Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 2
Dance comigo novamente


Notas iniciais do capítulo

Heyy :D Aqui está o capitulo 2 de Bad Kids ^^ divirtam-se!



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Dance comigo novamente

– Senhorita Waldorf?- O porteiro russo do prédio, Vanya, chamou, parado diante do elevador de serviço. Blair foi até o hall encontrá-lo.

– Pois não?

– Isso chegou para a senhorita pela manhã - Vanya falou, entregando um pequeno envelope nas mãos de Blair. Ela o pegou e analisou. Alguém com uma elegante caligrafia havia escrito "B. Waldorf" nas costas do envelope e selado o conteúdo com cera quente. Ela franziu o cenho.

– Quem entregou isso?

– Um daqueles meninos mensageiros.

– Muito bem, você está dispensado.

O porteiro assentiu e entrou de volta no elevador de serviço. Blair abriu o envelope e uma chave dourada caiu na palma de sua mão, amarrada à um pequeno bilhete.

"Espero vê-la esta noite. Mesmo lugar, mesma hora. - C.B"

Blair mordeu o lábio inferior, não sabendo o que fazer. Chuck Bass queria lhe ver.

E ela iria até ele. Mas só porque estava curiosa.

XOXO



Chuck fechou os olhos ao exalar a fumaça de um de seus cigarros ingleses. A reunião com a máfia havia terminado, estava tudo pronto para mais um speak easy no Victrola e ele tinha algum tempo para si mesmo. Isso o deixava satisfeitíssimo. Porém, este tempo foi interrompido.

– Chuck - Nate deu duas batidas na porta e entrou na sala de reuniões - Vou trazer minha noiva hoje à noite novamente.

– Você faltou a reunião e isso não é agradável. – O mafioso ignorou o que o seu melhor amigo e braço direito havia falado. Nate bufou.

– Eu precisei lidar com algumas coisas em casa. Mas vou repetir o que falei: Vou trazer minha noiva hoje à noite novamente.

– E? - Chuck perguntou preguiçosamente. Ele abriu os olhos e olhou para seu amigo, que estava parado em sua frente. Nate não parecia muito feliz.

– Quero que você saiba que o primeiro que se atirar em cima de Serena, dos nossos soldados*, vai pagar caro.

– Acalme-se um pouco, Nathaniel - Chuck suspirou e esmagou o resto do cigarro no cinzeiro ao seu lado – Você não pode sair atirando nos homens por nada.

Por nada? - Nate bufou.

– Controle os ciúmes, sim? - Chuck se levantou de sua poltrona e foi até seu armário de líquidos - Whisky?

– Não - Nathaniel respondeu, impaciente - Eu não prometo que ficarei sentado assistindo tudo.

– Eu mandarei meus homens se manterem longe dela – Chuck revirou os olhos. Ele tomou um gole de sua bebida e voltou a se sentar na poltrona atrás de seu gabinete – Serena, não é? Não tive a oportunidade de conhecê-la no último speak easy.

– Claro que não teve – E acalmando os ânimos, um sorriso brincou nos lábios de Nate – Ficou muito ocupado a noite inteira para sequer olhar para os lados.

– Do que você está falando?

– Uma certa melhor amiga da minha noiva, qual o nome dela mesmo... – Nate fingiu pensar – Ah, sim, Blair Waldorf. Uma moça fascinante, não?

Chuck pigarreou desconfortavelmente e se mexeu em sua poltrona.

– Realmente. Conheci poucas mulheres como a Srta. Waldorf.

– Você acredita em amor à primeira vista, Bass?

Chuck baixou o seu copo de whisky na mesinha ao lado e lançou um olhar irritado em direção à Nate.

– De todas,essa é a maior besteira que você já perguntou.

XOXO

Blair girou a chave na fechadura do Victrola, o lugar onde ocorria os speak easies, e entrou, seguida por Serena. O lugar estava fervendo, como estava na noite anterior. Música alta, bebidas e charutos. As duas entraram pelo meio da multidão e Blair planejava caminhar diretamente para o bar, mas Serena pegou seu pulso, a levando até o outro lado do salão.

