Admito Que Te Amo escrita por a curious


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

O capítulo de hoje nãão está lá essas coisas (caramba, isso é que é maneira de motivar os leitores a continuarem a ler ¬¬) Pois é, mas é verdade (como assim??) Explico...
É que esse é como se fosse uma introdução. Meio que é o capítulo que vai levar a história para uma outra fase... (ninguém entendeu m*** nenhuma, né?!)
Bem, acho que pensando bem, tuuuudo até aqui foi uma mera introdução (é, tá tudo muito calmo e eu não gosto disso ^^)
Andei comentando com uma de minhas leitoras (por sinal ainda mais curiosa do que eu O.O) e é a partir daqui que alguns novos personagens vão começar a aparecer...
Boa leitura :)



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Assim como nos outros dias daquela semana os dois pareciam estarem se evitando, conversavam apenas o necessário. E naquele dia não foi diferente.

Não queria pensar que aquilo teria um outro motivo senão o fato de Vitor ser calado, e já começava a se acostumar com isso, até porque não tinha escolha.

Estavam a caminho da faculdade, quando o rapaz resolveu puxar conversa. Perguntou sobre o trabalho, sobre a tia e outras coisas aleatórias. Só que para ela mais parecia que ele estava fazendo rodeios.

Por fim, quando estavam prestes a chegarem ao seu destino, ele teve enfim coragem de perguntar o que queria.

–Amanda...

Voltou o rosto para ele, esperando-o falar.

–A minha mãe pediu pra te convidar para que você ir lá em casa neste final de semana.

–Claro. – aceitou sem questionar, afinal sabia que a mãe do rapaz era exigente e sistemática, e, da última vez não tiveram tempo suficiente para conversarem.

Vitor ficou surpreso com a rapidez da resposta e ao mesmo tempo aliviado por ela ter aceito.

–Você já deve imaginar o motivo. – esperou para ver o que ela responderia.

–Sim. – mas a moça não estava dando muita importância ao fato. – Com certeza ela quer me conhecer melhor, só isso.

–Aquele dia, da festa, o que vocês conversaram?Bem, nós não tivemos lá muito tempo pra conversar.

–Falaram sobre algum assunto em especial?

–Não, nós realmente não tivemos tempo. O Vinícius logo chegou e daí... - balançou a cabeça negativamente.

–Entendi.

flashback on

Desceu as escadas olhando as horas no relógio.

–Vitor.

Olhou e viu a mãe sentada no sofá da sala.

–Vai sair?

–Tô indo pra faculdade.

–Não é um pouco cedo?

–Vou passar na casa da Amanda pra busca-la primeiro.

–Amanda...

–Eu já vou. – não gostou do tom reticente da mãe, achou melhor sair.

–Antes de ir, você tem um minuto?

–Depende.

–Pode baixar a guarda meu filho. – levantou-se e dirigiu-se até ele. – O que eu quero é que você convide essa moça para vir aqui.

–Como assim? – não estava gostando da ideia.

–Um almoço talvez... Afinal, vocês estão namorando sério, não estão?

–Já entendi, pode deixar que eu falo com ela. - deu meia volta.

Despediu-se da mãe e saiu.

flashback off

O rapaz queria acreditar que era somente isso. Sabia que a mãe era uma pessoa difícil de lidar às vezes, na maioria delas. Estava um pouco preocupado com as intenções da mãe quanto aquele encontro da namorada com sua família, ou melhor, com ela. Se perguntava se a mãe iria colocar algum obstáculo no envolvimento dos dois. Vitor não queria que a moça passasse por nenhum tipo de constrangimento ou perseguição por parte da mãe, principalmente agora no começo de tudo. Se pegou imaginando qual seria a reação de Marta quando esta soubesse que eles iriam se casar.

...

Estavam sentados no mesmo lugar de sempre durante os intervalos.

–E a Amanda? - perguntou Paulo.

–Alguém queria falar com ela no telefone. Uma amiga.

–E ela? - sentou-se ao lado. - Como ela está depois de tudo o que houve?

–Parece estar melhor. - foi vago nas palavras mas nem mesmo ele tinha certeza já que eles não chegaram conversar sobre o assunto.

–Tem certeza? Ela te confirmou isso?

–Pra falar a verdade, nós não falamos sobre, depois que tudo aconteceu. E acho que é melhor, assim, a gente esquece tudo de uma vez.

–Sei... Tudo mesmo?

–O que você quis dizer com isso?

–Hãn? - fez-se de desentendido.

–Você está insinuando alguma coisa, eu só não consegui saber o que.

