Bad Kids escrita por NJBC Club
Notas iniciais do capítulo
TCHARAM! Primeiro capitulo de Bad Kids está aqui! Espero que vocês gostem, porque eu me diverti demais escrevendo essa fanfic. Por favor, deixem suas opiniões e sugestões sobre a história, isso faz com que o autor se motive e melhore cada vez mais nos capítulos a seguir ^^ É isso, obrigada por escolher esta fanfic para ler ;) XOXO
Serena Van der Woodsen soltou uma risada fora de hora. O som de suas risadinhas ecoaram pelos corredores da enorme cobertura e Blair Waldorf beliscou o braço da amiga para que ela parasse de rir. A loura mordeu os lábios e furtivamente, na ponta dos pés, fez seu caminho de volta até o elevador que ligava a cobertura ao hall, sendo seguida por sua amiga mais baixa e morena. Cada uma carregava duas garrafas de Johnnie Walker Black e Red Label e precisavam deixar a cobertura onde Blair morava, sem que seus pais, Eleanor e Harold, as pegassem em flagrante. Seria o fim se aquilo acontecesse.
– Odeio o barulho que esses elevadores fazem. Parece que essas dobradiças vão acordar o prédio inteiro - Blair fez uma careta enquanto tentava equilibrar as duas garrafas de líquido nos braços.
– B, cuidado para não derrubar! Vai ser um inferno se alguém ouvir o barulho de vidro quebrando, e será pior se o cheiro do álcool se espalhar! - Serena guinchou.
– Eu sei, eu sei. Vem, vamos pelos fundos.
O elevador abriu suas portas de ferro e as duas garotas saíram pelas portas dos empregados, chegando em um escuro e úmido beco. Blair olhou para os dois lados e bufou.
– Não era para Nate estar aqui?
– Calma, ele já vai... - Serena se interrompeu e sorriu - Lá está ele! Psiu, Nate, aqui!
Nathaniel Archibald olhou em volta para se certificar de que não havia ninguém observando e fez sinal para que as duas o seguissem. Havia um automóvel com capota esperando no meio fio e os três jovens entraram.
– Ninguém viu? - Nate perguntou enquanto ligava seu carro.
– Ninguém. Até colocamos as chaves dentro da caixa para que o pai da Blair não desconfie que alguém abriu o cofre de bebidas. Engraçado não é - Serena riu e olhou para a amiga - O governador tem um cofre secreto de álcool. Quem diria, hã?
– Eu sei - Blair revirou os olhos - Ele insiste que mantém tudo trancado, que não toca em nada. Mas eu o conheço. – E depois ela sorriu - E então, Nate, vamos finalmente conhecer seus “amigos”?
– Positivo – Ele deu uma piscadela – Vocês vão gostar do ambiente. E das pessoas.
– Mal posso esperar. – Serena falou, animada.
O carro fez uma curva e entrou em uma rua estreita e escondida entre as várias ruas da quinta avenida. Blair franziu o cenho e olhou em volta.
– Nate, onde fica esse lugar que você está nos levando?
– Ele é muito bem escondido, por isso tenho que dar uma volta aqui e lá. Pronto, chegamos.
Nathaniel encostou o carro e os três desceram. O lugar, a princípio, era um simples restaurante. Pelo horário (já passavam das onze horas da noite), as portas estavam fechadas e as percianas abaixadas, porém havia uma porta lateral com uma pequena luz saindo pelas bordas. Com a quietude do ambiente, podia ser ouvido um zumbido de música vindo daquele lugar.
– Vamos. As bebidas serão muito bem aproveitadas lá dentro - Nate sorriu e as duas garotas trocaram um olhar de expectativa. Archibald retirou uma chave dourada do bolso e a usou na fechadura da porta lateral do restaurante. Assim que os jovens entraram no ambiente, a música entrou por seus ouvidos e o cheiro de whisky, charutos estrangeiros e perfume invadiu as suas narinas. Serena deu um gritinho de excitação.
– Você nos trouxe em um speak easy? – Ela perguntou, dando palminhas de alegria.
– É isso ai. Vocês podem ir até o bar e pedir praquele cara baixinho atrás do balcão preparar um coquetel. Eu preciso achar Chuck, já venho buscar vocês - E com isso, Nate se enfiou no meio da multidão e desapareceu.
– Quem é Chuck? – Blair sussurrou para a melhor amiga.
– Não sei. – Ela deu de ombros.
Blair ficaria irritada pela ignorância de Serena, mas não ligou para a vaga resposta; estava estupefata por causa do ambiente. Muitos dos membros da alta sociedade que ela acreditava serem o padrão de comportamento e rigidez estavam ali, bebericando vodkas e dançando com seus amantes. Ela podia ver a esposa de um senador sussurrando de forma maliciosa no ouvido de um desconhecido e o filho de um embaixador virando uma garrafa cheia de aguardente pela garganta.
