar pro papel", por em prática!!
Boas nóticias :D O próximo capítulo virá mais rápido do que imaginam até porque não quero que nenhuma das minhas leitoras tenham uma crise de ansiedade, ok?
Espero que tenham gostado.!
Nos vemos em breve :)
Beijos flores!!!