– S, para onde estamos indo?

– Nate vai nos apresentar o chefe da festa – Serena deu uma risadinha – Ops, quer dizer, me apresentar, já que você já o conhece.

Blair engoliu em seco, mas se deixou ser arrastada pela amiga até uma área privada do salão, no canto mais ao lado do palco. Havia uma cortina de veludo preto separando a discreta área do resto da pista e um dos homens da máfia se postava por perto, o cano de seu revólver aparecendo por seu cinto. Ele apenas observou quando Serena e Blair chegaram e a loura puxou a cortina. Chuck estava sentado em um elegante sofá de couro com um copo de whisky na mão, e Nate estava sentado do lado oposto, em uma poltrona. Ele abriu um sorriso ao ver as duas e acenou para que entrassem. Blair e Chuck trocaram um longo olhar e Blair foi se sentar ao lado dele no sofá, já que Serena havia pego a cadeira ao lado de Nate e aquele era o único lugar vago.

– Boa noite, Srta. Waldorf – O mafioso sussurrou. Ele pegou a mão direita de Blair, que estava coberta por uma curta luva preta,e ao invés de beijar os nós de seus dedos, ele virou a delicada mão para cima e beijou o pulso descoberto pelo tecido da luva. A respiração de Blair trancou em sua garganta.

– Boa noite, Bass – Ela respondeu de volta assim que foi possível respirar.

– Então esta é a famosa Serena Van der Woodsen – Chuck se inclinou e pegou a mão de Serena na dele, dando um breve beijo – Eu ouço muito sobre você, senhorita.

– Ah, é? – Ela ergueu uma sobrancelha sugestiva em direção à Nate e depois se virou para Chuck novamente – Bom saber. Tenho certeza de que já conhece Blair, minha melhor amiga.

– Conheço. – Chuck sorriu para a morena sentada ao seu lado. Nate e Serena morderam os lábios para não rirem das bochechas coradas de Blair. Sentindo que talvez fosse melhor dar algum tempo aos dois, Serena puxou Nate pela mão e o colocou de pé.

– Nate e eu vamos... pegar algo para beber e depois vamos dançar. – Serena sorriu e deu uma discreta piscadela para a melhor amiga – B, nos encontramos mais tarde, ok?

Blair assentiu silenciosamente. Ela assistiu seus dois melhores amigos deixarem a sala e, de repente, ficou muito consciente de que estava sozinha com Chuck, fazendo com que um leve arrepio percorresse sua espinha. O mafioso sorriu ao ver a expressão levemente envergonhada de Blair e largou seu copo de whisky na mesa de centro.

– Sabe, eu não mordo. Á não ser que você me peça.

– Quão cavalheiro da sua parte – Blair respondeu ironicamente – Não acho que morder faça parte de alguma etiqueta social aceitável.

– Nunca se sabe. Whisky? – Ele ofereceu, colocando mais uma dose da bebida em seu copo.

– Não, obrigada.

Chuck se serviu e encostou-se confortavelmente contra o sofá, tomando em sua consciência a visão que Blair Waldorf fazia. Naquela noite, ela usava um vestido vermelho escuro de mangas curtas de renda, que destacava seus lábios vermelhos e cheios. Um delicado colar de ouro branco e pingente de coraçao de diamante adornava o seu imaculado pescoço, e ela estava sentada em uma postura reta, as pernas cruzadas e as mãos polidamente repousadas em seu colo. O comprimento de seu cabelo era médio e as pontas de suas grossas mechas castanhas terminavam em cachos. Ela parecia uma boneca de porcelana francesa.

– Você é uma dama realmente encantadora, Srta. Waldorf.

Blair foi pega de surpresa pelo elogio inesperado e piscou os olhos, percebendo que Chuck analisava suas feições com interesse. Ela não pôde segurar o sorriso que se abriu em seu rosto.