– Esse lugar é uma loucura - Ela sussurrou, os olhos castanhos brilhando de ansiedade - S, vamos para o..... S? Serena?
A loura havia sumido de seu lado. Blair ficou na ponta dos pés e percorreu a multidão com os olhos para enxergar pelo menos um chumaço de cabelo loiro, mas não encontrou. Ela deu de ombros e foi até o bar, se sentando em uma das banquetas em frente ao balcão. Havia um homem careca e de bigodes, sacudindo bebidas dentro de dois recipientes de metal e despejando-as em copos cheios de gelo e pedaços de fruta. Ele olhou para Blair e abriu um simpático sorriso.
– Posso lhe servir alguma coisa, senhorita?
– Serei grata se preparar algo com uma dessas bebidas - Ela largou as garrafas em cima do balcão.
– Pois não.
Um barulho de microfone foi ouvido e a música, antes em alto volume tocada por uma banda, agora havia se silenciado. Blair virou a cabeça em direção ao palco no centro do salão e viu um dos homens mais atraentes que já havia visto em sua vida. O homem, na média de seus vinte e poucos anos, pigarreou e parou em frente ao microfone.
– Senhoras e senhores, bem vindos à mais um Bass speak easy . Esperamos que atinjam seus objetivos aqui, que são se divertir e aproveitar o enorme favor que o governo fez ao vetar a venda do álcool - Ele abriu um sorriso malicioso e foram ouvidos risos pela plateia que o observava - Pedimos que mantenham a discrição para que possamos continuar a desfrutar de noites como essa. Alguns membros de nossa máfia estão espalhados pelo salão caso alguma... correção seja feita necessária. Mas por favor, não se acanhem, tudo aqui dentro é liberado. Tenham uma ótima noite.
Todos o aplaudiram e o homem, que estava vestindo um elegante terno escuro e vermelho com um chapéu preto, fez sinal para que a banda continuasse. Enquanto desceu os dois degraus que separavam o palco da pista de dança, seus olhos estreitos e escuros percorreram o público, analisando quem estava presente em seu “modesto” clube. Sua visão pousou em Blair, que ainda o observava. Ele parou por um instante, analisando a beleza da morena que usava um vestido branco com franjas e um enfeite de cabelo preto, e conclui que ela era ainda mais linda do que qualquer mulher que ele já tivesse visto. Ela era bela demais para passar despercebida, e por isso, ele atravessou as pessoas e caminhou em linha reta até ela.
Blair mordeu o lábio por antecipação e tomou um gole de sua bebida que arrecém havia sido posta no balcão. Desceu queimando sua garganta, mas a sensação era prazerosa. A sua pele ardia com calor à medida que o homem se aproximava e quando ele parou em sua frente, parecia que suas pernas estavam formigando.
– Boa noite - Ele pegou a mão de Blair, beijando os nós de seus dedos - Posso saber seu nome?
– Blair... - Ela estava prestes a falar seu sobrenome, mas segurou sua língua - Apenas Blair.
O homem sentou casualmente na banqueta ao seu lado e abriu um charmoso sorriso.
– Prazer em conhecê-la... Blair. – Ele testou o som do nome dela em sua língua. Soava bem. - Eu sou Chuck Bass.
XOXO
Serena limpou as gotinhas de suor que escorreram por seu pescoço e saiu da pista de dança, puxando Nate pela mão.
– Eu me afastei de Blair para procurar você e não a achei mais. Você consegue achar ela em algum lugar? Eu não consigo ver, tem muita gente bloqueando o caminho. – Serena perguntou enquanto se abanava com as mãos.
Nate olhou por cima das cabeças e achou a melhor amiga de Serena. Na verdade, ele achou Blair e seu excelente acompanhante. Nate abriu um sorriso malicioso e sua noiva o cutucou, curiosa.
– O que foi? Você a achou?
– Achei. E parece que Blair se deu bem esta noite.
– Por quê?
Nate pegou Serena pela cintura e a levantou um pouco para que ela pudesse ver o outro lado do salão.
– Quem é aquele, sentado do lado dela?
– Aquele, meu amor, é Charles Bass. O Chuck, sobre quem eu falei mais cedo. - Nate a colocou de volta no chão. Serena levantou uma sobrancelha questionadora - Ele é o chefe da máfia americana. O cara que a polícia e a interpol dariam milhões de dólares para colocar as mãos e que a máfia italiana considera um de seus mais valiosos parceiros. O dono desse império todo. E aquele amigo que eu falava tanto pra você, mas você nunca conheceu.
A boca de Serena formou um enorme "O".
