Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 1
Encanto


Notas iniciais do capítulo

TCHARAM! Primeiro capitulo de Bad Kids está aqui! Espero que vocês gostem, porque eu me diverti demais escrevendo essa fanfic. Por favor, deixem suas opiniões e sugestões sobre a história, isso faz com que o autor se motive e melhore cada vez mais nos capítulos a seguir ^^ É isso, obrigada por escolher esta fanfic para ler ;) XOXO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/327122/chapter/1


Serena Van der Woodsen soltou uma risada fora de hora. O som de suas risadinhas ecoaram pelos corredores da enorme cobertura e Blair Waldorf beliscou o braço da amiga para que ela parasse de rir. A loura mordeu os lábios e furtivamente, na ponta dos pés, fez seu caminho de volta até o elevador que ligava a cobertura ao hall, sendo seguida por sua amiga mais baixa e morena. Cada uma carregava duas garrafas de Johnnie Walker Black e Red Label e precisavam deixar a cobertura onde Blair morava, sem que seus pais, Eleanor e Harold, as pegassem em flagrante. Seria o fim se aquilo acontecesse.



– Odeio o barulho que esses elevadores fazem. Parece que essas dobradiças vão acordar o prédio inteiro - Blair fez uma careta enquanto tentava equilibrar as duas garrafas de líquido nos braços.


– B, cuidado para não derrubar! Vai ser um inferno se alguém ouvir o barulho de vidro quebrando, e será pior se o cheiro do álcool se espalhar! - Serena guinchou.

– Eu sei, eu sei. Vem, vamos pelos fundos.

O elevador abriu suas portas de ferro e as duas garotas saíram pelas portas dos empregados, chegando em um escuro e úmido beco. Blair olhou para os dois lados e bufou.

– Não era para Nate estar aqui?

– Calma, ele já vai... - Serena se interrompeu e sorriu - Lá está ele! Psiu, Nate, aqui!

Nathaniel Archibald olhou em volta para se certificar de que não havia ninguém observando e fez sinal para que as duas o seguissem. Havia um automóvel com capota esperando no meio fio e os três jovens entraram.

– Ninguém viu? - Nate perguntou enquanto ligava seu carro.

– Ninguém. Até colocamos as chaves dentro da caixa para que o pai da Blair não desconfie que alguém abriu o cofre de bebidas. Engraçado não é - Serena riu e olhou para a amiga - O governador tem um cofre secreto de álcool. Quem diria, hã?

– Eu sei - Blair revirou os olhos - Ele insiste que mantém tudo trancado, que não toca em nada. Mas eu o conheço. – E depois ela sorriu - E então, Nate, vamos finalmente conhecer seus “amigos”?

– Positivo – Ele deu uma piscadela – Vocês vão gostar do ambiente. E das pessoas.

– Mal posso esperar. – Serena falou, animada.

O carro fez uma curva e entrou em uma rua estreita e escondida entre as várias ruas da quinta avenida. Blair franziu o cenho e olhou em volta.

– Nate, onde fica esse lugar que você está nos levando?

– Ele é muito bem escondido, por isso tenho que dar uma volta aqui e lá. Pronto, chegamos.

Nathaniel encostou o carro e os três desceram. O lugar, a princípio, era um simples restaurante. Pelo horário (já passavam das onze horas da noite), as portas estavam fechadas e as percianas abaixadas, porém havia uma porta lateral com uma pequena luz saindo pelas bordas. Com a quietude do ambiente, podia ser ouvido um zumbido de música vindo daquele lugar.

– Vamos. As bebidas serão muito bem aproveitadas lá dentro - Nate sorriu e as duas garotas trocaram um olhar de expectativa. Archibald retirou uma chave dourada do bolso e a usou na fechadura da porta lateral do restaurante. Assim que os jovens entraram no ambiente, a música entrou por seus ouvidos e o cheiro de whisky, charutos estrangeiros e perfume invadiu as suas narinas. Serena deu um gritinho de excitação.

– Você nos trouxe em um speak easy? – Ela perguntou, dando palminhas de alegria.

– É isso ai. Vocês podem ir até o bar e pedir praquele cara baixinho atrás do balcão preparar um coquetel. Eu preciso achar Chuck, já venho buscar vocês - E com isso, Nate se enfiou no meio da multidão e desapareceu.

– Quem é Chuck? – Blair sussurrou para a melhor amiga.

– Não sei. – Ela deu de ombros.

Blair ficaria irritada pela ignorância de Serena, mas não ligou para a vaga resposta; estava estupefata por causa do ambiente. Muitos dos membros da alta sociedade que ela acreditava serem o padrão de comportamento e rigidez estavam ali, bebericando vodkas e dançando com seus amantes. Ela podia ver a esposa de um senador sussurrando de forma maliciosa no ouvido de um desconhecido e o filho de um embaixador virando uma garrafa cheia de aguardente pela garganta.

