Mudanças escrita por Ruby


Capítulo 11
A Premiére.


Notas iniciais do capítulo

Siiim, hoje tem capítulo! Um passarinho me disse que o capítulo anterior foi curto e que é bom ter mais um, então... HDUIAHDIASHIDUIADd Espero que vocês gostem, girls!
Esse é dedicado à apressadinha da Mandy ♥



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Já estava tudo preparado para sexta-feira à noite. Na quarta, eu, Alice e os garotos fomos conhecer o lugar da estréia do Café. Ficava num pátio imenso, com várias mesas em volta e vários espaços onde ficariam os banners e as mesas para autógrafos.

Como uma fã que se preze, consegui dar uma olhada no lugar onde seria a premiére. Era uma sala incrivelmente grande, com várias cadeiras para a imprensa e um palco, onde já tinham colocado uma mesa enorme onde que os atores e a equipe de produção ficariam.

Enfim sexta-feira havia chegado. Eu não havia melhorado nada desde terça, mas minha capacidade de atuar estava ficando melhor. Eu já conseguia me controlar quando estava perto de outras pessoas. Conseguia suportar qualquer comentário envolvendo Rosalie Hale, Edward e Emmett Cullen ou “Sangue e Coração”. Mas quando estava sozinha, as lágrimas e as lembranças me tomavam por completo, e eu me deixava ser tomada por elas.

Acordei cedo na manhã de sexta e fui dar uma caminhada pela praia. Alice ainda estava dormindo e, pela blusa pendurada na fechadura – um sinal de “não me incomode” – ela estava com Jasper. Então não sairiam de lá tão cedo... Fui até o Café perto de casa tomar alguma coisa, e levei meu notebook comigo para reler os capítulos novos que Laurent continuava me mandando. Eram 8h da manhã e o Café já estava lotado.

Assim que entrei, o cheiro de café fresco me atingiu na hora, como na primeira vez em que eu estive ali. Mas, dessa vez, eu não estava perdida. Procurei a mesa mais afastada para evitar qualquer tipo de conversa, e me sentei. Alguns minutos depois, Seth veio me atender.

– Em que posso ajudá-la, senhorita? – ele perguntou, zombando de mim.

– Seth? – perguntei surpresa – O que está fazendo aqui? Pensei que Esme estava treinando os funcionários novos para segunda-feira!

– E está... – ele respondeu, virando os olhos – E adivinha quem é o responsável para ensiná-los?

Eu dei uma risadinha. De todos os funcionários antigos, Esme escalou Seth para ajudá-la com o treinamento. Era o único que não tinha ganhado meia semana de descanso.

– Pense pelo lado bom – eu comecei, enquanto ele sentava-se à mesa – Pelo menos você fica mais perto dela...

Seus olhos brilharam instantaneamente, me fazendo rir ainda mais.

– Você tem razão... Eu não tinha pensado nisso antes! Então ela não pode me ver relaxando, não é? – ele se levantou, ajeitando o avental – Vai querer alguma coisa, Bellinha? Depois desse conselho, tudo fica por minha conta... – ele me deu uma piscadinha.

– Tudo bem, dessa vez eu aceito. Quero um pão na chapa, um Expresso e um pedaço de torta de maracujá.

Ele me olhou com uma cara feia:

– Não precisa exagerar, né? Seu conselho não foi tão bom assim.

– Ei! Não precisa ofender! – eu disse, e comecei a rir.

– Vamos fazer o seguinte: eu pago o Expresso, você paga o resto. Combinado?

– Tudo bem, Seth... – eu respondi, controlando o riso – Não precisa me pagar nada. Fica tudo por minha conta mesmo.

– Uau – ele disse, se afastando e dando risada – Você sabe mesmo fazer um acordo!

Abri meu notebook, ainda rindo, e encontrei uma mensagem nova de Laurent no meu email. Pelo horário, ele tinha acabado de me enviar. Abri a mensagem, que não continha nenhum anexo, e li a única linha que dizia o seguinte:

Posso me juntar à senhorita?

Ergui meus olhos e o vi sorrindo para mim do balcão, acenando. Sorri de volta, fazendo sinal para que ele se juntasse a mim na mesa. Ele se encaminhou até mim com a mesma graciosidade do primeiro dia em que o vi. A diferença é que agora eu o conhecia e sabia do que nós conversaríamos.

– Olá, Bella! – ele disse com um sorriso, sentando-se na cadeira ao meu lado.

– Olá, Laurent! – respondi – Como vai?

