Mudanças escrita por Ruby


Capítulo 13
Tudo Se Encaixa.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOI! *-* sentiram minha falta? DHAUHDIADSHDDHUA
Hoje tem capítulo novo (quase no fim já!) e eu espero que vocês gostem *-*
Meninas, gostaria de divulgar minha crônica pra vocês. É um capítulo só, bem curtinha. Deem uma passadinha se puderem, acho que vocês vão gostar :3
http://fanfiction.com.br/historia/343649/Cidade_Dos_Invisiveis
Enfim, vamos à parte que interessa!
POV Bella é o que temos pra hoje ;]



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Acordei cedo no sábado para dar uma caminhada na praia, enquanto Alice ainda dormia, exausta. Nós tínhamos chegado em casa quase  1h da manhã no dia anterior, depois de arrumarmos todo o lugar da estréia na Premiére. Pelo menos tínhamos ganhado uns dias de folga.

Eu acordei bem cedo e saí pra rua para espairecer um pouco. Havia uma movimentação estranha na praia: um caminhão estacionado na areia, com várias grades de metal e outro caminhão com itens de iluminação. Além disso, havia várias pessoas montando o que parecia ser um palco. Provavelmente haveria um show ali. A única coisa que me incomodava era que as caixas de som estavam voltadas para a rua. O som alto incomodaria muita gente da vizinhança.

Continuei andando. A noite de ontem tinha sido perturbada, e confesso que minha noite de sono também. Eu havia pensado a noite inteira nas coisas que Edward havia dito, mas não conseguia acreditar. Era tudo fantasioso demais para que pudesse ser encarado como real.

Enquanto ele falava comigo e implorava pra que eu acreditasse nele, eu fui amolecendo, me entregando e quase me convencendo de que ele estava falando a verdade. Depois meu orgulho e meu bom senso acabaram falando mais alto, me impedindo de acreditar nas coisas que ele falava. Ainda me perguntava se havia tomado a decisão certa. Apesar do amor que eu sentia por ele, eu estava insegura. Não sabia se podia confiar nele outra vez, e não sabia se ele sentia o mesmo amor por mim. Por fim, eu tinha dado a ele uma chance, mas ainda não era o suficiente para me fazer acreditar nele novamente. O medo me dominava. Não queria sofrer outra vez.

Voltei ao apartamento e encontrei Alice no sofá, ainda de pijamas, assistindo TV.

- Ei! – brinquei, enquanto passava pela porta – Que folga é essa?

Ela ergueu a cabeça e me olhou nos olhos. Em seus lábios havia um sorriso muito, muito malicioso.

- Você não vai acreditar no que acabou de passar no TMZ!

- Cruzes, Alice... – me sentei ao seu lado no sofá – Você assiste isso?

- Claro! – ela revirou os olhos – É o maior programa de fofocas dos Estados Unidos, sabia?

- Sabia, sabia sim... – eu ri.– E então, o que passou na TMZ?

- Uma pequena matéria sobre a queda da Lauren e sua comparsa! – Ela gritava e dava pulinhos no sofá.

- Alice, esqueça essa história, pelo amor de Deus! Você já não causou danos demais a ela? Eu ainda acho que você foi exagerada, não era necessário tudo aquilo, você está...

- Mas, Bella! – Ela me interrompeu. – Você ainda não escutou a melhor parte! E não prestou atenção no que eu disse... – Ela era uma mistura de entusiasmo pela notícia e aborrecimento por eu não ter pego o espírito da coisa. – Ela não estava sozinha!

Ela me olhava, querendo que eu adivinhasse o que ela estava falando.

- Talvez, se você me contar a história falei pausadamente.  eu entenda o que você quer dizer...

- Como você é lesada, Bella! Pense! Eu disse que as coisas se resolveriam pra você... Lembra?

- Como assim? – Foi só o que eu consegui responder. Aquela conversa estava ficando cada vez mais esquisita.

Ela suspirou e fechou os olhos. Tenho certeza que ela estava se controlando para não me xingar.