– Esse lugar é uma loucura - Ela sussurrou, os olhos castanhos brilhando de ansiedade - S, vamos para o..... S? Serena?

A loura havia sumido de seu lado. Blair ficou na ponta dos pés e percorreu a multidão com os olhos para enxergar pelo menos um chumaço de cabelo loiro, mas não encontrou. Ela deu de ombros e foi até o bar, se sentando em uma das banquetas em frente ao balcão. Havia um homem careca e de bigodes, sacudindo bebidas dentro de dois recipientes de metal e despejando-as em copos cheios de gelo e pedaços de fruta. Ele olhou para Blair e abriu um simpático sorriso.

– Posso lhe servir alguma coisa, senhorita?

– Serei grata se preparar algo com uma dessas bebidas - Ela largou as garrafas em cima do balcão.

– Pois não.

Um barulho de microfone foi ouvido e a música, antes em alto volume tocada por uma banda, agora havia se silenciado. Blair virou a cabeça em direção ao palco no centro do salão e viu um dos homens mais atraentes que já havia visto em sua vida. O homem, na média de seus vinte e poucos anos, pigarreou e parou em frente ao microfone.

– Senhoras e senhores, bem vindos à mais um Bass speak easy . Esperamos que atinjam seus objetivos aqui, que são se divertir e aproveitar o enorme favor que o governo fez ao vetar a venda do álcool - Ele abriu um sorriso malicioso e foram ouvidos risos pela plateia que o observava - Pedimos que mantenham a discrição para que possamos continuar a desfrutar de noites como essa. Alguns membros de nossa máfia estão espalhados pelo salão caso alguma... correção seja feita necessária. Mas por favor, não se acanhem, tudo aqui dentro é liberado. Tenham uma ótima noite.

Todos o aplaudiram e o homem, que estava vestindo um elegante terno escuro e vermelho com um chapéu preto, fez sinal para que a banda continuasse. Enquanto desceu os dois degraus que separavam o palco da pista de dança, seus olhos estreitos e escuros percorreram o público, analisando quem estava presente em seu “modesto” clube. Sua visão pousou em Blair, que ainda o observava. Ele parou por um instante, analisando a beleza da morena que usava um vestido branco com franjas e um enfeite de cabelo preto, e conclui que ela era ainda mais linda do que qualquer mulher que ele já tivesse visto. Ela era bela demais para passar despercebida, e por isso, ele atravessou as pessoas e caminhou em linha reta até ela.

Blair mordeu o lábio por antecipação e tomou um gole de sua bebida que arrecém havia sido posta no balcão. Desceu queimando sua garganta, mas a sensação era prazerosa. A sua pele ardia com calor à medida que o homem se aproximava e quando ele parou em sua frente, parecia que suas pernas estavam formigando.

– Boa noite - Ele pegou a mão de Blair, beijando os nós de seus dedos - Posso saber seu nome?

– Blair... - Ela estava prestes a falar seu sobrenome, mas segurou sua língua - Apenas Blair.

O homem sentou casualmente na banqueta ao seu lado e abriu um charmoso sorriso.

– Prazer em conhecê-la... Blair. – Ele testou o som do nome dela em sua língua. Soava bem. - Eu sou Chuck Bass.


XOXO




Serena limpou as gotinhas de suor que escorreram por seu pescoço e saiu da pista de dança, puxando Nate pela mão.




– Eu me afastei de Blair para procurar você e não a achei mais. Você consegue achar ela em algum lugar? Eu não consigo ver, tem muita gente bloqueando o caminho. – Serena perguntou enquanto se abanava com as mãos.


Nate olhou por cima das cabeças e achou a melhor amiga de Serena. Na verdade, ele achou Blair e seu excelente acompanhante. Nate abriu um sorriso malicioso e sua noiva o cutucou, curiosa.

– O que foi? Você a achou?

– Achei. E parece que Blair se deu bem esta noite.

– Por quê?

Nate pegou Serena pela cintura e a levantou um pouco para que ela pudesse ver o outro lado do salão.

– Quem é aquele, sentado do lado dela?

– Aquele, meu amor, é Charles Bass. O Chuck, sobre quem eu falei mais cedo. - Nate a colocou de volta no chão. Serena levantou uma sobrancelha questionadora - Ele é o chefe da máfia americana. O cara que a polícia e a interpol dariam milhões de dólares para colocar as mãos e que a máfia italiana considera um de seus mais valiosos parceiros. O dono desse império todo. E aquele amigo que eu falava tanto pra você, mas você nunca conheceu.

A boca de Serena formou um enorme "O".