– Charles Bass é o chefe da máfia? Mas ele não é dono das Indústrias Bass? O que ele tem a ver com a máfia? E porque você anda com essas pessoas?
Nate revirou os olhos e pegou a mão de Serena.
– Ele é o dono das Indústrias Bass sim, mas aquilo tudo serve apenas de fachada. E eu prometo que explico tudo com detalhes mais tarde, ok?
– Certo... – Serena concordou, ainda um pouco desconfiada, mas depois seu olhar se voltou para o outro lado do salão - Blair sabe com quem ela está falando?
– Provavelmente não. - Nate deu de ombros - Mas eu tenho certeza que ela irá descobrir, cedo ou tarde.
XOXO
– Eu sei quem você é... - Chuck sussurrou no ouvido de Blair. Os dois agora dançavam ao som lento e involvente que a banda tocava e Chuck virou o corpo pequeno e curvilíneo de Blair para que ela ficasse de costas para ele, para que apenas ela o ouvisse - ...Blair Waldorf. Chefe das debutantes de 1920, presidente do circulo das senhoritas da alta sociedade e filha do governador Harold Waldorf e da estilista Eleanor Waldorf. Os vestidos da sua mãe são um tanto caros, não são?
O sangue fugiu do rosto de Blair e ela virou de frente para Chuck.
– Como você sabe?
– Seu rosto é marcante para quem lê os jornais. - Ele pairou os lábios sob o ouvido delicado da jovem - A mocinha comportada que quis escapar por uma noite desse padrão social prisioneiro. Conheci muitas mulheres como você.
– Não, não conheceu. Nenhuma delas chega aos meus pés.
Chuck deu um passo para trás para que pudesse ver o rosto dela. Blair exibia uma expressão irritada por ter sido comparada com outras e ele não foi capaz de segurar um sorriso.
– Verdade. Nenhuma delas chega aos seus pés. Você não é qualquer uma.
Blair estava acostumada a ouvir elogios de bajuladores da alta sociedade e sempre postava um sorriso educado na face ao ouvi-los, mas sua reação, ela não sabia o porquê, havia sido diferente desta vez. Blair corou (ela nunca corava!) e Chuck levantou a mão para correr seu dedo indicador pelas bochechas rosadas dela.
Antes que qualquer um dos dois pudesse fazer alguma coisa, um homem corpulento de cabelo castanho escuro e crespo parou onde eles estavam na pista de dança e pigarreou para chamar a atenção do chefe. Chuck respirou fundo, irritado, e virou para ele.
– O que é agora, Anthony? - Ele murmurou cada palavra entre dentes, mostrando claramente que não tinha ficado nem um pouco satisfeito com aquela interrupção. O homem se encolheu um pouco, mas seguiu em frente.
– Estamos com problemas na área 2, Sr. Bass. – O homem falou com um forte sotaque italiano - Alguém está causando incômodos e estamos com receio de que ele chame atenção.
– Eu já disse o que você deve fazer nestes casos.
– Nós sabemos, mas... bem, é alguém influente. Não poderíamos eliminá-lo sem a sua total ciência.
Chuck suspirou e depois deu um aperto delicado na mão de Blair.
– Eu já volto. Por favor, não vá embora. - E com isso, ele abriu caminho pela multidão, sendo seguido por Anthony.
Blair ficou parada no meio da pista de dança e um estalo se fez um sua cabeça. Chuck Bass, o homem que havia secretamente a havia conquistado pela sensualidade e charme, era o chefe da máfia americana.
Ela mordeu os lábios para segurar o sorriso que queria aparecer.
– B! - Serena chamou, alcançando a melhor amiga - Precisamos ir embora!
– Ahm? - Blair piscou – Por quê?
Serena revirou os olhos.
– Você não viu o tempo passar, não é? Já são cinco horas da manhã! Você precisa ir pra casa, seu pai vai acordar daqui a pouco!
A morena congelou. Todo aquele tempo havia passado? Ela havia apenas conversado, bebido e dançado com Chuck e mais de cinco horas já haviam corrido desde sua chegada. Seu olhar se alternou entre Serena e a direção em que Chuck havia desaparecido.
– Suponho que não podemos ficar por mais tempo?
– É claro que não! Vem, Nate está nos esperando no carro, lá fora - Serena pegou a mão de Blair e a arrastou até a porta de saída. No momento que as duas garotas haviam saido pela porta, Chuck Bass voltava para a pista de dança, guardando sua arma calibre 38 no bolso interior de seu paletó. Ele procurou pela morena pequena e de lábios cheios pelas várias mulheres espalhadas pelo salão, mas não a encontrou. Blair Waldorf havia ido embora.
Ele suspirou de decepção e foi até o bar para que Ralph servisse o whisky mais forte que tivesse.
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