–A, nada de mais... Só estava me referindo ao beijo de vocês.

–Q...?

–A Carla e eu estávamos lá esqueceu? - sorriu. - Deu pra ver que vocês não estavam fingindo.

–Aquilo foi... - ainda não sabia ao certo sobre o que pensar sobre o beijo deles.

–Espera. - acomodou-se no banco, levando uma das mãos ao queixo e voltando toda a atenção para as palavras do amigo. - Vai em frente, pode falar.

–Paulo, eu não mereço você. - revirou os olhos com a atitude do amigo. - Sério.

–Continua. Eu quero saber o porq...

–Aquilo não foi nada de mais. Satisfeito agora?

–Qual Vitor, vai dizer que você beijou a Amanda sem mais nem menos?

–Eu não vou dizer mais nada. - levantou-se. - Já disse tudo o que tinha pra dizer sobre esse assunto. - saiu deixando o amigo para trás.

Não iria continuar a pensar naquilo. Já havia decidido que não era nada e continuaria assim.

...

... ... ... ... ... ... ...

No dia seguinte, logo pela manhã.

–Então Vitor, - começou Marta. - Qual foi à resposta da sua namorada, ela vem para um almoço com a família?

–Sim. – respondeu secamente.

–A Amanda vai vir aqui em casa de novo Vitor? – a pequena perguntou com entusiasmo.

–Sim, ela vai. – ficou feliz em ver a empolgação da irmã com a notícia.

–Então o namoro é sério mesmo irmão? - perguntou Vinícius.

–É sim. – a resposta saiu num tom bem objetivo.

–Nesse caso. – Marta pronunciou-se mais uma vez. – Acho melhor eu decidir logo oque será preparado para o almoço.

–Eu já vou logo avisando que não quero nada disso de formalidades, a Amanda é simples e eu não quero que ela se sinta desconfortável de maneira nenhuma. – disse sendo mais objetivo ainda.

–Não se preocupe meu filho, vai ser da mesma maneira como sempre recebemos nossos convidados.

–Já disse que não. Quero que tudo seja o mais comum possível.

–Você está exagerando meu filho, eu apenas quero que tudo saia perfeito...

–Não, eu vi como você a tratou no dia da festa. Oque você quer...

–Vitor, Marta, por favor, – Afonso interveio na tentativa de evitar mais uma discussão entre mãe e filho. – Vocês não precisam transformar isso em uma batalha, ou vão acabar assustando a pobre moça.

–Eu não tenho culpa se o seu filho critica tudo o que eu faço por ele. – disse enquanto se retirava.

–Pode deixar pai. - disse já mais calmo.

–Assim eu fico mais aliviado. E tenham a certeza de que Amanda também. – levantou-se. – Vem filha, hoje eu vou te levar para a escola.

–Eu já vou papai. - virou-se para o irmão ao lado. - Vê se cuida direitinho do Dom hein Vitor. - levantou-se para acompanhar o pai.

–Tá, pode deixar.

Despediram-se e saíram. Cada um para seu respectivo compromisso. Vinícius levou a esposa até a loja e Vitor como sempre na sua rotina de treinos, além da malhação na academia. Hoje tinha resolvido ir mais cedo.

Marta foi a única a ficar em casa. Subiu para o quarto um tanto pensativa.

Estava um tanto intrigada com o namoro do filho. A primeira impressão que teve de Amanda não foi das piores, no entanto, a achou um tanto insegura, não soube dizer com certeza o que era e, por isso queria se encontrar novamente com ela para esclarecer suas dúvidas.

De imediato pode perceber que a moça não pertencia a mesma classe social que eles. Por seres de uma família rica e nobre, Marta preferia que os filhos se relacionassem com moças do mesmo nível, oque nem sempre aconteceu. E se não tinha conseguido isso com Vinícius, que era mais "fácil" de lidar, quais seriam suas chances com Vitor.

Mas dentre os namoros que o filho do meio teve, essa foi a primeira vez que estava se relacionando com alguém tão diferente das outras moças com que já havia tido algum compromisso.

Pelo que pode se lembrar, as antigas namoradas de Vitor eram todas de personalidade forte, eram decididas, independentes. Já Amanda, além de simples parecia precisar de proteção, cuidado, pois passava um ar de fragilidade.

Deixou os pensamentos de lado e desceu para passar aos cozinheiros o que queria que fosse preparado para o almoço.

...

–Pronto, está entregue. - disse Vinícius estacionando o carro em frente a loja da esposa.

–Obrigada meu amor!

–Passo aqui pra te buscar pro almoço. - avisou.