Os dois engataram em uma conversa com assuntos aleatórios. Blair tomou seu tempo e descreveu Chuck em sua mente, montando uma espécie de relatório em sua cabeça. A primeira coisa que ela anotou em seu bloco imaginário: Charles Bass era um homem extremamente atraente. Ao chegar mais perto dele, Blair detectou o aroma de Johnnie Walker Black, charutos ingleses e loção pós barba, e essa mistura era incrivelmente boa. Depois, ela reparou que, apesar de lidar diretamente com o submundo, ele se portava e falava como um verdadeiro cavalheiro. Isso a deixou intrigada, querendo saber mais sobre a história dele.

– Como é isso... – Blair girou os gelos dentro de seu copo de whisky – Levar uma vida que não tem leis, viver nesse mar de infrações.

Chuck deu uma leve risada.

– A vida que eu levo é cheia de leis. Leis feitas por mim e pelos outros, mas que sou obrigado a cumprir. A máfia é um agradável labirinto cheio de obstáculos.

Blair repousou a cabeça no encosto do sofá, seu corpo virado na direção de Chuck, e ele fez o mesmo. Agora os dois estavam sentados de frente para o outro, se olhando nos olhos.

– E como você nunca foi preso?

– Isso tudo é segredo. – Ele sorriu, charmoso, e ergueu a mão para tocar em um cacho do cabelo de Blair – Mas e você, Queen B, o que o futuro lhe reserva?

Blair revirou os olhos para o estúpido apelido que o The New York Times havia lhe dado. Queen B – A filha de Harold Waldorf é presidente do clube dos bons costumes, organizadora dos mensais chás de caridade e a dama mais disputada pelos solteiros de Manhattan. Besteiras.

– O futuro me reserva um closet cheio de vestidos caros e um marido presidente da república – Apesar das palavras positivas, o nariz de Blair se enrugou em desgosto.

– E se... – Ele continuou brincando com o cacho de cabelo em seus dedos. Blair permitiu – Você pudesse ter um closet cheio de vestidos caros, sapatos caros, mansões enormes em vários países do mundo, e tudo mais que quisesse, mas não tivesse o marido presidente?

Blair pensou por um momento.

– Eu não aceitaria.

– Não? – Chuck levantou uma sobrancelha questionadora.

– Eu não aceitaria não ter um marido. Um companheiro. Imagine viver uma vida cheia de coisas boas, porém sozinho, sem ninguém que você ame para compartilhar? – Ela argumentou, o desafiando a falar algo contrário. Chuck derrubou sua mão de volta para o sofá e encarou os olhos castanhos profundos de Blair.

– Verdade. – Ele murmurou, e depois, mudou para assuntos mais leves do que a palavra com quatro letras – Mas neste momento, mais especificamente esta noite, você precisa de alguém que lhe dê bebidas caras. – Ele ajeitou sua posição no sofá de couro.

– E este alguém é você? – Blair cruzou os braços, um sorriso dançando em seus lábios.

– Mais ou menos. – Ele sorriu - Quero te apresentar uma pessoa. Você vai adorar os drinques que ele pode fazer. – Ele ajudou Blair a levantar do sofá.

– O bartender?

– Muito bem, garota esperta. Ralph é o coração dos speakcases. Prepara qualquer coisa que você pedir.

Chuck puxou a cortina preta da área privada e os dois atravessaram as várias pessoas no meio do caminho para chegar até o balcão, ele segurando a mão dela o trajeto inteiro para que não a perdesse no meio do tumulto na pista de dança. Eles se sentaram nas altas banquetas do bar e Chuck deu um breve aceno para que Ralph,o bartender, viesse até eles.

– Como estamos, chefe? – Ralph sorriu animadamente e depois olhou para Blair – Boa noite, senhorita. Posso servir algo para vocês?

– Talvez você possa fazer algo com champagne e morangos para a dama. – Ele se inclinou para sussurrar no ouvido dela – Morangos para combinar com o lindo vestido vermelho que está usando.

Arrepios subiram pela espinha de Blair.

Depois de três rodadas (Blair havia parado no terceiro copo de cosmopolitan porque não queria chegar alcoolizada em casa, mas a sua cabeça já girava um pouco), os dois riam, se provocavam e conversavam em baixo volume somente entre si. Chuck tirou Blair para dançar e quando My Heart Will Go On começou a tocar, ele puxou o corpo pequeno dela para mais perto e murmurou em seu ouvido:

– Um beijo.