- Certo, vamos do começo. Lembra-se do “vocês” que nós lemos na carta que achamos na bolsa da Lauren?

- Sim, mas... O que isso tem a ver comigo?

Não conseguia achar nenhum nexo no que ela estava falando. Nós sabíamos que Lauren não prestava e que ela com certeza teve o que merecia por ter enganado Edward, mas isso não me ajudaria em nada com ele... As fotos que ela mandou para as revistas tinham sido tiradas antes de nós nos conhecermos. Claro, ela tinha uma ajuda para isso, mas quem seria tão mal caráter a ponto de...

- Espera... – Eu quase gritei, arregalando os olhos. As lamparinas do meu juízo tinham se acendido de repente. – Não me diga que...

- Edward, Bella! Edward...

-... estava certo! Não acredito que a...

-... Rosalie estava no meio!

- Que cachorra!

- Aquela vaca loira...

- Vaca loira? – nós duas rimos. – Essa é nova, ainda não tinha pensado nessa...

- Foco, Bella! Foco! – Alice parou de rir, quase enfiando dois dedos dentro dos meus olhos. – Você não percebe?

Ela me olhava intensamente. Eu já sabia o que ela queria dizer: dê uma chance ao Edward. Não era tão fácil. Eu não queria dar o braço a torcer.

- Edward estava certo! – Ela continuou. – Essa Rosalie não presta, ela nunca prestou.

Nessa hora, a banda lá embaixo começou a plugar os equipamentos na caixa de som, e alguém estava afinando um violão e ajustando o volume.

- Tudo bem, Alice. Vamos considerar por um momento que ele esteja falando a verdade. Rosalie não poderia ter armado nada.

- Esqueça essa Rosalie. O que importa é que Edward sempre foi sincero com você!

Ponderei a situação, por um momento. Meu coração estava acelerado.

- Mas eu não tenho coragem de falar com ele, Alice. Não agora. Eu tenho medo...

- Medo do que, Bella? – ela já estava ficando impaciente. Aliás, mais impaciente.

- Medo de me machucar outra vez, de fazer a coisa errada! E se não der certo de novo, Alice? Eu vou ficar pior do que já estou.

Ela olhou profundamente em meus olhos e eu pude ver que ela me entendia nesse momento. Ela também fora machucada e tinha superado. Ela sabia pelo que eu estava passando.

- Você nunca vai saber se não tentar, não é?

Aquelas palavras foram como água gelada esfriando minha cabeça. Ou como uma chama reacendendo meu coração. Tudo dependia de mim, como Laurent dissera. Minha felicidade, meu passado e meu futuro estavam em minhas mãos, esperando o destino que eu daria para eles e para mim. Então, me decidi por deixá-los seguir seu curso.

- Será que é muito tarde para falar com ele? Procurá-lo, para pedir desculpas...? – perguntei, me sentindo mais idiota a cada sílaba. O rosto de Alice se iluminou com um sorriso, me fazendo rir também, meio sem graça.

Lá embaixo, a pessoa responsável pelos instrumentos parou de afinar o violão e o deixou num volume que tremia levemente as janelas do nosso apartamento. Ele tocou a primeira nota e na mesma hora me lembrei de uma música conhecida... Estremeci com a lembrança. O momento não era propício. Ele tocou a segunda nota, depois a terceira e a quarta, dando uma melodia à sua música.

Eu parei, estática.

Não, não podia ser...

- Eu acho que nem vai ser necessário procurar, Bella... – Alice falou, dando risadinhas e correndo para a varanda.

Eu ainda estava paralisada, sem conseguir sair do meu lugar. Eu tinha reconhecido a música que estava sendo tocada na praia, mas ainda não conseguia acreditar na informação que meus ouvidos mandavam ao meu cérebro. Parte de mim estava feliz com isso, a outra estava assustada demais para acreditar.

A música continuava rolando, e minha mente vagou para aquela sexta-feira antes de toda essa confusão começar. Eu não consegui refrear as lágrimas, porque, dentro de mim, algo sabia quem era o dono do violão.