– Muito bem, e você? Já está melhor?

Suspirei. Até Laurent sabia da história. Fingi que a simples lembrança de Edward não tinha rasgado meu coração em quatro.

– Melhor, claro... Um pouco chateada, mas melhor. – respondi, sorrindo.

– Que bom! – ele sorriu, me confortando – Não sabia que você estaria aqui, senão teria marcado previamente nosso encontro. Espero não estar te incomodando.

– Claro que não, Laurent! – respondi, mais animada – Você não me incomoda. Preparado pra Premiére hoje à noite?

– Claro! Já pedi pra deixarem uma jarra com água e açúcar perto de mim e, se possível, um gravador com todas as minhas respostas já prontas. Mas eles disseram ser impossível.

– Está brincando? – eu comecei a rir de novo – Não acredito que você tem medo de falar em público.

– Você já ficou em frente a várias câmeras, falando sobre uma criação sua, sabendo que o mundo inteiro estará assistindo, tentando retirar qualquer informação de você, ou enxergando mensagens subliminares em cada letra que você disser? – ele disse, rindo.

– Não...

– Sorte a sua. – ele riu outra vez – Vamos aos capítulos?

Assim passamos a próxima hora, discutindo as idéias do meu autor preferido sobre meu livro preferido. Apesar de estar um pouco mais animada, minha concentração não era total. A cada menção do nome “Carlisle”, a figura de Edward aparecia em minha mente. As cenas românticas entre Carlisle e Sue me faziam imaginar Rosalie em seus braços, os beijos que eram meus agora sendo entregues a ela, os braços que me envolviam agora abraçando-a...

– Não! – eu gritei, fechando os olhos e fazendo Laurent pular.

– Bella? – ele tocou minha mão – Está tudo bem?

Não, não estava!

– Sim, eu... – lutei para respirar normalmente e abrir os olhos. Seu rosto estava preocupado – Eu quis dizer que não entendi o que você estava dizendo.

Ele suspirou, fechando o notebook. Ele sabia que eu estava mentindo. Pelo jeito, eu havia me enganado sobre minhas qualidades de atuação.

– Eu não reparei que isso estava te fazendo mal, Bella. Me perdoe. Há algo que eu possa fazer para que você se sinta bem?

– Obrigada, Laurent, mas não... – as lágrimas voltaram a correr. Me odiei por não conseguir parar de chorar – Acho que não há nada que alguém possa fazer. O estrago já foi feito.

– Eu discordo de você.

Eu o olhava, sem conseguir entender o que ele dizia.

– Acho que uma pessoa pode desfazer o estrago, se quiser – ele continuou – E essa pessoa é você. Nós não podemos desfazer o passado, Bella. Mas o futuro ainda está em nossas mãos.

Ele me olhava com tal intensidade que, por um momento, achei que ele pudesse ler meus pensamentos e soubesse o quanto eu desejava Edward.

Ou talvez isso estivesse mesmo escrito na minha testa.

– Laurent, eu não entendo como voc...

– Eu não sou apenas amigo seu, Bella. – ele me deu uma piscadinha – Lembre-se disso.

Fiquei muda, tentando entender tudo que ele tinha falado, enquanto ele saía do Café. Suas palavras giravam na minha cabeça.

Saí do Café meia hora mais tarde e fui direto para casa, deixando meus devaneios de lado e começando a me aprontar para a Premiére.

XXX

– Por favor, um Expresso?

Já passava das oito horas da noite. A Premiére começara há uma hora, e eram poucos os que ainda restavam no Café. Por incrível que pareça, as pessoas tinham preferido ir ao Café do que ao bar, que ficava bem ao nosso lado. Talvez porque nosso ambiente era mais agradável.

– Mais alguma coisa, Senhor? – perguntei, simpática.

– Não, obrigado.

Eu estava ajudando Seth a servir as mesas, para pegar o jeito até segunda-feira. Não era tão complicado... Claro, algumas vezes eu me embolava, mas as coisas estavam indo bem.

Bem em frente ao Café havia um telão enorme, onde a Premiére estava sendo exibida às poucas pessoas que tinham ficado no pátio. No momento, Laurent estava falando sobre o segundo livro, a base do filme, e sobre suas inspirações.

– Sr. Brandom – uma mulher de cabelos pretos se levantara para perguntar – Meu nome é Heidi, sou da revista “Teentação”. Soubemos que está escrevendo o quinto livro da série, conforme foi colocado em seu site essa semana. No que se baseia o quinto livro e quem está ajudando você?