– O quê? – Blair deu um passo para trás para olhar nos olhos de Chuck.

– Um beijo. Eu quero saber que gosto você tem – Ele esticou o braço dela para o alto e a girou no meio da dança – O quão macio os seus lábios são – Mais um giro – E se eu vou sobreviver depois de experimentar tamanha beleza.

Blair encarou Chuck em seus olhos escuros e continuou movendo com ele pela pista de dança.

– O que faz você pensar que eu vou permitir que você me beije?

– O fato de que eu faço qualquer coisa merecedora de um beijo seu. – Chuck respondeu, sem hesitar. Ele deu um delicado aperto na mão de Blair, reafirmando sua sentença.

Blair respirou fundo e seus sentidos foram tomados pelo aroma dele em suas narinas. Whisky, loção e charutos... Ele tinha cheiro de homem proibido, aquele que a mãe tentara lhe proteger a vida toda. Ela correu os dedos pelas laterais do cabelo dele, tomando cuidado para não desfazer o pequeno topete no topo de sua cabeça.

– Qualquer coisa? – Ela perguntou, baixinho.

– Qualquer coisa. - Ele afirmou.

Só por essa noite. Ela pensou para si mesma. Você não tem nada a perder.

Blair ficou na ponta dos pés e tocou a boca dele com a dela, sem aviso. Ele foi pego de surpresa, mas prontamente correspondeu o beijo. Juntos, eles delicadamente moveram os lábios, e depois Blair deu um, dois, três pequenos beijos, que fizeram leves estalos de bocas se selando.

Quando Blair estava prestes a se afastar, Chuck pousou sua mão na curva das costas dela, puxando-a para perto novamente, e roubou o segundo beijo da noite. Blair pensou em relutar, mas se permitiu beija-lo novamente. Os dois moveram os lábios em sintonia e ela abriu a boca um pouquinho; Chuck aproveitou a deixa e aprofundou o beijo. Por quase vinte segundos depois, quando o ar já estava escasso em seus pulmões, eles se afastaram, buscando respirar.

Blair deu uma leve sacudida na cabeça, voltando à “realidade”. Ela olhou em volta e sua visão pousou no relógio de mogno na parede do salão.

– São quatro e meia. Preciso achar Serena e Nate.

– Eu levo você pra casa. Fique mais um pouco. – Ele pegou as duas mãos de Blair para mantê-la ali.

Ela sacudiu a cabeça e riu baixinho.

– Você está com batom na boca. - Blair passou o polegar pelos lábios de Chuck, limpando as manchas de batom vermelho da pele dele. Depois, ela se afastou - Eu realmente preciso ir. Vejo você por ai.

– Espere - Chuck segurou o pulso de Blair - Vou ver você de novo?

– Talvez sim. - Ela se soltou e foi embora.

Chuck assistiu Blair Waldorf se afastando pelo meio das pessoas e indo em direção à saída do clube. Ele passou a mão por seu cabelo e bufou, frustrado pelo fato de que uma mulher conseguisse fazer isso com sua cabeça, conseguisse afetá-lo daquele jeito. Não percebeu quando alguém pousou uma mão em seu ombro e se recostou em seu corpo.

– Hey, Senhor Bass - Lauren, uma das dançarinas de palco, sorriu - Talvez você queira relaxar? Aprendi uma tática de massagem que é do seu gosto. Aceita vir comigo?

Lauren era loira e tinha olhos grandes e azuis. Normalmente, ele aceitaria de muito bom grado acompanhar a garota, mas não naquela hora.

– Hoje não vai dar. Boa noite. - E ele se afastou e deu dois passos para se desvencilhar de Lauren, mas um "crack" foi ouvido embaixo da sola de seu sapato e ele olhou para baixo - havia um colar no chão e Chuck se abaixou para pegá-lo. Era de ouro branco, corrente fina e um pingente de coração de diamante no meio.

XOXO


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Notas finais do capítulo

Obs*: Naqula época, os capangas de máfias eram chamados de soldados, então achei legal incluir isso na história ^^
Reviews, please haha



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