- Isabella – A voz lá fora falou no microfone. Era doce e musical, mas ao mesmo tempo grossa e reconfortante. Era voz que eu precisara ouvir todo esse tempo, e não tinha me dado conta disso. – Você disse que eu precisava reconquistar seu amor... Espero que isso seja suficiente.

E então, ele começou a cantar.

“Eu te olhei...”

Eu ainda estava parada. Minhas pernas não me obedeciam. Eu não conseguia me decidir se ia até a varanda, se ficava sentada no sofá, se ligava para minha mãe ou saltava da janela. Eu estava confundindo meu sistema nervoso.

“E não acreditei...”

- Corra, Bella! Desça agora! – Alice gritou, se virando para me olhar. Eu não pensei duas vezes: me levantei do sofá e sorri pra ela, agradecendo-a com os olhos cheios de água. Corri pela porta, deixando-a aberta, e soquei o botão do elevador.

“Seus olhos doces me mostraram o amor, enfim”

O elevador ainda estava subindo. Por que esse elevador nunca era rápido o suficiente quando eu precisava dele?! Fiz uma prece rápida à Nossa Senhora dos Elevadores pra que ele subisse mais rápido.

“O doce som da sua voz ainda está em mim...”

O elevador tinha finalmente chegado. Para minha sorte, ele estava vazio. Nossa Senhora dos Elevadores realmente existia, pelo jeito. Apertei o botão do térreo com tanta força que fiquei com medo de ter que pagar o conserto a Sam. O elevador começou a descer.

“O seu olhar me atrai a cada sonho meu...”

Por mais incrível que pudesse parecer, eu ainda conseguia ouvir a música, ao longe, mesmo de dentro do elevador. Tentava absorver a letra, consciente de que cada palavra tinha sido escrita para mim. Eu já estava no 4º andar.

“O meu maior desejo agora é te ter só pra mim...”

O elevador finalmente tinha chegado ao térreo. Eu abri a porta e olhei para fora: atrás do mar de jornalistas, fotógrafos e curiosos, estava Edward, em algum lugar naquele palco.

“Porque me falta seu sorriso pra viver feliz!”

Atravessei a portaria correndo, sobressaltando Sam. Corri pela rua numa velocidade ainda maior, sem me importar se ela estava interditada ou não. Enquanto eu passava no meio dos jornalistas, fui seguida por vários flashes, gritos entusiasmados e comentários. Edward estava procurando o foco da confusão. Quando seus olhos finalmente encontraram os meus, um sorriso cresceu em seus lábios, estimulando os meus a fazerem o mesmo. Ele agora cantava mais feliz.

“Quando seus olhos me encontram / Me prendem com tal força,

Tiram os meus pés do chão / E minha mente vai a mil...

Parei em frente ao palco improvisado, meus olhos já transbordando as lágrimas, iguais aos de Edward. Ele continuava cantando, olhando pra mim, com o sorriso mais perfeito do mundo nos lábios.

Meu coração salta do peito / E a paz se instala em mim.

E eu percebo que aqui dentro tudo mudou...

Mudou pra sempre.”

Nessa hora ele parou de tocar, colocou o violão de lado e desceu do palco, ficando de frente pra mim. Eu já não me importava com os gritos, as câmeras, os flashes. Ele estava comigo de novo.

Isso era tudo que importava.

- Edward – comecei a falar. – Me desculpe, eu estava errada! Achei que você tinha mentido, mas agora eu sei a verdade...

- Shh... – ele colocou um dedo sobre meus lábios, olhando em meus olhos – Não fale mais nada. Eu te amo, Isabella.

Era a primeira vez que ele me dizia aquilo e eu senti que era sincero. Me arrepiei inteira com suas palavras e meu coração começou a bater descontroladamente.

- Eu também te amo, Edward.

Nossos lábios finalmente tinham se encontrado num beijo urgente, com vontade e paixão, me tirando o fôlego. Selamos ali o início do nosso futuro.


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Notas finais do capítulo

AEEEE, finalmente! HDUAIDHIAAHIDHAAd
Comentem, meninas! Até vocês fantasminhas! *-*
Até o próximo capítulo! o/