–Vinícius, é que hoje não vai dar... Chegou mercadoria nova na loja e...

–Ah Emily, fala sério, você sabe que eu odeio almoçar sozinho. - resmungou.

–Almoça em casa.

–Eu quero almoçar com você. Você sabe disso.

–Sim, eu sei. Mas é que hoje realmente não vai dar.

–Deixa que a Gabriela resolve isso.

–Não é assim Vinícius, eu não posso deixar tudo nas costas da Gabi, eu é quem sou a dona da loja.

–Tá, tá... Já entendi.

Beijou o marido que estava completamente emburrado.

–Vou tentar chegar mais cedo hoje. Tudo bem? - perguntou a loira.

–Não tenta me iludir.

–Vinícius. - o repreendeu. - Parece criança. Tchau! - despediu saindo do carro.

...

–Bom dia? - preguntou ao ver a loira entrar visivelmente tensa.

–Sim. - mudou o humor. - Apesar de qualquer coisa, bom dia!

–Não sei não. - riu com a resposta.

As duas seguiram para o andar superior. Ao chegarem na sala da loira.

–Olha só. - a loira ergueu o pulso. - Hoje eu me lembrei de trazer pra te mostrar.

–Então esse é o bracelete que o Vinícius te deu?

–É sim. Não é lindo?

–Nem que eu trabalhasse a minha vida toda, nem assim acho que eu conseguiria comprar algo assim. - reparou mais uma vez. - Nossa, ele está de parabéns, tem bom gosto.

–Eu sei. - sorriu contemplando a jóia. - E hoje é a minha vez.

–Como assim?

–Comprei um presente pra ele e vou chamá-lo pra jantar também.

–Mesmo? O que você comprou pra ele?

–Um relógio lindo! Tenho certeza que ele vai gostar.

...

Estavam a caminho da faculdade...

–Posso te perguntar uma coisa?

–Pode.

–É... o almoço, na sua casa, como você acha que vai ser?

–Tranquilo eu espero.

–É que, não sei... - lembrou-se dos minutos que ficou sozinha com a mãe do rapaz.

–Você quer que eu desmarque então?

–Não, não. - se adiantou.

–Então?...

–Não, nada não.

–Se você está preocupada com a minha mãe, esquece. Ela não vai fazer nada. Ela não pode fazer nada. - pronunciou decidido.

Amanda não disse mais nada.

Não achava que a senhora faria qualquer coisa, só que também não queria que toda aquela história deles virasse mais um motivo para o rapaz e a mãe entrarem em conflito.

...

Chegando do trabalho, Emily foi para o quarto a procura do marido, mas ele parecia não estar em casa. Desceu até a sala onde a sogra estava, infelizmente, a senhora era a única na mansão.

–Dona Marta, a senhora por acaso sabe onde o Vinícius está?

–Você já tentou ligar para o celular dele. – nem sequer tirou os olhos do livro que estava lendo.

Sabia que o humor da sogra não era dos melhores, mas hoje parecia estar pior. E nessas situações, o melhor a fazer era manter distância.

Deu as costas e subiu de volta para o quarto.

Depois do banho, enquanto se trocava, ouviu Vinícius entrar no quarto falando ao telefone.

–Claro, pode contar comigo... – fechou a porta e deu de cara com a esposa que o recebeu com um beijo. – Tá, pode deixar... – despediu-se e desligou o celular. - Ué, você chegou mesmo mais cedo hoje.

–Sim. Eu prometo e eu cumpro. – abraçou-o sorrindo. – E você, onde você estava? – perguntou pendurada no pescoço dele.

–Sai com uns amigos.

–Sei. É impressão minha ou você estava combinando de sair de novo com os amigos? – fez bico demostrando que desaprovava a ideia.

–Bom...

–Porque eu fiz tudo pra sair mais cedo hoje pra gente poder sair para jantar. – soltou logo, na tentativa de convence-lo.

–Tudo bem minha linda, eu cancelo com eles. – beijou a esposa depois de vê-la sorrir de satisfação.

–Eu vou me arrumar. – soltou-se dele, saindo alegre.

Vinícius por sua vez foi para o chuveiro, pensou em tomar um banho de banheira, pois sabia bem como Emily demorava para se arrumar. Pensou até em tomar um lanche até que saíssem de casa, para que não morresse de fome enquanto esperava por ela. Se conhecia bem a esposa e como ela demorava para se arrumar, isso não seria uma má ideia.


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Notas finais do capítulo

Então... o jeito é esperar e acompanhar pra ver o que vai acontecer ^^
Beijos e até o próximo!!