– Alice, prepare um Expresso pra mesa 5, por favor – eu coloquei o pedido no balcão e me sentei, esperando.

– Na verdade, Heidi, o quinto livro se baseia na reconquista. Jared perdeu Sue, e ele quer correr atrás disso. Provavelmente veremos Jared fazer de tudo para reconquistá-la.

– Aqui está, Bella. – Alice me entregou o Expresso e eu levei até a mesa. Quando voltei, ela também tinha os olhos grudados no telão.

– Ele é demais, não é? – perguntei, me juntando a ela.

– Pois é. Ele vai falar das inspirações e das ajudas agora... Acha que ele vai citar seu nome?

– Por que iria? – perguntei, revirando os olhos – O crédito é dele... Eu apenas dou uma opinião. Não sei como o livro vai ficar, porque ele pode ou não aceitar minhas sugestões.

– É, você tem razão... – ela falou baixinho, e nós duas voltamos a atenção à Premiére.

– ...porque pode parecer difícil, mas na verdade não é.

– E a ajuda?

– Bom, eu contei com a ajuda de uma fã da saga, como faço em todos os livros. Seu nome é Isabella Swan, – Meu coração pulou. – e ela trabalha nesse Café que estão inaugurando hoje. Aliás, dêem uma passada lá, porque é realmente muito bom! – Todos riram.

– Bella, Bella, Bella, Bella, Bella, Bella, Bella!!! – Alice grudou em mim, dando pulinhos no meu lado – Ele falou de você, ele falou de você!!

– Eu ouvi, Alice, fique quieta! – ele continuava falando, e eu não conseguia escutá-lo com Alice berrando na minha orelha.

– ... bem interessantes, diferentes das sugestões que eu estava acostumado a ouvir. Ela não fala: “Isso está ótimo, parabéns, eu amo o que você escreve, está perfeito!”. Ela questiona, me ajuda a pensar. Isso é muito legal. Estou pensando em remunerá-la por isso... – Ele riu outra vez.

Ouvir isso foi melhor do que qualquer obrigado que ele havia me dado até hoje. Ele tinha reconhecido minha ajuda... Me segurei para não chorar.

– Minha pergunta é para o Sr. Cullen – uma mulher morena, baixinha, se levantou – Me chamo Maria e acredito que falo por todos quando digo que gostaria muito de ver uma música sua nesse filme.

– Na verdade... – Ele começou a falar. Eu havia me esquecido de como sua voz era suave e doce, e por um momento fiquei perdida nesse som. A câmera tinha se aproximado e focado seu rosto. Seus olhos verdes encaravam a câmera, e parecia que através dela ele podia me enxergar. – Vai ter sim, e eu tive a ajuda de uma... amiga nessa música. Seu nome também é Isabella e, Laurent, se estivermos falando da mesma pessoa, essa garota merece uma vaga na produção. – Ele deu uma piscadinha para Laurent. Óbvio que ele sabia que era eu, os dois eram amigos. – Mas eu sou muito tímido para cantá-la aqui, agora. Amanha de manhã vocês a escutarão. Mais detalhes depois com a Lauren, minha agente...

– LAUREN?

Ouvi Alice gritar do meu lado. Seu rosto estava vermelho de raiva e eu dei graças a Deus por Jasper estar ajudando a servir os jornalistas dentro da sala da Premiére.

– Alice, se acalme, pelo amor de Deus!

– ONDE ESSA VACA ESTÁ?

Ela continuava gritando, torcendo o pano de prato com tanta força que eu me espantei que ele ainda não tivesse rasgado. E como se Edward a tivesse escutado...

– ... no estacionamento, aguardando vocês no fim da premiére. Caso queiram falar com ela sobre...

– É hoje que eu pego essa vadia, É HOJE!! – E antes que eu pudesse segurá-la, ela saiu correndo em direção ao estacionamento.

– James! – eu gritei, e ele apareceu na janelinha do balcão – Tome conta das coisas, eu preciso ir atrás da Alice! – eu estava tirando meu avental e já corria atrás dela – Depois eu explico tudo!

Olhei pros lados. Eu sabia que o estacionamento era no subterrâneo, mas não sabia como chegar lá. E eu tinha perdido Alice de vista.


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Notas finais do capítulo

VISH! Quem aí ainda se lembra da Lauren? Dica: capítulo 2! DHAIUHDIAUDHAIUHAISHD Deixem seus reviews, gatas!
Até o próximo capítulo o/