– Charles Bass é o chefe da máfia? Mas ele não é dono das Indústrias Bass? O que ele tem a ver com a máfia? E porque você anda com essas pessoas?

Nate revirou os olhos e pegou a mão de Serena.

– Ele é o dono das Indústrias Bass sim, mas aquilo tudo serve apenas de fachada. E eu prometo que explico tudo com detalhes mais tarde, ok?

– Certo... – Serena concordou, ainda um pouco desconfiada, mas depois seu olhar se voltou para o outro lado do salão - Blair sabe com quem ela está falando?

– Provavelmente não. - Nate deu de ombros - Mas eu tenho certeza que ela irá descobrir, cedo ou tarde.


XOXO




– Eu sei quem você é... - Chuck sussurrou no ouvido de Blair. Os dois agora dançavam ao som lento e involvente que a banda tocava e Chuck virou o corpo pequeno e curvilíneo de Blair para que ela ficasse de costas para ele, para que apenas ela o ouvisse - ...Blair Waldorf. Chefe das debutantes de 1920, presidente do circulo das senhoritas da alta sociedade e filha do governador Harold Waldorf e da estilista Eleanor Waldorf. Os vestidos da sua mãe são um tanto caros, não são?




O sangue fugiu do rosto de Blair e ela virou de frente para Chuck.


– Como você sabe?

– Seu rosto é marcante para quem lê os jornais. - Ele pairou os lábios sob o ouvido delicado da jovem - A mocinha comportada que quis escapar por uma noite desse padrão social prisioneiro. Conheci muitas mulheres como você.

– Não, não conheceu. Nenhuma delas chega aos meus pés.

Chuck deu um passo para trás para que pudesse ver o rosto dela. Blair exibia uma expressão irritada por ter sido comparada com outras e ele não foi capaz de segurar um sorriso.

– Verdade. Nenhuma delas chega aos seus pés. Você não é qualquer uma.

Blair estava acostumada a ouvir elogios de bajuladores da alta sociedade e sempre postava um sorriso educado na face ao ouvi-los, mas sua reação, ela não sabia o porquê, havia sido diferente desta vez. Blair corou (ela nunca corava!) e Chuck levantou a mão para correr seu dedo indicador pelas bochechas rosadas dela.

Antes que qualquer um dos dois pudesse fazer alguma coisa, um homem corpulento de cabelo castanho escuro e crespo parou onde eles estavam na pista de dança e pigarreou para chamar a atenção do chefe. Chuck respirou fundo, irritado, e virou para ele.

– O que é agora, Anthony? - Ele murmurou cada palavra entre dentes, mostrando claramente que não tinha ficado nem um pouco satisfeito com aquela interrupção. O homem se encolheu um pouco, mas seguiu em frente.

– Estamos com problemas na área 2, Sr. Bass. – O homem falou com um forte sotaque italiano - Alguém está causando incômodos e estamos com receio de que ele chame atenção.

– Eu já disse o que você deve fazer nestes casos.

– Nós sabemos, mas... bem, é alguém influente. Não poderíamos eliminá-lo sem a sua total ciência.

Chuck suspirou e depois deu um aperto delicado na mão de Blair.

– Eu já volto. Por favor, não vá embora. - E com isso, ele abriu caminho pela multidão, sendo seguido por Anthony.

Blair ficou parada no meio da pista de dança e um estalo se fez um sua cabeça. Chuck Bass, o homem que havia secretamente a havia conquistado pela sensualidade e charme, era o chefe da máfia americana.

Ela mordeu os lábios para segurar o sorriso que queria aparecer.

– B! - Serena chamou, alcançando a melhor amiga - Precisamos ir embora!

– Ahm? - Blair piscou – Por quê?

Serena revirou os olhos.

– Você não viu o tempo passar, não é? Já são cinco horas da manhã! Você precisa ir pra casa, seu pai vai acordar daqui a pouco!

A morena congelou. Todo aquele tempo havia passado? Ela havia apenas conversado, bebido e dançado com Chuck e mais de cinco horas já haviam corrido desde sua chegada. Seu olhar se alternou entre Serena e a direção em que Chuck havia desaparecido.

– Suponho que não podemos ficar por mais tempo?

– É claro que não! Vem, Nate está nos esperando no carro, lá fora - Serena pegou a mão de Blair e a arrastou até a porta de saída. No momento que as duas garotas haviam saido pela porta, Chuck Bass voltava para a pista de dança, guardando sua arma calibre 38 no bolso interior de seu paletó. Ele procurou pela morena pequena e de lábios cheios pelas várias mulheres espalhadas pelo salão, mas não a encontrou. Blair Waldorf havia ido embora.

Ele suspirou de decepção e foi até o bar para que Ralph servisse o whisky mais forte que tivesse.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!